FILHOS DE GONZAGUINHA E NETOS DE LUIZ GONZAGA ENVIAM NOTA REPUDIANDO USO DE MÚSICA PELO GOVERNO DE JAIR BOLSONARO

Filhos de Gonzaguinha e netos de Luiz Gonzaga escreveram o que chamaram de “nota de nojo” contra o presidente Jair Bolsonaro. “Não estamos de acordo com o uso da canção Riacho do Navio, nem sua alteração, nem sua execução (com duplo sentido) pelo Senhor Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, em transmissão ao vivo pelo Senhor Presidente”. Na mesma nota, a família Gonzaga repudia outras ações do presidente e aponta um horizonte em que país volte a ter respeito e honestidade pela sua história. 
Leia na íntegra:

Diante da impotência e da impossibilidade de processo por propaganda indevida, por dupla apropriação, da canção de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e do projeto do Rio São Francisco; nós, filhos de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr, netos de Luiz Gonzaga, o Gonzagão, apresentamos uma NOTA DE NOJO diante deste governo mortal e suas lives. Governo que faz todos os gestos ao seu alcance para confundir e colocar em risco a população do Brasil, enquanto protege a si mesmo e aos seus.

Não estamos de acordo com o uso da canção Riacho do Navio, nem sua alteração, nem sua execução (com duplo sentido) pelo Senhor Gilson Machado Neto, presidente da Embratur, em transmissão ao vivo pelo Senhor Presidente.

E, AINDA QUE SIMBOLICAMENTE, não autorizamos ao Governo Federal o uso das canções assinadas por nenhum de nossos familiares, ou suas respectivas partes.

Sonhamos com o dia em que nosso país volte a ser e a ter respeito e honestidade em relação à sua história, suas injustiças e desequilíbrios.

Sonhamos o dia em que se volte a reconhecer, dentro do país, a importância da Cultura, das artes Brasileiras, e seu imenso legado por gerações, assim como o é em todo o mundo.

Sonhamos com o dia em que a informação e o conhecimento sejam distribuídos democraticamente a todes, para, apenas recomeçar, sanarmos essa doença que não faz distinção, além da social, como costuma ser na nossa violenta história. E depois, para que o poder e o espaço, em toda instância, possa ser equalizado e distribuído. Sonhamos dias sem mortos pela violência do Estado, seja ela direta ou indireta. Finalmente;

Sonhamos com quando poderemos dançar e cantar abraçados, sem medo, nos bailes de forró.

Trabalhamos todos os dias por realizar estes sonhos, que não são apenas por nós, mas por todas as gentes deste país.

Por ora, trabalhamos em casa, cumprindo as indicações internacionais da Organização Mundial de Saúde e pedimos que, todos que possam, também o façam.

Amora P. Gonzaga do Nascimento
Nanan Gonzaga do Nascimento
Daniel Gonzaga do Nascimento
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UM GRITO DO RIO E DO POVO: OS IMPACTOS SÓCIO AMBIENTAIS DAS USINAS NUCLEARES ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

Estudos realizados por órgãos federais em anos anteriores consideraram o município de Itacuruba, localizado no sertão de Pernambuco, às margens do Rio São Francisco, o local apropriado para instalação de uma futura usina nuclear no Nordeste. 

Após alguns anos em que hora avançava o projeto, hora paralisava, a pauta da geração de energia nuclear no Brasil parece ter entrado em cena novamente. Recentemente, o Ministério de Minas e Energia do governo de Bolsonaro declarou ser a energia nuclear estratégica para a matriz energética brasileira e voltou a falar dos estudos que tratam Itacuruba como a principal candidata para receber uma usina nuclear.

Caso seja instalada, diversas comunidades quilombolas e povos indígenas serão expulsos de seus territórios tradicionais. Além disso, inúmeros outros impactos catastróficos poderiam colocar em risco toda a área do Rio São Francisco e a Região Nordeste.

Para denunciar esses e outros males, será realizada uma live no domingo (05).  O espaço Reflexão e Canção dá espaço a uma pauta muito importante e urgente: os impactos sócio-ambientais da construção de usinas nucleares à margem do Rio São Francisco. A live acontece às 16h30.

Integrantes da Articulação Sertão Antinuclear, coletivo que promove ações contra a instalação de usinas nucleares nas regiões do nordeste, também estavam na reunião. Para os integrantes, é preciso dar uma atenção maior ao impacto ambiental e social que a instalação da usina pode ter.

“O problema de uma usina nuclear é que ela vai causar uma contaminação atmosférica, no solo, na água, que pode durar séculos, mesmo não causando uma morte imediata, mas o rastro de radiação é muito grande. O rio São Francisco é a vida daquela população e a instalação vai interferir diretamente na fauna e na flora do local”, afirmou José da Cunha Júnior.
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PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO PRETENDE LIBERAR A CONSTRUÇÃO DE USINAS NUCLEARES NO ESTADO DE PERNAMBUCO

Uma proposta de emenda à Constituição pretende liberar a construção de usinas nucleares no Estado de Pernambuco.

O projeto é uma ameaça à vida e violenta os direitos de populações tradicionais, como quilombolas e indígenas. Na #RodaAntinuclearPelaVida desta semana serão entrevistados o Deputado Estadual de Pernambuco pelo PCdoB, João Paulo Lima e Silva, e o Presidente do Comitê da Bacia do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda.

Os entrevistadores serão Alzení Tomáz (Coordenadora da Nova Cartografia Social de Povos e Comunidades Tradicionais da Bacia do São Francisco e membro da Sociedade Brasileira de Ecologia Humana), Célio Bermann (Professor de pós-graduação em energia da USP/SP), José Karajá (Geógrafo e Assessor do CIMI/NE) e Renato Cunha (Coordenador do GAMBA – Grupo Ambientalista da Bahia).

Não perca! Sábado, 4 de julho, às 16h.

https://www.facebook.com/XoNuclear/live

https://www.youtube.com/ConexãoXôNuclear/live

Organização: Conexão Virtual Antinuclear, com participação da Articulação Antinuclear Brasileira, da Coalizão por um Brasil Livre de Usinas Nucleares e da Articulação Sertão Antinuclear.

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COVID-19: PROFESSORES DO INTERIOR DO CEARÁ VENCEM ISOLAMENTO E DIFERENÇAS TECNOLÓGICAS COM USO DO RÁDIO

Professores do interior do Ceará vencem isolamento e diferenças tecnológicas com uso do rádio.

Diante da paralisação das aulas em decorrência do novo coronavírus, os professores da escola estadual de Ensino Médio Professor Milton Façanha Abreu, localizada no município de Mulungu, no interior do Ceará, passaram a usar a rádio comunitária local para propagar aulas de maneira remota aos alunos sem acesso à internet. 

De acordo com o diretor da escola, professor Luiz de França Leitão Arruda, 61, as atividades remotas via internet iniciaram logo após a paralisação presencial, no final de março, mas logo foi constatada a dificuldade de mais de 100 alunos para acessar o conteúdo. “Muitos desses alunos são da zona rural e tampouco teriam como comprar celular ou computador. Então, pensamos em contatar a Rádio Paz FM para o que conteúdo chegasse igualmente para todos”, explica.

A ideia de utilizar o rádio surgiu depois que o diretor percebeu que um terço dos alunos não estava acessando a internet ou entregando os trabalhos online, e descobriu que o problema era a falta de computador, de celular ou até mesmo da internet, já que a maioria no local é da área rural.

Além da dificuldade em conseguir sinal nas áreas mais afastadas, de serra, muitos alunos não têm condições de comprar aparelhos mais modernos. Foi o que levou o Reginaldo a fazer um apelo ao diretor logo no começo da pandemia.

"Contei a verdade: que não tinha nenhum celular. Aí eu perguntei a ele: e aí, professor, como é que eu vou fazer para assistir às atividades? Eu deixo aqui o rádio, escutando aqui meus deveres, só escutando e fazendo", conta o estudante José Reginaldo Araujo Lopes, 16 anos.

"O rádio chega em todo canto, né? Nem toda casa tem internet, mas toda casa tem um rádio", avalia Luiz de França, diretor da escola.

O conteúdo é apresentado três vezes por semana pelos professores da escola que se dividem por áreas de conhecimento, como matemática, ciências da natureza, humanas e linguagens e artes. “Inicialmente, os professores iam até a rádio para gravar o conteúdo, de aproximadamente uma hora de aula. Porém, com o avanço da Covid-19, nós preferimos gravar o conteúdo de casa e já enviamos para a rádio veicular”, pontua Luiz.

Conforme o responsável pela instituição, o retorno dos estudantes sem acesso à internet, em caso de dúvidas com relação ao conteúdo, “a gente agenda um momento para interação com eles [alunos]. Alguns pedem o celular do vizinho para entrar em contato com o professor. Eles também têm os livros bases”. 

Professor da área de linguagens, Márcio Fernandes, 31, é um dos docentes da aula radiofônica. Para ele, a logística funciona da melhor forma para que todos possam compreender o assunto. “Nós usamos músicas temáticas, trazemos convidados para falar sobre determinado assunto, tudo para que a mensagem chegue até eles de maneira muito clara”, afirma.

“Nesse período de crise, o nosso projeto na rádio acabou abraçando todos os alunos do município, de certa forma. Nós estamos nos reinventando porque a educação não pode parar”, pondera Márcio.

No último ano na escola, prestes a prestar vestibular, Rhayane Gomes dos Santos, de 17 anos, conta que a pandemia tornou tudo mais complicado, de início. “Porém, com o passar do tempo, fomos nos adaptando às aulas remotas”. A estudante comenta que, apesar de conseguir acesso às aulas via internet, “aqui a rede é muito falha, então a solução é ouvir na rádio mesmo”.  (Diário do Nordeste)
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FACULDADE UNIFTC SUSPENDE CONTRATO, SEM REMUNERAÇÃO DA MAIORIA DOS PROFESSORES DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Apesar de manterem o ensino a distância (EaD) durante a pandemia, instituições particulares de ensino superior do Vale do São Francisco, a exemplo da faculdade UniFTC, é acusada de ter suspendido o contrato de professores em massa. O Sindicato do Professores em Entidades de Ensino Particulares já foi notificado.

Alunos da UniFTC foram às redes sociais para protestar contra a suspensão dos contratos dos professores da instituição de ensino superior. Segundo os estudantes, dezenas de  docentes tiveram o contrato suspenso sem remuneração. A medida, de acordo com os relatos dos alunos, viria para reduzir as despesas da faculdade em meio à crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

Conforme relatos de estudantes, vários professores são experientes que se empenharam por preparar material on-line para os estudantes no período sem aulas presenciais.

Um professor que preferiu não se identificar, recebeu a notificação de que teria o contrato suspenso. O sentimento é de tristeza. 

O docente não sabe dizer quantos professores já foram notificados, mas garante que ele não foi o único. “Estão aproveitando dessa pandemia para fazer isso. É uma injustiça muito grande porque o lucro que essas faculdades têm é alto".

A reportagem do BLOG NEY VITAL obteve a informação que o argumento é que agora os professores não serão mais das unidades, e sim, da rede, e que não há turmas suficientes para alocar todos os docentes" e com essa justificativa a UniFTC suspende o contrato sem remuneração da maioria do corpo docente da instituição. 

“CONSIDERANDO a Convenção Coletiva do Sindicato dos Professores no Estado de Pernambuco - SINPRO vigente que prevê na Cláusula 10a a possibilidade da suspensão do contrato de trabalho sem vencimentos, quando não forem disponibilizadas turmas ao Docente, por período não inferior a um semestre e nem superior a dois anos, resolvem as partes, em comum acordo, sem qualquer vício de consentimento, coação ou erro, suspender o Contrato de Trabalho durante o período de 01/07/2020 a 31/12/2020.” Esse é o argumento utilizado para a suposta suspensão. 

A Faculdade até o presente momento não mostrou o extrato da citada convenção, e de acordo com informações, agiu de "uma forma grosseira e imoral, levou vários professores a assinarem o documento por medo de sofrerem retaliação (não contratação em nenhuma outra unidade da rede, caso haja a demissão do professor)". 

Os setores responsáveis, RH, assessoria acadêmica e direção não se pronunciam e nem esclarecem as dúvidas dos profissionais. 

De acordo com a lei federal MP 936/20: suspensão temporária do contrato de trabalho é permitido, mas levando em consideração vários parâmetros como tempo de suspensão de contrato por no máximo 90 dias, ajuda de custo para o empregado e seguridade do emprego por tempo igual ao de afastamento, o que não está claro no documento emitido pela instituição UNIFTC para os seus docentes.

A cultura de suspensão contratual parece ser comum na rede da IES, contudo esse processo não tem nenhum embasamento jurídico, o que torna a ação ilegal e imoral. Para os alunos os valores das matriculas permanecem o mesmo e que embora tenha havido uma ajuda no decorrer do semestre anterior, o processo de pandemia não deveria ser uma oportunidade para unificação de turmas entre as unidades da rede. 

Professores acusam que a universidade tem uma trajetória com "vários problemas trabalhistas com os quanto ao não pagamento de FGTS por anos, a IES arbitraria as leis e tenta oprimir os professores com suspensões de contrato de forma arbitrária além de agora resolver unir todas as turmas da rede numa única turma, que terão número elevados de alunos, para apenas um professor lecionar.

Mesmo com o isolamento social, os alunos que estudavam presencialmente tiveram que se adaptar ao novo modelo de ensino virtual, e tanto os estudantes como os professores e a própria instituição, tiveram que se reinventar e se encaixar neste novo método de ensino, mas sempre com a presença dos catedráticos que encontravam nos corredores da faculdade.

Embora haja uma possível redução de turmas, essa ainda não é uma certeza, visto que o período de matricula está vigente até dia 20 de julho, dessa forma, essa não poderia ser a principal justificativa para a suspensão, que além disso está fora dos padrões impostos pela lei. A outra questão é a segurança não garantida do que poderá acontecer no semestre seguinte (2021.1).

Até o momento a Universidade UniFTC não se pronunciou.
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IF SERTÃO REALIZA SEMINÁRIO SOBRE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

Nos dias 09 e 10 de julho o Instituto Federal do Sertão Pernambucano, Campus Floresta, realiza a primeira edição do Seminário do Núcleo de Estudos Agroecológicos e Produção Orgânica – I SENEAS: Semeando Agroecologia no Sertão Pernambucano. O evento é direcionado para produtores rurais, comerciantes, estudantes, pesquisadores, e pessoas interessadas em agroecologia  e produção sustentável.

O I SENEAS será realizado de forma virtual, via Google Meet, e a programação é composta de mesas de conversa e palestras. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas por meio da plataforma IF Eventos no endereço: https://ifeventos.ifsertao-pe.edu.br/public/event/247 . Fazem parte da programação temas como transição agroecológica, certificação de produtos orgânicos, logística de compra e venda, agroecologia e pesca artesanal, e controle de insetos. O evento poderá ser acessado a partir das 14h, do dia 09 de julho, no endereço: https://meet.google.com/kyc-ktiu-kco .

Economia e divulgação de técnicas de comercialização durante o período de isolamento social decorrente da pandemia mundial da Covid-19 também serão temas debatidos no I SENEAS, os produtores e comerciantes poderão se informar sobre as novidades em plataforma on-line para comercialização, logística de vendas e produção de orgânicos, além de dicas que facilitam a compra e venda de produtos orgânicos.  

De acordo com a organização do evento o foco é a divulgação para produtores e consumidores sobre a possibilidade de uso de produtos saudáveis e livres de agrotóxicos, "atualmente por conta dos perímetros irrigados o sertão pernambucano tem aumentado o uso de defensivos químicos, enquanto muitos países estão retirando dos campos produtivos estes agentes químicos o Brasil vai na contramão, por isso a importância da realização deste evento, buscar a divulgação de tecnologias alternativas", disse Luenda Sá, professora do IF Sertão-PE Campus Floresta e coordenadora do evento.

Após o I SENEAS haverá a emissão de certificados com carga horária total de 5h para os participantes inscritos para àqueles que acompanharem 75% da programação, ou certificado individual por palestra assistida.

Programação do I SENEAS:
09 de junho--

14h às 14h30 - Palestra: Transição Agroecológica Palestra
Profº Antonio Roberto Mendes Pereira
Serviço de Tecnologia Alternativa - SERTA

14h30 às 14h59 – Palestra Certificação de Produtos Orgânicos
Profª Felizarda Viana Bebé
IF Baiano Campus Guanambi


15h às 15h29 - Palestra Agroecologia e Pesca Artesanal: Elaboração de Projeto Extrativista Sustentável e Orgânico

Profº Diogo Martins Nunes (UFRPE / UAST)

15h30 às 15h59 – Palestra Plataformas On-Line para Comercialização de Produtos Orgânicos
Profº Severino do Ramo de Paiva (IFPB Campus Monteiro)

16h às 16h30 –Mesa Redonda: Debate Agroecológico e mostra de vídeo com Guardiões de Sementes

--10 de julho--
14h às 14h29 – Palestra Controle de Insetos na Produção Orgânica
Engº Agrônomo Leandro Venturin
Terra do Futuro Consultoria e Planejamento Ambiental

14h30 às 14h59 – Palestra Logística de Produção e Venda de Orgânicos
Engº Agrônomo Júlio Militão dos Santos Neto
FRUTHORGANICA

15H –Palestra Bioconstrução na Agroecologia
Téc. Agropecuária Ricardo Diangele Scalco
Bioconstrução Guaraciaba

15h30 - Produção Orgânica: Do Campo a Mesa Uma Experiência de Produção
Produtor Engº Agrônomo Ismar José de Matos
Biosalitre Produtos Orgânicos

16h- Debate Agroecológico e mostra de vídeo com Guardiões de Semente (Fonte: Elidiane Poquiviqui Tecnóloga em Comunicação Institucional Jornalista e Radialista)

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CANTOR E COMPOSITOR FLÁVIO LEANDRO DESTACA QUE CONSCIÊNCIA AMBIENTAL DEVE SER PRIORIDADE

Em entrevista à Rádio Folha, Flávio Leandro fala da afinidade com as redes sociais. Artista que tem fama nacional, mas que optou por viver, desde 2013, num sítio em Bodocó, no sertão pernambucano, o cantor Flávio Leandro conversou com a âncora da Rádio Folha FM 96,7, Patrícia Brêda, sobre as dificuldades que os artistas têm em tempos de pandemia e como tiveram que fazer um São João de uma forma jamais vivida. 

Flávio Leandro lembrou que estava para lançar um CD no dia 14 de março quando foi surpreendido pela proibição dos eventos e teve todos os shows cancelados. Ele resolveu, então, fazer o clipe “Vai Ter São João”. Disse que ficou feliz de ter podido levar esse trabalho para as pessoas, falando das tradições juninas, que, em tempos de pandemia, aconteceriam nos “casebres ou nos casarões”. Ele lembrou que realmente os eventos de rua, além de entretenimento, são parte significativa de uma cadeia produtiva, que gera emprego e renda. Mas reconheceu que o caminho das lives é o que tem que ser trilhado pelos artistas.

A realização de lives não é novidade para Flávio Leandro, que há cerca de três anos já estava inserido nesse mercado e já tinha toda a estrutura montada para esse tipo de produção. Dessa forma, quando teve suspensos 35 shows juninos deste ano devido à pandemia, partiu para alternativas e conseguiu dez apresentações virtuais, oito delas vendidas para empresas, e duas abertas para o público em geral.“Toda hora estamos fazendo uma gravação, uma live... é uma reinvenção de tudo. E agora os forrozeiros estão entrando nesse caminho. Temos que aproveitar mais esses espaços para falar com nosso público”, reforçou.

Flávio Leandro disse que imaginava como devem ter sofrido as vítimas da pandemia de 1918, da gripe espanhola: “Como esse povo não sofreu, por falta de conhecimento, de informação. E a gente agora, com a internet, consegue fazer muita coisa”. O artista lembrou que, para o clipe, mandou para o estúdio a ideia do arranjo “e o pessoal deu um banho”, se referindo ao músico Luciano Magno e Fabiano Menezes, no Recife; Claudinho do Acordeon e outros músicos, de Monteiro, na Paraíba; e à ajuda dos filhos, Sara e Davi, que também estão trilhando a carreira musical. Eles fizeram o que define de “um clipe singelo, mas lindo”.

Ao declarar que se orgulha de há mais de sete anos estar comendo do que planta no seu sítio, Flávio Leandro falou que possui três canções que chamam para a reflexão sobre o papel do homem diante do planeta, destacando entre elas “Fornalha Global”, que fala sobre a convivência do homem com a natureza. 

“O quanto a gente tira; o quanto devolve; e o quanto ela nos dá de puxavante de orelha; o quanto nos repreende e a gente não escuta... aí vem uma voz silenciosa dessa agora, minúscula e nos transforma em partículas insignificantes diante da grandiosidade do universo.” Refletiu e acrescentou que “a interferência humana em busca do dinheiro danifica e prejudica a existência da própria humanidade. Essa casa não é nossa. A gente recebe e tem que passar adiante. É vergonhosos a gente não ter a competência de passar para a geração seguinte. É uma incompetência fora do comum e de uma irracionalidade gigantesca. É lamentável".

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