Mestre Aprigio e a arte de confeccionar chapéu de couro

Em plena atividade em Ouricuri, Pernambuco, nascido em Exu no dia 25 de maio de 1941, portanto prestes a completar 78 anos, o “Mestre Aprigio”, José Aprigio Lopes confecciona couro e sem nenhuma pretensão ou arrogância conta que conhece bem o repertório de Luiz Gonzaga. 

Ele confeccionou a partir de 1955 os chapéus de couro usados por Luiz Gonzaga e hoje é uma das referências dos grandes nomes da música nordestina, exemplo confecciona os chapeus de Alcymar Monteiro, Chambinho do Acordeon, Jaiminho de Exu e Joquinha Gonzaga, sobrinho de Luiz Gonzaga.

“Meus chapéus serviram de coroa para os dois grandes reis que conheci, veja só que privilégio, Luiz Gonzaga e Dominguinhos”, diz o Mestre Aprigio.

Os chapéus, gibões e sandálias confeccionados por Seu Aprigio ficaram imortalizados também quano a Escola de Samba Vila Isabel desfilou na Sapucaí do Rio de Janeiro contando a vida de Miguel Arraes, político cearense, nascido no Crato, três vezes governador de Pernambuco.

O cantor Martinho da Vila encarnava um cangaceiro. O sambista se emocionou do começo ao fim da passagem da escola, da qual é presidente de honra e símbolo maior. Detalhe: o chapeu de couro e o gibão é confecção do artesão Mestre Aprigio.

Nas músicas cantadas por Luiz Gonzaga uma das marcas é a exaltação ao chapéu de couro, exemplo Aquela Sanfona Branca, de Benito de Paula.

“Aquela sanfona branca
Aquele chapéu de couro
É quem meu povo proclama
Luiz Gonzaga é de ouro
Aquele tom nordestino
A voz sai do coração
É ele o rei do baião, é Luiz
É cantador do sertão
É filho de Januário
É quem canta o Juazeiro
É festa, é povo, Luiz alegria
Luiz Gonzaga é poesia”...
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