João Pessoa: Khrystal faz show sábado 16 na Capital Paraibana

Sendo uma das artistas de mais força e representatividade nordestina, que busca enaltecer as características dessa região em toda sua arte e música, Khrystal vai à capital paraibana trazendo o seu show “Dois Tempos” no próximo sábado, dia 16/08, a partir das 22h, no Vila do Porto, onde dividirá o palco com o Clube do Samba, grupo considerado pela crítica como o melhor da nossa região em seu segmento artístico.

Esse evento, que promete ser o verdadeiro encontro em nossa cidade da Música Popular Brasileira e suas vertentes, tão bem expressadas nessas duas realidades artísticas, nasceu a partir da necessidade de intercâmbio entre a arte produzida na capital potiguar e Paraíba. O público que tem interesse em apreciar uma noite de pura cultura, pode adquirir os ingressos ao preço único de R$ 20 (vinte reais) nas Lojas Furtacor (Shopping Sul, Shopping Tambiá e Mag Shopping), Clotthes Moda (principal de Mangabeira, em frente a Honda) e no local do evento.

Khrystal, multiartista que dedica sua carreira à música há mais de 20 anos, promete trazer em seu repertório toda a sua carga poética e realidade contemporânea do seu “Dois Tempos”, além de músicas que a consagraram, como “A Carne” e “Coisa de Preto”. Já o Clube do Samba, que vem desenvolvendo há oito anos um samba de raiz com qualidade e respeito a esse segmento, pretende contemplar os clássicos desse gênero, como Cartola, Dona Ivone Lara e Noel Rosa, assim como a nova safra do samba, como Diogo Nogueira, Arlindo Cruz, Roberta Sá e Revelação.

Khrystal é Multiartista que define a sua carreira musical, de mais de duas décadas, como sendo “um eterno cangaço”, é natural de Natal (RN), e aprendeu em casa, com seu pai,  Cícero Saraiva, a gostar de música. Seu nome – Khrystal Gleyde Saraiva – veio de uma homenagem a uma bailarina francesa, e mesmo sem ter a confirmação da existência dessa dançarina, Khrystal nasceu mesmo com alma de artista.

Aos 17 anos, já cantava em bares da “Cidade do Sol”. Em 2004, começou uma pesquisa para um trabalho que resultou no show O coco do Brasil. Desse show, foram extraídas as seis faixas da sua primeira demo – Meia Dúzia ou Seis (2005) que tornou-se um possível disco de carreira. Em 2006, juntou-se a quatro cantores/compositores - Luiz Gadelha, Simona Talma, Ângela Castro e Valéria Oliveira - formando o Projeto Retrovisor, que tinha como finalidade incentivar a produção autoral entre eles e apresentá-la ao público. Em 2007, o CD Pra que serve a música foi o resultado dessa produção que passou por diversos pontos culturais de Natal e chegou até Mossoró, Fortaleza e Ribeirão Preto.

Ainda nesse ano, Khrystal lançou seu primeiro CD chamado Coisa de Preto, sendo este uma declaração de amor à raiz e à antena da música brasileira, onde vendeu mais de 10 mil cópias e a levou a 17 capitais e mais de cem brasileiras, incluindo Rio de Janeiro e São Paulo, além de quatro shows em Lisboa, Portugal. Em 2008, experimentou as artes cênicas, atuando no filme Luneta do Tempo, no qual foi convidada pelo cantor Alceu Valença e pelo diretor Walter Carvalho. Em 2010, estreou o show experimental O Trem - com foco nas canções autorais – e que foi exibido em vários pontos de Natal e numa mini turnê que incluiu Fortaleza, Maceió e Rio de Janeiro. Foi desse show que saiu o repertório do segundo disco de sua carreira, Dois Tempos.
 
Dois Tempos – o número dois de sua carreira, enfatiza a produção autoral, e vem sob a direção musical do guitarrista, compositor e produtor Ricardo Baya, além da companhia dos músicos Paulo de Oliveira (baixo), Paulo Eduardo (teclado e sanfona), Darlan Marley (bateria) e Kleber Moreira (percussão). 

Em seu show homônimo, Khrystal declara que “esse é mais pessoal que o primeiro e menos saudosista também. Fala de cotidiano e de sentimentos que não mudam, mesmo diante de um mundo em constante transformação como o amor, a coragem, a autoestima, a natureza. Tem um jeito mais leve de dizer as coisas sem deixar de falar do que incomoda.” Ela exibe com maior amplitude sua face compositora, amadurecida ao longo do tempo nesse seu mais recente trabalho.

A canção que leva o nome do álbum, num samba gingado, sumariza o conceito central do disco, e Khrystal declara: “Quando fiz a música e usei o termo, fui movida pelo vício de linguagem do meu lugar (Natal/RN), onde a expressão ʻdois temposʼ quer dizer ʻrapidinhoʼ, ʻligeiroʼ, além do fato do disco ter apenas 48 minutos. Por outro lado, faz um contraponto com a coisa de eu ter passado cinco anos sem gravar. Demora essa, por uma série de fatores, entre eles, eu não gostar de estúdio”. “A música fala do Brasil, dessa mistura que somos nós. De botar guitarra nos gêneros tradicionais como o coco e ʻsalgarʼ o negócio”, contextualiza, por fim, a artista.

Fonte: Anne Fernandes | (83) 8806-0165 | anneksfernandes@gmail.com
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