Briga entre PT e PSB nos bastidores das eleições 2014

O presidente estadual do PT, o deputado federal Pedro Eugênio, abandonou a postura de cautela e endureceu a crítica ao PSB do governador Eduardo Campos, diante do “agitado” troca-troca partidário dos últimos dias. “O PSB tem trabalhado a retirada de quadros políticos nossos. É um assédio deplorável, uma atitude pouco amistosa, não é próprio de aliado”, atacou. A declaração acontece no momento em que o “petista histórico”, deputado estadual licenciado e atual secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, deixa o partido por estímulo do governador socialista.

A troca de partido nos últimos dias para o fim do prazo de filiação, que termina amanhã (5), faz parte da estratégia para fortalecer os palanques para 2014. Com a possibilidade de o governador Eduardo Campos alçar voo solo rumo à Presidência da República, o PTB do senador Armando Monteiro Neto, que pretende disputar o governo do Estado, se aproximou ainda mais do PT. 

Diante dessa movimentação, o PSB tem agido para minar o poder de fogo dos dois partidos e, além de dois petistas (os deputados estaduais Isaltino e André Campos), já atraiu para suas fileiras três petebistas, sendo dois com mandato – os deputados Clodoaldo Magalhães e Marcantônio Dourado e Bruno Rodrigues. Assim como Eugênio, Armando também atacou. Disse que “estranhava” a movimentação do PSB e que faltava “espírito de aliança”.

Surpreso com a decisão do antigo correligionário, Pedro Eugênio comentou ainda que achava que “não tem uma justificativa” para a mudança partidária. “Recebemos Odacy (Amorim, ex-PSB e atual PT), mas ele já externava insatisfações, agora não tem uma justificativa”, disse. Ao longo da semana, especulou-se que os deputados Sérgio Leite e Odacy Amorim também iriam trilhar o mesmo caminho. Mas a desfiliação do PT foi categoricamente negada por eles.
Fonte: JC/Rádio Jornal
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