A FEIRA DE CARUARU: MÚSICA FAZ 65 ANOS COMO SÍMBOLO IDENTITÁRIO E SÍNTESE DAS FEIRAS DO NORDESTE

Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro há 16 anos, a Feira de Caruaru é nacionalmente conhecida por ter de "tudo que há no mundo" para vender. E tal fama não veio por acaso para um dos maiores símbolos identitários do município: há 65 anos, em 21 de março de 1957, o cantor e compositor caruaruense Onildo Almeida lançou oficialmente a música "A Feira de Caruaru", que ficou conhecida na voz de Luiz Gonzaga.

"Quando eu digo que na feira tem de tudo, é porque você vai encontrar coisas que não é de vender em feira, mas tem na feira. Houve uma época em que até automóvel essa feira vendia. Agora a feira tá mais bonita, cheia de planta, bancos para expor a mercadoria, de maneira que fica decorativa", ressaltou Onildo.

De acordo com a prefeitura, a Feira de Caruaru é composta por diversas feiras: do "Paraguai" ou de Importados; da Sulanca; de Gado; de Frutas e Verduras; de Raízes e Ervas Medicinais; do Troca-troca; de Flores e Plantas Ornamentais; de Couro (calçado, chapéus, bolsas); de Permanente de Confecções Populares; de Bolos e Seção de goma e doces; de Ferragens; Artigos de Cama, Mesa e Banho; Fumo; Permanente dos Importados; e a do Artesanato.

Onildo foi o primeiro a gravar a música que ficou nacionalmente conhecida na voz de Luiz Gonzaga. No entanto, os artistas não foram os únicos a levar "A Feira de Caruaru" Brasil afora. Anastácia, Oswaldinho do Acordeon, Mestre Ambrósio, Banda de Pífanos de Caruaru, Zé Paraíba, Luiz Santana e Fulô de Mandacaru são apenas alguns dos artistas que regravaram a canção escrita nos anos 50.

"É uma das principais músicas compostas sobre a cidade. Mas, não apenas isso. Também é uma das primeiras canções. Ela foi gravada em um momento crucial da história de Caruaru: o ano do centenário da cidade. Ela toma um significado muito grande. 'A Feira de Caruaru' foi gravada por um dos maiores ou o maior nome da música brasileira naquele momento. Luiz Gonzaga é importante o tempo inteiro", explicou ao g1 o historiador Daniel Silva, membro da Acaccil e professor da Asces-Unita e do Colégio Diocesano.

A música também chegou a ser tocada pelas Orquestras Filarmônicas de Berlim, na Alemanha, e Moscou, na Rússia, conforme informou o historiador José Urbano. Ao lado de Onildo Almeida, o g1 revisitou o local que inspirou o compositor a escrever os versos que se transformaram na maior obra dele.

Será que ainda há de tudo na feira? De acordo com José Urbano, a resposta é sim. Todos os itens citados por Onildo ainda são vendidos na feira. "São 55 itens que tem na música e dois que foram acrescentados por Luiz Gonzaga. Com o passar dos anos, surgiu a feira de eletrônicos, o espaço foi se expandindo", destacou o historiador.

O primeiro item citado por Onildo Almeida na música segue com destaque na feira. A massa de mandioca é vendida, entre tantos outros, pela feirante Rosinete Claudino. "São mais de 30 anos de feira. As pessoas sempre passam cantarolando por aqui, elas sabem que a massa de mandioca tem a ver com a música", disse.

A área de frutas e verduras segue a todo vapor na Feira de Caruaru. Além dos itens citados acima, ainda tem "cenoura e jabuticaba", como destacou Onildo. "Eu trabalho há mais de 30 anos na feira e ela fica bonita quando está cheia, movimentada", afirmou a vendedora de frutas Maria Cleonice da Conceição.

Na tradicional Feira de Artesanato ainda podem ser encontrados os itens acima, assim como a "mubia de tamburête feita do tronco do mulungú".

Não somente a "carça de arvorada" como também as mais diversas peças de roupa podem ser encontradas na Feira da Sulanca, uma das feiras que constituem a Feira de Caruaru. A cada fim de ano, entre os meses de novembro de dezembro, o local recebe cerca de 80 mil pessoas por feira, movimentando milhões de reais.

BONECOS DE VITALINO: Um dos maiores mestres da arte do barro de Caruaru, Mestre Vitalino, que morreu há 59 anos, ainda está presente na feira. Os descendentes dele, netos e bisnetos seguem propagando a arte e produzindo os famosos "bonecos de Vitalino".

Para Daniel Silva, a música "é uma composição que marca um território muito significativo, o território das feiras. A gente ainda hoje tem muito mais feiras que shoppings. Naquela época, nem supermercados existiam, só tínhamos feiras, mercearias, vendas, empórios… Falar da feira e narrar da forma que aconteceu foi muito significativo".

ORIGEM E MUDANÇAS: A Feira surgiu em meados do século XVIII junto a formação da cidade no Marco Zero, na igreja Nossa Senhora da Conceição, no Centro. Com a construção da igreja, o fluxo de pessoas aumentou e de forma espontânea o comércio começou a se organizar e favoreceu ao fortalecimento da feira.

Por causa do aumento no fluxo, depois de quase 200 anos, ela foi transferida em 1966 para a Avenida Rui Barbosa. Mas, em decorrência da diminuição das vendas, voltou ao antigo local em 1969.

Até que em 1992 se transferiu para o Parque 18 de maio. Atualmente, a Feira de Caruaru é dividida em várias feiras: de artesanato, do "Paraguai", de eletrônicos, da "Sulanca", de ervas, do "troca", de carne, de frutas e verduras, polo gastronômico... Assim como a música, o local é múltiplo, representa a diversidade do povo caruaruense e sintetiza todas as feiras do Nordeste.

"A feira ainda é um grande ponto de encontro cultural e social da população. Ela e essencial para se entender o que é Caruaru. Claro que hoje não tem mais a proximidade com a cidade como tinha antes, a cidade cresceu e tem diversas feiras, mas a 'feira grande' ainda é uma das referências para quem visita a cidade", afirma o historiador Daniel Silva.

Em 2006, a Feira de Caruaru se tornou patrimônio histórico e artístico imaterial. O título foi concedido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), que considerou "a Feira de Caruaru um lugar de memória e de continuidade de saberes, fazeres, produtos e expressões artísticas tradicionais".

MÚSICA DOIS: O que muita gente não sabe é que Onildo Almeida fez uma "versão ampliada" da clássica música. Dois anos depois da "original", o próprio músico gravou a nova canção - que trouxe novos elementos - em um disco de 78 rotações por minuto (RPM).

"A Feira de Caruaru nº 2 também foi gravada em 1965 por Marinês, no disco "Maria Coisa". Além da Rainha do Xaxado, quem também regravou a música foi o cantor e compositor caruaruense Israel Filho. Ele cantou a canção para a coletânea "Caruaru que todos cantam", produzida por Onildo Almeida, em 1992 (ouça abaixo).

"É motivo de um orgulho muito grande. É uma maneira de retratar a cultura real da minha terra, falar do meu povo de um modo geral, representando Caruaru e interpretando a obra de Onildo Almeida. Gravar essas músicas são com ganhar um troféu", disse Israel Filho, que também gravou a primeira versão de "A Feira de Caruaru", em 1992, no disco "Saudades de Gonzagão".

Além de interpretar as obras em alusão à feira, Israel também homenageou o local e Onildo com uma canção. Ele escreveu e gravou "A Feira da Sulanca", em 1989. "Ela estava chegando [Feira da Sulanca] e precisava ser lembrada como a Feira de Caruaru. Foi a minha homenagem à Sulanca, que hoje também é de suma importância para o desenvolvimento de nossa terra", finalizou Israel. (Fonte; G1 CARUARU)

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CIÊNCIA E FÉ: 19 DE MARÇO É SINÔNIMO DE ESPERANÇA DE UM PERÍODO CHUVOSO

O cearense Patativa do Assaré, um dos maiores poetas de todos os tempos, levou o simbolismo do Dia de São José para seu clássico “A Triste Partida”, interpretada por Luiz Gonzaga: “Sem chuva na terra descamba janeiro. Depois, fevereiro. E o mesmo verão. Então o roceiro, pensando consigo, diz: isso é castigo! Não chove mais não! Apela pra março, que é o mês preferido do Santo querido, Senhor São José.”

O Dia de São José, comemorado no dia 19 de março, é motivo de esperança na tradição dos católicos cearenses, que acreditam que se chover até esta data é sinal de um bom período de precipitações. No Ceará, o santo é considerado padroeiro, o que motiva o feriado anual. A crença religiosa, contudo, pode ser também explicada cientificamente, já que na data ocorre um fenômeno no movimento da Terra, denominado equinócio de outono.

De acordo com a Fundação Cearense de Meterorologia e Recursos Hídricos (Funceme), no equinócio de outono os dois hemisférios terrestres estão igualmente iluminados pelo sol. Dessa forma, a noite vai ter a mesma do dia. A incidência direta de raios solares na linha do Equador, de onde o Ceará está próximo, acaba atraindo ventos úmidos para a região, e geralmente traz chuvas.

Ainda assim, para a gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, a ocorrência das chuvas antes desse período nem sempre garante um inverno com chuvas abundantes.

“Existe a religiosidade que a gente respeita, com toda certeza. O dia 19 de março é próximo ao equinócio, que é quando o sol, na sua órbita aparente, passa a influenciar o hemisfério norte. Uma outra questão é quanto ao posicionamento da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Se, até março, que é a metade da estação chuvosa, ela não tiver contribuído para chuvas no Nordeste, isso acaba frustrando a qualidade da quadra chuvosa”, comenta.

Ainda segundo Sakamoto, ao longo dos anos, essa falta de relação foi observada nos números. “O fato é que se você observar os dados passados, das chuvas no dia 19 de março, a gente vê que não existe uma relação direta entre chover bem nesse dia e ter uma boa estação chuvosa. Por exemplo, em 1974, teve registro de chuva em poucas localidades e, no entanto, a estação chuvosa foi muito boa. Em 2009, também poucos postos (meteorológicos) informaram chuva e a estação chuvosa foi muito boa. E, no sentido contrário, em 2012 e 2013, o registro de chuva no dia 19 foi muito bom. No entanto, a quadra invernosa não foi muito boa”, conclui.

CIÊNCIA E FÉ:  Ainda assim, a explicação científica é confirmada pela igreja. O padre José Adelino Dantas, da paróquia de São José, em Juazeiro Norte, afirma que a esperança do sertanejo é genuína com relação à data em que se comemora o dia do santo.

"Essa crença de que se chover até o dia de São José teremos um bom inverno é atribuída a esse espírito religioso do cearense em seu padroeiro. Sabemos que, conforme a ciência, o dia de São José é próximo ao equinócio de outono, uma coisa está atrelada à outra", explica.

Para o religioso, as expectativas de um bom período de chuvas são muito boas para 2022 com base nas precipitações que a região do Cariri vem recebendo nos primeiros meses deste ano.

"O que percebo é que na questão daquilo que se planta, pelas chuvas que têm caído na região nesses últimos meses, são suficientes para uma boa colheita, uma boa safra. A fé em São José é tão grande que muitos agricultores plantam milho e outras sementes no dia 19 de março, confiando na colheita já pensando nas festividades de São João, em junho", revela.

A Paróquia de São José, em Juazeiro do Norte completa 50 anos em 2022 e, segundo o padre Adelino, as celebrações vão ocorrer tanto nas duas missas a serem realizadas neste sábado (19) às 9h e às 16h, como também na procissão do padroeiro, que não acontecia desde 2019 por causa da pandemia de Covid-19.

"Agora que conhecemos os cuidados a serem tomados e com uma significativa parcela da população vacinada podemos celebrar com segurança a festa do padroeiro do nosso estado", conclui.

PADROEIRO DO CEARÁ: 19 de março é conhecido desde 1621, com o decreto do papa Gregório XV, como dia de São José. O santo é padroeiro do estado, por isso, em Fortaleza e nas demais cidades do Ceará, é feriado no seu dia.

São José é o pai de Jesus Cristo na tradição católica, marido de Maria e carpinteiro de profissão. É considerado o protetor da Igreja Católica e padroeiro dos trabalhadores e das famílias por seu trabalho de artesão e por ser patriarca da Sagrada Família.

De acordo com o padre Gilson Marques Soares, titular da paróquia Nossa Senhora das Graças, no Bairro Manoel Sátiro, em Fortaleza, a escolha de São José para padroeiro do Ceará se deu devido à primeira capital do Ceará ser Aquiraz, que tem o mesmo santo como protetor.

Segundo conta, uma das primeiras embarcações que chegaram ao Ceará, por meio de Aquiraz, trazia uma imagem de São José do Ribamar. Foi definido, então, o santo como padroeiro da cidade e, posteriormente, do estado. São José do Ribamar, inclusive, foi o nome da primeira vila oficialmente instalada no Ceará, no arraial do Iguape, onde hoje fica Aquiraz.

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MÚSICA É VIDA

“Este trabalho é dedicado a todas as crianças e jovens do meu País, que têm a música como o mais atraente, intuitivo e caloroso meio de comunicação.” Com essa mensagem, o compositor Mario Ficarelli (1935-2014), da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, compartilha o legado de uma vida dedicada à música. 

Através do método Musissimphos, que acaba de ser lançado pela Mister Edições, o professor continua com o desafio de incentivar a formação musical para as novas gerações.

“Trata-se de um trabalho idealizado para o ensino musical em orquestras de iniciantes”, conta a compositora e pianista Silvia de Lucca, viúva de Ficarelli, responsável pela curadoria e organização geral do projeto. 

“Os últimos quatro anos de sua vida foram dedicados à organização desse método”, destaca. Era o sonho que o mestre foi tirando do horizonte. “Ele cumpriu o desafio de mostrar que a música é vida. Mesmo internado no hospital, até os seus últimos instantes ele trabalhou nesse método para incentivar a educação musical.”

Silvia de Lucca, que também foi aluna de Ficarelli, quis disseminar o que aprendeu e viveu. Continuou organizando o projeto depois da morte de Mario Ficarelli, em 2 de maio de 2014, destacando o conhecimento do educador, o talento do compositor, o humor do mestre e a força do ser humano. Foi sob a infinitude dessa luz que Silvia, pós-graduada pela ECA e com especializações feitas em Zurique e Genebra, na Suíça, organizou o Musissimphos em edição bilíngue.

O método está organizado em três níveis de dificuldade: básico, intermediário e avançado. Totaliza 1.684 páginas impressas em dez volumes, acompanhados de um CD-áudio e nove CDs-ROM com as partes instrumentais.

 “Está dividido entre 81 Estudos Musicais e 60 Músicas de Repertório, em progressão didática quanto ao nível de dificuldade. Os Estudos são todos de autoria de Mario Ficarelli e condensam a teoria musical aplicada. As músicas são de vários compositores, desde o repertório Barroco até o contemporâneo. O primeiro volume compreende um guia que explica o método e orienta aqueles que desejam formar uma orquestra desde o início”, explica Silvia.

O método de Mario Ficarelli: dez volumes, 1.684 páginas, um CD-áudio e nove CDs-ROMs com as partes instrumentais – Fotos: Divulgação/Cantabile Edições Musicais

“Mario Ficarelli tem em seu catálogo mais de 220 obras para diversas formações instrumentais. Fez uma ópera infantil e uma Missa Solemnis para solistas e coro infantis, apresentada parcialmente para o Papa João Paulo II, no Vaticano, em 1996.”

Ver as crianças e jovens tendo a oportunidade de aprender música e participar de orquestras era um ideal de Ficarelli. O sonho de um adolescente paulistano que descobriu a música clássica aos 16 anos, ouvindo o único programa de rádio da cidade que tocava esse gênero. Mario Ficarelli nasceu no dia 4 de julho de 1935, no bairro da Barra Funda. 

“Era o filho mais velho. Seu pai era um pintor de paredes que tinha estudado no Instituto de Belas Artes e ensinou para o filho rudimentos de desenho técnico e livre. Teve uma infância e juventude simples, era ajudante de seu pai”, observa Silvia, reproduzindo o que Ficarelli repetia com naturalidade e orgulho. “Começou a  ler e pesquisar sobre os compositores e passou a estudar piano. Seu objetivo era ser compositor.”

Ficarelli foi incentivado por um grande mestre, o professor Olivier Toni, do Departamento de Música da ECA, que logo percebeu o talento do aluno. Tornou-se um importante compositor e professor brasileiro. 

“Tem em seu catálogo mais de 220 obras para diversas formações instrumentais. Fez uma ópera infantil e uma Missa Solemnis para solistas e coro infantis, apresentada parcialmente para o Papa João Paulo II, no Vaticano, em 1996. Foi membro da Academia Brasileira de Música desde 1994. Obteve vários prêmios em concursos de composição e possui obras editadas no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos.”

O cotidiano de Silvia e Ficarelli era regido pela música, como lembra a compositora. “Eu era a primeira a ouvir suas composições, mas quando já estavam prontas, e ele também as minhas. Algumas vezes ele me convidava para dar o nome a suas obras e acatava minhas sugestões. Tempestade Óssea e Parasinfonia são algumas delas.” Ficarelli dedicou uma de suas composições aos dois, Epígrafe e Ensaio 90.

O método Musissimphos, lançado pela Mister Edições, pode ser adquirido através do site da Cantabile Edições Musicais. (Fonte: Jornal da USP)

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LUIZ DO HUMAYTÁ E SEBASTIAN SILVA UNEM VIOLÃO E SANFONA NAS TERRAS DA NAÇÃO CARUARU, PERNAMBUCO

O cantor e compositor, poeta Luiz do Humaytá e o sanfoneiro e cantor Sebastian Silva estão realizando em Caruaru, Pernambuco, uma série de apresentações. Com objetivo de levar ao público um repertório de músicas brasileiras, Luiz do Humaytá e Sebastian estiveram no Bar da Lúcia/Natan e numa seresta em Praça Pública.

No final da tarde de hoje Luiz do Humaytá foi entrevistado na Rádio Cultura do Nordeste. Ele falou de sua trajetória artistica e "amor a cultura dos sertões"

Neste final de semana eles fazem apresentação na Feira de Caruaru, além de Luiz do Humaytá ir conhecer o Espaço Cultural Asa Branca do Agreste , na Vila Kenedy, local mantido pelo pesquisador Luiz Ferreira.

Luiz do Humaytá mora em Curaçá, Bahia, na Fazenda Humaytá e  lançou recentemente o CD Boemia Cult para declarar também o seu amor pela terra onde nasceu., no Rio Grande do Sul. Luiz Carlos Forbrig é o nome de batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá.  O cantador é natural de Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. 

Sebastian Silva é considerado um dos melhores sanfoneiros da nova geração da música brasileira. Ele também  toca ao lado de sanfoneiros Targino Gondin, Marquinhos Café, Gel Barbosa e Renan Mendes, no Quinteto Sanfônico do Brasil.

O cantor e compositor Sebastian Silva já se apresentou com carreira solo no São João de Caruaru, no Polo Alto do Moura e também de Festivais na Europa e Angola.

Seguidor do saudoso mestre Dominguinhos e Luiz Gonzaga, Sebastian Silva tocou com nomes de destaque da música brasileira, a exemplo do poeta Santana, o Cantador com quem trabalhou durante oito anos. Sebastian Silva é natural de Caruaru e segue carreira solo com agenda de shows em na capital do Forró e cidades da região.

Sebastian Silva e Luiz do Humaytá estão com todo o  trabalho disponível no canal oficial Youtube e em todas as plataformas digitais.

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ALUNO DO CETEP-SERTÃO DO SÃO FRANCISCO ESCREVE LIVRO: UMA ODISSEIA NA MINHA MENTE

Em meio a tantas tecnologias e informações, ter o hábito de ler se tornou algo raro e pouco valorizado por parte da nova geração. O que precisamos entender é que geralmente são os livros que alimentam a imaginação dos criadores dessas inovações.

A leitura não se encerra nas páginas dos livros, ela continua nos gestos e afetos, se comunicando por olhares e sorrisos. A frase de Karyne Santiago, é um exemplo seguido pelo aluno do Centro Territorial de Educação Profissional do Sertão do São Francisco-CETEP, atualmente cursando o terceiro ano de informática. O aluno escritor é Webster Wagner da Conceição Santos, 20 anos.

Webster Wagner mora no Distrito de Maniçoba/Juazeiro-Bahia. Detalhe: Webster Wagner escreveu o seu primeiro livro "Uma Odisseia na Minha Mente". De acordo com o jovem escritor o livro é uma porta de entrada de seu próprio multiverso de histórias. 

"Digamos que Estrela da Noite", cujo protagonista da história, ganha super-poderes no final do livro, e ele consegue a dádiva de poder se teletransportar de universo em universo diferente. Como se ele se tornasse onipresente", diz Wagner.

"A inspiração nessa vida sem nenhuma dúvida foi Deus. Deus é minha maior inspiração. Ele é o principal causador disto tudo. O desejo de ser escritor começou em 2019, quando eu estudava no Colégio Estadual Olavo Ferreira Neto", revela.

Webster Wagner revela que antes da decisão de se tornar escritor "passou anos e anos estudando vários assuntos, e pesquisando diversas áreas". Ele conta que sempre foi apaixonado por ciência e queria ser astrônomo. "Agora pretendo cursar letras", diz.

O livro "Uma Odisseia na Minha Mente", conta a história de Estrela da Noite e E.X-33.1.3, o seu amigo robô. Estrela da Noite passa séculos dormindo enquanto navegava pelo espaço, E.X-33.1.3 cuidou dele durante todos esses Séculos. Após acordar, Estrela da Noite percebe que perdeu suas memórias, então a dupla entra em um buraco de minhoca e os leva para outra dimensão.

"Este livro é para quem ama ciência, astronomia, mas também tem a cereja do bolo. Querem que eu conte?... Ah eu vou contar sim! Tem diversas referências bíblicas. Querem saber qual? Bom o nome de "E.X-33.1.3" foi inspirado no livro de Êxodo, capítulo 33, versículo 1-3. E qual é meu intuito de fazer isso? Bom, eu sou cristão e queria juntar ciência e religião. Eu sei que isso não faz sentido, mas eu queria realmente me arriscar, e eu senti muito medo de ser criticado na época enquanto escrevia. Porém o livro foi escrito", diz o autor.

O objetivo com este livro, de acordo com Webster Wagner é preparar novos leitores para futuras obras. A proposta é que a partir do primeiro escrito, agora cada livro estará conectado, Uma Odisseia na Minha Mente é um livro, uma nave espacial que irá levar para um multiverso cheio de histórias e outros contos. 

"Levei 5 meses para escrever e revisar Uma Odisseia na Minha Mente, tendo "Jhonatha Vieira", meu amigo e capista como auxiliar, eu escrevi este livro com o intuito de começar uma jornada longa que irá durar até o fim da minha vida! Por isso o nome do livro "Uma Odisseia na Minha Mente", porque será uma jornada longa até o fim dos meus dias", finalizou Webster Wagner.

"Mesmo no mundo tecnológico que vivemos, os LIVROS ainda são a melhor tática para estimular a imaginação e a criatividade. Webster nos deu um grande presente: compartilhar conosco seu livro "Uma Odisseia na Minha Mente", parabéns pela conquista. Que outros jovens estudantes do CETEP SSF sigam seu exemplo e compartilhem dessa viagem no mundo da leitura", finalizou, Leila Cristina Pacheco, diretora do CETEP SSF.

O aluno escritor também agradece a coordenadora pedagógica do CETEP, Neila Cristina pelo incentivo. O livro pode ser adquirido através da amazon.com.br, formato ebook. Contato do autor: thenightstarww@gmail.com



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EXPOSIÇÃO DE FOTOS E XILOGRAVURAS (CORDEL) SERÁ APRESENTADA GRATUITAMENTE EM CASA NOVA-BA

Muita gente já leu ou ouviu falar da literatura de cordel, mas poucas de fato chegaram a participar efetivamente da construção dos versos ou das xilogravuras, que são aquelas figuras que nos remetem a um  "carimbo", na cor preta, e que geralmente ilustram os livretos de cordel, gênero literário presente na cultura popular nordestina.

Em Casa Nova-BA, no semiárido brasileiro, jovens e adultos tiveram a oportunidade de adentrar nesse universo a partir do projeto "Grafias da Caatinga – da Xilogravura à Fotografia", que ofereceu gratuitamente duas oficinas - de fotografia e xilogravura -, realizadas na Comunidade da Melancia, na zona rural do município. 

"Os objetos fotografados no nosso dia-a-dia na caatinga ou trazidos na memória dos alunos foram transformados em xilogravura, reforçando a nossa cultura e identidade como caatingueiros. Foi surpreendente o resultado," destaca Thiago Rocha, que coordena o projeto junto com o cineasta Wllyssys Wolfgang. 

O resultado do projeto poderá ser apreciado pelo público em geral nesta sexta-feira (18) e no sábado (19), no Colégio Estadual de Casa Nova, localizado na Rua A, no centro da cidade. A iniciativa é inédita na comunidade e causou grande repercussão, contando com mais de 20 alunos em cada oficina, todos oriundos de comunidades de fundo de pasto (comunidades tradicionais rurais no Semiárido). 

"A primeira exposição foi feita exclusivamente na comunidade da Melancia para que os próprios alunos pudessem apreciar, participar e trazer os familiares e amigos. Agora está sendo na zona urbana para que haja um reconhecimento e integração entre a comunidade e os moradores da sede", afirma Wllyssys Wolfgang. 

Mais de 80% dos alunos são pretos ou pardos; 70% mulheres e 100% oriundos de escolas públicas. Nenhum dos alunos havia feito um curso de xilogravura, embora 100% conhecessem a literatura de cordel, de acordo com levantamento feito entre os próprios estudantes. 

O projeto é realizado em parceria com a produtora WW Filmes e apoio logístico da Caroá Produções, empresas que atuam no Vale do São Francisco, além dos profissionais Wyvys Reis(produção e logística), Jota Souza(Jota Filmes) e Paloma Biondo(auxiliar pedagógica). O projeto conta com o apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia. (Fonte: Bia Braga-jornalista)

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CANTOR ALEXANDRE PÉ DE SERRA É DESTAQUE COM HOMENAGEM A ZÉ MARCOLINO: UM TERÇO DE SAUDADE

O cantor Paraibano,compositor, Poeta e Enfermeiro  paraibano "Alexandre Pé de Serra" nasceu na capital João Pessoa e com raízes em Serraria no brejo paraibano. Ele traz no seu cantar o Nordeste traduzido em forró, xote, xaxado, arrasta-pé, baião e outros gêneros da música popular nordestina.

Enveredando  pelas estradas da vida musical com um estilo único no seu cantar, no declamar e alegrando por onde passa com sua música e o seu show. 

Com 22 anos de carreira musical e forrozeira  dedicados ao legítimo forró. Já vem no seu matulão discográfico com: 10( Dez )CDs e 02 (Dois) DVDs, sendo o primeiro nos seus 15 anos de carreira gravado  em João Pessoa sua terra natal  e o outro um documentário gravado em Monteiro dentro das festividades do Festival Zabé da Loca ,no cariri paraibano, cidade onde se respira versos e melodias.

Como compositor ,dezenas de artistas do gênero já gravaram algumas das suas composições. 

Alexandre Participou de alguns festivais por seu  estado, a Paraíba,  como também em outros por esse nordeste. Sempre enaltecendo nosso forró,a nossa cultura popular nordestina. 

Alexandre Pé de Serra se solidifica como um legítimo seguidor dos mestres: Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, dentre outros. Com um jeito simples e singular de interpretar e compor. Ele vem com um show Alegre, Cultural e fiel as suas origens forrozeiras. Como ele sempre diz: "Um Abraço Forrozado". 

Um dos destaques este ano 2022 é uma Canção em parceria com os  poetas ,Antônio Carneiro e Cicinho Gomes In Memoriam. 

Uma Bela Homenagem ao poeta ZÉ MARCOLINO . Zé Marcolino poeta,compositor e cantor que o Rei do Baião, como também centenas de artistas gravaram suas canções. 

Música: Um Terço de Saudade. 

De: Alexandre Pé de Serra, Antônio Carneiro e Cicinho Gomes.

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