Juiz Onaldo Queiroga é autor do livro Baião em Crônicas

Parte do universo “Gonzagueano” está retratado no mais novo livro do juiz de Direito e escritor, Onaldo Rocha de Queiroga, intitulado 'Baião em Crônicas'. Segundo o autor, “é impossível numa única obra escrever acerca de Luiz Gonzaga, sem que haja omissões sobre sua vida pessoal, como também artística”. Baião em Crônicas é título do livro.

O livro traz uma abordagem sobre a vida e a obra de Luiz Gonzaga, desde o nascimento do artista, internacionalmente conhecido como o “Rei do Baião. Por outro lado, o magistrado, que se revela um dos pesquisadores mais atentos e atuais do filho de Januário e dona Santana, demonstra, através de crônicas e fotos, uma boa parte da trajetória de Luiz Gonzaga.

Está tudo no livro. Desde o seu nascimento no Sítio Caiçara, Exu (PE), passando pela infância, adolescência, sua saída do Exu, inclusive exemplificando o motivo, os dez anos de serviço militar no Exército brasileiro, sua baixa na citada carreira militar, a chegada ao Rio de Janeiro, o início de sua vida profissional junto a RCA Victor e nas rádios Nacional e Tamoio.

Onaldo Queiroga revelou que a obra descreve a fase profissional de um dos grandes nomes da música popular brasileira de todos os tempos, sendo como músico, compositor, intérprete, instrumentista, “mostrando-o desde 1941, com o seu lado instrumental, início assim de sua carreira, passando pelo encontro com Humberto Teixeira (1945), onde começa o lado regional de sua obra musical.

O livro ainda descreve a fase de declínio de Luiz Gonzaga, revelando os fatores que contribuíram para esse momento, além de mostrar o seu retorno ao cenário da mídia nacional, fulminando com a sua volta para o Nordeste, sua despedida em 2 de agosto de 1989, e, por fim, comenta o pós morte do Gonzagão. “É bem verdade que o livro busca também fazer um resgate dos principais parceiros de Luiz Gonzaga, indo desde Humberto Teixeira, Zé Dantas, Zé Marcolino, João Silva, entre outros”, destacou o autor.

A obra aborda a família, parceiros e descendentes musicais do baião. Contudo, Onaldo Queiroga reconhece que alguns leitores irão sentir a ausência de nomes importantes do cenário do Baião. “Não houve como, agora, falarmos de artistas da estirpe de Petrúcio Amorim, Maciel Melo, Abdias, Acyole Neto, Arlindo dos 8 Baixos, Nando Cordel, Jorge de Altinho, Zé Calixto, Luizinho Calixto, Flávio Leandro, Flávio Baião, e tantos outros que com certeza estarão numa próxima edição”, ressaltou.

O compêndio trata também de mostrar as vertentes da obra “Gonzagueana”, caminhando pelo lado religioso, de protesto, de cunho familiar, ecológico, telúrico. “Enfim, procura levar aos leitores as diversas faces da vida e obra do Rei do Baião, e, com isso, a leitura enfoca um Gonzagão político sem mandato, o que sempre foi uma marca na caminhada. Mostra um Gonzaga pacificador, levando a paz ao seu torrão natal, Exu, que tanto sofreu com a guerra de três importantes famílias”, acrescentou.

Mesmo assim, o livro apresenta-se como mais um contributo ao mundo de Luiz Gonzaga. Acima de tudo busca demonstrar que Gonzaga foi e sempre será uma referência, “um norte, não só como artista, mas como homem e cidadão, por isso, continuará sendo espelho e guia para novos artistas, e como em tempos idos, incrivelmente, de diversos ritmos e seguimentos”, comenta Onaldo Queiroga.
Fonte: TJPB/Gecom – Fernando Patriota
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