Luiz Gonzaga: 30 anos de Saudades e presente na Alma Musical Brasileira

O Brasil celebra no próximo dia 02 de agosto de 2019, os 30 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Luiz Gonzaga, o Lua como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino, brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.

Telúrico sem ser provinciano, Luiz Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal.

Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Marco Maciel, foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).
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"Dificilmente teremos concurso no Brasil nos próximos anos", diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (22/6) que dificilmente haverá concursos públicos no Brasil nos "próximos poucos anos". Ele afirmou ainda que é cobrado em relação à geração de empregos no Brasil, mas pontuou: "quem emprega não sou eu". 

"Eu emprego quando crio cargo de comissão ou quando faço concurso, e o Paulo Guedes decidiu que basicamente poucas áreas terão concurso, porque não tem como pagar mais", afirmou Bolsonaro. "Eu até gostaria de uma área ou outra, abri uma exceção para a Polícia Federal e para a Polícia Rodoviária Federal. Fora isso, dificilmente teremos concurso no Brasil nos próximos poucos anos", acrescentou. 

Bolsonaro falou na manhã deste sábado a jornalistas, na saída da Coordenadoria de Saúde do Palácio do Planalto, em Brasília. Questionado sobre o motivo da visita ao prédio, ele afirmou era de rotina. "Vou viajar terça-feira para o Japão, então vim dar uma olhadinha se não tem nada esquisito", brincou. "A gente tem que sair 100%, deve dar 25 horas de voo. Fiz exame de sangue, daqui a pouco sai o resultado. No resto, tudo bem."

O presidente da República falou também que a "reforma" virou uma "palavra mágica" para os investidores. "(Em) todas as minhas andanças pelo mundo, parece que a palavra mágica passou a ser a reforma da Previdência. Tem muita gente querendo investir, gente de dentro do Brasil. Eu estive com os empresários há duas semanas em São Paulo, eles estão esperando isso", disse.

De acordo com o presidente, se a reforma da Previdência for aprovada, o País vai retomar a confiança. "E os investimentos virão. E atrás disso, vem emprego", disse Bolsonaro.

Fonte: Agencia Estado
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Clima de São João e promoções pelos 25 anos empreendedorismo Lojas Neto Tintas movimenta sábado (22) em Petrolina

As Lojas Neto Tintas Automotivas estão em festa. Este ano de 2019 é comemorado 25 anos de história na cidade de Petrolina e Juazeiro e consequentemente na região do Vale do São Francisco.

Neste sábado 22, a Loja Neto Tintas, localizada em Petrolina se transformou em uma verdadeira festa junina e os clientes puderam fazer as compras no clima da decoração e um café/almoço repleto de comidas tipicamente nordestinas e tudo no balanço do forró.

Os clientes também aproveitam este período e fazem compras de  produtos especializados em tintas automotivas e industriais que estão em promoções. No mês de novembro que compra acima de cem reais vai concorrer a prêmios, entre eles uma moto zero km.

Atualmente são duas Lojas Neto Tintas, localizadas em Petrolina (Avenida Sete de Setembro) e Juazeiro (Bairro João XXIII), na gerência administrativa dos empresários Italo Lino, Abilio, Icaro e Dona Dita. São 25 anos de parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral.

"o objetivo é manter a valorização dos clientes com a máxima qualidade dos produtos, o que o faz termos maior credibilidade no mercado de pinturas automotivas na região em que atuamos", ressalta Italo.

"Acrescento o que nos foi transmitido pelo nosso saudoso pai Neto Tintas,  além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantêm o ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", concluiu Italo.

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Jorge de Altinho é o vencedor do Troféu Danado de Bom, a música "Cadê Você" de Jorge de Altinho com Rico Henriques teve 49% dos votos

Com 49% dos votos, o cantor Jorge de Altinho é o vencedor do Troféu Danado de Bom, votação aberta ao público promovida pela TV Jornal Interior e a Nagem para escolher o hit do São João 2019.

A votação começou no dia 30 de maio e foi até 23h59 dE quinta-feira (20). O público podia votar quantas vezes quisesse. O Troféu teve quase 75 mil votos. A música "Cadê Você", de Jorge de Altinho com Rico Henriques, foi a mais votada, seguida por Márcia Felipe, com 28% dos votos. No total, oito artistas participaram.

O troféu será entregue ao artista vencedor no dia 28 de junho na cidade de Bonito, Zona da mata pernambucana, no momento do show de Jorge de Altinho.

O cantor agradeceu ao público pelos votos ao lado de Rico Henriques. "Estamos aqui para agradecer ao NE10 Interior e a TV Jornal e a toda galera que votou na gente para o Troféu Danado de Bom". 

Fonte: JC NE10
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Único integrante fundador vivo da Banda de Pífanos de Caruaru completa 100 anos

O Brasil atravessava etapas conturbadas da República Velha, na década de 1920, quando Sebastião Biano ganhou do pai seu primeiro pífano: um pequeno pedaço de taboca que, no improviso, servia como flauta de timbre intenso e estridente. Único integrante original vivo da Banda de Pífanos de Caruaru, um dos mais antigos grupos em atividade no país, Sebastião completa 100 anos neste domingo (23). 

O músico presenciou momentos históricos com o conjunto, tocou para Lampião, conquistou o Sudeste, colaborou com Gilberto Gil e recebeu a condecoração de Ordem do Mérito Cultural, em 2006, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O artista, que reside em São Paulo, retornou a Caruaru na quinta-feira (20) para acompanhar a exibição do documentário Pipoca moderna, que aborda sua trajetória e legado. Essa foi a primeira sessão do longa-metragem no Nordeste, após estreia no festival In-Edit, em São Paulo, no último domingo.

Biano também é um dos homenageados do São João de Caruaru de 2019, junto com a cantora Marlene do Forró, o artesão Severino Vitalino e o fogueteiro Manoel Mamoca - os dois últimos, falecidos.

O documentário foi feito pela Luni Produções, com apoio do estúdio Carranca. As filmagens foram realizadas no Recife, Caruaru e Riacho das Almas, também no Agreste. Hélder Lopes já havia trabalhado com a figura de outro expoente nordestino no filme Onildo Almeida - Groove man, compositor que trabalhou com Luiz Gonzaga.

“Estava na linha de falar dessas figuras esteticamente diferentes, que rompiam com um paradigma da música regionalista ou restritiva de música popular. Nas conversas com Onildo Almeida, falamos muito sobre a Banda de Pífanos de Caruaru, sobretudo pela colaboração com Gilberto Gil no álbum Expresso 2222, em 1972”, explica o diretor, ao Viver.

O ponto de partida para as gravações foi o título de cidadão caruaruense que o artista recebeu da Câmara de Vereadores de Caruaru, em 2016. Como o músico passou muito tempo em São Paulo, a ida ao Agreste soa como retorno às origens. 

Pipoca moderna (o título faz homenagem ao dueto com Gilberto Gil) soa como um road-movie que acompanha o músico em shows públicos, homenagens, encontro com novos musicistas como Amaro Freitas, Henrique Albino e os zabumbeiros Zé Gago e Mestre Basto. Também mostra momentos íntimos com familiares, como um reencontro com Alice Biano, viúva de Benedito, que é irmão do artista e outro fundador da banda.

O documentário não conta com entrevistas tradicionais, nem tenta resgatar aquele período difícil no Sertão.

"É um longa-metragem de observação. Sebastião via Caruaru como um espaço muito emocionante, no sentido mais honesto da palavra. Nos permitiu conviver esses dias, quer fosse caçando um preá ou tomando uma cachaça. Transformamos esses momentos em um filme, levando o espectador à intimidade de um clássico nordestino, que ajudou a construir nosso imaginário junto com nomes da xilogravura e do cordel".

Um fator que facilitou a produção e também impressionou a equipe foi o vigor físico do recém-centenário, sobretudo quando está tocando o instrumento. “Ele tem muita força, você percebe sua destreza quando ele toca, até mesmo o rejuvenescendo. Ele consegue executar movimentos com muita facilidade diante de dificuldades inerentes à condição de centenário. Ele é um virtuoso, um músico genial”, completa o diretor.

Foi com essa vitalidade que Sebastião Biano concedeu entrevista por telefone, ainda em São Paulo, enquanto a filha Alzira Biano arrumava a mala para mais um retorno a Caruaru. “Fico feliz com a homenagem através do filme, veio em um momento em que me sinto muito bem, graças a Deus”, diz o músico, que tentar elencar alguns episódios marcantes dos 100 anos de vida.

Eu e meu pai vivíamos de agricultura, não existia outro trabalho naquela época. Certo dia, na roça, ele pegou um cano de taboca (espécie de bambu) e fez quatro furos. Quando nós sopramos, saía o som. Depois ele fez outro com seis furos para tocar o que chamávamos de moda”, relembra o músico, que assoprava o pífano ao lado do irmão Benedito. 

Um bombo trançado de cordas e um par de pratos completava o pequeno grupo do Sertão de Alagoas, que peregrinou o Nordeste fugindo de uma seca que castigou a região na década de 1930. “Era como uma guerra perigosa contra a falta de água, chegamos a viver um ano sem chuvas.”

O grupo acabou chegando em Caruaru em 1939, quando adotou o nome Banda de Pífanos de Caruaru. Inicialmente, viveram em uma zona rural, enquanto o pai cuidava de um sítio com 20 cabeças de gado. Depois, se mudaram para uma zona mais urbana, na Rua Preta, no bairro do Kennedy.

“Chegou um momento que todo mundo queria ver a banda. O prefeito da cidade nos visitava de vez em quando e certo dia levou Gilberto Gil lá. Ele ficou sentadinho no meio da sala, no chão”, relembra. Mais tarde, seria lançada a música Pipoca moderna, no disco Expresso 2222.

Seguindo dicas do mesmo político, Biano rumou para São Paulo na década de 1960 com outros parentes e integrantes: João, Gilberto, Amaro e José. Eles queriam mais oportunidades na área musical e conseguiram notoriedade nacional. 

Em 2004, venceram a categoria Melhor Álbum de Música Regional ou de Raízes Brasileiras no Grammy Latino, com o disco Pátio do forró. No retorno a Caruaru, Sebastião espera conseguir ver o filme com mais calma, pois a sessão em São Paulo foi “muito agitada”.

“Gosto de estar velho, pois isso significa estrada. Aliás, quem fica velho é ferro. Eu não sou velho, não. Ainda me sinto um moço, bonito e cheiroso”, diz, aos risos, com o habitual bom humor.

Fonte: Diário de Pernambuco-Emmanuel Bento

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São José do Belmonte no Festival Internacional de Cinema Contis -França

O Festival Internacional de Cinema de Contis na França está acontecendo entre os dias 19 a 24 de junho e o Brasil está sendo representado com os Filmes do Projeto Cinema no Interior que este ano Homenageia o professor, escritor e dramaturgo brasileiro, Ariano Suassuna. Os filmes foram realizados na cidade de São José do Belmonte: 

FILMES:
O Cavaleiro de São de José (Le Chevalier de Saint Joseph, 09'21''). Sinopse: Às vésperas da Cavalhada, um vaqueiro perde seu cavalo para um Coronel fazendeiro a quem deve uma quantia de dinheiro. Frustado, o vaqueiro apela para o santo São José, encontra um cavalo misterioso vagueando pela caatinga e chega a tempo de disputar e vencer a corrida de argolas.  

A Pedra do Encantador: Ode a Ariano (Pierre de L'enchanteur : Ode à Ariano, 12'42"). Sinopse: Eis a força da tradição verdadeira, aquela na qual não nos limitamos a "cultuar as cinzas dos antepassados", mas tentamos, sim, "levar adiante a chama imortal que os animava" (ARIANO SUASSUNA, Discurso de posse na Academia Brasileira de Letras).

Os filmes têm como pano de fundo as manifestações folclóricas e culturais de uma região muito rica histórica e culturalmente, no município de São José do Belmonte, estado de Pernambuco, Nordeste do Brasil. 

Os filmes apresentam manifestações folclóricas como: a Cavalgada à Pedra do Reino, a Cavalhada Zeca Miron, reisado do Mestre João Cícero, Grupo de Bacamarteiros do Pajeú, e a própria geografia e o centro histórico da cidade. 
Como fio condutor os filmes são livremente alimentados pela rememoração da vida e obra do escritor, poeta, dramaturgo e professor Ariano Suassuna - Idealizador do Movimento Armorial e autor das obras Auto da Compadecida; Uma Mulher Vestida de Sol; O Castigo da Soberba; A Farsa da Preguiça; O Casamento Suspeito;  O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta; Romance do Dom Pantero no Palco dos Pecadores.
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Curso eleições Municipais 2020 será realizado na quinta 27 em petrolina

A Assembleia Legislativa de Pernambuco, por meio de sua Escola Legislativa (Elepe) irá realizar o curso “Eleições Municipais 2020| Novas Regras”, na Câmara municipal de Petrolina, no próximo dia 27 de junho. A ideia é revisar as principais alterações das regras eleitorais.

“Sabendo da importância de se garantir a realização de eleições livres de incidentes lesivos ao processo democrático, o presidente da Alepe, deputado Eriberto Medeiros, sugeriu a Elepe a elaboração deste curso, que contará ainda com parceria do Tribunal Regional Eleitoral”, explicou José Humberto Cavalcanti, superintendente da Elepe.

O curso, que tem como público-alvo vereadores e assessores legislativos, será oferecido para as cidades-polo das 12 Regiões de Desenvolvimento do Estado. Com duração de um dia, serão abordados temas que mais provocam dúvidas e penalidades: Extinção das Coligações; Propaganda Eleitoral; e Prestação de Contas. 

As palestras ficarão a cargo do desembargador eleitoral Delmiro Campos; do procurador-geral de Petrolina Diniz Eduardo Cavalcante; e do chefe de seção de auditoria de contas do TRE Marcos Andrade.

De acordo com Eriberto Medeiros, também faz parte da missão institucional da Elepe, assistir tecnicamente o legislativo municipal.

“Neste primeiro semestre, já celebramos convênios com a União dos Vereadores de Pernambuco (UVP), com a Escola Judiciária Eleitoral (EJE) e com a Escola de Contas do TCE/PE. Essas parcerias permitirão uma maior aproximação com os entes municipais”, destacou Eriberto Medeiros.

Fonte: Alepe
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