VOLUME ÚTIL DA BARRAGEM DE SOBRADINHO SERÁ DE 89,86% NO DIA 23 DE JUNHO

O mês de abril e maio, as informações foram positivas, o momento histórico, depois de 11 anos, os reservatórios do Nordeste, em especial os da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), voltaram a atingir volume útil maiores que 90%. No Rio São Francisco, Sobradinho e Boa Esperança, no Rio Parnaíba, atingiu 100%.

Atualmente o Reservatório de Itaparica, em Pernambuco, passa por um processo de transferência de água, recebendo volume de Sobradinho (BA), para equilibrar os níveis dos reservatórios do São Francisco. O objetivo é elevar o volume de Itaparica a 90% de sua capacidade.

Desta forma, ao longo dos meses de maio e junho, a Chesf, juntamente com o Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, realiza ações nesse sentido, com a expectativa de atingir o nível de armazenamento determinado.

No dia 23 de junho, véspera de São João, o volume útil da Barragem de Sobradinho, que vem diminuindo, depois de ter atingido 95%, vai chegar a 89,89%. A afluência (água que chega) é de 1.020 metros cúbicos por segundo e defluência (água que sai), 1600 metros cúbicos por segundo.

A reportagem do BLOG NEY VITAL esteve na Colônia de Pescadores do Angary e o nível da água continua subindo, todavia, de acordo com os moradores "não vai atingir as casas".

A situação é de normalidade, de acordo com a assessoria de imprensa da Chesf e bastante favorável e esta situação possibilitará o atendimento aos usos múltiplos, durante o próximo período seco, motivo de comemoração por parte de todos os usuários do Velho Chico.
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MINISTRO DA EDUCAÇÃO, ABRAHAM WEINTRAUB É DEMITIDO DO CARGO

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira (18) que deixará o cargo. A confirmação foi dada em um vídeo publicado por Weintraub, em que o ministro aparece ao lado do presidente Jair Bolsonaro. O nome do substituto não foi informado.

Nesta quarta, a comentarista do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo informou que o governo pretende indicar Weintraub para o Banco Mundial, em Washington. Lá, o Brasil lidera um grupo de nove países e, sendo o maior acionista, tem a prerrogativa de indicar o diretor da área.

"É um momento difícil, todos os meus compromissos de campanha continuam de pé. Busco implementá-lo da melhor forma possível. A confiança você não compra, você adquire. Todos que estão nos ouvindo agora são maiores de idade, sabem o que o Brasil está passando. E o momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar por liberdade. Eu faço o que o povo quiser", afirma Bolsonaro no vídeo. (Fonte G1)
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COMITÊ DA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO APROVA PROJETOS VOLTADOS À SUSTENTABILIDADE HÍDRICA NO SEMIÁRIDO

Presente em todos os estados do Nordeste e em parte do Sudeste (norte de Minas Gerais e norte do Espírito Santo), o clima semiárido está associado ao importante bioma da Caatinga. Correspondendo a aproximadamente 11% do total do território brasileiro e 50% do território da bacia hidrográfica do rio São Francisco. O semiárido tem características próprias: baixa ocorrência de chuva, altas temperaturas e longos períodos de estiagem. Por isso, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco aprovou, no final do ano passado, a contratação de oito projetos voltados à sustentabilidade hídrica no semiárido.

Serão realizados dois projetos por região fisiográfica da bacia do rio São Francisco, classificados a partir dos critérios definidos no Ofício Circular de Chamamento Público CBHSF N° 02/2019. Os projetos selecionados receberão até R$ 1 milhão, financiados por meio de recursos financeiros oriundos da cobrança pelo uso das águas do rio São Francisco,com contratação feita pela Agência Peixe Vivo.

De acordo com a Agência Peixe Vivo, já foram elaborados os termos de referência para a contratação de consultoria especializada. Essa consultoria irá elaborar novos termos de referência para a execução dos projetos aprovados. Também foram iniciados os procedimentos para lançamento dos atos convocatório associados a essa contratação.

Os projetos do Alto São Francisco atenderão os municípios de São João da Ponte, Varzelândia e Miravânia, em Minas Gerais. “Água para beber, vidas para cuidar”e “Ações de revitalização dos recursos hídricos no município de Miravânia no semiárido mineiro” são as propostas que preveem a implantação de cisternas para captação das águas das chuvas para consumo humano, mobilização social e capacitação nas comunidades rurais da bacia do São Francisco; e a implantação de pequenas barragens de acumulação de água em riachos intermitentes, respectivamente.

Já na região do Médio São Francisco os municípios que receberão as ações financiadas pelo CBHSF serão Macaúbas e Barra do Mendes, ambos na Bahia. Em Macaúbas a proposta é implantar cisternas para captação das águas das chuvas para consumo humano e capacitação das famílias beneficiadas. Já em Barra dos Mendes, a proposta é para captação das águas das chuvas para produção de alimentos.

No Submédio São Francisco, a proposta “Salvando as veias do São Francisco – a luta para recuperar rios e nascentes nas serras de Jaguarari-BA” vai atender a cidade de Jaguarari com a construção de barragens subterrâneas, barreiros e outras estruturas para recarga dos aquíferos na região.

Além disso os municípios de Macururé (BA), Pariconha (AL), Betânia, Carnaíba, Carnaubeira da Penha, Iguaraci, Mirandiba, Santa Cruz da Baixa Verde e Triunfo, em Pernambuco, serão atendidos pela proposta “Bênçãos do São Francisco – sustentabilidade socioambiental, hídrica, energética, alimentar e nutricional no Submédio São Francisco”, que pretende implantar sistemas de coleta e manejo da água de chuvas, de reuso de águas cinzas, fogões geoagroecológicos, sistema de energia fotovoltaica e estruturar barragens conceito base zero, além de promover o plantio e manejo de reservas agroecológicas de mandacarus e palmas e realizar serviços de assessoria à extensão rural.

No Baixo São Francisco, a proposta “Segurança hídrica e controle da desertificação através de energia fotovoltaica e Sistemas Agroflorestais” vai atender a cidade alagoana de Inhapi, com o emprego de sistema fotovoltaico para sistemas agroflorestais. O segundo projeto vai beneficiar Cacimbinhas, Canapi, Dois Riachos, Ouro Branco e Poço das Trincheiras, em Alagoas; Pedro Alexandre eSanta Brígida, na Bahia; as cidades deIati, Paranatana eSaloá, emPernambuco; além de Cedro de São João, Feira Nova, Gracho Cardoso, Itabi e Monte Alegre de Sergipe, em Sergipe. Todas as comunidades receberão a implantação de sistemas de coleta e manejo da água de chuvas, de reuso de águas cinzas, fogões geoagroecológicos, sistema de energia fotovoltaica, além de ações de estrutura das barragens conceito base zero e sistemas de produção agroecológicos e socioambientais, plantio e manejo de reservas agroecológicas de mandacarus e palmas e serviços de assessoria à extensão rural. (Fonte: *Texto: Juciana Cavalcante *Foto: Edson Oliveira)
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GERALDO AZEVEDO CELEBRA FESTAS JUNINAS COM DISCO E DIZ QUE NÃO LEMBRA TER FICADO TANTO TEMPO LONGE DOS PALCOS

Tanto quanto a vida na estrada, especialmente este mês, Azevedo sente falta das festas de Santo Antônio, São João e São Pedro. Devido à pandemia de Covid-19, os arrasta-pés de 2020 ou acontecerão em transmissões pela internet ou estão adiados para quando o contágio pelo vírus estiver controlado.

Há décadas um dos artistas mais requisitados para as festividades juninas, Azevedo, desta vez, celebra essa cultura com um disco. "Arraiá de Geraldo Azevedo", gravado ao vivo, foi lançado há duas semanas, e é o registro de um show que o cantor apresenta há mais de dez anos.

"Todo mês de junho eu faço o Nordeste e depois vou ao Rio de Janeiro. Quando comecei a fazer os shows de São João, ainda era muito mais de canções próprias -xotes, xaxados, baiões. Depois, comecei a inserir clássicos. Não podia deixar de cantar Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, eles são os mentores."

"Arraía", registrado no Circo Voador, onde Azevedo se apresenta anualmente em junho há 11 anos, traz no repertório clássicos atemporais do forró nordestino. Só de Luiz Gonzaga, aparecem trechos de "Olha pro Céu", "São João na Roça", "ABC do Sertão", "Xote das Meninas" e "Sabiá", mas ainda há espaço para "Óia Eu Aqui de Novo", de Antônio de Barros, "Petrolina e Juazeiro", de Jorge de Altinho, e "O Canto da Ema", conhecida na voz de Jackson do Pandeiro, entre outras.

A influência dessas músicas, diz Azevedo, vem da infância. "Hoje a gente sabe que o forró virou nacional, mas nasci na zona rural de Petrolina. A expectativa era grande. A gente juntava madeira para a fogueira, todas as casa tinham. Além dos fogos, ainda limitados, existiam superstições. Eu, por exemplo, tive padrinho e madrinha de São João, daqueles rituais na fogueira."
Do interior de Pernambuco, ele lembra de assar milho na fogueira, do clima de paquera nos convites para dançar quadrilha, das comidas típicas e dos jogos. "A gente não tinha luz elétrica e dormia umas 20h, mas no São João a fogueira iluminava a noite toda, e durava muito."

Já conhecido, Azevedo chegava a ficar intoxicado com a fumaça das fogueiras nas turnês juninas pelo estado natal. Até passou a pedir uma barraca com comidas típicas no camarim. "Era uma das coisas que eu sentia falta, virei pessoa pública. Pedia à produção para montar no camarim. Com munguzá, canjica, doce de macaxeira."

Além da memória junina, "Arraía" tem versões puxadas para o forró de "Espumas ao Vento" (famosa na voz de Fagner) e de músicas conhecidas de Azevedo, entre elas "Moça Bonita" e "Sétimo Céu".

Mais do que o repertório autoral, o cantor insere a própria estética no forró. É um mistura das características mais tradicinoais do estilo com a linguagem desenvolvida pelo próprio Azevedo a partir dos anos 1970, em discos como "Bicho de 7 Cabeças". Também com os contemporâneos e parceiros de Grande Encontro, Elba Ramalho, Alceu Valença e Zé Ramalho.

Para o cantor, que incrementa as músicas com bateria, guitarras e percussões, o forró pé-de-serra -de sanfona, piano e zabumba- segue o mais autêntico até hoje. Ainda assim, o estilo perdeu espaço nos últimos anos, tanto para a música sertaneja quanto para o forró eletrônico, de nomes como Calcinha Preta e Limão com Mel, que aproximam o ritmo à música brega.

O cenário começou a mudar nos anos 1990, lembra Azevedo. Ele chegou a brigar com uma prefeita de Campina Grande, na Paraíba, depois que Elba Ramalho foi substituída em uma das noites de festa por Zezé di Camargo & Luciano.

"Porra, é uma festa nordestina. Tantos dias para você botar esses artistas para tocar... Aí me tiraram do São João e nunca mais me contrataram. E começou a ter mais Calcinha Preta, Daniel, Leonardo e tal. O povo nordestino, carente de ver esses artistas de perto, aplaudia a prefeitura de certa forma."

"São experiências, só acho que realmente se perdeu um pouco. Mas o Brasil tem essa diversidade maravilhosa, essa riqueza musical. Temos que aceitar democraticamente."

Essa percepção, diz o cantor, falta ao atual governo nacional. "Não entende a necessidade do povo brasileiro. Além da [relação com a] ciência, tudo isso. E tem essas manifestações antidemocráticas apoiadas pelo presidente, sempre ao lado de militares. A gente fica preocupado."

Azevedo sempre foi contrário a ditadura militar, desde quando começou a cantar no Recife, interagindo com movimentos estudantis, até fazer quadrinhos críticos para jornais clandestinos. Mas diz que nunca militou por nenhum partido.

Ainda assim, foi preso duas vezes. Na primeira, em 1969, ficou enclausurado por 40 dias. "Levei choque, enfiaram coisa nas minhas unhas e deram muita porrada". Na segunda vez, já nos anos 1970, a situação foi mais complicada.

"Fui preso com minha mulher na época, com os amigos dela, que estavam ligados [a movimentos organizados]. Mas até provar que eu não tinha nada a ver, era muito difícil."

Segundo o cantor, a prisão aconteceu porque tinha distribuídos panfletos contrários à censura após uma reunião com outros nomes da cultura, entre eles Caetano Veloso e Glauber Rocha. Mas ele lembra de ter sido confundido com outra pessoa pelas características físicas –passaram dias chamando-o de "Valério".

Antes de começar a dar entrevistas sobre o assunto, Azevedo ficou anos sem detalhar as torturas publicamente. "Tinha certa vergonha. Fui muito humilhado."

Por exemplo, descobriram que eu era cantor e falavam 'você vai cantar para mim'. Imagine, você encapuzado, nu, e eles ao redor de você, falando para cantar. E você prisioneiro. Se não cantasse, levava porrada. Eu terminava cantando e, mesmo depois de cantar, eles continuavam. Aquilo era muito humilhante."

"E você apanha sem poder se defender. É muito ruim. Ao mesmo tempo, dei uns quatro ou cinco chutes naqueles filhos da puta. Sabe como é, né? Na hora, você reage feito um animal acuado, um bicho."

Festejando o São João de casa, Geraldo Azevedo também lamenta a impossibilidade de reagir contra o governo nas ruas e vê com preocupação a possibilidade de retorno aos anos de chumbo. Aos 75 anos, contudo, ele trabalha diariamente em suas músicas, prepara lives e aguarda o retorno à sua segunda casa, os palcos. "Como em toda tempestade, espero que venha um momento de bonança logo." (Fonte: FolhaPress)
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BRASIL DEVE ULTRAPASSAR A MARCA DE UM MILHÃO DE INFECTADOS PELO CORONAVÍRUS, PETROLINA E JUAZEIRO SOMAM 760 CASOS

Nesta quinta-feira (18), em mais um dia de intensificação de testagens rápidas para detectar a covid-19, Juazeiro e Prefeitura pode chegar ao número de 800 casos.

Dados divulgados ontem (17), a soma de casos positivos em Juazeiro e Petrolina e de 760 casos. São 493 casos em Petrolina e Juazeiro 267. 

Em Juazeiro são 72 pacientes clinicamente curados. De acordo com dados da Secretaria de Saúde são 12 óbitos registrados em Juazeiro em decorrência da COVID 19.

Em Petrolina as curas clínicas também aumentaram agora já são 179 recuperados. O total de óbitos subiu para quinze.

O prefeito Paulo Bomfim se reuniu com os representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Juazeiro e o do Sindicato dos Comerciários (Sindcom), ontem, quarta-feira, 17, no Paço Municipal, para informar que espera contar com as entidades e que vai endurecer a fiscalização para o cumprimento das regras sanitárias estabelecidas no Plano de Retomada, para que não haja a necessidade de fechamento do comércio.

Para o prefeito, a sociedade precisa colaborar para que o município não sofra perdas econômicas e um novo fechamento do comércio seria um grande impacto.

O Brasil registrou, pelo segundo dia consecutivo, mais de mil mortes e mais de 30 mil infectados pela covid-19. Somente ontem, o Ministério da Saúde contabilizou mais 1.269 óbitos e 32.188 casos confirmados. Com isso, 46.510 brasileiros já perderam a vida para o novo coronavírus e 955.377 diagnósticos positivos. O total de casos no país é superior à soma de confirmações em toda a América Latina. Caso mantenha a média de registro diário dos últimos seis dias, que é de 25.424, o Brasil passará, nesta quinta, a marca de um milhão de infectados.
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TRABALHO DE LUIZ GONZAGA É UM BOM EXEMPLO DE ECONOMIA CRIATIVA

Luiz Gonzaga conseguiu através de sua música unir o país, em um período em que pouco se sabia sobre o que era feito fora do eixo Rio-São Paulo. É assim que se cria uma nação, quando os cidadãos assumem a cultura de seu próprio povo e estabelecem uma identidade nacional. 

Nesse sentido, Luiz Gonzaga tem uma importância que a gente não consegue medir. Além de levar o novo ritmo para o mundo, ele revelou para o resto do Brasil as dificuldades do Nordeste, falando das mazelas da seca e da fome melhor que qualquer político”, diz Breno Silveira, diretor do filme “Gonzaga: de Pai para Filho”). Para o diretor que estuda a vida do sanfoneiro há 20 anos, Gonzaga é um real exemplo do poder da economia criativa ao gerar riqueza para seu povo a partir da música, vendendo e divulgando a cultura nordestina até hoje.

O termo economia criativa foi usado pela primeira vez no livro “Economia Criativa: Como as Pessoas Fazem Dinheiro com Ideias”, escrito pelo consultor inglês John Hawkins. Para o escritor formado em Relações Internacionais, a economia criativa trata de atividades que resultam de indivíduos que exercitam sua imaginação e exploram seu valor econômico. Nesse sentido, o que Luiz Gonzaga fez pelo Nordeste não tem preço.

Segundo Breno, Gonzaga, ao lado do cangaceiro pernambucano Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, e do padre cearense Cícero Romão Batista, nosso Padim Ciço, compõem a base do imaginário sobre o Nordeste. No entanto, só Gonzaga fez ressoar a cultura nordestina com tamanha potência. Como explicou o artista plástico e organizador do livro “O Rei do Baiao”, Bené Fonteles, Gonzaga e seu parceiro Humberto Teixeira criaram um movimento cultural nordestino através de uma música-manifesto chamada Baião.

Para se ter ideia de sua força, só na indústria do cinema, nos últimos dez anos, Gonzaga foi motivo de dois importantes filmes nacionais: “Viva São João”, de Andrucha Waddington, e sua biografia “Gonzaga - de Pai para Filho”. Na indústria fonográfica, suas músicas já foram regravadas por grandes nomes da MPB - Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethania, Gal Costa. Na literatura de cordel, Gonzagão é personagem de centenas de publicações. No artesanato, graças à sua maneira de se vestir, gibões e chapéus de cangaceiros são vendidos em feiras nordestinas como lembrança de viagem por todo país.

Por causa de Gonzaga a festa de São João entrou para o calendário nacional e é celebrada Brasil afora. Por sua influência também, a pequena cidade de Exu entrou para o mapa e hoje recebe milhares de turistas curiosos para conhecer a terra do Rei do Baião. “A cidade era quase isolada. O Gonzaga foi quem lutou para conseguir ligar Exu ao Ceará e a Pernambuco com asfalto. Ele também conseguiu trazer a TV para cá muito antes de outras cidades do Nordeste. Lutou pelo desenvolvimento da cidade e pela melhoria das condições de vida do nosso povo”, conta Clemilce Cardoso Parente, administradora do Parque da Aza Branca na cidade natal do músico.

Gonzaga era um músico popular e do povo. Em sua sanfona, deixou gravada a inscrição "É do povo". Gostava mesmo de cantar para as multidões e se pudesse evitava casas de show com preços abusivos. Cruzou em caravana de Norte a Sul, cantando, promovendo grandes encontros e levando sua alegria contagiante por onde passava. Faz tempo que ele se foi, mas sua marca vai ficar para sempre entre nós. Que Deus salve o Rei!
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DISCOS DE VINIL E REVISTAS RARAS NA VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA

Coloquei aqui discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele pertenceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. 

O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana, Pernambuco.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha e ganhei presente o livro estes e outros de riqueza cultural que não tem valor.

A capa deste disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.

Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba” é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.

Outra raridade. Luiz Gonzaga e sua alegria, registrada na Revista O Cruzeiro, Rio de Janeiro-RJ, ano XXIV, nº 39, edição 12 de setembro de 1952. Segundo Dominique Dreyfus, escritora francesa que escreveu a biografia Vida de Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga, os anos de 1953 e 1954 foram de muitas viagens para realização de tournées pelo Brasil afora. 
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