O olhar de Aderaldo Luciano para Antonio Barros, Mayra, Cecéu

*Texto Aderaldo Luciano:
Ao olhar essa fotografia veio-me uma saudade e uma emoção desmedida. Lembrei-me de toda minha infância e adolescência, quando ainda respirávamos um pouco de inocência diante da vida. 

Minha geração e todos do meu ciclo vivemos norteados musicalmente pelos lançamentos das músicas de Antonio Barros e Cecéu. A primeira vez que ouvi É Lá, É Cá, É No Balanço Do Mar fiquei balançado. 

Os dois plantaram em mim o gosto pela música, apontaram-me o caminho da constância, a busca pela disciplina, o caminhar para a frente. Nesses tempos novos de tão pouca criatividade e de tão extensas caricaturas, o casal 1000 permanece intacto em sua excelência. Plantaram no Brasil os doces bordões: lembrem-se de Ney Matogrosso cantando Homem Com H. 

E foi assim a cada ano, a cada São João, a cada "assustado". Devemos muito aos dois e como agradeço ter vivido sob seu som, sob sua genialidade. 

Na fotografia estão abraçados e abraçando a seguidora, filha e ótima cantora Mayra Barros que gentilmente cedeu-me a oportunidade de escrever minha pequena homenagem. Serei eternamente grato.

Fonte: Aderaldo Luciano  professor doutor em Ciencia da Literatura
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Ex-ministros do Meio Ambiente alertam sobre 'desmonte ambiental'

Em uma ação inédita, oito ex-ministros do Meio Ambiente se reuniram hoje pela manhã no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) para divulgar o comunicado sobre a política ambiental do atual governo.

Os ex-ministros, que representam mais de 30 anos de gestão ambiental no Brasil, prometem mobilizar a sociedade. 

“É um momento mais do que difícil. É um momento de nonsense, porque estão sendo feita coisas dramáticas para o meio ambiente, para a sociedade e para a economia”, disse Marina Silva, que foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula entre 2003-2008, candidata derrotada à Presidência em 2014 e 2017.  

Segundo Marina, a Constituição está sendo desrespeitada, pois o artigo  225 diz que a organização do Estado tem que prover um ambiente saudável para todos os brasileiros e deve criar estrutura, orçamento e políticas políticas para água, floresta e biodiversidade. 

“É a primeira vez que temos um governo que assume dizendo que não vai haver nem mais um centímetro de terra indígena, que vai acabar com a farra das multas, inclusive a que ele obteve porque estava pescando onde não deveria. É a primeira vez que temos uma governo que ataca as bases de uma sociedade: educação e  meio ambiente. O que está acontecendo é um desmonte. Transforma o nosso país em exterminador  do futuro”, afirmou.  

“Este é um ponto de partida e não de chegada. Queremos convocar todas a sociedade, o Congresso, a academia. Vamos procurar todos os segmentos da sociedade, até a juventude nas escolas, como na Europa, porque os que está em jogo é o futuro justamente dos jovens que vão experimentar na própria carne as consequências dessa política absolutamente irracional que estamos assistindo”, prometeu Rubens Ricúpero, ministro entre setembro de 1993 e abril de 1994, no governo de Itamar Franco.

De acordo com o comunicado, a atual política ambiental arrisca a imagem internacional do Brasil. O documento acusa a governança ambiental de estar sendo desmontada, de enfraquecimento do Ministério do Meio Ambiente e afirma que o governo ameaça áreas protegidas, o Conselho Nacional do Meio Ambiente e o Instituto Chico Mendes.

“O atual governo está desconstruindo a política ambiental. O governo disse que ia incorporar o Ministério do Meio Ambiente ao da Agricultura. Nós protestamos e voltaram atrás, mas não por nossa causa, mas porque o agronegócio ameaçou suspender importações. 

O governo colocou o MMA como uma extensão da Agricultura. Tudo o que o agronegócio deseja, o MMA faz, porque essa é a política de  governo”, disse José Sarney Filho, que foi ministro do Meio Ambiente em duas ocasiões: entre 1989 e 1990, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, e entre abril de 2016 e abril de 2018, no governo de Michel Temer.

 “O governo ameaça a Amazônia que, como todos sabem, é muito importante para o mundo. Eles pensam que estão liberando terra para o agronegócio, mas estão enganados. Estão é acabando com o regime de regime de chuvas que garante esses negócios”, afirmou.

O documento também cita os compromissos do Brasil no Acordo de Paris, as posições negacionistas do governo com relação às mudanças climáticas e critica ausência de diretrizes objetivas. Os ministros alertam sobre risco de aumento descontrolado do desmatamento da Amazônia, criticam o discurso contra órgãos de controle ambiental, como Ibama, ICMBio e Inpe, o afrouxamento do licenciamento ambiental e manifestam preocupações com a política indígenas.

“Falta diálogo com a sociedade, que não deve ser um diálogo virtual. Nunca tivermos uma postura de desconstrução como essa. Está havendo um apequenamento do MMA e um negacionismo climático, expresso por várias autoridades do governo. Mudanças Climáticas é um tema global e geopolítico”, disse Izabella Teixeira, ministra entre 2010 e 2017, durante o governo de Dilma Roussef. Para ela, o governo dá sinais contraditórios que comprometem a imagem internacional do país.  
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Reitor da Univasf diz que serviços essenciais e atividades serão afetadas com bloqueio de R$12 milhões no orçamento

Reitor da Univasf diz que serviços essenciais e atividades serão afetadas com bloqueio de R$12 milhões no orçamento

Estudantes da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano (IF Sertão-PE) estão preocupados com as consequências dos cortes orçamentários sofridos pelas instituições. 

Na Univasf, 84% do investimento programado foi comprometido, quase 12 milhões. No IF Sertão-PE, o bloqueio de 30% representa cerca de R$ 8 milhões a menos em recursos. O Ministério da Educação fez o anúncio na terça-feira (30) do bloqueio de 30% na verba das instituições de ensino federais.

O bloqueio orçamentário pode comprometer o funcionamento do instituto. Débora Albuquerque cursa edificações no IF Sertão-PE, no campus Petrolina. Ela disse que teme em como isso pode afetar a vida dela e de outros estudantes. "O sentimento de quem está dentro do instituto, de quem está analisando, sentindo e vivendo essa situação que estamos passando. É um sentimento de revolta, de indignação".

Segundo uma nota enviada pelo o IF-Sertão-PE, a previsão de orçamento para o instituto é menos da metade do que foi liberado há quatro anos, quando ele contava com uma estrutura menor para manter o funcionamento. A nota ainda destaca que nos últimos quatro anos, os recursos destinados ao instituto têm diminuído vertiginosamente.

Os estudantes estão com receio de que as aulas sejam suspensas. "Se um corte desse prejudicar a ponto de você entrar em greve, a instituição, a gente vai atrasar muito o nosso curso, que já é um curso bem demorado, e vai atrasar mais ainda", revelou o aluno Rafael Pereira da Silva.

"Essa é uma das minhas principais angústias, porque se caso houver uma greve, isso pode afetar bastante a gente, em relação a entrar em uma faculdade futuramente", disse o estudante Bruno Batista.

Além do prejuízo para os estudantes, o bloqueio orçamentário também prejudica no desenvolvimento das pesquisas. "Não afeta somente estudantes da instituição como pessoas de fora", ressaltou a estudante Diovanna de Amorim.

Em nota, o IF Sertão disse que está buscando, junto à assessoria jurídica, a adoção de medidas legais para impedir que o orçamento continue bloqueado e que na próxima sexta-feira (10), haverá uma audiência com o Ministro da Educação.

Na Univasf, o corte no orçamento é de quase R$ 12 milhões. O que afeta todos os serviços essenciais na universidade.

"As atividades de graduação serão afetadas diretamente, porque primeiro os estudantes precisam estarem aqui e se manterem aqui no momento em que nós temos um corte no nosso orçamento e precisamos fazer um ajuste. Por exemplo, nós precisaríamos deixar de pagar alguns serviços como o fornecimento de água e de energia, muito em breve nós não poderemos pagar as faturas", explicou o reitor da Univasf, Julianeli Tolentino de Lima.

A universidade já passa por um período de contenção de despesas, e, diante deste bloqueio no orçamento, vai ser preciso fazer alguns ajustes. 

"Um deles vai passar pelo corte nos serviços continuados. O apoio terceirizado de vigilância, de limpeza, de manutenção, apoio administrativo nós teremos que fazer esse ajuste e isso significa a demissão de pessoas que prestam serviços a nossas universidades. São pessoas muito importantes e não podemos perdê-los", esclareceu o reitor.

Roberto de Jesus é motorista da Univasf há sete anos e teme que isso provoque demissões em massa. 

"A gente está muito preocupado com esse corte no orçamento no valor de 30% que vai afetar muitos pais de família aqui na nossa região, principalmente na nossa universidade. Fala-se de 200 pessoas sendo demitidas, tem funcionários aqui que tem dez anos, quinze anos. Eu tenho sete anos aqui dentro e nunca me vi em uma situação dessa".

O reitor da Univasf ressaltou ainda que está em contato com o Ministério da Educação. "Nós estamos provocando o MEC para viabilizar a liberação desse orçamento especialmente de custeio para pagar as nossas contas de energia, de água, pagar os nossos servidores terceirizados e continuarmos as nossas atividades", reforçou o reitor da Univasf.

Fonte: TV Grande Rio
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PROFESSORES DA UNEB APROVAM CONTINUIDADE DA GREVE

A categoria docente da Uneb, em Assembleia no final da tarde de terça-feira (07), aprovou a continuidade da greve e uma contraproposta, indicada pelo Fórum das ADs, que será entregue ao governo.

A decisão dos professores aconteceu devido à ausência de uma proposta dos representantes do Palácio de Ondina, que contemple a pauta de reivindicações do movimento grevista. A paralisação por tempo indeterminado também segue na Uefs, Uesb e Uesc.

Durante a Assembleia da ADUNEB a categoria foi informada que devido ao forte Ato Público, seguido de Audiência, ocorridos na manhã desta terça-feira, no Centro Administrativo da Bahia, o governo reabrirá a negociação. O protesto, feito por professores e estudantes, contou com cerca de 700 manifestantes.

O movimento grevista analisou que o encaminhamento de uma contraproposta ao governo evidencia a constante disposição da categoria docente, que busca o avanço na mesa de negociação. 

A atual proposta do governo, recusada pelas Assembleias Docentes das quatro universidades estaduais, não solucionaria nem mesmo o problema das promoções represadas. 

Na Uneb e na Uesb dezenas de professores continuariam com seus direitos trabalhistas desrespeitados. Quanto às alterações de regime de trabalho, existe apenas um comprometimento verbal de analisar a questão.

Fonte: Aduneb
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Ex-ministros do Meio Ambiente se reúnem e discutem a atual situação de crise do Governo Bolsonaro

Em encontro inédito, os ex-Ministros do Meio Ambiente do Brasil  irão se reunir nesta quarta-feira (8), no Instituto de Estudos Avançados da USP, em São Paulo.

Às 10h, José Carlos Carvalho, Edson Duarte, José Goldemberg, Carlos Minc, Rubens Ricupero, José Sarney Filho, Marina Silva e Izabella Teixeira farão as últimas observações a um documento que será divulgado às 11h, em entrevista coletiva.

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Cenário de 2019 é favorável para compra da casa própria, diz gestor imobiliário Aldizio Barbosa

A crise econômica prejudicou diversos segmentos nos últimos anos, entre eles o mercado imobiliário. Porém, a expectativa dos consumidores, dos gestores e também das imobiliárias é de números ainda melhores para este ano de 2019. 

O gestor imobiliário Aldizio Barbosa indica que quem está à espera de uma oportunidade para comprar a casa própria deve ficar atento. O cenário do mercado imobiliário, na visão do especialista, indica que a conjuntura é favorável para transformar o sonho em realidade. 


"O setor iniciou 2019 em pleno reaquecimento. A economia, após passar pela recessão mais dura da história do Brasil, começou a entrar nos trilhos ", avalia Aldizio, ressaltando que para imóveis na planta, algumas construtoras estão dividindo a entrada em até 30 meses. 


A inflação segue dentro das metas estabelecidas pelo governo, situação que não gera pressões para elevação da taxa básica de juros (Selic). Por isso, os profissionais do ramo explicam que, para quem tem condições, o melhor momento para se conseguir uma casa ou apartamento com preço mais em conta é agora.


Entidades do setor estão confiantes de que o novo cenário econômico trará maior movimentação para o mercado imobiliário, que já ensaiou uma retomada em agosto do ano passado, quando o Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de imóveis novos, calculado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário teve alta de 40% em relação a maio.


De acordo com Aldizio a linha de crédito criada para pessoas que comprovem carteira do trabalho e ganho de até um salário mínimo e meio recebeu aprovação dos clientes. "Também trabalhadores com mais de 3 anos de carteira e dependentes podem ter subsidio de até R$ 31.661,00 e juros de 4.5% ano", diz o gestor.

Ainda segundo Aldizio isto dá uma condição melhor para adquirir imóveis em longo prazo. Como o financiamento depende do pagamento de várias prestações, às vezes em 360 meses, isso dá resultado prático em longo prazo.

Aldizio lembra que a demanda por moradia em Petrolina é constante, independentemente da situação econômica do país. 

“Independentemente de crises ou de facilidades de crédito, a demanda continua. Então, as pessoas têm de se organizar para encontrar a sua moradia”, finalizou Aldizio Barbosa.
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Ministério do Meio Ambiente bloqueia 95% da verba para o clima

O Ministério do Meio Ambiente praticamente zerou o orçamento para implementar políticas sobre mudanças climáticas no Brasil. A pasta bloqueou 95% dos R$ 11,8 milhões que o programa tinha. O esvaziamento da iniciativa coincide com a ideia inicial do presidente Jair Bolsonaro de retirar o país do Acordo de Paris, que estabelece metas para limitar o aquecimento global.

Bolsonaro desistiu da saída imediata, sem descartá-la no futuro, mas a política é a mais atingida da pasta, que sofreu um corte total de R$ 187,4 milhões imposto pela equipe econômica à pasta. O montante equivale a 22,7% do valor total do orçamento discricionário (não obrigatório) do Ministério do Meio Ambiente, de cerca de R$ 825 milhões.

A confirmação dos valores dos cortes ocorre em meio à divulgação de relatório da ONU segundo o qual um milhão de espécies podem ser extintas em decorrência de diversos fatores, dentre eles a ação do homem contra a biodiversidade.

Fonte: O Globo 
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