Futebol: Psicóloga é chamada para levantar o ânimo dos jogadores da Seleção Brasileira



O capitão Thiago Silva mostrou abalo emocional que sofreu na partida contra o Chile, sábado, em Belo Horizonte. Sentado sobre a bola momentos antes das cobranças de pênaltis, o zagueiro desabou em prantos, nervoso e sensível que estava, quando se esperava dele uma reação mais positiva diante dos companheiros, a exemplo do que fez Paulinho. O volante, que perdeu posição para Fernandinho após a fase de grupos da Copa, assumiu o papel do capitão e incentivou a todos numa roda no meio de campo do Mineirão. Nem Felipão ousou interromper sua fala naquele momento.

Thiago Silva faz uma excelente Copa, é um dos melhores zagueiros da competição, mas "perdeu" sua condição de líder diante dos brasileiros. Sua liderança a partir de agora passa a ser apenas técnica, a não ser que se mostre mais fortalecido emocionalmente até o fim da disputa. Ele será um dos primeiros da lista da psicóloga Regina Brandão, chamada às pressas para trabalhar mais um pouquinho a cabeça dos jogadores da seleção.

Felipão reuniu o elenco  para a primeira palestra sobre tudo o que aconteceu no Mineirão. E não foi pouco. Há muito trabalho entre a classificação diante do Chile e a partida de sexta-feira contra a Colômbia.

 O primeiro passo será baixar a adrenalina dos atletas, pedir mais controle emocional na hora do Hino Nacional, mas, sobretudo, em situações de jogo. A conclusão da comissão técnica é que esse sentimento à flor da pele de todos, representado no choro do capitão brasileiro, atrapalha o rendimento do time. Atrapalha a ponto de Felipão pedir socorro para Regina Brandão, que tem mapeado a condição psicológica de todos eles.

Fonte: Rádio Naccional Brasilia
Nenhum comentário

Jornal do Dia, de Aracaju: Raymundo Mello escreve sobre o compositor Rosil Cavalcanti

O escritor e pesquisador paraibano Rômulo Nóbrega, lança, no segundo semestre de 2014 (depois da Copa como ele diz), livro sobre a vida e a obra do talentoso compositor Rosil Cavalcanti, cantado em prosa e verso no Brasil inteiro através, principalmente, seus xotes e baiões magistralmente interpretados pelo grande cantor nordestino Jackson do Pandeiro, intérprete de gênero musical muito ligado e refletindo a ginga, a malícia e a alegria dessa área artística do Brasil com repercussão em todo o país. 

Há registro significativo de que cerca de 75% das músicas de sucesso do repertório de Jackson são de autoria de Rosil que, inteligentemente, aproveitando a sua maneira sui generis de cantar, dividiu com seu principal intérprete em uma parceria muito especial a autoria das canções.
  
Esse argumento é para situar a importância da obra de Rômulo, um incansável e meticuloso pesquisador, querendo sempre confirmação indiscutível de tudo que lhe era passado por parentes, amigos, jornalistas e admiradores de Rosil. São testemunhos documentados e confirmados e que não deixam dúvidas a seus futuros leitores. 

Rosil viveu em Sergipe, mais precisamente em Aracaju e Boquim, onde, por várias vezes, foi hóspede de minha família e onde se consolidou sua ligação, principalmente, com meu irmão João Mello, entre 1938 e 1941, período em que ele fez de tudo, trabalhou, amou, viveu seus dotes culturais e artísticos, foi atleta, jogador de futebol, remador do Cotinguiba Esporte Clube, associação na qual chegou a integrar a diretoria. 

Aqui em Sergipe, Rômulo manteve contatos com José Eugênio de Jesus, com João Mello, Murilo Mellins, Paulinho Corrêa, e outras pessoas indicadas mas, sobretudo, fez pesquisas muito significativas junto aos arquivos públicos e, em especial, ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, colhendo informes preciosos sobre Rosil em suas diversas áreas de atividade, então registradas através a imprensa escrita.

 Nos tempos atuais, sem dúvidas, pelo seu trabalho, seu desempenho cultural e artístico, Rosil seria, com muita honra para todos nós, cidadão de Aracaju.

 Um grupo de amigos se organiza para trazer Rômulo para o lançamento de seu trabalho também aqui em Aracaju, o que, sem dúvidas, deverá acontecer e será feita uma promoção para que os interessados participem. Só então teremos condições de registrar com mais profundidade o trabalho incansável de Rômulo que quer que todos saibam quem foi o autor de músicas alegres, nordestinas, brasileiras, que “convidou a comadre Sebastiana pra cantar e xaxar na Paraíba”.
 
E será tudo verdade!

Fonte: * Raymundo Mello é Pesquisador/Memorialista

Jornal do Dia, de Aracaju, edição de 13 de junho de 2014
Nenhum comentário

Onaldo Queiroga: Ou é Forró ou não é Forró?


O forró merece respeito. Representa a cultura de um povo chamado Nordeste. Não podemos sair por aí dizendo que o som dessas bandas de plástico é forró. A batida é diferente, a mensagem contida nas letras é totalmente diversa do que propõe o forró. 
 
O ritmo plástico, que agora também vem recebendo o título de estilizado, no palco se apresenta com muitas mulheres semi-nuas e com letras pobres. No São João, eu estava no terreiro do forró quando uma banda começou a anunciar no palco: “Amanhã é folga para quem não bicou. Eu quero ver. Levante o copo. Dá uma rodadinha. Só um golim e traga a cachaça, que ela libera. Você tá com medo de pedir um beijo pra ela. Gatinha mamadinha, levante o copo. Dá uma rodadinha. Só um golim”.

 Isso levou uns quatro minutos até que, em seguida, cantou: “É o chefe!”. Patrocina ousadia, e as novinhas se derretem / É o chefe / É o chefe / Considerado, respeitado, e com ele ninguém se mete / É o chefe, é o chefe/ Quando chega na balada, sempre chama atenção / Pelas roupas que ele usa, e a grossura do cordão / Deixa os playboys rasgar, sempre com muita fartura / Whisky com Redbull, a mais perfeita mistura / Trata todos com respeito, isso é já de costume / As novinhas ficam loucas com o cheiro do perfume / Gosta de ostentação e não tem problema algum / As novinhas ficam doidas pra andar de R1.”

Nessa hora, fogos de artifícios no palco e a multidão enlouquecida, a dançar, beber e repetindo o refrão: É o chefe, é o chefe. Meu Deus! Uma ostentação repassada de forma selvagem e impiedosa para aquele povo, que mais parecia o admirável gado novo do poeta Zé Ramalho. As autoridades devem respeitar os festejos juninos, festa de tradição e que não pode ser transformada em micaretas ou mesmo em inóspitos e rudes festivais de música.

Como conceber nos palcos do São João, as atrações principais serem figuras do mundo musical do plástico, sertanejo e do axé. Nada contra Bel Maques, Victor e Léo, César Menotti e Fabiano, Daniel, Asa de Águia e outros. Mas o fato é que São João é festa do forró, do xote, do xaxado e do baião. Cada um no seu lugar, no período próprio. O povo e os turistas querem ouvir forró! 

Em entrevista, Targino Gondim, foi questionado se o seu forró era o de “pé de serra”. Com um sorriso franco, respondeu: “Não. O meu forró é forró. Por que forró só existe um! Ou é forró, ou não é forró! ... 

Hoje em dia, nossa juventude, de tanto ouvir, acaba achando mesmo que "nós" fazemos o "pé de serra" e as bandas "fulano-de-tal do forró" é que fazem o forró. O que é isso, gente? Gosto do som de muitas dessas bandas. Mas estão longe do nosso forró! Não estou aqui querendo atacar ninguém, mas responder de uma vez por todas a essa pergunta e chamar a atenção do povo e dos meus companheiros : - O meu forró não é "pé de serra"! É simplesmente forró!” 

Fonte:* Onaldo Queiroga - Escritor, Pesquisador, Juiz-João Pessoa PB


Nenhum comentário

Forró, samba, frevo e maracatu conquistam torcedores na Arena Pernambuco



Depois da celeuma quanto à falta de patrocínio governamental à Fan Fest no Recife – única promovida sem shows -, o fundo musical dos torcedores da Copa do Mundo ficou por conta de DJs. E a coreografia, improvisada e descompassada, abraçou brasileiros e estrangeiros, ao som de samba, coco, frevo, maracatu e forró, muitas vezes sob tutela dos anfitriões. Na Arena Pernambuco, eles foram recebidos por Lala K, em uma torre na área externa do estádio, a Fan Zone. Uma chance rápida para desfrutar da música da terra e arriscar alguns passos.

A contagiante A rolinha, de Selma do Coco, foi uma das boas surpresas. E A praieira, de Chico Science, fez o público literalmente tirar os pés do chão. “Na  véspera de São João, toquei bastante forró, de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Amelinha, Elba Ramalho. Vi muitos brasileiros puxando os gringos”, conta.

 Os japoneses, mexicanos e norte-americanos se destacaram entre os mais empolgados, diz a DJ, que discotecou na Copa das Confederações, em 2013. Poucos resistiam a pelo menos um remexer de ombros. “Não tem quem resista à música brasileira. Vassourinhas bombou”, orgulha-se. 

Fonte: Diário de Pernambuco

Nenhum comentário

São Paulo: Julio Lossio deve realizar cirurgia na próxima terça-feira 01



O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, deve realizar uma cirurgia para o tratamento do acidente vascular cerebral (AVC) sofrido na última quinta-feira. Ele está internado em um quarto do Hospital Beneficiência Portuguesa, em São Paulo, após ser transferido da unidade de terapia intensiva (UTI) da instituição neste sábado. 
O quadro clínico do político permanece estável. Ele está consciente e aguarda a chegada do médico Evandro Oliveira, que está na Espanha, para a definição da necessidade de realizar o procedimento cirúrgico. A expectativa da família é que a cirurgia seja realizada ainda na terça-feira.

Aos familiares, o médico José Carlos Moura, responsável pelo atendimento inicial a Lóssio, disse que a instensidade do sangramento é 20 vezes menor que o aneurisma sofrido por ele em 2002, no  mesmo local.

Não há previsão de divulgação de boletim médico para a imprensa do Hospital Beneficiência Portuguesa.

Fonte: Foto Andreia Lossio e Julio Lossio FilhoqDiário de Pernambuco
Nenhum comentário

A 73º Missa do Vaqueiro acontece neste domingo 29, nas margens do Rio São Francisco em Petrolina


O radialista Carlos Augusto e centenas de vaqueiros participaram neste domingo 29, da 73º edição da Missa do Vaqueiro, realizada na Orla de Petrolina. A Missa foi celebrada pelo Padre José Guimarães. O Evento é uma  parceria com a Prefeitura de Petrolina.

A tradição, a fé e coragem dos sertanejos são retratadas na missa às margens do Rio São Francisco que é realizada desde 1941, em pagamento a uma promessa pela recuperação da saúde de um vaqueiro. 

Durante o ritual da Missa, o Padre adapta o linguajar dos sertanejos e ali há momentos de muita emoção quando o ofertório dos vaqueiros, paramentados, montados em seus cavalos, aproximam-se do altar e depositam peças de suas indumentárias e instrumentos utilizados no trabalho do dia a dia.

Os vaqueiros trazem no alforje tapioca, cuscuz, rapadura, queijo. A presença de Jesus Cristo está nas marcas dos vaqueiros nordestinos que sofrem com mais uma seca e mostram novamente que são antes de tudo fortes, na definição do escritor Euclides da Cunha.

A musicalidade da Missa do Vaqueiro encanta e diz o quanto é válido participar do evento. O Coral de Aboios de Vaqueiros de Serrita apresentou as   toadas cantadas com versos dentro de uma  melodia que ecoou nas margens do rio São Francisco.

O radialista e coordenador da Missa do Vaqueiro,  Carlos Augusto diz que o Aboio para muitos que vivem no sertão é um canto mágico, espiritual que envolve homem e gado e só mesmo quem vive nesta lida tem profundo conhecimento e sensibilidade do fato.

“Nas minhas pesquisas encontrei um relato que reproduzo aqui. Dizem que quando o gado passa diante do mourão onde se matou uma rês, ou onde está esticado um couro, é comum o boi bater as patas dianteiras no chão e chorar de sentimento pelo irmão morto. Ele derrama lágrimas e dá mugidos em tons graves e agudos”, revela o jornalista Ney Vital.
Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial