Senhores Passageiros: estudante denúncia que é mais fácil viajar de avião para Dubai que para o Nordeste


Edson é de Juazeiro, na Bahia, e tentou comprar passagem para a família viajar na Semana Santa entre Brasília, onde ele vive atualmente, e Petrolina –que fica em Pernambuco mas está a poucos quilômetros da cidade natal.

“A nossa surpresa e espanto veio quando resolvemos pesquisar preço das passagens”, disse. Os bilhetes para quatro pessoas (ele, a mulher, um filho de três anos e outro de três meses) saía a cerca de R$ 13 mil reais.

Fui pesquisar e era isso mesmo: a ida e a volta saíam a R$ 12.909,98, ou em dez vezes de 1.290,99, com taxas incluídas. O voo dura seis horas e tem três escalas.

Uma busca rápida na Emirates revela que ida e volta a Dubai, nos Emirados Árabes, sairia por R$ 9.404, com taxas –27% a menos do que o valor praticado pela Azul.

A distância entre Brasília e Petrolina é de mil quilômetros, em linha reta. Aquela entre Guarulhos e Dubai é muito maior: 12 mil km.

Ir a Nova York pela Air Canada, para toda a família, custa R$ 7.632,25.

“Está na hora de se tomar providências em relação aos preços cobrados por viagens domesticas pelas empresas aéreas”, disse ele.

Aqui cabe uma ponderação: voos internacionais têm benefício e pagam menos pelo litro do combustível para voar. A Mariana Barbosa, minha colega de blog, explica isso bem em uma reportagem da Folha de 2012, que você lê clicando aqui.

Procurada pelo blog, a Azul –companhia de baixo custo e baixa tarifa– não respondeu diretamente por que cobra quase R$ 13 mil para quatro pessoas.

A empresa afirmou que “os preços praticados nas passagens aéreas variam de acordo com alguns fatores importantes”.

“São eles: origem ou destino em questão, sazonalidade, compra antecipada, variação no valor do combustível, entre outros. Esses fatores fazem com que as tarifas sejam bastante dinâmicas em todos os mercados.”

Segundo a Azul, as melhores tarifas são encontradas quando o consumidor compra com antecedência de 21 dias.

Edson pesquisou a compra para abril –portanto, mais de 21 dias antes.

Fonte: leitor da Folha de São Paulo, Edson Duarte, pedagogo.
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