No carnaval, aumentam flagrantes de abuso de álcool nas rodovias federais

A Polícia Rodoviária Federal registrou redução nos acidentes e nas mortes durante o carnaval. Mas um número ainda alto de motoristas embriagados ou dirigindo acima de velocidade permitida.

Flagrante de excesso de velocidade: o carro estava a mais de 170 quilômetros por hora. As câmeras flagraram a ultrapassagem na faixa dupla. Os policiais foram avisados e multaram o infrator. Quem dirigia certo, se assustou.

“Você vai levar sua família, seus filhos para passear e a gente não sabe se vai ou se volta por causa de imprudência de álcool, imprudência de motorista”.

Pelo balanço parcial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), foram 997 acidentes e 75 mortes de sexta-feira (1º) até a quarta-feira (6).

No Paraná, um adolescente dirigia um carro. Ele tinha bebido, perdeu o controle e bateu na manilha. Também no Paraná, três crianças estavam sendo levadas num porta-malas. Nove pessoas estavam no carro. O motorista cometeu 12 infrações. Além de multado, teve o carro apreendido.

Em Mato Grosso, os policiais prenderam um motociclista que pilotava bêbado.

E teve muito motorista dirigindo sob efeito de álcool nas rodovias federais. O balanço parcial mostra que mais de 11 mil motoristas fizeram o teste do etilômetro: 1.834 foram autuados, e desses, 175 beberam demais e foram presos, porque o resultado do teste foi maior que 0,30 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. E teve motorista que se recusou a fazer o teste; foi multado assim mesmo.

“O odor de álcool no hálito da pessoa, sonolência, desordem nas vestes. Não consegue andar em linha reta”, explica Luiz Alexandre Gomes da Silva, superintendente da PRF-MS.

Em Campo Grande, a Polícia Militar usou drone nas fiscalizações. Um motorista fazia ziguezague numa avenida. O drone filmou, a ronda de moto foi acionada e o motorista, preso.

Foram 160 flagrantes de embriagues com 21 presos, três vezes mais que no Carnaval de 2018; 70% dos motoristas também se negaram a fazer o teste do bafômetro.

“Muito embora é um direito dele se recusar, a legislação passa a entender que, a partir do momento que ele se recusou, ele está dizendo ali para os policiais que ele está alcoolizado”, disse Franco Alan, comandante do Batalhão de Trânsito.
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