Alceu Valença: das influências do avô violeiro às 'coisas nordestinas' nos Estados Unidos

Um dos maiores compositores da MPB e poeta, Alceu Valença, esteve presente no In Conversation aonde foram abordados tópicos relacionados à sua carreira artística e vida pessoal. Desde a sua infância, Alceu teve um forte contato com a cultura musical nordestina, além das influências de seu avô que era violeiro. Como estudante, Alceu optou pela área acadêmica de direito. No entanto, o artista resolveu mudar os mares e investir em sua carreira musical, que hoje já lhe rendeu diversos prêmios e discos.

Sem dúvidas Alceu Valença é uma personalidade que pode inspirar e fascinar muitas pessoas pela sua história e trajetória bem sucedida. No seguinte texto, podemos conhecer um pouco de sua admiração pela música e filosofia de vida. Na década de 1960, aos 19 anos de idade muito que inesperado, o músico teve a oportunidade de ir para os Estados Unidos estudar enquanto fazia sua graduação em direito. Alceu contou que por meio de uma poesia cativou aqueles em cargo da seleção.

“Era de várias perguntas, era uma prova e dentro dessa prova tinha coisa de economia, tinha coisa falando sobre talvez um pouco de geopolítica e tal e neste momento fizeram essa pergunta meio filosófica e eu respondi com uma poesia e depois de um tempo veio o resultado, chegaram aqui e disseram que nunca tinham visto alguém durante o tempo que esse programa tava sendo realizado ninguém tinha feito uma coisa tão maluca como aquela e o maluco era eu”, conta Alceu. 

Em sua chegada ao estrangeiro, o artista se viu engajado na sociedade americana, interagindo com diversos grupos culturais, convivendo com diferentes pessoas e conhecendo célebres figuras americanas. 

Na época, a emergente onda hippie dava forças para a criatividade na sociedade. O artista comenta momentos aonde ia em uma praça em Boston tocar canções: “eu pegava o violão, ia pra rua e tocava, aí os hippies enlouqueceram com aquela música que eu tava levando, que eu cantava, que eram músicas daqui, coisas nordestinas, daqui do Nordeste, de Pernambuco.” relembra Alceu. Em um desses dias, um jornalista que passava pelo local ficou surpreso ouvindo os novos ritmos de violão que saíam das cordas. 
Nenhum comentário

← Postagem mais recente Postagem mais antiga → Página inicial

0 comentários:

Postar um comentário