Websérie Dominguinhos estréia nesta quarta-feira, 26

“Vocês já conseguiram ficar com Dominguinhos com uma sanfona na mão, no rol de amigos… ele tocando a esmo o que ele quer? Não tem nada mais sensacional na vida. Dominguinhos é uma enciclopédia maravilhosa”. O depoimento de Djavan foi registrado na websérie Dominguinhos+, que será lançada nesta quarta-feira (26), no YouTube (canal Dominguinhos Mais). Em oito episódios, o projeto traz encontros de Dominguinhos com artistas como Hermeto Pascoal, João Donato, Wilson das Neves, Luiz Alves, Gilberto Gil, Elba Ramalho e Lenine. É o “prelúdio” para a estreia do documentário Dominguinhos, previsto para maio.

A cada episódio, um músico expõe o seu olhar sobre o sanfoneiro de Garanhuns, falecido em julho de 2013. São singelas trocas de olhares, palavras, sorrisos, sons e lembranças de fatos, diálogos e até flertes da trajetória do herdeiro musical de Luiz Gonzaga, com destaque para o virtuosismo artístico dele. O primeiro será com Gilberto Gil. Conta a razão pela qual convidou Dominguinhos para participar de um trabalho no Tropicalismo. “Ele até viajou de avião”, menciona Gil, entre risos, em referência ao medo do artista. Foi a primeira vez que o pernambucano viajou para a Europa.
Hermeto Pascoal também participa da websérie. Foto:  Foco Jornalistico/Divulgação

Na estreia, Gil destaca o gosto pelo ecletismo e a rapidez para jogos rítmicos e harmônicos. No primeiro episódio, com duração de cerca de quatro minutos, eles tocam Tenho sede e Abri a porta. Ao término, a plataforma disponibiliza a audição das duas músicas de cada capítulo na íntegra.

A produção, dirigida por Felipe Briso e idealizada por Mariana Aydar - a cantora também assina a direção musical -, foi um processo de descoberta. Para eles, a proposta é mostrar um “Dominguinhos que o Brasil não conhece”. Foram duas entrevistas com o artista em estúdio. No filme, de caráter intimista, o intuito é mostrar o mundo com o olhar dele, com imagens de lugares vividos por ele, como Garanhuns na época em que nasceu e o Rio de Janeiro, quando ele chegou.

O compositor pernambucano não chegou a ver o projeto pronto. Mas, antes da conclusão, Briso mostrou parte do material bruto para o sanfoneiro. “Ele se emocionou e pediu para desligar na hora. Tinham imagens antigas de Garanhuns”, recorda.
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