Luiz Gonzaga há 45 anos participava da inauguração do Estádio O Batistão, em Aracaju, Sergipe





Suas canções são patrimônios incontestes. Por seu legado, ele recebeu várias homenagens pelo país: estátuas, bustos, títulos, museu, memorial, parque, ruas, praças e sites. Em Aracaju-Sergipe por exemplo, temos o Gonzagão; um freqüentado espaço cultural da cidade.


O Rei do Baião”, título que conquistou no auge do sucesso, além de ser homenageado por sua obra, também fez homenagens. Assim, personagens, lugares e costumes de Sergipe  estão representados em algumas de suas músicas.


Nas terras sergipenses, Luiz Gonzaga mantinha algumas amizades. Dentre elas, a de Pedro Chaves, ex-prefeito de Propriá. Para seu amigo, ele compôs “Forró de Pedro Chaves” (Luiz Gonzaga, 1967, RCA Victor). 


Cantou também em ritmo de baião “Propriá” (Guio de Morais e Luiz Gonzaga, 1951, RCA Victor). Nesta música, Gonzaga manifesta a intensa saudade e o desejo de retorno à cidade. Lá, conforme a letra, ele deixara tudo de que dependia: a família, o roçado e a amada. Por isso, o baião termina assim: “a minha vida tá todinha em Propriá”.



 Luiz Gonzaga fazia várias apresentações na “Princesa do São Francisco”. Em 1955, quatro anos após gravar “Propriá”, mestre Lua emprestou seu nome a uma praça da cidade. 
 



Malhada fica a 82 Km de Aracaju e se tornara cidade em 1953. Segundo se sabe, Luiz Gonzaga começou a escrever sobre o pequeno povoado ainda na fazenda do já referido amigo Pedro Chaves, na zona rural de Propriá.

Além de Própria e Malhada dos Bois, mais uma cidade sergipana foi evocada pelo sanfoneiro do Araripe. Trata-se de Canindé de São Francisco. A música “São Francisco de Canindé” (Julinho e Luiz Bandeira, 1977, RCA) alude à proteção do santo que, enchendo o rio, acaba com a seca no sertão, tema caro na musicografia gonzagueana. 
  
As três cidades sergipanas homenageadas no cancioneiro de Gonzagão ficam na região do Baixo São Francisco. Canindé, no entanto, é a mais distante da capital, a 200 Km, na micro-região do sertão sanfranciscano.
 
 Contudo, a Canindé recitada por Luiz Gonzaga não existe mais. Ela foi inundada em decorrência da construção da Usina Hidrelétrica de Xingó, em fins da década de 1980. Uma nova Canindé foi construída noutra área mais elevada, a quatro quilômetros da sede anterior. Atualmente, o município é um dos atrativos turísticos de Sergipe, justamente por oferecer, entre outras coisas, culinária ribeirinha, banhos e passeios pelos cânions e lago formado pela barragem da usina. 


Além do amigo e cidades sergipanas, Luiz Gonzaga também cantou lugares e monumentos de nosso estado, tais como a praia de Atalaia Velha e o estádio de futebol Batistão.



A praia de Atalaia, um dos nossos pontos turísticos mais importantes, foi homenageada na música “Adeus Iracema” (Zé Dantas e Luiz Gonzaga, 1962, RCA Victor). A toada menciona as principais praias do Nordeste e sobre a nossa diz: “Navega [oh! Jangada]/ No Nordeste pela praia/ (...)/ Quero ver minha Atalaia”. O narrador se identifica com nosso cartão postal, tomando-o para si e demonstrando intensa saudade do paraíso sergipano.


Quanto ao Batistão - Estádio Estadual Governador Lourival Baptista –, principal praça de esportes de Sergipe e a mais moderna do Norte/Nordeste, à época, o sanfoneiro gravou seu hino.


 Na segunda estrofe, o rei do baião entoa: “No gramado do Batistão/ Enquanto o craque chuta a bola/ As crianças dão lição/ Nosso estádio tem escola/ O estádio de Sergipe/ É o mais completo da nação/ Dá ao povo futebol/ E à infância educação”. (Hugo Costa e Luiz Gonzaga, 1969). 


O Batistão possuía dez salas de aula para atender 1.200 (mil e duzentos) alunos em três turnos, ou seja, educação e esporte estavam presentes no mesmo sítio como atividades complementares. Hoje, as salas são ocupadas por sedes de federações de esportes. Inaugurado em 09 de julho1969, um ano antes da conquista do tri-campeonato pelo Brasil da copa mundial de futebol no México, o Batistão é um marco na história do desporto sergipano. A seleção brasileira de futebol, inclusive, participou do jogo inaugural e venceu a seleção sergipana por 8x2. 
  
Na abertura oficial da solenidade, Luiz Gonzaga cantou o hino do estádio, momento inesquecível para quem participou da festa.
 

Fonte: Amâncio Cardoso e Raimundo Melo
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Tristeza e Humilhação: Faltou tudo. Principalmente uma imprensa mais crítica


Nação-criança, crente no papai-do-céu, no poder de preces, fitinhas ou mandingas. Quando a coisa começou a ficar preta, lá pelo terceiro gol, o speaker Galvão Bueno começou a repetir seu novo bordão: “Calma, gente, isso é esporte, isso é futebol.” Mas ao longo de sua vasta biografia o Narrador-Mor deste Reino descreveu os jogos do nosso scratch ou escrete como se fossem batalhas cruciais, pelejas pela salvação nacional.

A grande verdade – e isso comprova-se facilmente pela web – é que os especialistas da crônica esportiva foram excessivamente complacentes com a Comissão Técnica. Com Luiz Felipe Scolari especialmente. Engoliram sem qualquer esperneio, reclamação ou revolta a convocação dos 23 jogadores. Não perceberam a gritante ausência de um eventual substituto para Neymar e, o pior, acreditaram piamente que, numa emergência, alguns atacantes poderiam vestir sua camisa ou assumir sua função.

Nossa mídia com as estrelas que gosta de exibir e adora envolver-se aprovou os amistosos da seleção, entusiasmou-se com as vitórias de Pirro da primeira fase e, preocupada em não parecer derrotista ou antigoverno, deixou de reclamar na única esfera onde pode e deve influir: o desempenho esportivo.
No malfadado jogo com a Colômbia, a avaliação dos especialistas sobre a armação do time e a atuação dos jogadores foi muito favorável. Passou uma sensação enganosa. Novamente o maldito vamo que’vamo contagiou o país. Somente um comentarista foi rigoroso, evidentemente abafado pelo otimismo. 

O medíocre desempenho de Neymar foi eclipsado pelo drama da fratura lombar e a pusilanimidade do árbitro. O aspecto sensacionalista que deveria ter ficado por conta dos repórteres que cobrem os eventos esportivos absorveu toda a atenção dos filósofos da bola nos dias seguintes. Foram deixados de lado os esquemas táticos e as arrumações para neutralizar a ausência do craque. O leitor quer emoções, então vamos enchê-lo de emoções. É evidente que o técnico não vai discutir táticas e escolha de titulares em público, mas cabe à imprensa fornecer aos leitores, ouvintes, telespectadores o material informativo com o qual formará juízos.

Outro passaporte
 A nação-criança tem uma imprensa-criança que adora celebrar e não pensa no dever de casa. Os jornalões reinventaram as enquetes populares e enfeitaram suas páginas com retratinhos e palpitezinhos sem qualquer relevância. Nas rádios, antes dos jogos, obedecendo ao dogma da informalidade, os comentaristas divertiam-se fazendo apostas e bolões. 

Fascinados com os gadgets e as novas tecnologias, os craques da escrita e do gogó imaginaram que as estatísticas sobre o passado são suficientes para prevenir surpresas futuras. A informática é incapaz de apontar zebras ou evitar calamidades. Inclusive “maracanazos” como o do Mineirão.
Qual o pior – o vexame de 1950 ou o de 2014? O oba-oba na véspera de 16 de julho de 1950 foi menos nocivo e deletério do que a complacência deste início de julho de 2014? 

Não é suficiente emocionar-se com o hino nacional cantado à capela por cerca de 58 mil vozes. Mais eficaz seria lembrar-se na véspera do jogo com a Alemanha que o seu hino foi composto por Joseph Haydn (1732-1809), mestre de Mozart e Beethoven. Idade não é documento. Mas treinamento intensivo, tanto físico como psicológico e moral, podem fazer a diferença. A Costa Rica é a prova.

Não basta convocar uma psicóloga para limpar as lágrimas dos bebês-chorões que no jogo da estreia já se mostravam desfibrados. 

Incontestável, inquestionável, indiscutível: Deus abdicou de ser brasileiro – não obstante as provas exteriores de religiosidade exibidas nas arenas. É possível que prefira o passaporte alemão, holandês ou (por que não?) argentino.
Fonte: Observatório da Imprensa=Alberto Dines
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Brasil humilhado pela Alemanha e colunistas do Jornal o Lance comentam derrota



Roberto Assaf
Colunista do LANCE!

Nem o mais genial roteirista de Hollywood seria capaz de traçar um roteiro que pudesse consumar a eliminação do Brasil para a Alemanha no intervalo do jogo, disputado dentro de casa. Não faz tempo, escrevi na minha coluna que essa era a pior Seleção Brasileira da história das Copas no pós-guerra. Dei a cara para apanhar. Mas eu não tinha dúvida, pois o time não estava jogando absolutamente nada, avançando graças a circunstâncias distintas.

O Brasil eliminou equipes que têm dificuldades para vencê-lo em Copa América, bateu em Camarões, um morto que caminhava, e a Croácia, com um pênalti dado pelo árbitro. A queda vai desmascarar definitivamente Luiz Felipe Scolari, e poderá abrir uma nova fase no nosso futebol, quem sabe um modelo, dentro e fora do campo, semelhante ao da... Alemanha.

E houve quem acreditasse no hexa. Mas não há milagre completo no esporte quando existem adversários mais poderosos. Brasil, rumo ao hexa, na Rússia, em 2018.
Luiz Fernando Gomes
Editor-Chefe do LANCE!


É um time jogando contra um bando. De uma vez por todas fica a lição de que futebol é treino, persistência, tática e técnica. Não há mais espaço para motivadores como Felipão que acham que o pagode do Edilson vai ganhar o jogo. Que pelo menos a gente mude daqui pra frente.

Guilherme Gomes
Editor do LANCE!


UM BANDO CONTRA UM TIME FORTE: VERGONHA!

Não foi uma eliminação do Brasil em uma Copa. Foi um massacre, um chocolate. Antes de dar vergonha da Seleção Brasileira, deu dó. Foi um bando que joga aos trancos e barrancos contra uma equipe organizada taticamente.  Os gols saíram naturalmente. A Alemanha nem parecia fazer força para fazê-los. O Brasil parecia um time de escola enfrentando uma equipe profissional. Patético. Vergonhoso. Triste.
NENHUMA seleção pode sofrer cinco gols em menos de 30 minutos numa Copa do Mundo. Nem o Tahiti. Muito menos a Seleção Brasileira. E numa semifinal? Não importa os desfalques. Thiago Silva fez mais falta do que Neymar. Mas mesmo com ambos em campo o destino seria o mesmo.
Felipão errou do começo ao fim. Errou na convocação, errou na escalação, na substituição, no discurso, na psicóloga. Agarrou-se a uma pífia conquista na Copa das Confederações e morreu abraçado com Fred, Oscar, Hulk. Bernard & cia.
Carlos Alberto Vieira
Editor do LANCE!


Vimos os piores 30 minutos da história do futebol brasileiro. Levamos cinco gols e o Brasil  escreveu a sua página mais negra no futebol. A Alemanha era uma seleção organizada e encarou um bando que não sabia o que fazer. Que tomou dois gols por causa de erros de passes (Marcelo e Hulk)  que geraram contra-ataques.

Levamos gols de pelada, quando um time muito superior arrasa a mosquinha morta. As ausências de Thiago Silva e de Neymar foram sentidas? Claro. Mas a Seleção não poderia ser um nada por não ter dois jogadores importantes. Sabe aquela derrota de 1950, a pior da nossa história?
Esquece, presenciamos nesta terça-feira em Belo Horizonte algo que nunca poderiamos imaginar. O Maracanazzo doeu. Mas o primeiro tempo do Mineirazzo foi humilhação.
Valdomiro Neto
Editor do LANCE!Net


Goleada de futebol brasileiro da Alemanha. Futebol que ficou no imaginário. Lembra da decisão de 70, o vareio da Amarelinha na Itália? Pois a Alemanha fez isso com o Brasil. Não houve, é verdade, a magia do time de Pelé, Rivellino, Gerson e Tostão, mas o toque de bola sim. Resultado histórico para fazer repensar o futebol brasileiro e o que queremos ser no futuro. A Alemanha, com posse de bola, organização e definição.
Carlos Eduardo Sangenetto
Editor do LANCE!Net


Difícil aceitar, difícil engolir, difícil acreditar. O que vimos em Belo Horizonte nesta terça-feira foi histórico e ficará marcado na cabeça de 200 milhões de brasileiros, superando até mesmo o Maracanazzo, quando éramos 50 milhões. Um trauma quatro vezes maior. Mas devemos louvar esta Alemanha, por que não?

Caímos feito bobos na sua armadilha. Vieram carismáticos, curtiram o país e na hora da verdade, mostraram toda sua frieza num Mineirão lotado, na Copa do país pentacampeão e nos engoliram com cinco gols em 30 minutos. Que esta seja a humilhação deste Mundial e que os alemães levantem o tetra no Maracanã. Que o destino tenha misericórdia e não nos reserve algo ainda pior que isso...
Ana Luiza Prudente
Editora da LANCE!TV


As ausências de Neymar e Thiago Silva só escancararam o que já vinha se anunciando. A Seleção Brasileira não tem mais o futebol tão amirado e celebrado de outrora e não é de hoje.Felipão foi chamado para repetir a fórmula de 2002, mas faltaram os  "Rs" em campo, Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho Gaúcho.

Não dá mais para maquiar a falta de um esquema tático com talentos isolados. O baque é grande, mas de uma certa forma, bem-vindo. A Copa das Copas virou a Copa do maior fiasco da história da Seleção e isso tem de servir ao menos para uma mudança na estrutura do futebol brasileiro.
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O 5º Mutirão de Comunicação Regional Nordeste vai discutir ambiente digital



As novas relações surgidas com o boom da internet nos últimos anos serão o centro das discussões do 5º Mutirão de Comunicação do Regional NE2 da CNBB. O evento será realizado na cidade de Campina Grande (PB) nos dias 29, 30 e 31 de agosto.

Com o tema “Comunicação humana e ambiente digital: desafios nas novas relações”, o Muticom pretende levantar a discussões a cerca dos novos limites nas relações humanas e os desafios gerados pela inclusão digital massiva. 

Além da discussão central, o Muticom ainda oferece oficinas, workshops e laboratórios que visam o aperfeiçoamento técnico em áreas específicas: Organização de eventos, fotografia, produção e apresentação de programas de rádio, web tv, web rádio, edição de vídeos, redes sociais entre outros.

Serão oferecidas 350 vagas, distribuídas nas oficinas, laboratórios e workshops com direito a certificado de participação. O último Muticom Regional aconteceu na cidade de Maceió, no ano de 2011 e contou com a presença de representantes das 21 dioceses do regional.

Fonte: Márcia Marques
Coordenadora da Pascom NE2
Diocese de Campina Grande-PB
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