VIRGILIO SIQUEIRA: CÂNTICOS DE SOL E CHUVA, ABOIO, XOTE, BAIÃO, FORRÓ E BLUES

A seca, a chuva, a fauna e a flora da caatinga são o cenário sem limites para a história de um casal que vive a descrença e a fé  de uma história que se passa no Sertão. Depois de tantas reviravoltas provocadas pelas dificuldades, Benjamim e Carminda acabam sendo surpreendidos pela fartura e harmonia que só o inverno conseguiu multiplicar. 

Os dois dão a volta por cima de uma rotina conflituosa que ganha luz com o nascimento de gêmeos. Com muita poesia, a história de Cânticos de Sol e de Chuva, movimenta o primeiro auto de natal que se passa na caatinga.

A história de Cânticos de Sol e Chuva foi escrito em 2012. O autor é o poeta e compositor Virgílio Siqueira nascido em Santa Cruz da Venerada, Sertão do Araripe, onde passou a infância convivendo com as agruras da estiagem, o autor montou uma narrativa dinâmica que também carrega as belezas do Sertão. Atualmente, Virgílio mora em Petrolina, onde busca inspiração frente à abundância das águas do rio São Francisco.

Virgilio Siqueira é um dos mais talentosos poetas. Virgílio Siqueira também é compositor, e tem músicas gravadas por Fagner, Xangai, Vital Farias, Dominguinhos, Maciel Melo e Santana. De sua autoria, cantoria, aboio, xote, baião, forró, rock rural e blues com letras que remontam o cancioneiro nordestino. 

No livro O personagem masculino Bejamim, representa a seca, enquanto a companheira  Carminda,  a chuva e a fartura. “Esse auto de natal traduz todas as matizes da natureza humana e o ambiente da caatinga. O diferencial em relação a outros autos já escritos, é que neste, em vez de um filho, o casal ganha gêmeos. Aí uma terceira personagem chamada Maria Parteira entre em cena”, explica Virgílio.

Segundo o autor, que lançou seu primeiro livro na década de 90 e participou de coletâneas, o projeto Cânticos de Sol e de Chuva, povoa seu sentimento sertanejo há mais de vinte anos, mas só agora consegui transformá-lo em livro. 

“Sempre começava o processo de pesquisa, dava os primeiro passos da escrita, mas parava no meio. Ano passado, passei por momentos difíceis na vida e retomei o projeto fazendo pesquisas na região de Santa Cruz e Ouricuri, dando forma à narrativa dos poemas e das músicas”, conta Siqueira.

Cânticos de Sol e da Chuva ganha dinamismo poético, através da linguagem que o autor conduziu usando as formas do terceto, quadra, sextilha, décima, versos brancos e livres, além da poesia concreta. 

O desfecho da história se dá com o nascimento de Ivan e Aída, que para o pai Benjamim, representam, respectivamente, ternura e fibra/doçura. 

Fonte: Jornal do Commercio/2012

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