Nascido em Campina Grande, Zé Calixto é uma referência quando o assunto é a sanfona de oito baixos, instrumento clássico e de difícil manuseio. Ele começou a tocar aos oito anos de idade e aos doze já se apresentava sozinho em bailes e festas da Rainha da Borborema, onde era atração cativa durante a programação d’O Maior São João do Mundo.
Ao longo de sua trajetória musical, Zé gravou mais de 25 LPs e 4 CDs, marcando a história da música nordestina ao lado de nomes como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Genival Lacerda.
Após alguns dias de internação, o artista morreu em uma unidade de saúde da capital fluminense, vítima de desdobramentos da Doença de Alzheimer. O sepultamento também ocorrerá no Rio de Janeiro.
Zé Calixto analisava que sanfona de 8 baixos é clássica. Entre os músicos, existe um consenso: quanto menos baixos, mais difícil de tocar.
Zé Calixto afirmava que, hoje, no Brasil, existem pouco mais de 10 sanfoneiros especialistas neste instrumento. A maioria morreu. Já os que estão vivos e preservam esta arte não têm o devido reconhecimento.
Pelas redes sociais a filha Janeide Felix expressou o sentimento:
Meu menino me deixou e a dor que estou sentindo não sei explicar ! Parece que tiraram um pedaço de mim ! Meu pai foi um homem grandioso, exemplar, um músico admirável, um profissional competente mas ele foi muito mais que isso pra mim ! Desde que minha mãe partiu ele passou a ser meu menino, as vezes rebelde, as vezes turrão mas foi e vai continuar sendo pra sempre o meu amor infinito ! E ele hoje como um bom forrozeiro foi comemorar o aniversário do compadre Luiz Gonzaga lá no céu! Meu menino eu te amo e nunca vou te esquecer ! Siga em paz seu caminho de luz ! Vai alegrar o céu com o seu forró que eu fico por aqui até um dia nos encontrarmos novamente
0 comentários:
Postar um comentário