AGLOMERAÇÕES NAS RUAS CAUSAM PREOCUPAÇÕES E AUMENTO DE CONTÁGIOS

"Se a gente não conseguir abrigar as pessoas, daqui a alguns dias haverá mortos na rua, como no Equador", prevê a coordenadora da Pastoral do Povo da Rua, Natércia Navegante, ressaltando que existe o coronavírus deve ser levado a sério e a doença é sim um risco a vida de milhares de brasileiros e ameaça todo o sistema de saúde de entrar em colapso, como aconteceu na Itália, e se repete agora em Nova York.

O jornalista e colunista Ricardo Kotcho escreveu que que o Brasil se aproxima da fase mais aguda da pandemia, com o trânsito voltando ao normal e o comércio novamente de portas abertas.  Kotcho avaliou que "após cinco pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional de TV, contra o isolamento social e em defesa do remédio cloroquina, a cada dia mais gente rompe a quarentena e volta às ruas". 

No discurso de quarta-feira (8) o presidente voltou a criticar o isolamento defendido pelo Ministério da Saúde, Bolsonaro se dirigiu aos "mais humildes, que não podem deixar de se locomover para buscar seu pão de cada dia".

Em Juazeiro e Petrolina, Senhor do Bonfim, a reportagem da redeGN mostrou dezenas de fotos com o povo nas ruas e principalmente nas filas dos bancos. Isto não se viu no início da quarentena. Resultado: o Brasil bateu mais um recorde de mortos e infectados pelo coronavírus.

"Quarentena por coronavírus afrouxou em todas as capitais do País", informa o Estadão, em reportagem de Tulio Cruse.

Com base na localização de 60 milhões de telefones celulares no país, a variação no aumento de circulação de pessoas, entre o final de março e o começo de abril, nas principais capitais brasileiras, foi identificada pela empresa In Loco.

Inciamos esta sexta-feira 10), com o número de mortes decorrentes do novo coronavírus (covid-19) totalizando 941, segundo atualização divulgada pelo Ministério da Saúde. O resultado marca um aumento de 17% em relação ao dia 8, quando foram registrados 800 óbitos.

São Paulo concentra o maior número, com mais da metade do número de mortes (495). O estado é seguido por Rio de Janeiro (122), Pernambuco (56), Ceará (55) e Amazonas (40).

No total foram 141 novas mortes entre o dia 8 e ontem 9, um novo recorde. No tocante ao perfil, 41% das vítimas fatais eram mulheres e 59% eram homens.
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