União da Ilha celebra a cultura e inova a bateria com sanfona, triangulo e zabumba

A União da Ilha do Governador levou a cultura e os costumes do Ceará à Sapucaí na madrugada desta terça-feira (5) com um enredo sobre as obras dos escritores Rachel de Queiroz e José de Alencar. 

O mestre de bateria Keko Araújo parabenizou
os 264 ritmistas, e a novidade deste ano que contou com 11 pessoas tocando triângulo, o que fez o samba conversar com o forró e o xaxado. 

"Esse ano agregamos novos valores ao samba. No meio da bateria teve triângulo,  a sanfona, e isto resultou numa festa bonita", festejou.

A comissão de frente misturou tradição com modernidade ao mostrar um cortejo de sertanejos pedindo salvação, até serem abençoados por um Padim Ciço voador – um "milagre" realizado com um ator em cima de um hoverboard.

Obras como "Iracema", "O Guarani" e "O sertanejo", de José de Alencar, e "As três marias", "O quinze" e "Memorial de Maria Moura" serviram como inspiração direta de fantasias e alegorias. A escola também usou diversas obras de arte produzidas diretamente no estado, como esculturas, fantasias e rendas. E até a bateria se inspirava nas tradições locais com o uso de uma sanfona.

Através do legado dos autores, o carnavalesco Severo Luzardo Filho chegou a seu terceiro desfile na União da Ilha explorando a culinária, as belezas naturais, a cultura e a fé do Ceará para tentar o primeiro título da escola no Grupo Especial. "Iracema", por exemplo, foi representada em alas sobre a bica do Ipu, rendas, artesanato de palha e o velho guajará.

A bateria também homenageou Padre Cícero, o Padim Ciço, milagreiro não reconhecido pela Igreja que atrai milhares a Juazeiro do Norte, e que inspirou inúmeros cordéis.

Foto: Facebook  

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