NOTA DE PESAR: URCA LAMENTA FALECIMENTO DO POETA PEDRO BANDEIRA

A Universidade Regional do Cariri (URCA) lamenta com profundo pesar o falecimento do mestre da cultura popular, por reconhecimento estadual, Pedro Bandeira Pereira de Caldas, aos 82 anos, o ‘Príncipe dos Poetas da Cultura Popular’.

Cordelista, advogado, teólogo, filósofo e cantador de viola e ex-vereador da cidade de Juazeiro do Norte, Pedro Bandeira Pereira de Caldas morre aos 82 anos, deixando um grande legado de sua arte para o Cariri e o mundo. Cidadão juazeirense, nasceu no dia 1º de maio de 1938, no Sítio Riacho da Boa Vista, no município paraibano de São José de Piranhas, a Paraíba, sendo filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. É neto materno do famoso cantador nordestino Manoel Galdino Bandeira, de quem herdou o talento repentista.

O cantador profissional adotou a terra do Padre Cicero para viver a maior parte da sua vida e onde faleceu. Desde os seis anos de idade já fazia versos e passou a cantar profissionalmente aos 17 anos. No decorrer da sua trajetória de destaque chegou a receber o título de “Príncipe dos Poetas Populares do Nordeste”.

Pedro Bandeira foi autor de mais de mil folhetos e centenas de poemas, com livros publicados e muitos LPs e CDs gravados. Fez parte de diversas sociedades culturais, filantrópicas e recreativas, entre elas a Associação dos Violeiros, Poetas Populares e Folcloristas do Cariri - AVPPFC, da qual é o fundador. Recebeu dezenas de diplomas, medalhas de mérito, com quase duas centenas de troféus de 1º lugar, entre outros e categorias, em festivais por todo o Brasil.

Licenciado em Letras Clássicas pela Faculdade de Filosofia do Crato, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Crato, e bacharel em Teologia pela Universidade Vale do Acaraú, Pedro Bandeira cantou para o papa João Paulo II, ex-presidentes Castelo Branco, Costa e Silva, João Figueiredo, Fernando Collor e José Sarney. Pedro Bandeira foi citado e elogiado pelos intelectuais e escritores Luís Câmara Cascudo, José Américo de Almeida, Jorge Amado, Téo Brandão, Rodolfo Coelho Cavalcante, e tantos outros escritores do Brasil e do exterior.

Teve músicas gravados por Luís Gonzaga, Fagner, Luís Vieira, Alcimar Monteiro, Trio Nordestino, entre outros. Foi prefaciado por Padre Antônio Vieira, e apresentado ao Brasil pela mão de Carlos Drummond de Andrade, em crônica publicada no Jornal do Brasil, Rio de Janeiro, em 1970.

O Reitor da URCA, Francisco do O’ de Lima Júnior, envia votos de solidariedade e mensagens de condolências aos familiares.

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