Cordel Brasileiro: entre o ódio das elites e o amor dos resistentes

Será realizado no sábado, 1º de abril, em Campina Grande, Paraíba, a palestra O Cordel Brasileiro-entre o ódio das elites e o amor dos resistentes. O eventocomeça às 17h30 na livraria Nobel e  terá a participação do professor doutor em ciência da literatura Aderaldo Luciano. 

Aderaldo vai dialogar do Por que chamar o nosso produto cultural mais genuíno de "literatura de cordel"? Por que dizer que o cordel nasceu em Portugal se essa forma poética só existe no Brasil, tem pai e data de nascimento, com certidão e tudo o mais? Por que chamar o cordel de "poesia popular" se a poesia não requer adjetivos, ela só se basta? Por que conceituar o cordel a partir de ciclos se o cordel não é folclore, não é anônimo e muitos dos "ciclos" sequer se sustentam, com dois ou três títulos apenas? Por que teimar em dizer que o cordel é oral se ele é eminentemente escrito com provas gráficas e fotomecânicas? 

Por que querer dizer que o cordel é poesia sertaneja se foi nas cidades, no litoral e no brejo, ou nas grandes capitais, que ele ergueu-se como força e arma e combate e luta e escrita literária? Por que querer sinonimizar cordel com xilogravura se esta é uma arte autônoma e representa tão pouco no processo ilustrativo do cordel? Por que os cursos de Letras do país não incluem em seu currículo obrigatório o cordel brasileiro? Por que os nomes de Leandro Gomes de Barros, João Martins de Ataíde, Francisco das Chagas Batista, José Camelo de Melo Resende, Antonio Teodoro dos Santos, Manuel D'Almeida Filho, Joaquim Batista de Sena, Apolônio Alves e outros poetas do cordel não figuram nos manuais de Literatura Brasileira? Vamos debater, vamos resolver esses casos? 

Essas e outras questões políticas, poéticas e pedagógicas merecem um pouco de atenção. Em Campina Grande. Na Livraria Nobel.
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