Luiz Gonzaga e os pés de umbuzeiros

"Umbuzeiro velho
"Veio" amigo quem diria
Que tuas folhas caídas
Tuas galhas ressequidas
Íam me servir um dia/
Foi naquela manhãzinha
Quando o sol nos acordou
Que a nossa felicidade
Machucou tanta saudade
Que me endoideceu de amor/
Indiscreto passarinho solitário cantador descobriu nosso segredo acabou com nosso enredo/ Bateu asas e vou/ Hoje vivo pelo mundo tal o qual o vem-vem assobiando o dia inteiro quando vejo um umbuzeiro me lembro de você  meu bem"...

Luiz Gonzaga, numa composição de João Silva homenageou o pé de Umbu! Ouvindo esta música na madrugada aqui em Petrolina, que mais surgere ser dia, temperatuda 30 graus, me reportei que nessa época de seca, a salvação de muitas famílias no Nordeste é o umbuzeiro - árvore símbolo de resistência da caatinga.

No cenário de vegetação quase sem vida, sem comida, o umbuzeiro exibe fartura.  Nada é mais alegre para os catadores de umbu do que encontrar o chão de um único jeito: forrado de frutas.

O umbuzeiro é a única árvore verde no meio da caatinga arrasada.  O segredo está embaixo da terra. As raízes têm batatas que funcionam como uma caixa d’água.

A água fica dentro da batata. E como são centenas de batatas enterradas, elas vão irrigando a árvore. As pesquisas calculam que um umbuzeiro grande chega a acumular 1.500 litros de água. É por isso que ele atravessa todo o período de seca verde e dando frutos.

Fonte de vitamina C e até de inspiração para os poetas nordestinos. Nesta época o umbu é a salvação.

Mas até o umbuzeiro está sofrendo com a seca extrema. Segundo um estudo da Embrapa, em algumas regiões do Nordeste, como no sertão pernambucano, de cada quatro umbuzeiros, apenas um consegue sobreviver.
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Piaçabuçu-Alagoas: Rio São Francisco perde força e permite que o mar avance causando preocupação

A estiagem prolongada tem feito o Rio São Francisco perder força na divisa de Alagoas e Sergipe, permitindo que o mar avance sobre a água doce. O fenômeno é conhecido como salinização e, segundo pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), está transformando o ecossistema da região e prejudicando a população ribeirinha.

Sem chuvas e com menos água no leito, o rio acaba sendo empurrado pela maré nos pontos onde encontra o mar. É no trecho da Área de Preservação Ambiental (APA) da Foz do São Francisco, entre os municípios de Piaçabuçu (AL) e Brejo Grande (SE), que o fenômeno pode ser percebido com mais intensidade pelos quase 25 mil habitantes da região.

"A gente pescava surubim, piau, dourado e todas as espécies de água doce. Era tanto peixe na rede que a gente não podia nem carregar. Nessa época, a gente também plantava arroz, que dava era muito. Hoje a coisa tá diferente, a água está tão salgada que arde até os olhos", relata o pescador alagoano José Anjo.

O que o pescador percebe no dia a dia também foi apontado pelo oceanógrafo Paulo Peter, pesquisador da Ufal que analisa os impactos ambientais e sociais da salinização do Rio São Francisco. "É possível notar no estuário a morte da vegetação típica de água doce, substituição dos peixes de água doce pelos de água salgada e inviabilização da água para o consumo humano".

Para o pesquisador, a redução da vazão das águas do Rio São Francisco pela hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, agrava o problema. O volume de água liberado pela usina já superou 2.900 m³/s, mas nos últimos anos vem sendo reduzido gradativamente para prolongar a vida útil dos reservatórios.

"Se a vazão do São Francisco permanecer como está, a situação será cada vez pior, tanto do ponto vista humano quanto ambiental", avalia Peter.

O CBHRS diz estar em alerta, porque novos estudos avaliam reduzir ainda mais o volume da água do rio para uma vazão que pode chegar a 600m³/s. Contudo, ainda não há nenhuma definição neste sentido.O problema da salinização também se reflete na saúde dos ribeirinhos, como afirma a agente de saúde Suely Santos, que trabalha há 17 anos em Piaçabuçu.

"A água do Rio São Francisco é para muitos moradores da região o único recurso hídrico que se tem para cozinhar e beber. Por conta da salinização, a água está provocando doenças. Nos últimos meses, aumentou bastante os casos de hipertensão entre os moradores, inclusive jovens".

Fonte: G1-Alagoas
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Universidade Federal do São Francisco promove debate" Fios e Furos: a existência humana em tempos de relações sociais"



O Núcleo de Estudo e Pesquisa em Fenomenologia, Esporte e Educação (NEPFEE), vinculado ao Colegiado de Psicologia da Univasf da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), irá realizar o debate “Fios e Furos: a existência humana em tempos de relações sociais”, nesta segunda-feira (20), às 19h. 

O evento acontecerá na sala NT 04, também conhecida como Sala Azul, do Campus Sede, e contará com a participação do professor Alexandre Reis, da psicóloga do Centro de Estudos e Práticas em Psicologia (CEPPSI) Melina Pereira e da jornalista Erica Daiane.

 O evento é gratuito e aberto à comunidade.
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Lula, Dia de São José e o Rio São Francisco

Domingo dia 19 de março de 2017. Dia de São José. No rádio a voz de Luiz Gonzaga entoa "A Triste Partida", autoria do cearense poeta Patativa do Assaré... Ainda madrugada milhares de brasileiros chegam ao município de Monteiro, Paraíba.

Lula emocionado lembra quando viveu no Nordeste. Vestido de vermelho Lula pega um chapeu. Em lágrimas molha as mãos e rosto, faz o simbolismo do banho com as aguas do Rio São Francisco. Com uma voz mais nordestina agradece a presença do Povo!

"A transposição foi alvo de incompreensão e virulentos ataques. Não foram poucos os que a consideraram obra faraônica e inútil. Mas agora, após dez anos e 500 quilômetros de canal, o sonho vira realidade".

A transposição das águas do São Francisco, o rio da integração nacional, com a finalidade de amainar os efeitos da seca, é um projeto que remonta ao Império. Dom Pedro II, após a devastadora estiagem de 1877, prometeu até a última joia da Coroa para que nenhum nordestino morresse mais de fome.
 

Dom Pedro perdeu o trono, a República nasceu, e mais de um século se passou sem que nada fosse feito. Foi a chegada de Lula a presidência do Brasil que retirou o projeto da gaveta e o transformou numa realidade para mais de 12 de milhões de brasileiros em 400 municípios de quatro estados.
 
E mais: "Queiram ou não queiram foi o ex-presidente Lula quem permitiu filho de pobre estudar Medicina; quem multiplicou universidades pelo País afora; quem possibilitou pobre andar de avião; quem aumentou e valorizou o salário mínimo do Brasil; quem pagou a dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI) que vivia aqui dentro dando ordens. Isso só para citar algumas das conquistas do povo brasileiro nos governos do ex-presidente Lula", discursa Silvio Costa.

Então, não adianta tentar apagar nem da História, nem da mente do povo nordestino: a transposição do São Francisco estará eternamente ligada a Lula e a Dilma por terem transformado um sonho secular em realidade...quanto ao atual governo Michel Temer, vi um nome numa placa, que o tempo vai cuidar de ser apagada pela poeira e pelo sol do Sertão, isto é suficiente para dar conta de sua dimensão política.

Foi assim que eu vi e aqui reproduzo...

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Exu vai sediar primeira etapa do Festival Pernambucano de Quadrilhas Juninas

A cidade de Exu, Pernambuco vai sediar a primeira etapa do festival de Quadrilhas. A realização do evento será nos dias 09, 10 e 11 de junho e abrirá a etapa do Festival de Quadrilhas de Pernambucano.

A presidente da Federação de Quadrilhas Juninas (FEQUAJUPE), Michelly Miguel, ressaltou a grande marca que Exu, terra onde nasceu Luiz Gonzaaga possui no mundo junino, sendo a primeira cidade a trazer a FEQUAJUPE para o sertão do Araripe.

“Mais um marco conseguido para a cultura gonzagueana no período junino, estamos felizes em sediar esse grande evento, em especial por se tratar do mundo quadrilheiro”, afirmou o secretário de cultura do município, Rodrigo Honorato. 

Fonte: Site Prefeitura de Exu-Pernambuco
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Eliane Brum: uma jornalista que escreve com arte

"Uma frase só existe quando é a extensão em letras da alma de quem a diz. É a soma das palavras e da tragédia que contém. Se não for assim, é só uma falsidade de vogais e de consoantes, um desperdício de som e de espaço”.

A frase acima é de uma repórter em busca dos acontecimentos que não viram notícia e das pessoas que não são celebridades.  Eliane Brum se propõe a mostrar o jornalismo esquecido. A extraordinária vida ordinária, ou a vida ordinária extraordinária que, ao fim, a gente descobre que também é a de cada um.

Eliane Brum é uma jornalista à procura do extraordinário contido em cada vida anônima. Uma escritora que mergulha no cotidiano para provar que não existem vidas comuns. O mendigo que jamais pediu coisa alguma. O carregador de malas do aeroporto que nunca voou. O macaco que ao fugir da jaula foi ao bar beber uma cerveja. O álbum de fotografias atirado no lixo que começa com uma moça de família e termina com uma corista. O homem que comia vidro, mas só se machucava com a invisibilidade.

Essas fascinantes histórias da vida real fizeram sucesso no final dos anos 90, quando as crônicas-reportagens eram publicadas na edição de sábado do jornal Zero Hora. Reunidas agora em livro, formam uma obra que emociona pela sensibilidade da prosa de Eliane Brum e pela agudeza do olhar que a repórter imprime aos seus personagens – todos eles tão extraordinariamente reais que parecem saídos de um livro de ficção.

A edição, que marcou a estreia da Arquipélago Editorial, reúne as 21 melhores histórias de A Vida Que Ninguém Vê acrescidas de textos que revelam o “dia seguinte” de dois personagens emblemáticos da série de reportagens: Adail realizou seu grande sonho, enquanto Antonio sofreu de uma segunda tristeza. Ao final do volume, um texto inédito de Eliane avalia, com o distanciamento que o tempo oferece, o que há por trás dessa vida que (quase) ninguém viu. É mais uma prova da força do trabalho da autora. E uma demonstração de que a reportagem é uma arte.

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Rádio TransRio FM promove debate sobre cultura e os 70 anos da música Asa Branca

Uma das músicas mais populares do país, a Asa Branca, completou 70 anos de gravação na última sexta-feira (03).  Gravada em 03 de março de 1957, em ritmo de toada, a canção foi feita em parceria com o advogado Humberto Teixeira e retrata o cenário da seca nordestina e o sofrimento do povo sertanejo. Para comentar sobre a data e a letra da música, o programa Geraldo José recebeu nos estúdios da Rádio TransRio Fm 99,9 o Juiz Sanfoneiro, Ednaldo Fonsêca, o jornalista Ney Vital, o Superintendente de Cultura de Juazeiro Maurício Dias (Mauriçola) e o cantor Elisson Castro do Forró Pega Leve.

O jornalista Ney Vital ressaltou a origem da música Asa Branca. “A música Asa Branca surge por causa de uma sanfona de oito baixos. Conta-se que antes de 1928, quem gostava dessa música era Lampião não com essa musicalidade dada por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. São diversas vertentes de pesquisas e nós temos buscado essas histórias. O Luiz Gonzaga puxando a sanfona é inigualável. Eu conversei com os pesquisadores Zé Batista e Zé Nobre e eles me disseram que a música Asa Branca ultrapassa mil gravações. Luiz Gonzaga só gravou 9 vezes Asa Branca”, afirmou.

O cantor Elisson Castro frisou como Luiz Gonzaga influência na sua carreira musical. “Para nós é maravilhoso ter como referência Luiz Gonzaga. Sempre que posso vou a Exu para reencontrar os amigos forrozeiros. Asa Branca é uma música universal, que não deixa de ser atual e que sempre estará mexendo com as emoções das pessoas”, disse.

O Juiz Sanfoneiro, Ednaldo Fonseca, teceu muitos elogios a musicalidade de Luiz Gonzaga. “Hoje é um dia de festa. A música Asa Branca é um hino! Nós temos o compromisso de levar o verdadeiro forró. Não tem um show que eu não cante Asa Branca e peço que todos cantem comigo. Asa Branca é o hino do nordestino. Temos o compromisso de levar adiante nossa cultura musical para mais 70 anos”.

O Superintendente de Cultura da secretaria de Cultura Turismo e Esportes de Juazeiro, Maurício Dias, também participou da entrevista e falou sobre os seus primeiros contatos com a música Asa Branca. "Luiz Gonzaga quando veio a Juazeiro a Bossa Nova já estava acontecendo. Caetano gravou um compacto que tinha Asa Branca, em Londres durante o exilio. Mas Luiz Gonzaga com aquela indumentária do nordeste sofria preconceito na minha geração porque nós gostávamos dos The Beatles", comentou.

Muitos ouvintes participaram do programa Geraldo José e também deixaram suas saudações aos 70 anos da música Asa Branca. 

Fonte: blog Geraldo José-www.geraldojose.com.br

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