VI ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA DA CHAPADA DO ARARIPE VAI ACONTECER ENTRE OS DIAS 11 A 17 DE JULHO

A valorização e a troca de saberes populares relacionados às práticas de cura ligadas à natureza, contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional, serão os objetivos do VI Encontro de Saberes da Caatinga e Práticas de Cura da Chapada do Araripe realizado no município de Exu, no sertão de Pernambuco. 

O evento vai acontecer este ano no período de 11 a 17 de julho de 2022.

O encontro serve para incentivar e manter vivas práticas de cura (algumas milenares). Nesta segunda edição do evento. Na programação que ainda será divulgada consta vários serviços, oficinas de agrofloresta, extração de óleos vegetais, arteterapia, aromaterapia e bioenergética.

O evento contará com a presença de raizeiros, rezadores e parteiras da região da chapada do Araripe, dos estados de Pernambuco e Ceará, também médicos, profissionais de saúde, representantes de instituições públicas, organizações não governamentais e aprendizes de várias partes do Brasil.

Segundo a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Islândia Sousa, o encontro reforça a política de práticas integrativas e complementares instituída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. 

O site da Fiocruz destaca que as práticas do Encontro de Saberes da Caatinga são caracterizadas pela Organização Mundial de Saúde como Medicina Tradicional ou Medicina Complementar. Esse termo significa um conjunto diversificado de ações terapêuticas que difere da biomedicina ocidental, incluindo práticas manuais e espirituais, com ervas sem uso de medicamentos quimicamente purificados, além de atividades corporais.

As práticas trabalhadas e saberes compartilhados durante o encontro, no âmbito da conservação da sociobiodiversidade, relacionam-se diretamente com objetivos para incentivar as manifestações culturais e contribuir para a valorização da diversidade cultural e assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais, com ênfase na melhoria da qualidade de vida.

A biologa Ana Vartan, através de artigo escreveu que o "uso das plantas medicinais pelos seres humanos faz parte de seu modo de sobrevivência, tanto para suprir necessidades urgentes, como nos processos de adoecimento e no uso simbólico. A inserção das plantas medicinais nos sistemas de saúde tem sido incentivada em todo mundo pela OMS, seja como fitoterapia ou inatura. 

No Brasil, o uso das plantas medicinais pelos povos indígenas e pelas populações é muito antigo, embora muitos povos tradicionais e população em geral tem modificado esta prática. Assim, faz-se necessário estimular os jovens a reconhecer essa prática. 

O Encontro Saberes da Caatinga busca valorizar o saber tradicional, apoiando e

disseminando o conhecimento das práticas ancestrais de cura. Objetivo: Conhecer e estimular o reconhecimento do saber tradicional no uso das plantas medicinais na caatinga.


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