De saudade
Canta o vem-vem
Dos galhos da flor do cumaru
Saudade de te ver
Nas noites de São João
Do Cariri ao Pajeú
Marcolino
Poeta cantador
A cacimba secou de tanto pranto
O carão não escuta o teu canto
Sabiá padeceu de tanta dor
O ciúme da lua se acabou
Hoje vives morando perto dela
Desenhando teu canto numa tela
Seduzindo-a com tua serenata
Despertando seu riso cor de prata
Num desenho de linda aquarela
Serrote agudo
Hoje está tristonho
Não por falta das grandes vaquejadas
Mas por falta das notas delicadas
Dos acordes mostrando a lenda em sonhos
Só os vates de cima estão risonhos
O teu canto é a saudade imprudente
Que machuca o sertão que há na gente
Como um pranto na mágoa de um vaqueiro
Que tristonho num banco do terreiro
Faz aboios saudosos e dolentes. (Galvão Filho e Gilmar Leite)
**Poeta Zé Marcolino (Onildo Barbosa):
Eu te enxergo qual um astro
Te consumo como um hino
Tu és a voz do agreste
Meu cantador nordestino
Flor do campo, ventania
Meu favo de poesia
Poeta Zé Marcolino
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