AGROVALE AMPLIA DOAÇÕES DE ÁLCOOL 70% AOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO


O município de Petrolina-PE recebeu nesta terça-feira (23) um reforço de mais 7 mil litros de álcool 70% para o combate ao novo Coronavírus (Covid -19).O produto, amplamente utilizado na higienização e assepsia, foi entregue à Secretaria de Saúde e faz parte de um programa social da Agrovale que já contabiliza a doação de 132 mil litros às unidades e serviços de saúde de municípios da Bahia e de Pernambuco.

O programa começou em março, logo que apareceram os primeiros casos da pandemia, com a doação ao sistema público baiano de 100 mil litros de álcool in natura. Depois, as cidades de Juazeiro e Petrolina receberam 10 mil litros de álcool 70% cada uma.

Na semana passada o município pernambucano de Santa Maria da Boa Vista, foi contemplado com 5 mil litros de álcool 70% e a direção da empresa sucroalcooleira informou que já está em tratativas para doação do produto também aos municípios de Cabrobó, Lagoa Grande, Salgueiro e Dormentes, em Pernambuco.

Segundo o secretário de Saúde de Santa Maria da Boa Vista, Nelson Eduardo, a doação chegou em boa hora. "Já regularizamos os estoques do álcool 70% no Hospital de urgência e emergência Monsenhor Ângelo Sampaio, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), no Programa de Saúde da Família (PSF) e nos postos dos bairros e do interior além de associações comunitárias", detalhou o secretário, ressaltando ainda que a doação garante o fornecimento do produto pelos próximos dois meses. (Fonte: CLAS Comunicação & Marketing)
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VIRGÍLIO SIQUEIRA: POR OUTROS LUIZES

Virgilio Siqueira. Poeta, compositor e escritor. Nasceu no dia 6 de maio de 1956 na então Vila de Santa Cruz, município de Ouricuri, no sertão do Araripe pernambucano. Virgilio é o autor de Cânticos de sol e de chuva. Auto de Natal da caatinga. Um de suas músicas mais conhecidas é em parceria com Maciel Melo, Retinas e Nos Tempos de Menino.  Maciel Melo e Virgílio Siqueira  pretendem reeditar o disco "Desafio das Léguas" (1987).

Aqui Virgilio Siqueira presenteia os leitores com os versos de "Por Outros Luizes". Confira: 

POR OUTROS LUÍZES
.Luiz, cadê Santo Antônio
São Pedro, cadê São João?
Promessas pra matrimônio
Folguedo, cadê baião?
E o encantado patrimônio
Dos luares do sertão?
.
Parece que a nossa festa
É tão somente a saudade
Do que não houve nem resta
Ou suposta felicidade
De algum namoro esquecido
Quiçá, um sonho tingido
Com as tintas da mocidade
.
Luiz, cadê Santo Antônio
São Pedro, cadê São João?
Promessas pra matrimônio
Fogueira, cadê rojão?
E o prateado plenilúnio
Das quebradas do sertão?
.
Parecemos-nos vencidos
Entre fanfarra e festança
Entre conceitos perdidos
Numa inversão que avança
Entre o mercante e o mercado
Entre o cercante e o cercado
Entre quem toca e quem dança
.
Luiz, cadê Santo Antônio
São Pedro, cadê São João?
Promessas pra matrimônio
Quadrilha com marcação
Parece que o infortúnio
Devastou lira e sertão!
.
Parece que as raízes
Não se fizeram luzir
Para que outros Luízes
Se fizessem refulgir
Na essência de um novo canto
E, na ressonância do encanto
O Rei se fizesse ouvir
.
Virgílio Siqueira
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MESTRE CAMARÃO: NA VÉSPERA DE SÃO JOÃO COMPLETARIA 80 ANOS

No documentário Milagres de Santa Luzia, do cineasta Sérgio Roizenblit, cuja narrativa apresenta um mergulho em histórias de diversos sanfoneiros brasileiros, o saudoso Mestre Dominguinhos declara, com a afetividade e admiração que lhe eram características: “Um velho amigo de muitos e muitos anos, Camarão tinha uma banda que já tocava em ritmo de baião e forró músicas dos Beatles e um bocado de coisa que esse povo pensa que está inovando hoje em dia”. 

Dominguinhos explicava com gratidão a trajetória de Reginaldo Alves Ferreira, o Mestre Camarão. Camarão foi considerado Patrimônio Vivo até 2015, quando faleceu. Toda a importância de suas criações para a música brasileira, principalmente em se tratando de forró, fez com que o selo alemão Analog Africa se interessasse pela obra do artista para a coletânea The imaginary soundtrack to a Brazilian western movie.

Nesta terça-feira, 23 de junho de 2020, Mestre Camarão se vivo fosse no plano terrestre, completaria 80 anos. A grande inovação de Camarão foi uma visão social: considerado como pioneiro na criação do primeiro grupo de forró do país, que se chamava “A Bandinha do Camarão”, o mestre também manteve uma escola de música.

A técnica à frente da sanfona logo o transformaria em referência musical no Nordeste e no Brasil. Camarão é apontado como criador da primeira banda de forró do país e o pioneiro na introdução de metais nos conjuntos. No currículo, carregou a experiência de ter dirigido a Orquestra Sanfônica de Forró de Caruaru, a primeira do gênero.

Gravou 27 discos , entre 78 rpm, LPs e CDs. Em 2001, fez os arranjos das sanfonas e tocou sanfona e baixo sanfonado em todas as faixas do CD "Xote pé de serra", de Santana, entre outros trabalhos extraordinários.

O rei do Baião Luiz Gonzaga, dizia que 'Camarão toca muito e  faz ate desenho quando aperta a sanfona. Em suas mãos a sanfona chora ou ri, dependendo do seu estado de espírito e motivo musical."

Nascido no município de Brejo da Madre de Deus, Pernambuco mais precisamente na região de Fazenda Velha, Reginaldo, filho de Antônio, que era sanfoneiro, começou sua trajetória com a sanfona de oito baixos ainda criança, pois aos sete anos já tocava.

 “Era tradição entre os agricultores festejar, uma coisa bem interiorana mesmo. Meu avô e bisavô eram muito envolvidos com as questões agrícolas e comemoravam tocando nas festas e nos sambas. Meu pai foi criado no meio de sanfonas, violeiros e repentistas e tinha uma ligação forte com o instrumento dele”, afirma o professor, historiador e músico Salatiel D’ Camarão, filho do Mestre. Mais tarde, na década de 1960, foi para Caruaru integrar a banda como sanfoneiro da Rádio Difusora de Caruaru, onde conheceu com Luiz Gonzaga, Sivuca e Onildo Almeida.

O sanfoneiro e cantor Marquinhos Café, nascido em Caruaru, Pernambuco e residente em Salvador, tem uma atenção especial pela vida e obra do Mestre Camarão. O pai de Marquinhos Café, seu Antônio era amigo de Camarão e levou o então menino para ter umas aulas de vida e aprendizado na sanfona.

 "Fui aluno do mestre. Gratidão eterna a você meu mestre Camarão e que Deus Ilumine e proteja eternamente", escreveu Marquinhos em suas redes sociais.

Marquinhos Café hoje (23), apresenta uma live São João da Alegria, às 16hs e um dos homenageados é o mestre Camarão.
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CANAL BRASIL ESTREIA SÉRIE DOCUMENTAL OURO VELHO, MUNDO NOVO, DE CLAÚDIO ASSIS E LÍRIO FERREIRA

A poesia popular na divisa entre Pernambuco e Paraíba é o tema da série documental “Ouro Velho, Mundo Novo”, dirigida por Cláudio Assis e Lírio Ferreira, que estreia nesta quarta-feira, dia 24, no Canal Brasil. 

Com apresentação do cantor Lirinha, a série faz um mapeamento da poesia popular na divisa de Pernambuco com a Paraíba. 

A atração, nomeada a partir de duas cidades fronteiriças de ambos os estados, mostra como as rimas foram responsáveis por conduzir, ao longo dos anos, a sabedoria popular centenária da região.

Ao conversar com artistas e personalidades locais, os diretores traçam um paralelo entre e a seca e as trovas, apresentam a influência do cordel nas rimas e mostram como as paisagens do sertão foram capazes de inspirar os versos dos moradores, com destaque para o depoimento do jornalista e conterrâneo Xico Sá, que atribui igual importância à produção local a escritos do russo Vladimir Maiakovski, um dos mais importantes poetas do século passado.

Ouro Velho, Mundo Novo (2020)
INÉDITO e EXCLUSIVO
Estreia: quarta, dia 24/06, às 18h45
Direção: Cláudio Assis e Lírio Ferreira
Classificação: Livre
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PANDEMIA AFETA TRADIÇÃO DO SÃO JOÃO EM CAMPINA GRANDE E CARUARU

Por causa da pandemia de covid-19, o arrasta-pé junino que invade o Brasil, especialmente o Nordeste, nesta época do ano vai ser diferente. Nos berços das festas, as cidades de Caruaru, em Pernambuco, e de Campina Grande, no agreste da Paraíba, que disputam o título de maior São João do Mundo, os festejos vão ganhar versão inédita, exclusivamente online, este mês.

Segundo a empresa realizadora do evento, nos dias 23, 24 e 27 de junho, 17 artistas vão se apresentar.Com transmissão pelo canal do evento no YouTube, o São João virtual será realizado com a participação de artistas regionais e atrações nacionais, como a cantora Elba Ramalho – dia 23 de junho - e tem como objetivo inovar e levar a festa para perto do público. Os shows terão cenário junino, retratando o Parque do Povo, sem a participação do público, mas adotando todas as medidas de proteção determinadas pela Organização Mundial da Saúde e autoridades sanitárias, para garantir a segurança dos artistas e equipes de produção.

Em Campina Grande, que nos 30 dias de festa chega a movimentar R$ 300 milhões, os organizadores ainda pretendem fazer o evento da forma tradicional neste ano. A programação com os forrozeiros, no Parque do Povo, está marcado para o período de 9 de outubro a 8 de novembro deste ano, se não houver restrição na época por causa da pandemia do novo coronavírus.

Já Caruaru, que recebe mais de 3 milhões de pessoas nesta época, teve a festa cancelada, sem previsão de nova data. Para arrecadar donativos para 18 mil trabalhadores que se envolvem direta e indiretamente na realização do evento todos os anos, foi criada a plataforma São João Caruaru Solidário em parceria com igrejas, entidades da sociedade civil e organizações não governamentais.

Para doar, basta acessar o site do projeto, que oferece a possibilidade de custear cestas básicas (R$ 48), kits de higiene (R$ 25) e outros valores. Quem preferir também pode entregar a doação fisicamente na sede da prefeitura. Durante a apresentação do São João Caruaru Solidário, a prefeitura exibiu vídeos de artistas que apoiam a campanha, como Dorgival Dantas, o vocalista da banda Mastruz com Leite, Neto, Petrúcio Amorim, Elba Ramalho e Eric Land.

 "As cores e o brilho da nossa festa vão estar em nossa memória e no coração, guardados com carinho para o próximo ano, se Deus quiser", diz Dorgival Dantas. (Fonte: Agencia Brasil)
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FOTOS EM PRETO E BRANCO MOSTRAM SÃO JOÃO DE CAMPINA GRANDE NA PANDEMIA

Foto: Emanuel Tadeu
Acostumado a fotografar as cores do São João de Campina Grande, na Paraíba, e eternizar em seus registros a alegria desta festa, o publicitário e fotógrafo Emanuel Tadeu tenta se acostumar a ideia da não realização do evento neste ano, principalmente por tudo que o São João representa para a comunidade local.

“O São João é muito importante para Campina Grande, principalmente. Porque o comércio aqui no período junino, a economia é muito forte. Eu digo que é nosso 13º. Ele mesmo tendo que ser pausado, né, ele não deixa de existir. São João precisou ser pausado por força maior que é a nossa saúde, que é a nossa maior prioridade”, disse o fotógrafo.

E como está a vida das pessoas que dão vida ao São João de Campina Grande? Como eles estão encarando este período de pandemia e de isolamento social? Foi para responder a estas perguntas que o fotógrafo resolveu registrar um pouco da vida do cantor de forró, da costureira, do sanfoneiro, do quadrilheiro, do vendedor ambulante. Afinal, são essas pessoas que dão cor, tom, beleza e animação à festa.

“ É por conta dessas pessoas que o São João tem a força, a proporção que ele tem. Eu consegui extrair delas o sentimento de saudade que elas estão diante de todo esse cenário”, contou à reportagem da Rádio Nacional. 

Uma das fotos que chamou atenção foi de uma ambulante, pois “ela fala com o sorriso”, disse. “E num momento lá que eu tava fotografando eu falei, Fia, represente pra mim todo esse cenário que você está vivendo, no seu semblante”. Ela silenciou, olhou pra baixo, e começou a chorar. Eu vou levar aquela cena pro resto da minha vida. Eu aprendi muito com aquelas pessoas”.

Apesar das cores do São João, a retratação deste momento foi em preto e branco. A razão, o fotógrafo explica: “o objetivo do projeto é justamente esse: mostrar essa descontinuação das cores e da vida e mostrar os sonhos em quarentena dessas pessoas que estão acostumadas a viver em um período junino totalmente colorido e do nada se deparar com o preto e branco”. 

Neste momento de isolamento social as fotografias estão expostas na internet no site vivavampina.com.br, a partir de segunda-feira (22).

“As fotos expostas relatam a descontinuação das cores da vida e mostram também os sonhos, em quarentena, daqueles que são um dos maiores responsáveis por fazer o Maior São João do Mundo acontecer em Campina Grande (PB). É necessário passar por isso com a convicção que iremos voltar. O São João encontra-se ausente, nesse momento, mas ele vai voltar, em perspectiva. ”, explicou Emanuel.

Emanuel Tadeu da Silva tem 24 anos e é natural de Campina Grande, Paraíba. Ele é graduado em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda e atua como fotógrafo há seis anos. Nos últimos cinco anos fotografou o Maior do São João do Mundo e teve fotos publicadas em veiculos nacionais e internacionais. Emanuel costuma fotografar o cotidiano de Campina com muita sensibilidade, a exemplo do registro das ruas da cidade vazias em período de pandemia. (Fonte: Rádio Nacional) 
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CENTENÁRIO DE FLORESTAN FERNANDES: UM MESTRE QUE ATRAVESSA O TEMPO

Hoje com 90 anos, o Professor Emérito da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP João Baptista Borges Pereira lembra com saudade e orgulho as aulas do professor Florestan Fernandes (1920-1995), que define como um docente rigoroso e até bravo, mas sensível e muito humano. “Vivemos uma sincera amizade, mas eu não o tratava como amigo, de igual para igual”, diz Borges Pereira. “Eu o via como um mestre.” Nesta segunda-feira, 22 de julho, completa-se o centenário de nascimento de Florestan Fernandes.

Quando entrou na USP, o paulistano Florestan Fernandes tinha 21 anos. Fez bacharelado em Ciências Sociais na então chamada Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras (FFCL) da USP, enveredando por um caminho em que questionava as raízes políticas e sociais da formação da sociedade brasileira.

Em 1945, iniciou sua carreira como professor assistente auxiliando o professor Fernando de Azevedo na cadeira de Sociologia II. Entre 1944 e 1946, fez mestrado em Antropologia na Escola Livre de Sociologia e Política, iniciando uma ampla pesquisa sobre os índios tupinambá. Uma pesquisa que continuou em sua tese de doutorado, A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá, considerada um clássico da etnologia brasileira.

“Quando entrei na graduação em Ciências Sociais, em 1955, Florestan estava substituindo Roger Bastide e sempre me incentivou a ir para a sociologia, mas acabei optando pela antropologia”, explica João Baptista.

Florestan Fernandes continuou como professor titular interino até 1964, quando se efetivou na cátedra com a tese A Inserção do Negro na Sociedade de Classes, um trabalho que continua atual diante do questionamento sobre a democracia e as questões raciais. Defendia: “Na verdade, nós nos acostumamos à situação existente no Brasil e confundimos tolerância racial com democracia racial. Para que esta última exista, não é suficiente que haja alguma harmonia nas relações raciais de pessoas pertencentes a estoques raciais diferentes ou que pertencem a ‘raças’ distintas”.

Segundo Florestan, democracia significa fundamentalmente igualdade racial, econômica e política. E ponderava: “ O padrão brasileiro de relação social, ainda hoje dominante, foi construído por uma sociedade escravista, ou seja, para manter o negro sob a sujeição do branco. Enquanto esse padrão de relação social não for abolido, a distância econômica, social e política entre o negro e o branco será grande, embora tal coisa não seja reconhecida de modo aberto, honesto e explícito”.

O aluno João Baptista Borges Pereira e o professor Florestan Fernandes eram vizinhos, moravam no bairro paulistano de Moema. Em 1964, quando João Baptista apresentou a dissertação de mestrado Cor, Profissão e Mobilidade – O Negro e a Rádio de São Paulo, orientado por Oracy Nogueira, fez questão de chamar Florestan Fernandes para a banca. 

“Ele foi muito severo. Fez muitas críticas, talvez ainda chateado por eu ter seguido a antropologia e não tê-lo chamado como orientador”, relembra. “Mas fui aprovado. E naquele dia voltei devagar para casa. Quando cheguei, encontrei o professor Florestan sentado na sala. Levei um susto. Mas ele disse: ‘Vim me desculpar e parabenizar pelo trabalho’. Fiquei feliz. Era o mestre.” O aluno na antropologia e o professor na sociologia seguiram dividindo ideias e defendendo a ciência e a cultura, o respeito à diversidade e a tolerância.

Em 1964, com o golpe militar, Florestan foi preso. Em 1969, obrigado a se aposentar na USP, foi exilado pela ditadura militar. Viveu no Canadá e nos Estados Unidos. Atuou como professor nas Universidades de Columbia e Toronto. Em 1972, retornou ao Brasil. Em 1977, foi lecionar na Universidade de Yale, nos Estados Unidos, e no ano seguinte voltou ao Brasil contratado pela Universidade Católica (PUC) de São Paulo como professor titular.

João Baptista Borges Pereira homenageia os 100 anos de nascimento de Florestan destacando o seu trabalho na sociologia, reconhecido no Brasil e na América Latina. “Ele orientou inúmeros trabalhos de mestrado e doutorado e tem um legado importante para o passado, o presente e o futuro do País, com cerca de  50 obras publicadas.” (Fonte:  Leila Kiyomura-Jornal da USP)
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