No dia 31 de agosto, serão marcados os 100 anos de nascimento desse artista genial. Para celebrar a data, publicamos, nesta edição da Continente, uma HQ inédita, com roteiro da jornalista Débora Nascimento e desenhos do ilustrador Celso Hartkopf – que também assina um brinde especial aos leitores, um pôster de Jackson cercado por alguns dos incontáveis artistas brasileiros que influenciou.
Um dos sucessos do repertório jacksoniano, Chiclete com banana falava da resistência da música brasileira em meio aos americanismos que aportavam no país, nos anos 1950. Hoje, diante de um cenário hostil à cultura no Brasil, o que cantaria Jackson? Podemos imaginar, mas não veremos o presidente da República, que mal falou da morte de João Gilberto, celebrar o centenário do artista paraibano, falecido em 1982.
Não é difícil chegar a essa conclusão: nas eleições de 2018, Bolsonaro não tinha sequer um programa de governo para a cultura e, desde a posse, assistimos ao início de seu desmonte: da extinção do MinC ao destino incerto da Ancine, Desmonte a dimensão da palavra desmonte, cujo significado passa por derrubada, desmantelo, desnorteamento. No ano (2019) em que o cinema ganha prêmios em Cannes, como pode uma paralisia ser imposta ao setor? “É o país da contradição”, como cantou Lenine, em Jack Soul Brasileiro. (Revista Continente)
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