CULTURA É UM DOS SETORES MAIS AFETADOS PELA PANDEMIA

Com as medidas de isolamento social para conter a disseminação do coronavírus no Brasil, shows, sessões de teatro e cinema, exposições e outras atividades culturais foram suspensas. Ainda não há data para a retomada das atividades. São milhões de artistas e técnicos que agora lutam para sobreviver e dependem de doações.

De acordo com pesquisa da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos, mais da metade da programação deste ano foi cancelada, com perdas estimadas em R$ 90 bilhões. Segundo o presidente da Cooperativa Paulista de Dança, Sandro Borelli, projetos de arte independente eram financiados por leis de incentivo e políticas de fomento, também paralisadas. Só no estado de São Paulo, quase 1,5 milhão de pessoas vivem da cultura.

“A gente está num momento terrível”, disse Borelli ao repórter André Gianocari, para o Seu Jornal, da TVT. Os trabalhadores da dança, junto com a Cooperativa Paulista de Teatro, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado de São Paulo (Sated-SP) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), têm distribuído alimentos e materiais de higiene para os artistas da periferia da capital paulista.

Por pressão dos parlamentares de partidos de esquerda, os trabalhadores das artes e da cultura foram incluídos entre as categorias que deverão receber o auxílio-emergencial. O projeto foi aprovado nesta quarta-feira (23) no Senado e aguarda sanção presidencial.

Segundo o professor de Economia da UFRGS Leandro Valiati, o mercado cultural, no Brasil e no mundo, foi um dos setores mais atingidos pela crise. Ele também aposta que este setor terá protagonismo econômico durante a retomada pós-pandemia. Mas, para isso, é necessário reforçar os fundos públicos que financiam as atividades culturais. “Acredito que os setores de cultura e da indústria criativa vão ser muito ativos, em escala mundial, nessa retomada.” (Rede Brasil Atual)

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