A Revista Piaui denúncia que empresas de equipamentos médicos têm oferecido aos municípios respiradores de ar por um preço que varia de R$ 55 a R$ 90 mil, 63% de diferença. Virou uma espécie de leilão, e a cidade que paga mais leva o equipamento. A Secretaria de Saúde de Ipiaú tem recebido propostas de fornecedores sobre a compra dos aparelhos respiratórios.
Uma destas denuncias partiu no mês passado da Secretaria de Saúde de Ipiaú, Bahia. “As empresas fazem um jogo [na venda de materiais hospitalares]. Hoje, recebemos uma mensagem com uma empresa dizendo: ‘Vamos que o município está com dinheiro em conta.’. Eles tinham visto o orçamento da cidade e vindo falar com a gente com base nisso”, acusa Laryssa Dias, secretária de Saúde. “Existe uma investigação para oferecer o produto. É um jogo de quem dá mais”, completa.
Recentemente, BLOG NEY VITAL fez uma reportagem sobre se Juazeiro e Petrolina teriam ou não leitos suficientes para atender a demanda de pacientes de Covid-19, que os municípios podem vir a ter nas próximas semanas.
No Programa de Rádio, apresentado por Josenaldo Rodrigues, na manhã desta terça-feir (12), a líder comunitária Valdineia Rodrigues, cobrou da Prefeitura de Juazeiro, uma ação mais mais eficaz. "Juazeiro foi uma das primeiras cidades a decretar fechamento do comércio. A Câmara de Vereadores uma das primeiras a paralisar os trabalhos. Com este dinheiro que o Governo Federal liberou onde estão a compra dos respiradores de ar? Os Hospitais de Campanha?, questionou Valdineia.
No início de abril, dados apontavam que aproximadamente 33% dos municípios brasileiros têm, no máximo, dez respiradores mecânicos nos hospitais públicos e privados. O equipamento é essencial para garantir a sobrevivência de pacientes com quadros severos da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
Segundo o Ministério da Saúde, havia 65.411 ventiladores mecânicos no país, sendo que 46.663 no Sistema Único de Saúde (SUS). Do total, 3.639 encontram-se em manutenção ou ainda não foram instalados. Não é viável prever, com exatidão, de quantos aparelhos o Brasil necessitará nas próximas semanas, dependerá do número de contaminações. Mas é possível dizer que a distribuição dos respiradores é desigual.
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