Diretores de 'Bacurau' celebram premiação de filmes nordestinos em Cannes, França

Apesar das incertezas e dos cortes que enfrenta, o momento é de festa para o cinema brasileiro. Pelo menos nesse fim de semana. O país conquistou três prêmios em um dos festivais de maior relevância do mundo, o de Cannes, na França.

Neste sábado (25), último dia do evento, Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, saiu consagrado e levou o Prêmio do Júri na 72ª edição do Festival francês - honra dividida com Les miserables, de Ladj Ly. 


É o terceiro prêmio mais importante do evento. A cobiçada Palma de ouro ficou com Parasite, do diretor sul-coreano Bong Joon-Ho. A notícia acabou indo parar nos assuntos mais comentados do Twitter.

Comemorando o Prêmio do Júri recebido no Festival de Cannes por "Bacurau", os diretores Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles ressaltaram a importância de produções do Nordeste ganharem destaque internacional. 

"É uma alegria muito grande falar aqui com vocês. A gente sente muito orgulho de ser recifense, pernambucano. Isso me emociona, sabe? Eu vibro muito com a nossa cultura, sempre vibramos, eu e Kleber", diz Dornelles. 

“É um filme sobre o Nordeste, um filme sobre o Brasil, é um filme sobre educação, sobre história e estou muito feliz que esse filme nasceu aqui no Festival de Cannes e agora está começando a correr o mundo”, afirma Kleber. 

“Vamos cuidar mais uns dos outros e respeitar a cultura, a educação, a ciência e o conhecimento”, completa Dornelles.

De acordo com Kleber, na próxima semana, eles embarcam para a Austrália para divulgar o longa, selecionado para o Festival de Sydney.

Na premiação principal de Cannes, são distribuídos sete prêmios. O mais importante é a Palma de Ouro, ganhado neste ano pelo coreano "Parasite". Além dele, há o Grand Prix, o Prêmio do Júri e as categorias de direção, roteiro, ator e atriz.

Sobre o que é 'Bacurau'?
Com Sônia Braga no elenco, o diretor Kleber Mendonça Filho voltou a concorrer à Palma de Ouro no Festival de Cannes, na França, depois de "Aquarius" (2016).

O filme retrata um pequeno povoado do sertão que sofre com a morte de Dona Carmelita, uma mulher muito querida. Dias depois, os moradores percebem que a comunidade não está mais nos mapas.

Pela primeira vez, Juliano Dornelles divide com Kleber Mendonça Filho a autoria e direção do longa, uma coprodução Brasil-França gravada no Sertão do Seridó, divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba. 

Em nota, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) parabenizou os cineastas pernambucanos. "Mais uma vez, eles mostraram ao mundo a sensibilidade e a qualidade das nossas produções", disse.

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