LIVE CONVERSA DE FOLE SANFONA DE 8 BAIXOS ACONTECE NESTA TERÇA-FEIRA (22) NO CANAL LÉO RUGERO

Será realizada nesta terça-feira (22), a Live Conversa de Fole de 8 Baixos. A  transmissão no Canal Leo Rugero e conta com a participação do professor, doutor em Literatura da Ciência, Aderaldo Luciano. O músico Leo Rugero, é mestre pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e pioneiro na pesquisa da sanfona de 8 baixos..  O encontro começa às 19hs.

O cantor  e sanfoneiro Luiz Gonzaga costumava dizer que a sanfona de 8 baixos é a mãe do forró e valorizava no seu cancioneiro o pé de bode, a sanfona de 8 baixos do pai seu Januário". Atualmente ameaçada de extinção os professores vão dialogar sobre o tema.

Detalhe: A característica marcante da sanfona de 8 baixos é a bi sonoridade abrindo o fole, o botão corresponde a uma nota; fechando, já é outra nota. A sanfona de 8 baixos sempre foi citada, referência maior e respeito pelos grandes mestres, ícones  do cenário musical brasileiro como  Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Sivuca, Dominguinhos, Abdias, Genival Lacerda dentre outros.

Atualmente Luizinho Calixto é um dos músicos que se dedica a valorização e divulgação do aprendizado da Sanfona de 8 Baixos.

Segundo Oswaldinho do Acordeon “A verdadeira sanfona é aquele instrumento menor, de oito baixos, onde abrindo o fole é uma nota e fechando é outra, ensinada de pai para filho, conhecido no interior do nordeste como pé-de-bode ou concertina, e no sul como gaita-ponto”.

Aderaldo Luciano é formado em Letras, tem mestrado e doutorado em Ciência da Literatura pela UFRJ. Chegou no Rio de Janeiro em 1987 trazendo na bagagem os versos do cordel. Filho de uma família de poetas, herdou deles o gosto pelos poemas cantados nas feiras de sua cidade natal, Areia, Paraíba, onde comprou seus primeiros folhetos de cordel e conheceu as três bibliotecas locais.

O livro chega até ele no convívio com essas bibliotecas. No Rio de Janeiro, foi professor de Língua Portuguesa e Literatura em escolas e faculdades, trabalhou no rádio, foi professor no Senac-RJ, acompanhou o nascimento da Universidade das Quebradas na qual ofereceu cursos sobre o cordel, fundou a Caravana do Cordel e participou do Grupo de Trabalhos que pensou em 2016 e 2017 o Plano Municipal do Livro, da Leitura e das Bibliotecas da cidade.

Leonardo Rugero Peres (Léo Rugero), é mestre em etnomusicologia pelo Programa de Pós-Graduação em Música da UFRJ. Seu trabalho pioneiro sobre a sanfona de oito baixos no Brasil foi contemplada, em 2012, com os prêmios “Centenário de Luiz Gonzaga 2012” e “Produção Critica em Música”, ambos pela FUNARTE, para realização de um filme documentário e um livro sobre a tradição da sanfona de oito baixos. 

Léo Rugero nasceu em Santo André, São Paulo, em dezembro de 1971. Chegou ao Rio de Janeiro com a família noa ano de 1974. A música guiou seus passos desde cedo e na infância seus primeiros instrumentos foram o violão e o orgão elétrico.

Sua carreira artística tem sido identificada pela pesquisa musicológica associada à criação, o que se reflete em sua atividade profissional como etnomusicólogo, compositor, arranjador, educador, produtor cinematográfico e multiinstrumentista (violino, viola clássica, acordeon, sanfona de oito baixos, violão, piano, viola caipira e percussão).

Ao longo de sua carreira artística, tem participado como instrumentista e arranjador em produções fonográficas. Como compositor, tem sido responsável por trilhas sonoras originais para teatro, televisão e filmes documentários.

O músico Leonardo Rugero passou mais de quatro anos estudando a história e a prática do instrumento para compor sua tese acadêmica pela UFRJ. Após concluir a tese mestrado com o material produziu precioso filme de média-metragem. Atualmente Leo Rugero mora na Paraíba.

A pesquisa de Leo Rugero começou pelo Rio de Janeiro. Disciplinado percorreu sete cidades que formam a rota da difusão do instrumento até hoje, sendo uma delas Exu, em Pernambuco, lá no Araripe, onde Januário, pai do sanfoneiro Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, puxava a sanfona.

"O filme reúne nomes de famílias influentes na propagação da cultura sanfoneira, entre elas os Calixtos e os Gonzagas, que fizeram história com a canção “Respeita Januário”, o percussor dos caminhos para a produção de discos, e até mesmo de composições instrumentais, a partir da década de 40 e foi um dos responsáveis em valorizar a sanfona de 8 baixos, com a formação do grupo familiar Os Sete Gonzagas".

Durante o tempo em que ficou submerso nas pesquisas, Leo Rugero concluiu que a sanfona de 8 Baixos esteve ameaçado de extinção, principalmente por falta de interesse da nova geração de músicos, que o julgaram defasado, após a invenção da moderna sanfona de 120 baixos, que ganhou a fama de ser mais completa.

"Percorremos o Brasil adentro, não há incentivo para a prática da sanfona de oito baixos, que ainda continua restrita às áreas rurais. Pouco existe das grandes festas espontâneas de bailes. Por isto incentivo a esta nova geração a ter interesse pela sanfona de 8 Baixos".

O livro traz minuciosos detalhes sobre o panorama atual da relação do brasileiro com o instrumento. Segundo Rugero, a sanfona de 8 Baixos é muito popular hoje no Sul do país, por conta do músico porto-alegrense Renato Borghetti".

"De Norte a Sul, o ritmo plural da sanfona de oito baixos se faz presente na história. A sanfona de 8 baixos merece ganhar a atenção e a contemplação das pessoas, quase o que aconteceu com o choro. Está virando cult, e a tradição agradece".
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