CAMPANHA 'JUNTOS CONTRA O CORONAVÍRUS" PROMOVE O CUIDADO À ENFERMAGEM

Na linha de frente do combate ao novo coronavírus, estão os profissionais da Saúde, entre os quais as equipes de Enfermagem. São elas que, diante da atual pandemia, se expõem aos riscos inerentes à situação para cuidar dos brasileiros neste momento tão delicado. 

Ao contrário de outras doenças, como gripe comum e H1N1, ainda não há vacina contra a COVID-19. Preservar e cuidar da saúde de enfermeiros, técnicos e auxiliares de Enfermagem de todo o Brasil é fundamental para garantir um tratamento adequado para os afetados pela doença, evitando o colapso do sistema de Saúde.

A fim de promover uma rede de proteção a esses profissionais, que somam mais de 2,2 milhões em todo o país, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) vem atuando junto ao governo federal, desde o início da pandemia, para assegurar a disponibilidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a instituições de saúde e também para atualizar os protocolos de atendimento a pacientes com COVID-19. Neste cenário, todo o Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem lançou a campanha “Juntos contra o coronavírus”, com o objetivo de propagar informações corretas e atualizadas sobre o tema. 

Além de ampliar a segurança para os profissionais de Enfermagem, a campanha visa reforçar o sentimento de união desses trabalhadores. Para isso, tem em seu hotsite www.juntoscontracoronavirus.com.br uma das principais armas. É nele que Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem e também o público em geral podem encontrar conteúdo completo sobre o coronavírus, como os cuidados que devem ser tomados no enfrentamento da COVID-19.

"Nosso compromisso é fazer tudo o que for necessário para proteger cada enfermeiro, técnico e auxiliar de Enfermagem para que possam seguir heroicamente cuidando da população", afirma o conselheiro federal Gilney Guerra.

No início desde mês a redação do BLOG NEY VITAL, numa edição especial, mostrou que os aplausos ecoam pelo país, os gritos de "viva" saem a plenos pulmões e os agradecimentos se multiplicam. No foco de um Brasil, uma Juazeiro e Petrolina em estado de decretos e guera devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), estão os doentes e casos suspeitos, mas também os profissionais de saúde. 

São médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, farmacêuticos, atendentes, encarregados da limpeza e demais funcionários de hospitais e centros recém-montados para atender a população. 

Durante horas dedicados ao trabalho, eles põem em prática o conhecimento para salvar vidas, a atenção contra o sofrimento humano, a técnica a serviço da informação e a higiene como arma para impedir o avanço do inimigo invisível.

O isolamento social necessário no combate à Covid-19 tem como exceção algumas áreas de atuação essenciais em que trabalhar de casa não é uma opção. Desempenham essas tarefas homens e mulheres que têm se esforçado dia e noite para garantir a oferta de serviços indispensáveis neste período de crise pandêmica: destaque para as enfermeiras e enfermeiros.

A reportagem da redeGn, ouviu trabalhadores da saúde. As enfermeiras contam como a rotina mudou e por que os cuidados se intensificaram.

A enfermeira Joana Lino trabalha há 9 anos na área. São mais de 80 horas por semana. Ela coordena dois postos de saúde em Petrolina e também presta serviço num hospital particular. Joana revela que desde dezembro vem acompanhando o desenrolar desta pandemia com "muita angústia e ansiedade".

"Aqui em nossa região estamos tendo vários treinamentos. Os gestores e hospitais particulares, temos os equipamentos de proteção individual, mas o inimigo é invisível e pode estar em qualquer lugar e nós, profissionais da saúde, estamos muito expostos e mesmo obedecendo todas as regras podemos nos contaminar e isto causa medo", revela Joana. 

Uma foto na Itália viralizou relatando o trabalho de Paulo Miranda,  enfermeiro da unidade terapia intensiva (UTI) no único hospital de Cremona. Esta pequena cidade na região da Lombardia é o epicentro do surto do novo coronavírus na Itália. Como muitos de seus colegas, Miranda está trabalhando em turnos de 12 horas desde o último mês. Em suas fotos, ele deseja mostrar a força de seus colegas e também sua fragilidade. "Somos profissionais, mas estamos ficando exaustos. Hoje, sentimos que estamos nas trincheiras e todos estão com medo."

Joana aponta os desafios que virão durante este mês de abril. "Estamos no meio de uma guerra. Fiquem em casa. O coronavírus é uma ameaça real. Está sendo muito difícil tudo isso. Estamos assistindo muitos profissionais já afetados psicologicamente e só estamos no começo. Não sei como nós profissionais da saúde  vamos estar quando tudo isto passar. Repito: fiquem em casa", disse Joana.

A diretora da Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sônia Maria Soares, avalia que ninguém estava preparado, nem aqui nem no mundo inteiro.

Satisfeita com o reconhecimento da sociedade, que tem homenageado os profissionais de saúde mundo afora, a diretora afirma que são agora os homens e mulheres de jaleco branco, às vezes também de azul e verde, que se tornam protagonistas de um capítulo dramático da história da humanidade. 

"Nossa força vem, junto da profissão que escolhemos, da vontade de ajudar o próximo em todos os momentos, ainda mais nesse de agora...tão difícil. É com amor mesmo que trabalhamos", finalizou Sonia.
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