LIVRO DE RENATO PHAELANTE MOSTRA RELAÇÃO DA POESIA E DA MÚSICA DE LUIZ GONZAGA E SEUS PARCEIROS COM O NORDESTE

 

O livro Luiz Gonzaga: baião, forró e seca, do pesquisador, escritor, ator e radialista Renato Phaelante tem como objetivo mostrar a relação da poesia e da música de Luiz Gonzaga e seus parceiros com sua terra, sua gente, seus costumes e tradições, em um Nordeste às vezes sofrido, às vezes alegre, cheio de surpresas e de superstições. Mas, sobretudo, de um povo forte, apaixonado e crente na capacidade e no talento de seu povo.

Ao mesmo tempo, segundo Renato Phaelante, autor da obra, o livro tenta mostrar a influência de Luiz Gonzaga e sua música nas gerações que se sucedem até hoje pelo Brasil afora.

Fundador e coordenador da Fonoteca da Fundação Joaquim Nabuco durante trinta anos, Renato Phaelante é um recifense apaixonado pela cultura brasileira. Desde criança aguçava os sentidos, os sabores, às artes visuais, às músicas e às ricas histórias que flutuam nos rios da memória na cidade mauricéia.

Há quase 40 anos comandando o programa Memória de Nossa Gente, na Rádio Universitária FM, Renato Phaelante vem há mais de meio século pesquisando, refletindo e colecionando um vasto acervo sobre músicos e compositores de Pernambuco, que vão do carnaval ao baião.

Entre outros livros publicou MPB compositores Pernambucanos - Coletânea bio-musico-fonográfica - 100 anos de história, uma enciclopédia sobre 203 musicistas de Pernambuco, um trabalho de fôlego e de grande importância para a fonografia brasileira.

No entender do poeta e escritor José Mauro de Alencar, coordenador do Memorial Luiz Gonzaga, da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife e autor da apresentação deste livro, nesta obra intitulada de Luiz Gonzaga: baião, forró e seca, Renato Phaelante se debruça sobre “o que considero o grande artista brasileiro. 

Luiz Gonzaga foi trabalhador da música, viveu 76 anos, deixou uma vasta obra, que refletiu e cantou a cultura do Brasil continental. Luiz Gonzaga, com vários parceiros, recriou a música nordestina, coletando de cada folguedo e de cada matriz cultural, uma pedra para construir a estrada de sua trajetória, andando por esse país, levando os vários sentimentos do povo brasileiro. Este livro reporta com propriedade o princípio da trajetória que os artistas brasileiros percorriam nas migrações para a antiga capital do País - Rio de Janeiro, com o nascimento da Era do Rádio”.

O livro retrata ainda a complexa e heroica história de Luiz Gonzaga, o menestrel da música nordestina, que agregou muitos artistas e compositores, reproduziu sons, criou ritmos, absolveu e usou a arte visual do seu povo, inventou o arquétipo pluri-simbiótico de cangaceiro, vaqueiro e cantador, numa só pessoa, resultante de uma das mais belas narrativas brasileiras.

Para José Mauro de Alencar, ler este trabalho é como sintonizar o rádio e ouvir a voz de Renato Phaelante, contando a saga do rei do baião, tão rica de detalhes, com linguagem poética, visão sociólogica, remontada por um pesquisador apaixonado pelo rádio, pelo frevo, pela arte dos violeiros repentistas e pela cultura popular.

Nenhum comentário

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário