Dominguinhos é mais um mês junino de saudades


No Nordeste a tradição das 18h é a família escutar a hora do Angelus. Lembrei hoje que  foi nesta hora Divina que Dominguinhos morreu, desencarnou! Um descanso para quem lutava  mais de 6 anos para sobreviver a um câncer no pulmão. Em 2014 é o segundo ano junino sem o puxado da sanfona de Dominguinhos.

Dominguinhos, nascido em Garanhuns, agreste de Pernambuco continuará sendo um dos mais importantes e completos músicos, instrumentistas, tocador de sanfona. É imortal em discos, DVD e milhares de entrevistas por este Brasil afora.

Filho de Chicão, afinador de sanfona de 8 baixos e de Dona Maria soube também guardar a honra e gratidão de ter "aprendido umas lições" de Luiz Gonzaga, Rei do Baião, que um dia anunciou ser o Dominguinhos o seu mais legitimo seguidor, o verdadeiro herdeiro musical.

Dominguinhos e seu talento de tocar sanfona agradava as mais variadas plateias, indo do jazz aos dançadores do forró pé de serra. Foram 72 anos puxando sanfona respeitando os 8 baixos de Januário,  pai de Luiz Gonzaga e de seu pai Chicão.

Dominguinhos sempre teve o compromisso com nossas raízes. E para os gonzagueanos fica agora a certeza que temos que aumentar nosso compromisso com o Forró e o Baião. Saudade da fala cadenciada como a toada do aboiador. Saudade do olhar triste, solitário/solidário de um carinho e atenção que conquistava a todos no primeiro aperto de mão e da voz quente quando tocava e cantava.

Saudade o nosso remédio é cantar...Saudade danada de Dominguinhos


Fonte: Arquivo Ney Vital- com Valdomiro e Dominguinhos
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