Rádio TransRio FM promove debate sobre cultura e os 70 anos da música Asa Branca

Uma das músicas mais populares do país, a Asa Branca, completou 70 anos de gravação na última sexta-feira (03).  Gravada em 03 de março de 1957, em ritmo de toada, a canção foi feita em parceria com o advogado Humberto Teixeira e retrata o cenário da seca nordestina e o sofrimento do povo sertanejo. Para comentar sobre a data e a letra da música, o programa Geraldo José recebeu nos estúdios da Rádio TransRio Fm 99,9 o Juiz Sanfoneiro, Ednaldo Fonsêca, o jornalista Ney Vital, o Superintendente de Cultura de Juazeiro Maurício Dias (Mauriçola) e o cantor Elisson Castro do Forró Pega Leve.

O jornalista Ney Vital ressaltou a origem da música Asa Branca. “A música Asa Branca surge por causa de uma sanfona de oito baixos. Conta-se que antes de 1928, quem gostava dessa música era Lampião não com essa musicalidade dada por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. São diversas vertentes de pesquisas e nós temos buscado essas histórias. O Luiz Gonzaga puxando a sanfona é inigualável. Eu conversei com os pesquisadores Zé Batista e Zé Nobre e eles me disseram que a música Asa Branca ultrapassa mil gravações. Luiz Gonzaga só gravou 9 vezes Asa Branca”, afirmou.

O cantor Elisson Castro frisou como Luiz Gonzaga influência na sua carreira musical. “Para nós é maravilhoso ter como referência Luiz Gonzaga. Sempre que posso vou a Exu para reencontrar os amigos forrozeiros. Asa Branca é uma música universal, que não deixa de ser atual e que sempre estará mexendo com as emoções das pessoas”, disse.

O Juiz Sanfoneiro, Ednaldo Fonseca, teceu muitos elogios a musicalidade de Luiz Gonzaga. “Hoje é um dia de festa. A música Asa Branca é um hino! Nós temos o compromisso de levar o verdadeiro forró. Não tem um show que eu não cante Asa Branca e peço que todos cantem comigo. Asa Branca é o hino do nordestino. Temos o compromisso de levar adiante nossa cultura musical para mais 70 anos”.

O Superintendente de Cultura da secretaria de Cultura Turismo e Esportes de Juazeiro, Maurício Dias, também participou da entrevista e falou sobre os seus primeiros contatos com a música Asa Branca. "Luiz Gonzaga quando veio a Juazeiro a Bossa Nova já estava acontecendo. Caetano gravou um compacto que tinha Asa Branca, em Londres durante o exilio. Mas Luiz Gonzaga com aquela indumentária do nordeste sofria preconceito na minha geração porque nós gostávamos dos The Beatles", comentou.

Muitos ouvintes participaram do programa Geraldo José e também deixaram suas saudações aos 70 anos da música Asa Branca. 

Fonte: blog Geraldo José-www.geraldojose.com.br

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