O pré-candidato do PSB à Presidência da
República Eduardo Campos defendeu punição severa para o irmão do ex-ministro e candidato ao
Senado pelo partido Fernando Bezerra, Clementino de Souza Coelho,
caso seja provado seu envolvimento com movimentações financeiras
irregulares envolvendo o doleiro Alberto Yousseff.
Campos disse que está "completamente
tranquilo" e que acredita que as acusações contra o irmão do
ex-ministro não afetarão sua campanha. "Não se trata do
Fernando Bezerra, trata-se do irmão dele", afirmou Campos
durante seu primeiro ato na peregrinação que fará pelo País como
pré-candidato.
Campinas é a maior cidade paulista governada pelo
PSB. Ao lado do prefeito local, Jonas Donizette (PSB), Campos teve
que abrir sua entrevista coletiva respondendo sobre as acusações
contra o irmão de Bezerra. "Essa pessoa, que é parente de um
filiado do PSB, ela deve prestar todos esclarecimentos. Ele não tem
nenhum envolvimento com o PSB. Se e ele fez algo errado, ele tem que
ser punido como qualquer outro."
O ex-governador de Pernambuco, ligado
politicamente a Bezerra, que ocupou cargo de ministro no governo
Dilma Rousseff, negou qualquer relação entre a indicação de
Bezerra e Coelho. "O irmão dele estava lá (no governo federal)
desde 2003, no primeiro governo do presidente Lula, quando ele estava
no PPS. Quando ele (Bezerra) chegou, o irmão teve que sair por força
da legislação brasileira", explicou Campos.
Segundo ele, Fernando Bezerra era prefeito em 2003
e Clementino Coelho foi candidato a deputado, perdeu e acabou
convocado para a Codevasf. Campos argumentou que foi o PSB que
viabilizou a CPI que investigará a Petrobras e o doleiro Yousseff e
que, por isso, exigirá apurações.
"O PSB foi o partido que viabilizou a CPI.
Nós fizemos isso exatamente para que a sociedade possa ver tudo
apurado doa a quem doer toque que tocar. A lei é para todos."
"Eu quero que a Polícia Federal apure, que o Ministério
Público apure e que a Justiça julgue. Se ele (Clementino Coelho)
tiver culpa, ele tem que ser punido severamente", afirmou
Campos.
Fonte: Ricardo Brand-Agencia Estado
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