Em nova reunião realizada na sede da Agência Nacional de Águas (ANA), em
Brasília (DF), para avaliar os efeitos da vazão
reduzida do Rio São Francisco, o tema que norteou as discussões foi a urgência
em atender aos municípios que apresentam dificuldades em abastecer a população
devido ao rebaixamento do nível do rio.
O grave problema enfrentado pela
represa de Três Marias, em Minas Gerais, assumiu toda a discussão porque o
quadro atual de estiagem pode se agravar e interferir, inclusive, em toda a
bacia do Rio São Francisco.
Os técnicos do Serviço de Água e Esgoto (SAE) e da Companhia de Energia e
Elétrica de Mias Gerais (Cemig) apresentaram o quadro atual, que aponta para a
grave situação da região. O volume de água armazenada hoje na barragem está bem
abaixo do mínimo aceitável. Com isso, a pauta inicial que era discutir a
metodologia aplicada para definir o nível da vazão do São Francisco foi
suspensa e a ANA acabou recebendo autorização para reduzir a defluência na
região de Três Marias para 150 m³ por segundo, ao contrário da que se pratica
atualmente, de 350m³ por segundo.
“É uma situação dramática para a região, por
ser a cabeceira do rio, o local que joga água para o rio como um todo”,
explicou o secretário-geral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São
Francisco (CBHSF), Maciel Oliveira, presente à reunião.
A prática dessa vazão trará transtorno para a captação de água do município
de Pirapora, imediatamente e, se perdurar a falta de chuva, poderá ocasionar
dificuldades ao perímetro irrigado da Jaíba e à navegação a montante da represa
de Sobradinho, a qual deverá continuar com a vazão reduzida para 1.100m3/s, caso não haja chuvas nesse período e ainda devido à
redução da vazão na barragem de Três Marias. Apesar da autorização para a
defluência, antes da redução serão aplicadas alternativas, a exemplo da troca
de bombas, para reduzir os efeitos da baixa defluência.
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