Pesquisa inédita e a maior já realizada investigará sobre Matrizes Tradicionais do Forró

A genialidade de Luiz Gonzaga disseminada por meio de sua música chegou a diversos cantos do país, e é na terra do rei do Baião que terá início a inédita e a maior pesquisa já realizada para as Matrizes Tradicionais do Forró. 

A pesquisa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai investigar a complexidade das Matrizes Tradicionais do Forró.

O estudo é uma das etapas do processo de Registro para avaliação do bem como Patrimônio Cultural do Brasil e contemplará todos os estados do Nordeste, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Distrito Federal.

Entre os dias 8 e 10 foi realizado o Seminário que reuniu forrozeiros, artistas, músicos, artesãos, e dançarinos, além de gestores públicos e culturais, produtores e pesquisadores de todo o Nordeste e de Estados com forte presença nordestina. 

A proposta no final foi reunir o dossiê resultante da pesquisa contemplando a história, os atuais desafios e as perspectivas de continuidade das práticas sociais que formam as Matrizes Tradicionais do Forró.

O Departamento de Patrimônio Imaterial (DPI/Iphan) buscará a participação ativa das comunidades e atores sociais que mantém viva a tradição no país.

A pesquisa se estenderá até meados de 2020 e resultará no dossiê de Registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural que deliberará se o bem receberá o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil.

Em setembro de 2011, a Associação Cultural Balaio do Nordeste encaminhou ao Iphan o pedido de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. 

Desde então o Instituto buscou, em parceria com a Associação, o Fórum Nacional Forró de Raiz e outras instituições parceiras, incentivar encontros, fóruns e audiências públicas para discutir o processo de reconhecimento, abordando os potenciais, significados e limites da política de Patrimônio Cultural. 

As diretrizes apontadas no Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, ocorrido em João Pessoa (PB) em setembro de 2015 são o fundamento para a pesquisa a ser realizada pela Associação Respeita Januário em cooperação com o Iphan.

Para que um bem seja registrado pelo Iphan é necessário possuir relevância para a memória nacional, continuidade histórica e fazer parte das referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira. 

Dentre os patrimônios imateriais inscritos no Livro do Registro das Formas de Expressão estão as Matrizes do Samba do Rio de Janeiro, o Tambor de Crioula do Maranhão, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e o Frevo.
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