"O RIO SÃO FRANCISCO QUE DÁ A VIDA ESTÁ SENDO MORTO POR MAIS UMA BARRAGEM", DENUNCIAM MOVIMENTOS QUE FAZEM VIVER O VELHO CHICO

Os povos do São Francisco denunciam a construção de mais uma barragem no rio São Francisco, sob o falso argumento de que o empreendimento trará desenvolvimento para a região, geração de empregos e estabilidade econômica. 

O projeto é insustentável do ponto de vista econômico, social e ambiental, e também incapaz de beneficiar a comunidade local como vem sendo idealizado. Razões que levaram os povos tradicionais, quilombolas, indígenas, comunidades pesqueiras, vazanteiras, geraizeiras, que vivem e preservam o Velho Chico, junto com 60 entidades tornarem público uma nota para denunciar a construção da Usina Hidrelétrica do Formoso, em Minas Gerais.

O documento publicado, destaca “o autoritarismo e as manobras para acelerar o processo de licenciamento ambiental marcam a tentativa de implantar o projeto”. Segundo os povos, as informações apresentadas pela empresa ao IBAMA, para adquirir o licenciamento ambiental, não condizem com as reais condições ambientais da região, da bacia do rio e também, afirmam não terem sido realizadas as consultas a nenhum setor da sociedade.

“No momento em que o Brasil se preocupa com a pandemia, tentam instalar em nosso amado Rio, que é vital à existência de nossa gente”

Outro alerta diz respeito ao fato de somente na área de impacto declarada pela empresa, existirem mais de 60 sítios arqueológicos registrados, inúmeros cursos d’água, bens patrimoniais tombados pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA), áreas de Preservação Permanente, regiões de várzea, veredas, remanescentes de mata atlântica, espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção, consta a nota.

Os povos que vivem e fazem viver o Velho Chico, têm muita clareza de que com a construção da hidrelétrica aumentará a violência e exploração sexual, pressão sobre os serviços públicos, elevação do custo de vida e outros estorvos, para a população restará os problemas sócio-ambientais e empobrecimento. (*Fonte: CIMI *Foto: João Zinclar)

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