LUIZ GONZAGA VIVE APESAR DOS POLÍTICOS E O DESCASO COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA

Entra Governo e sai prefeito, secretários, deputados e senadores e a CULTURA DO FORRÓ continua sem ser valorizada. A política atual não quer cultura. Os atuais governantes não se engajam numa política pública de cultura.

O Forró foi elevado à condição de Patrimônio da Cultura Brasileira. Como se vê, o FORRÓ, BAIÃO, XOTE E XAXADO estão em alta. Mas no caminho existe a pedra da falta de Política Pública, para gerar renda e valorização a Cadeia Produtiva que movimenta as festas juninas do Nordeste

Para os Políticos, atuais prefeitos e pré candidatos ao Governo do Estado de Pernambuco cultura da sanfona e valorização do Forró para quê? Por que forró?

A pergunta vai em especial para os Prefeitos e ex-prefeitos de cultura de Campina Grande, Paraíba, Caruaru, Pernambuco, Petrolina, Jaboatão dos Guararapes. Cadê o festejo junino com música deixada pelo reisado de Luiz Gonzaga, ritmo, harmonia e melodia da sanfona, zabumba e triangulo?

Antonio Nobrega-músico, brincante da música brasileira, da dança, do teatro e do 'universo do circo, da criança e da cultura popular deu uma resposta: conectando a estudos e reflexões sobre a cultura brasileira em geral, esse casamento entre conhecimento empírico e teórico foi conduzindo-me à constatação de que vivemos num país que reluta em aceitar-se integralmente.

Os governantes não tem compromisso com a cultura gonzagueana, de Dominguinhos e Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês, e por isto não alcança a modernidade forrozeira das novas gerações que também não fazem shows nos palcos das grandes festas juninas das principais cidades do Nordeste.

Cadê nosso Forró, Xote, Baião. O marketing destas mesmas cidades dizem que "estão fazendo o forró de Luiz Gonzaga". Em Caruaru, existe até uma programação de um ARRAIÁ DO GONZAGÃO, e pasmem, não existe um contratado que possua uma identidade, pertencimento cultural, é arraiá para enganar quem?

Que outra razão para tal desperdício de insumos culturais tão vastos e de tão imensa riqueza simbólica como o nosso reservatório de ritmos presente nos gêneros criados por Luiz Gonzaga.

Sigo, Antonio Nobrega e deixo um dialogo para as autoridade políticas: Mais do que preservar o Forró, através de Políticas Públicas,  nossa tarefa está em amplificar, dinamizar, trazer para a órbita de nossa cultura contemporânea os valores, procedimentos e conteúdos presentes nessa "instituição" o forró cultural.

Essa ação amplificadora poderia abranger escolarização musical – por que não se estuda Forró em nossas escolas de música?–; a prática da dança – a riqueza lúdica e criadora proporcionada pelo seu multifacetário estoque de movimentos–; a valorização de modelos de construção e integração social advindos do mundo gonzagueano. 

Tudo isso ajudaria ao Brasil entender-se melhor consigo mesmo e com o mundo em que vivemos.

O FORRÓ é uma das representações simbólicas mais bem-acabadas e representativas que o povo brasileiro construiu. Assim como o samba, o choro, o baião, uma entidade transregional cuja imaterialidade poderemos transmudar em matéria viva operante se tivermos a suficiente compreensão do seu significado e alcance sociocultural.

Identidade Cultural no mundo globalizado é fator de atração turística e desenvolvimento econômico e social. Nesta definição, viemos através de Carta Aberta, em nome da NAÇÃO GONZAGUEANA alertar: Cuidem da Cultura brasileira e em especial dos festejos juninos do Nordeste.

 *Ney Vital é jornalista. Pós-Graduado em Ensino de Comunicação Social. Estudante do Curso de Agroecologia. Apresentador do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Seus Amigos, na Rádio FM 95.7, Rádio Cidade Am 870


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