Cantos d`Algibeira de Aldy Carvalho está selecionado para concorrer ao 26º Prêmio da Música Brasileira

Aldy Carvalho e Marisa Serrano apresentação Livraria Cortez-São Paulo
O cantor e compositor Aldy Carvalho atraiu vários amigos e admiradores à Livraria Cortez, situada no bairro de Perdizes, em São Paulo, para o show de lançamento de Cantos d’Algibeira, terceiro da carreira. Composto por doze canções, o álbum sucede Alforje (2011) e Redemoinho (1999), obras que receberam vários elogios da crítica especializada, e foram arranjados pelo maestro Tony Marshall. Cantos d’Algibeira está selecionado para concorrer ao 26º Prêmio da Música Brasileira, que será entregue em 2015.

Marshall, por sinal, estava entre os músicos que acompanharam Aldy Carvalho, juntamente com Rafael Alves e Ricardo Jubram. A cantora Marisa Serrano interpretou com Aldy a bela cantiga O cavaleiro das léguas. Outra participação especial que merece destaque é a do contador de causos Eufra Modesto, diretor da Secretaria de Cultura de Jundiaí (SP). Modesto recitou Um matuto na Oropa, cordel de Amazan, poeta de Campina Grande (PB).

Os álbuns  Cantos d’Algibeira e Alforje podem ser encontrados na Livraria Cortez, juntamente com outros discos muito bem produzidos de cantores e compositores talentosos de várias vertentes da música brasileira e infantil, embora pouco conhecidos pelo público. Redemoinho está esgotado.

Aldy Carvalho mescla e condensa em sua obra, de maneira particular, o seu universo de origem, o Nordeste. A paisagem nordestina em canções não estereotipadas resulta em interessante diálogo entre o Sertão — que mistura as mazelas euclidianas, o colorido sonoro de Guimarães Rosa, a alegria farsesca de Ariano Suassuna — e o meio urbano, cujo eixo é a temática universalizada de Manuel Bandeira.

 “Tive os primeiros contatos com a música por meio do meu pai, João Joaquim L. de Carvalho, compositor, que me despertou o gosto pelo universo popular: a prosa, a poesia, a música e o teatro”, conta Aldy. Suas canções apresentam xotes, baiões, toadas, martelos, emboladas, toadas, modinhas, sagas e fábulas. “Elas são um ajuntado de cantigas e imagens, o lirismo do Sertão, das léguas que andei”.
musicos aldyww

A Cortez é uma das poucas que sempre abrem suas portas para grupos e artistas vinculados à cultura popular  que não encontram respaldo para divulgação na mídia ou para vendas nas lojas do ramo.

Situada na rua Bartira, 317, ela é também um ponto de encontro muito frequentado por escritores, simpatizantes e estudiosos da Literatura de Cordel, além de oferecer livros e publicações do gênero, de literatura em geral (brasileira e estrangeira), e acadêmicos, posto que é vizinha ao campus da PUC-SP.

Entre estes artistas destacam-se Moreira de Acopiara, Marco Haurélio, Eduardo Valbueno, e Djanira Feitosa. Desde 2002, sob coordenação de Ednílson Cortez, a livraria promove, a cada dois anos, o Sarau da Cortez, um dos mais concorridos salões dedicados ao cordel em São Paulo.

Fonte: barulhodeagua.com
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Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru vai prestar homenagens a pesquisadores e estudiosos da obra do Rei do Baião

Caruaru, no Agreste Pernambuco, realizará no dia 15 de novembro um grande encontro com os maiores estudiosos e especialistas sobre o eterno Rei do Baião, Luiz Gonzaga – os ‘gonzagueanos’, como também são conhecidos. O evento acontecerá às 14hs, no Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, Bairro Kennedy, e é coordenado pelo pesquisador Luiz Ferreira.

Na ocasião 11 homenageados receberão o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’ (criado em 2012). Entre eles está o jornalista Ney Vital (foto). Ney Vital  é natural de Areia (Paraíba), mas atua como assessor da Prefeitura de Petrolina e também apresenta um programa na Rádio Cidade AM, chamado ‘Nas Asas da Asa Branca’, no qual toca canções e conta detalhes e curiosidades sobre vida e obra de Luiz Gonzaga.

A lista de homenageados é a seguinte:

1º – Alexandre Valença: Músico e compositor de pesqueira e filho do saudoso Nelson Valença, de quem Luiz Gonzaga gravou 12 músicas.

2º – Fafá de Alagoas: Presidente da ASSCDUC (Maceió-AL) e promotora de eventos em Maceió, está prestes a ser secretária de Cultura de Alagoas a partir de janeiro de 2015.

3º – Gilvan Neves: Sanfoneiro, cantor e compositor, o qual já tem feito arranjos musicais para muitos cantores nordestinos.

4º – Israel Filho: É cantor, filho de Caruaru, gravou a música ‘Saudade do Forró de Gonzagão’, uma homenagem a Luiz Gonzaga e ao mesmo tempo um agradecimento ao Rei do Baião por ter lhe apresentado em público como um dos seus seguidores.

5º – Jurannir Clementino: Jornalista e escritor natural de Várzea Alegre (CE), mas radicado em Campina Grande (PB), Jurandir é primo do poeta José Clementino, de quem Luiz Gonzaga gravou 8 músicas. Jurandir é autor do livro que conta a história do poeta José Clementino, editado em 2013.

6º – Kydelmir Dantas: De Nova Floresta-PB. Funcionário da Petrobras-Mossoró-RN. Escritor e historiador, é autor do livro ‘Luiz Gonzaga e o Rio Grande do Norte’, editado em 2013.

7º – Ney Vital: Nascido em Areia PB. Reside em Petrolina onde atua como  jornalista e radialista. Assessor de imprensa. É produtor e apresentador na Rádio Cidade am 870, do  Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga. Foi produtor e editor de jornalismo afiliadas Globo/Nordeste.

8º – Osvaldo Augusto: É de Caruaru, músico é filho do saudoso Maestro Joaquim Augusto, de quem Luiz Gonzaga gravou 6 músicas (de 1957 a 1961).

9º – Oseas Lopes: É de Mossoró (RN), foi produtor de discos de Luiz Gonzaga, que nos anos 80 produziu 5 LPs do Rei do Baião. Tem também o nome artístico de Carlos André. É autor da música ‘Eu hoje quebro essa mesa’, gravada em 1974 e que foi o seu maior sucesso.

10º – Paulo Correia: De Aracaju (SE). É o atual  diretor de Patrimônio de Cultura.  Paulo Correia foi quem descobriu que a música ‘Renascença’, de autoria de Onildo Almeida, é gravada por Luiz Gonzaga. Há muitos anos na RCA, nunca teria sido lançada, sugerindo ao diretor da revivendo que a lançasse em 2007.

11º – Valdir Geraldo: É músico e compositor de Exu (PE) e de quem Luiz Gonzaga gravou a música ‘Nessa Estrada da Vida’ em 1984, no LP “Danado de Bom”.
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O Enem e a alma mais brasileira

O Exame Nacional de Ensino Médio-Enem 2014, trouxe 3 questões que exigiam dos estudantes conhecimento sobre cultura e música brasileira. As questões destacaram o compositor João do Vale, música Sina de Caboclo, que trata da desigualdade social. 

A segunda questão o Cordel e Xilogravura resistem à tecnologia gráfica. Destacou a gráfica Lira Nordestina, Juazeiro do Norte- Ceará, e a Academia dos Cordelistas de Crato. Uma outra questão foi estruturada com a letra de Antonio Barros, o xaxado: "Oi eu aqui de novo", manifestando aspectos do repertório linguístico e cultural do Brasil.

Nas três questões estão a presença de Luiz Gonzaga. Nome que mais valorizou a música brasileira, revolucionando o conceito da melodia, ritmo e harmonia. O Enem 2014 provocará uma nova busca de conhecimentos da mais autêntica manifestação musical brasileira de todos os tempos.

As questões propostas no Enem resumem para o que chamamos a atenção desde a morte do Rei do Baião em 1989: o Brasil tem uma produção musical rica de conteúdo.E porque a TV e o rádio tocam tantas porcarias divulgadas insistentemente, colocando-as em primeiro lugar das paradas como as mais ouvidas, dançadas e cantadas?

Refiro-me aqui, ás letras de músicas atuais, pobres de conteúdo e vazias de arte. Luiz Gonzaga, João do Vale, Antonio Barros, o cordel brasileiro são temas atuais e que nos próximos séculos vão sobreviver apesar de a indústria cultural querer levá-los ao esquecimento.

O Enem 2014 provoca mais oportunidades para que novas gerações busquem os saberes sobre o cordel, Luiz Gonzaga, João do Vale, o forró, o baião e tantos nomes que valorizam a música brasileira e que são quase esquecidos pela mídia atual.

O Enem contribuiu com o zelo pelo patrimônio cultural e artístico do Brasil.

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Compositor João do Vale tem talento reconhecido e música Sina de Caboclo é tema do Enem 2014

João do Vale (foto de branco) foi um dos mais talentosos compositores
João do Vale  veio ao mundo como o quinto filho de um casal de camponeses pobres e que se tornou, com suas mais de 200 músicas, um dos grandes compositores da música brasileira. "Meu nome é João Batista Vale. Nasci na cidade de Pedreiras, Rua da Golada, hoje chamada João do Vale". Mas este João não está apenas no nome de uma rua. Através do trabalho do crítico carioca Marcio Paschoal, ele agora está também na biografia Pisa na Fulô, mas não maltrata o Carcará - Vida e Obra do compositor João do Vale, o Poeta do Povo.

João do Vale se tornou compositor por insistência. Para ajudar os pais na lida com os outros irmãos, vendia bombons e doces feitos pela mãe. Apesar do trabalho, estudava com prazer na escola primária do lugar até um incidente tirá-lo dos estudos. "Na época em que cursava o primário, foi nomeado um coletor novo para Pedreiras. Ele levou um filho em idade escolar. Na escola tinha uns trezentos alunos, mas escolheram logo eu para dar lugar ao filho do homem. E eu senti, é claro! Resolvi nunca mais ir estudar", relembrava ele.

 Depois disso, a família se mudou para São Luís e o menino, de apenas 14 anos, fugiu de lá para Teresina junto com um circo. Tinha o sonho de morar no Sul e ter uma vida melhor. Foi ajudante de caminhão no Nordeste e, ao conseguir chegar no Rio de Janeiro, arranjou serviço também como ajudante - dessa vez de pedreiro.

Trabalhava e dormia na construção; à noite percorria as rádios na esperança de se aproximar de algum artista. O primeiro a que teve acesso foi Zé Gonzaga, que a princípio não quis ouvir suas músicas. A resistência durou pouco. O cantor ficou encantado pelas composições de João do Vale e gravou Cesário Pinto, que fez sucesso no Nordeste.

Luís Vieira foi o segundo que João procurou; conseguiu que Marlene gravasse Estrela Miúda (de autoria dos dois). Embora não tenha sido fácil, o início da carreira de João do Vale foi rápido. Apenas um ano após chegar no Rio, suas músicas já começaram a ser gravadas. Quando, em 1952, foi receber os direitos autorais da venda de suas composições pela primeira vez, surpreendeu-se com a quantia: 200 cruzeiros. Uma fortuna para quem suava na construção por 5 cruzeiros mensais.

"Tudo o que nasce de João do Vale tem verdade e tem chão", disse Clara Nunes, cantora que recheia a já grande lista dos que gravaram composições do maranhense. Com sua simpatia e humanidade, o músico conviveu com uma centena de personalidades de destaque como artistas, políticos e escritores. Entre eles estão Chico Buarque, Fagner, Bibi Ferreira, José Sarney e Ferreira Gullar. Teve suas composições gravadas por um sem-número de cantores, também Luiz Gonzaga.. A famosa Carcará, por exemplo, foi uma das músicas que projetou Maria Bethânia.

João teve três derrames cerebrais e morreu em 1996 aos 63 anos. Ele era de uma simplicidade contrastante com a época e o meio em que viveu. A biografia escrita por Marcio Paschoal, de 295 páginas, é um apanhado de mais de 40 fotos, cópias de contratos de edição e de partituras originais, discografia, musicografia e depoimentos dos artistas.

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Lucimar Freitas será a primeira mulher a apresentar Programa de Rádio voltado para os vaqueiros

Com o objetivo de ser um programa de rádio do Sertão voltado para a família, estréia neste sábado 8, na Rádio Grande Rio am, das 7hs às 8hs,  o Programa A Hora do Vaqueiro.

Criado por Lucimar Freitas, A Hora do Vaqueiro, será mais uma porta aberta na região destinada à cultura sertaneja. "Uma porteira aberta e em especial aos nossos homens e mulheres fortes do nosso amado e querido sertão brasileiro que tem como símbolo a figura do vaqueiro.Te convido a estarmos juntos", disse Lucimar Freitas.

Com uma programação musical voltada exclusivamente para a vaqueirama e amantes da vaquejada, as músicas, o bate papo com os vaqueiros e anúncios  estão diretamente ligados à cultura do vaqueiro, onde as toadas, os aboios, o som dos chocalhos e o berro do gado predominam o ambiente.

Lucimar Freitas cresceu vendo o gado berrar no curral e o vaqueiro correndo na caatinga a procura do gado perdido ou simplesmente vendo a pega de boi no mato e corrida de mourão, por isto vive de corpo e alma o personagem dos resistentes vaqueiros nordestinos.

Em razão dos constantes pedidos dos mais diversos ouvintes a Rádio Grande Rio terá o pioneirismo de uma mulher apresentar um programa com a cara do Sertão e a autenticidade do homem do campo.
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Aldemar Paiva, um alagoano que fez história em Pernambuco

"Não quis saber do Rio de Janeiro, e preferiu ficar no Recife, de braços abertos para Pernambuco", escreveu Chico Anísio, na contracapa do disco Monólogos (1998), lançado pelo radialista escritor, compositor, humorista e poeta Aldemar Paiva, falecido na última terça-feira (4), aos 89 anos, 63 deles vividos em Pernambuco, onde marcou a história da TV, do rádio e da música popular do Estado.

Mesmo que tivesse sido apenas compositor, Paiva seria sempre lembrado por ter sido co-autor do primeiro frevo-canção gravado com selo Mocambo/Rozenblit. Quando o empresário José Rozenblit, em 1953, entendeu de criar uma indústria do disco em Pernambuco, uma das duas músicas do 78 rotações da futura gravadora, tinha numa das faces, Boneca, interpretada por Claudionor Germano, e assinada por Aldemar Paiva e o maestro José Menezes (falecido em novembro de 2013).

Com o maestro Nelson Ferreira Aldemar Paiva compôs o clássico Pernambuco Você é meu, gravado na Rozenblit, em 1956, por Raimundo Santos, que seria depois utilizada como a música do seu programa homônimo, que apresentou durante 25 anos, na extinta Rádio Clube de Pernambuco, depois na Rádio Jornal do Commercio, sempre como campeão de audiência no horário.

Um programa pioneiro em tocar frevo o ano inteiro, e não apenas no período carnavalesco. Sua trajetória no rádio pernambucano foi iniciada em 1951, quando veio para a Rádio Clube por indicação do publicitário José Renato, que o conhecia de Maceió, onde Paiva dirigia a Rádio Difusora de Alagoas. Aqui encontrou Chico Anysio, e surgiria aí uma amizade para toda a vida. Aqui participaram de um programa humorístico antológico, escrito por Aldemar, o Dona Pinoia e seus brotinhos, precursor das “escolinhas”, formato até hoje utilizado na TV brasileira, e que o próprio Chico Anysio admitiu (num documentário de Brenno Costa sobre Aldemar Paiva) ter sido a inspiração para a Escolinha do Professor Raimundo. Quando o cearense deixou a Rádio Clube e foi para o Rio, tentou convencer Aldemar Paiva a segui-lo, mas o alagoano preferiu continuar em Pernambuco.

Em entrevista ao Caderno C, no passado, relembrando os 60 anos do disco inaugural da Rozenblit, Aldemar Paiva contou como aconteceu sua mudança para Pernambuco: “Eu vim para o Recife por causa de Chico Anysio. Ele recebeu uma proposta muito boa para sair daqui, só que o contrato dele tinha uma multa que ele não podia pagar. Ele estava apaixonada por Nancy Wanderley, sua primeira mulher, e queria ir de todo jeito. Arnaldo Moreira Pinto, da Rádio Clube, disse que liberava se ele encontrasse alguém para ficar no lugar dele”.Isto aconteceu em 1951,três anos anos, o então aspirante do CPOR. foi convidado pelo governador de Alagoas, Silvestre Péricles, para assumir a direção da Rádio Difusora de Alagoas, que faria com que Maceió se livrasse do apelido de “Zona Muda do Brasil”, porque ser a única capital do país que não tinha uma emissora de rádio.

 Aldemar Paiva foi o que em seu tempo se chamava “homem dos sete instrumentos” (resumido no termo "multiartista"), um desses instrumentos foi o de ator de monólogos, longos textos que interpretava como poucos no país, alguns deles registrados em livros. Foi também ator, com participações no programa do amigo Chico Anysio (que criou um personagem batizado de Aldemar Vigário). Entre os muitos títulos que Aldemar Paiva recebeu o título de cidadão pernambucano, de certo modo desnecessário, já o havia adquirido como autor do hino Pernambuco você é meu.

Fonte: Rádio Jornal-Jornal do Commercio

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Neto Tintas comemora 20 anos de fundação das Lojas em Petrolina e Juazeiro

São 20 anos de parceria e empreendedorismo no setor de Tintas Automotivas em Geral. São 35 anos de vida empresarial que Anesio Lino de Souza, o conhecido Neto Tintas festeja no próximo dia 22 de novembro.

Nascido em Campina Grande, Paraíba, lugar que aprendeu a amar a obra e vida de Luiz Gonzaga, Neto Tintas inaugurou  em 1994, as  lojas de Petrolina e Juazeiro-Ba. 


Neto Tintas só trabalha com produtos de qualidade, o que o faz ter representatividade no mercado de pinturas na região em que atua. Em reconhecimento à qualidade deste trabalho o Programa Zé Maria Toca Tudo, transmitido na Rádio Grande Rio am 680,  no sábado 22, a partir das 11hs, será apresentado ao vivo, direto da Loja Neto Tintas em Petrolina,  com sorteio e brindes para os clientes, amigos e ouvintes.

Consolidado no mercado ao longo dos 35 anos Neto Tintas não faz segredo. "Acrescento além do amor e paixão, vontade de trabalhar todo dia, uma equipe que  mantêm o ótimo atendimento e o melhor relacionamento com nossos clientes. Estamos sempre atualizados sobre as boas novidades e inovações do setor de pinturas automotivas", revela Neto Tintas.
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Aderaldo Luciano comenta o III Encontro Sergipano de Escritores

O 3º Encontro Sergipano de Escritores, acontecido no sábado, dia 25, em Aracaju, Sergipe, na Sociedade Semear, foi a confirmação e consolidação do movimento literário no estado nordestino. Várias academias de letras presentes: Academia Gloriense, Academia Largartense, Academia Itabaianense, Academia Dorense. Sergipe está de parabéns, no caminho certo. Autores jovens, o mais novo com 13 anos, e outros mais tarimbados, os acima de 80, estiveram presentes, discutindo os rumos da literatura e as ações de intervenção social dos escritores. Muito feliz de ter encontrado pessoas cujo compromisso é com a letra. Não com as notas pintadas.

Fonte: Facebook-Aderaldo Luciano
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A esperança vence o medo e o ódio


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Eleições 2014: Dilma é eleita presidente do Brasil

Com 97,62% das urnas apuradas, a atual presidenta da República, Dilma Rousseff (PT), tem 51,38% dos votos válidos e está matematicamente reeleita para o cargo. O candidato Aécio Neves (PSDB) tem 48,62% dos votos válidos até o momento.

Mineira de Belo Horizonte, Dilma Rousseff, tem 66 anos, é economista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem uma filha e um neto. Foi reeleita hoje (26), junto com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), com o apoio da coligação formada por PT, PMDB, PDT, PCdoB, PR, PP, PRB, PROS e PSD. No primeiro turno, Dilma ficou em primeiro lugar, com 43.267.668 votos (41,59% dos votos válidos).

Filha de um imigrante búlgaro e de uma professora do interior do Rio de Janeiro, Dilma viveu em Belo Horizonte, capital mineira, até 1970, onde integrou organizações de esquerda, como o Comando de Libertação Nacional (Colina) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Foi presa em 1970 pela ditadura militar e passou quase três anos no Presídio Tiradentes, na capital paulista, onde foi torturada.

Em 1973, mudou-se para Porto Alegre, onde construiu sua carreira política. Na capital gaúcha, Dilma dedicou-se à campanha pela anistia, no fim do regime militar, e ajudou a fundar o PDT no estado. Em 1986, assumiu seu primeiro cargo político, o comando da Secretaria da Fazenda de Porto Alegre, convidada pelo então prefeito Alceu Collares.

Com a redemocratização, Dilma participou da campanha de Leonel Brizola à Presidência da República em 1989. No segundo turno, apoiou o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 1993, Dilma assumiu a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, cargo que ocupou nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).

Em 2000, Dilma filiou-se ao PT e, em 2002, foi convidada a compor a equipe de transição entre os governos Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva. Quando Lula assumiu, em janeiro de 2003, Dilma foi nomeada ministra de Minas e Energia, onde comandou a reformulação do marco regulatório do setor. Em 2005, ainda no primeiro governo Lula, Dilma assumiu a chefia da Casa Civil, responsável até então por projetos como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida.

Dilma deixou a Casa Civil em abril de 2010 e, em junho do mesmo ano, teve sua candidatura à Presidência da República oficializada. Venceu sua primeira eleição no segundo turno, contra o candidato do PSDB, José Serra, com mais de 56 milhões de votos.

Em um governo de continuidade, Dilma manteve e ampliou programas sociais da gestão Lula e implantou iniciativas que levaram à redução da pobreza, da fome e da desigualdade. Criou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e ampliou programas de empreendedorismo. Também implantou um programa de concessões para obras de infraestrutura e logística, muitas ligadas à realização da Copa do Mundo. Em um governo marcado por episódios de corrupção, Dilma chegou a demitir seis ministros em dez meses, em 2011. A presidenta reeleita também enfrentou problemas com a economia, com queda no ritmo do crescimento do país e avanço da inflação.
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Raymundo Mello: Não era para tomar nota

Aracaju do século XX (década 1940-1950) era uma cidade pequena, alegre, servida por razoável tráfego de bondes elétricos que atendia à população estimada em 80.000 habitantes, distribuída em cerca de 8 bairros interligados por ruas bem colocadas como um tabuleiro de xadrez. Habitada por ricos e pobres como as demais cidades brasileiras da época, vivendo os anos de guerra (até 1945) e do pós-guerra que trouxe um alívio geral para todos, inclusive porque o país saía de um período ditatorial para a implantação do regime democrático. Os ventos da liberdade de pensar e agir davam aos jovens e aos mais idosos a esperança de um futuro melhor, alimentado pelos filmes de Hollywood e os noticiários radiofônicos. Enfim, vivia-se bem, na medida do possível.

A cidade tinha um sistema de abastecimento centrado no mercado público ao lado da estação ferroviária e, na zona oeste da cidade, a feira do Aribé, hoje bairro Siqueira Campos. Fora desses pontos principais, contava a população com grande número de quitandas, mercadores de rua com tabuleiros de frutas, verduras, mariscos, doces, pães, etc... e bodegas – centenas delas, pequenos armazéns de secos e molhados, quase uma em cada esquina.

 Essas bodegas atendiam aos consumidores com seu tradicional sistema de vendas à vista ou fiado, como se dizia, mediante anotação em uma caderneta cedida aos clientes de confiança. Encerrado o mês, somavam-se os valores referentes a cada produto adquirido e o comprador liquidava o débito, totalmente ou em parte, conforme acerto. Era a semente dos cartões de crédito, hoje tão comuns entre supermercados e seus clientes. As bodegas “quebravam o galho” dos compradores.

Contava ainda a cidade com dois grandes e bons armazéns, bem sortidos e com sistema de vendas também usando o crédito nas cadernetas – eram o Armazém Sul Americano, na rua Laranjeiras, e o Armazém Prudente, na rua João Pessoa (trecho hoje denominado José do Prado Franco). O primeiro já não existe há muito tempo e o segundo evoluiu em seus negócios e integra hoje a rede de Super Mercados Prudente.

Em paralelo aos armazéns citados, surgiu um estabelecimento de bom nível na esquina da rua Arauá com Estância que, pela sua qualidade e estoque muito bem selecionado, recebeu a denominação de empório – Empório Santo Antônio. Seus proprietários, Dona Conceição e Senhor Paulo, pessoas muito educadas, experientes, tratavam a clientela com atenção e respeito. Ele, alto funcionário de um instituto de aposentadoria e pensões (chegou a exercer as funções de Delegado do órgão em Sergipe) e ela, amadurecida em anos, trajava-se muito bem como baiana Mãe de Santo e, com esses trajes simples mas bem cuidados, atendia no balcão e no caixa.

 Não descuidava de suas obrigações religiosas e como boa representante do sincretismo religioso da Bahia, devota de Santo Antônio, todos os anos, no período de 01 a 13 de junho, celebrava com seu Paulo e a vizinhança, as trezenas do santo com direito a foguetório, orações e comidas típicas; no encerramento da trezena sofria a concorrência dos festejos com as celebrações feitas no mesmo horário, na residência do Coronel Stanley Silveira, à rua Estância, a cerca de 50 metros de distância do empório – é que o Coronel, apesar de homenagear o santo apenas no dia 13 de junho, trazia a banda de música da Polícia Militar para sua porta e aí, com essa concorrência, a trezena patrocinada por seu Paulo e dona Conceição perdia uma parte de participantes, especialmente crianças que se encantavam com a banda de música.

A verdade é que a área ficava enfeitada, alegre e um pouco mais voltada para a religião e o Responso de Santo Antônio inebriava as almas orantes: “Se milagres desejais, recorrei a santo Antônio, vereis fugir o demônio e as tentações infernais. Recupera-se o perdido, rompe-se a dura prisão e no auge do furacão cede o mar embravecido”. A promessa era magnífica e os “milagres” aconteciam para os que, de fato, acreditavam.

A clientela do Empório era prestigiada com mimos e prestigiava a casa com presença constante em seus balcões para adquirir produtos de boa qualidade. Em determinadas épocas do ano, não se sabe como, o Empório recebia mercadorias especiais como, por exemplo, na Páscoa e no Natal. Nesses períodos, as prateleiras eram ornamentadas com vinhos importados, bacalhau norueguês, queijos, chocolates suíços, peras, uvas, maçãs, amêndoas e avelãs, das mais variadas procedências, disputadas a peso de ouro por comerciantes, autoridades e madames bem vestidas descendo imponentes dos Doddges, Plymouts, De Sotos, Chevrolets e Pontiacs lustrosos, prontas para abastecerem suas despensas com os melhores produtos, em sua grande maioria importados. Era um verdadeiro desfile da “nobreza” local na frente do estabelecimento enquanto o exemplar empregado do Empório, senhor Aurelino, ajudava os motoristas a colocar os volumes nas malas dos belos veículos.

Em paralelo, a clientela contumaz, bem mais simples, permanecia fiel à casa, adquirindo à vista ou anotando em cadernetas, algumas um tanto ensebadas pelo excesso de manuseio em mãos de cozinheiras, empregadas domésticas da vizinhança. Mas, verdade se diga: ricos e ricas clientes eventuais, classe média e não tanto, da redondeza, eram tratados com a mesma dignidade e recebidos sempre com um sorriso, fosse ele, real ou simplesmente comercial.

Só um pequeno cliente, aliás, intermediário de compras entre sua mãe e o Empório, colocava em suspense o ambiente quando chegava, de calça curta, suspensório de pano, camisa de meia e calçando pé de anjo, dirigindo seu veículo imaginário, para fazer as compras que sua genitora solicitava. Não tinha mais que 10 anos de idade mas era de uma vivacidade inacreditável.

Chegava na porta do Empório, uma buzinada com a boca para chamar a atenção – “fon-fon” e uma acelerada extra – “vruum”, antes de desligar o seu veículo de sonho. E aí jogava o pedido: “Seu Paulo, minha mãe disse pro senhor mandar 150 gramas de manteiga, meio quilo de açúcar, um quilo de massa de milho. E está aqui o dinheiro da compra (ou a caderneta para tomar nota conforme o dia)”. Suas idas e vindas sucediam-se três a quatro vezes por semana. O esquema era sempre o mesmo, às vezes pela manhã às vezes pela tarde. Os produtos variavam de acordo com as necessidades de sua mãe. O mesmo acontecia com o pagamento – em determinados dias, o dinheiro amassado na mão, em outros, a tradicional caderneta para tomar nota.

Jorge era seu nome mas todos os tratavam por Jorginho. Sempre alegre, simpático e brincalhão, bulia com uns, sorria para outros, enfim, era um garoto feliz em seu mundo de ilusões. Irreverente, às vezes.

O perigo é quando a mãe dele mandava comprar Papel Higiênico – um pacote de papel higiênico. O danado, alto e bom som, estivesse quem estivesse na casa pedia a plenos pulmões – “Um pacote de papel pra limpar o c.”. E pagava ou mandava anotar. Assim, cada vez que ele chegava na porta do Empório, como não se sabia se era dia de comprar papel higiênico, ficava sempre no ar aquela expectativa. E não adiantava sinalizar pois era um prazer para ele discriminar os pedidos da mãe que iam de produtos alimentícios a material de limpeza, material escolar – lápis, cadernos, etc e o tradicional Papel Higiênico, em pacote, folhas presas por um fio de arame para facilitar pendurar no prego do banheiro.

E de tanto passar vexame nesse sentido, seu Paulo, um dia, após o seu pedido de “papel pra limpar o c.”, chamou-o a um canto e fez um pacto com ele: “Jorginho, toda vez que você vier comprar esse produto e pedir corretamente Papel Higiênico, vou colocar o frasco de balas na sua frente e você pega, de graça, quantas balas couber em sua mão. Presente da casa. Combinado? Tudo certo?” – “Combinado, seu Paulo”.

Daí em diante, tranquilidade geral. Jorginho ia fazer compras e disciplinadamente pedia Papel Higiênico e grudava o olho no frasco de balas. Virou rotina – Papel Higiênico, mão cheia de balas. Tá aqui o dinheiro ou anote na caderneta. Até que, no final do ano, tarde de véspera de Natal, casa cheia de clientes costumeiros e senhoras e senhores abastados adquirindo as guloseimas para a Ceia da noite, Jorginho chega na porta da casa comercial, dá uma buzinada mais forte – “fon-fon” pra chamar a atenção, duas aceleradas no seu veículo imaginário –“vrum-vruum” e larga o pedido: “Seu Paulo – um pacote de Papel Higiênico”.

 Recebeu a encomenda, deu um sinal de dedo e grudou os olhos no frasco de balas. Logo seu Paulo entendeu. Estendeu o frasco de balas ao alcance de sua mão que foi generosamente preenchida com balas, as mais variadas. E seu Paulo ainda lhe desejou Feliz Natal. Ele agradeceu e não entregou o dinheiro do pagamento da encomenda. Deu duas aceleradas em seu veículo – “Vruum-vruum” e arrancou queimando os pneus de sua imaginação.

Quando já estava chegando na porta para ganhar a rua ouve o chamado de seu Paulo: “Jorginho” – ele pára e olha para trás. E seu Paulo, ávido por receber o valor da mercadoria fornecida ou fazer a anotação na caderneta, pergunta: “Jorginho – o papel, é pra tomar nota?”. E a resposta, ingênua e objetiva, cheia de lógica: “Não, seu Paulo – é pra limpar o c.....!”. “Vruum, vruum”... e saiu em disparada.

* Raymundo Mello é escritor. Memorialista. Reside em Aracaju
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Icó, Ceará receberá na quinta-feira 23, o espetáculo em homenagem a Humberto Teixeira

Nesta quinta-feira,  dia 23 de outubro, em Icó, Ceará, o Teatro da Ribeira dos Icós receberá em seu palco, o "Show Musical Humbertos", desenvolvido no município de Iguatu (CE).

O espetáculo faz uma homenagem ao compositor cearense Humberto Teixeira, um dos principais  compositores/parceiros de Luiz Gonzaga, onde a trupe de músicos irá circular sete cidades cearenses levando os encantos e a beleza do baião, ritmo que assumiu caráter de movimento cultural brasileiro e se destacou no mundo inteiro nas décadas de 40/50 , além de apresentar as canções com arranjos originais o grupo resolveu ousar e reinventar as canções tão famosas no mundo inteiro.

"Algumas canções vêm em ritmos mais contemporâneos é uma forma que buscarmos assimilar as novas gerações que a música se renova e se reinventa, essa circulação por meio do projeto Caravana Cearense do Baião é uma forma de remontar o projeto que o próprio Humberto desenvolveu enquanto Deputado Federal de levar músicos para fora do Brasil, destacando grandes nomes como Carmem Miranda e outros destaques da música Tropicalista", disse Michel Prudêncio idealizador do projeto.

As canções de protesto e de saudade presentes no show são apresentadas em reggae, rock, blues, valsas e xote e baião, a pesquisa do projeto foi feita a partir de documentos iconográficos e áudios presentes no Museu da Imagem e do Som em Iguatu.

O projeto de circulação tem o apoio cultural do Governo do Estado do Ceará, por meio do Edital Incentivo as Artes 2014 da Secretaria Estadual da Cultura, com entrada gratuita, e, a apresentação também conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Icó por meio da Secretaria Municipal da Cultura e seus equipamentos culturais.

Além do Icó, mais 06 municípios receberão a Caravana: Acopiara, Crato, Juazeiro do Norte, Assaré, Fortaleza e Iguatu; outra estratégia é anunciar o centenário do compositor iguatuense que é no próximo dia 05 de Janeiro de 2015.

Serviço:
Show: Humbertos.
Projeto: Caravana Cearense do Baião.
Local: Teatro Ribeira dos Icós.
Horário: 20h.
Preço: Entrada Gratuita.

Fonte: blog do Michel Prudêncio).
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Ney Vital receberá em Caruaru Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru

Ney Vital, jornalista e radialista apresentador produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca. Rádio Cidade am
Grande Encontro dos Gonzagueanos em Caruaru - PE
Será realizado no sábado dia 15 de Novembro de 2014, o Grande Encontro dos Gonzaguianos em Caruaru, Pernambuco,  no Espaço Cultural Asa branca do Agreste, Bairro Kenedy. O  coordenador do evento é o pesquisador e Diretor do Espaço Luiz Ferreira. Na ocasião será entregue o troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru. Serão homenageados 11 personalidades com o  troféu criado em 2012.

Homenageados:
1º Alexandre Valença: Músico e compositor de pesqueira e filho do saudoso Nelson Valença de quem Luiz Gonzaga gravou 12 músicas.

2º Fafá de Alagoas: Presidente da ASSCDUC – Maceió – AL a qual é promotora de eventos em Maceió e está prestes a ser secretária de cultura de alagoas a partir de janeiro de 2015.
3º Gilvan Neves: Sanfoneiro, cantor e compositor o qual já tem feito arranjos musicais para muitos cantores nordestinos.

4º Israel Filho: É cantor filho de Caruaru gravou a música saudade do forró de Gonzagão é uma homenagem ao Luiz Gonzaga e ao mesmo tempo um agradecimento ao rei do baião por ter lhe apresentado em público como um dos seus seguidores.

5º Jurannir Clementino: Jornalista e escritor natural de Várzea Alegre – CE mais radicado em Campina Grande – PB, Jurandir é primo do poeta José Clementino de quem Luiz Gonzaga gravou 8 músicas. Jurandir é autor do livro que conta a história do poeta José Clementino Editado em 2013.

6º Kydelmir Dantas: De Mossoró – RN funcionário da Petrobrás, escritor e historiador é autor do livro Luiz Gonzaga e o Rio Grande do Norte editado em 2013.

7º Ney Vital: Reside em Petrolina é jornalista, radialista e produtor de radio e televisão.

8º Osvaldo Augusto: é de Caruaru, músico é filho do saudoso Maestro Joaquim Augusto de quem Luiz Gonzaga gravou 6 músicas de 1957 a 1961.

9º Oseas Lopes: É de Mossoró-RN foi produtor de discos de Luiz Gonzaga que nos anos 80 produziu 5 L.P. do Rei do Baião. Tem também o nome artístico de Carlos André é autor da música Eu hoje quebro essa mesa gravada em 1974 e que foi o seu maior sucesso.

10º Paulo Correia: De Aracajú – Sergipe onde é secretário de cultura. Paulo Correia foi quem descobriu que a música renascença de autoria de Onildo Almeida e gravada por Luiz Gonzaga. Há muitos anos na R.C.A. nunca teria sido lançada sugerindo ao diretor da revivendo que a lançasse em 2007.

11º Valdir Geraldo: É músico e compositor de Exú - PE e de quem Luiz Gonzaga gravou a música Nessa Estrada da Vida em 1984 no L.P. Danado de Bom.
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Campina Grande 150 anos: Tropeiros da Borborema

Tropeiro da Borborema
(Raimundo Asfora/ Rosil Cavalcante)

Estala relho marvado
Recordar hoje é meu tema
Quero é rever os antigos tropeiros da Borborema

São tropas de burros que vêm
do sertão
Trazendo seus fardos de pele e algodão
O passo moroso só a fome galopa
Pois tudo atropela os passos da tropa
O duro chicote cortando seus lombos
Os cascos feridos nas pedras
aos tombos
A sede e a poeira o sol que desaba
Rolando caminho que nunca
se acaba

Assim caminhavam as tropas cansadas
E os bravos tropeiros buscando pousada
Nos ranchos e aguadas dos tempos de outrora
Saindo mais cedo que a barra
da aurora
Riqueza da terra que tanto se expande
E se hoje se chama de Campina Grande
Foi grande por eles que foram
os primeiros
Ó tropas de burros, ó velhos tropeiros.
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Ricardo Kotcho: O papel do rádio na fábrica da desconstrução

Desconstrução virou a palavra da moda. Foi muito utilizada para criticar a propaganda negativa do PT contra a candidatura Marina Silva. Como ando muito de táxi, acompanho diariamente as atividades de uma outra fábrica de desconstrução, bem mais antiga e poderosa, que não está no radar dos nossos analistas e da qual quase ninguém fala.

Refiro-me ao papel desempenhado pelas rádios nesta campanha eleitoral. Temos no país três rádios sediadas em São Paulo e que operam em rede nacional, dedicadas dia e noite a baixar a ripa nos governos e políticos progressistas de qualquer latitude.

Recrutados em sua maioria na mídia impressa, proliferam no dial os "comunicadores populares" e  "comentaristas políticos e/ou econômicos", com um discurso que repete o pensamento único das suas empresas e não dá espaço para controvérsias: é pau no governo, desde que o governo não seja tucano.

Não importam o fato nem o assunto, você já sabe o que vai ouvir naquelas vozes indignadas de quem veio ao mundo para salvar a humanidade da danação eterna. Lembram aqueles pregadores do apocalipse que gritam na praça da Sé, mesmo que ninguém pare para ouvi-los. Só que estes têm uma audiência seleta e cativa.

Quando se fala de "conversa de motorista de táxi", sempre que alguém conta uma história cabeluda, detonando alguma figura pública sem necessidade de comprovação, pode ter certeza que a matéria prima vem do que ele ouviu no rádio do carro, e nada mais é do que a reprodução do que divulgam estes comunicadores e comentaristas clonados em série.

Depois, seus passageiros vão repetir estas mesmas histórias nos botecos de esquina ou nas salas de espera, nos salões chiques ou nos pagodes, garantindo que são verdadeiras. Se você lhes perguntar de onde tiraram isso, vão dizer que ouviram no rádio (ou então que viram na internet, na retroalimentação das notícias multimídia). É o círculo vicioso da fábrica de desconstrução, que gerou a famosa lenda da "mansão do Lula no Morumbi", repetida até hoje à exaustão pelos taxistas mais antigos.

Claro que não se pode generalizar, que há honrosas exceções à regra, e faço questão de citar como exemplos José Paulo de Andrade e Salomão Esper, ambos veteranos profissionais da Rede Bandeirantes, de quem muitas vezes posso discordar, mas sempre respeito. Não se trata de afinidade política ou ideológica, mas apenas de ter caráter e honestidade profissional.

Em épocas de beligerância eleitoral como estamos vivendo neste momento, muita gente subestima o poder do rádio e sua capacidade de multiplicação de boatos e infâmias, instrumento de propaganda permanente, geralmente a serviço do que há de mais conservador, reacionário e intolerante na sociedade.
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Pavão Misterioso: o cantor Ednardo completa 40 anos

O cantor Ednardo. O artista driblou as dificuldades da vida e com talento sua música ultrapassou as fronteiras do estado do Ceará  e chegou em todo o Brasil.

José Ednardo Costa Sousa tem 69 anos  e faz parte de uma geração mais talentosa da música cearense. Ao lado de Fagner, Belchior e Amelinha. Gravou 15 álbuns e compôs mais de 400 músicas entre elas "Pavão Mysteriozo " que foi um grande sucesso na novela Saramandaia da Rede Globo de 1976.

"Eu tenho filhos nascidos e criados no Rio de Janeiro. E o engraçado é que ele não chia e nem nada. Na minha casa todo mundo fala o cearencês", brinca. O cantor cearense revela que trabalha em um álbum duplo. “Ele foi gravado todinho no Ceará. No Centro Cultural Dragão do Mar e está bem legal”, afirmou.
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Radialista Carlos Augusto está internado em hospital de Juazeiro, Bahia

O radialista Carlos Augusto  está internado na UTI  do hospital Unimed de Juazeiro, Bahia. Ele deu entrada no hospital na segunda-feira 6.

A filha Maíra Mouzinho Amariz solicitou através das redes sociais  orações  para que "tudo corra bem".

Carlos Augusto sofre de diabetes e faz hemodiálise três vezes por semana. Semana passada ele sofreu uma queda em sua residência.

Carlos Augusto é pioneiro da fundação da Rádio Emissora Rural em 1962. Um dos mais populares radialistas da região do Vale do São Francisco, trabalha atualmente na Rádio Grande Rio, onde comanda o Forró do Povo. É o criador da Jecana-Corrida de Jegues, que este ano completou 43 anos de tradição. Carlos Augusto é o organizador da Missa do Vaqueiro de Petrolina, celebrada há mais de 70 anos.
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Raymundo Mello: Eu, os amigos Frades e o Capitão

*Raymundo Mello. Escritor. Memorialista-Aracaju/Sergipe

Entre 1965 e 1975, cristão católico que sou, frequentei assiduamente a Paróquia Santo Antônio, especialmente a Igreja do Espírito Santo (Avenida Simeão Sobral), participando ali das Celebrações Eucarísticas e outros atos litúrgicos a cargo daquela parcela da igreja arquidiocesana, entregue já de forma tradicional à administração dos Frades Franciscanos (OFM) e ali tive a oportunidade de relacionar-me com um grupo grande de Frades, àquela época, recém-ordenados Sacerdotes, a maioria na Arquidiocese de São Salvador (BA) e que eram deslocados aqui para Sergipe onde, sob a supervisão do Frei Edgar Skannikoviski, realizavam em Aracaju, Socorro, São Cristóvão e outras dependências da Igreja entregue aos Franciscanos um período de estudo e adaptação à sua nova fase, por eles reportado como a Pastoral Eclesiástica.

Era um grupo de frades jovens com uma visão moderna da Igreja Católica, especialmente após o Concílio Vaticano II. Lembro-me de Frei Leônidas, Frei Cleto, Frei Camilo, Frei Adauto, Frei Valeriano, Frei Alexandre, Frei Roberto, Frei Miguel, Frei Marcelino, Frei Flávio, Frei Antônio, Frei Acácio, Frei Adolfo e outros que a memória não ajuda no momento a lembrar. E eles conviviam bem com os frades mais antigos como Frei Eleutério, Frei Osvaldo, Frei Inocêncio, Frei Augusto, o mestre deles todos Frei Edgar Skannikoviski, etc. Alguns faleceram dentro e fora da ordem. Outros deixaram a ordem, casaram, têm filhos, e alguns permanecem. É um prazer reencontrá-los e relembrar aquele período que para mim foi de grande valia.

 Aprendi muito com os Frades. Religião, política, esportes, música, eram assunto constante e cantavam, lanchavam e, claro, rezavam. Um bom período até que eles eram mandados para outras cidades onde exerceriam suas atividades pastorais. De vez em quando, um cartão, uma rápida visita quando vinham a Aracaju. O tempo tornou-nos mais distantes. Chegaram as notícias de que alguns foram deixando a ordem, casando, trabalhando. Depois as notícias de que Frei Fulano faleceu, Frei Beltrano idem, Frei Valeriano foi transferido para a Alemanha, exilado por problemas políticos e lá, deixou a ordem, assumiu atividades civis, casou, constituiu família e, de vez em quando, quando vem ao Brasil (Ceará é sua terra natal) faz um périplo passando por Recife, Aracaju (nos visita) e Salvador. Esse o registro primeiro que faço daquele período (1965-1975).

Na verdade conheci e relacionei-me com muitas pessoas, famílias amigas, conversa aberta e, entre essas amizades, uma figura especial, aliás, uma família especial. O titular da família era um senhor moreno, tranquilo, sempre bem vestido (sem luxo mas bem arrumado), o mesmo sua família, esposa, filhos (um casal) e, por fim, um neto que recebia dele atenção especial. Não sei se ele teve outros netos mas o primeiro conheci.

Foi uma grande coisa o relacionamento com aquele senhor baixinho, educado, fala mansa, um gentleman, o senhor Juvenal e sua esposa, Dona Santa. A princípio e por vários meses apenas um cumprimento formal, umas poucas palavras enquanto eu assistia o bom relacionamento dele com outras pessoas. Ao término de algum ato litúrgico, várias pessoas o alcançavam para uma conversa de porta de igreja e todos saiam satisfeitos. Nunca vi ou ouvi qualquer comentário que o desabonasse ou à sua família. E assim fomos vivendo, ele lá e eu cá, cumprimentando-nos formalmente e, vez por outra, umas palavras a mais. Até que, em 1974, após participarmos de uma Celebração Eucarística, seu Juvenal me convidou com toda a sua mansidão para uma conversa particular, ao lado da igreja. Aceitei o convite e aí então ele me diz delicadamente: “Seu Raymundo, eu estou convidando o senhor, devidamente autorizado, para participar do próximo Cursilho de Cristandade da Arquidiocese de Aracaju. Já dei seu nome lá na direção da equipe e foi aprovado. E então, aceita?”.

Fiquei meio confuso, já tinha ouvido falar nesse movimento da Igreja Católica, mas não sabia de nada sobre o mesmo. Assim, meio vacilante, respondi: “Vamos ver, me informe quando é e o que tenho que fazer para ir ao Cursilho e me dê um prazo para responder”. E ele: “Não tem prazo, é só o senhor decidir e ir fazer a inscrição”. E me disse: “Resolva logo, homem, e vá fazer a inscrição; são somente 45 vagas e tem muita gente querendo ocupar uma delas”.

Arrisquei uma pergunta: “E o que é o Cursilho, como e onde funciona, o que se trata durante o evento?”. E ele: “Homen, não me pergunte essas coisas não, esses detalhes, porque isso você tem que vivenciar participando. Antes do Cursilho o que o senhor tem que saber – local, hora, duração, taxa de inscrição, tudo isso lhe será informado por seu Rodrigo. O mais, só participando. E lhe digo mais: vai valer a pena. É coisa de Deus!”. Aceitei o convite. Acertei junto à esposa e filho, justifiquei a ausência de um dia (a sexta feira) da repartição e fiz a inscrição para o 4.º Cursilho de Cristandade da Arquidiocese de Aracaju, o primeiro a ser efetivado pela equipe local pois o 1.º, o 2.º e o 3.º tinham sido executados sob a direção da equipe da Arquidiocese de São Salvador (BA).

E digo, diante de Deus: Valeu a pena! De 5.ª feira à noite ao final da tarde de domingo, estive cursilhista e saí do Convento de São Francisco, em São Cristóvão, animado para ser cristão no 4.º dia. Ao final do Cursilho, Dom Luciano Duarte fez um encerramento a seu modo, agradeceu e rezou pelos que participaram do evento, especialmente às equipes dirigentes, e fez uma alusão especial ao “Sineteiro” – Capitão Juvenal Santos, dizendo “vejo ali o Capitão Juvenal, pessoa que estimo e que desenvolve um trabalho digno junto à administração da Arquidiocese e esteve aqui com dignidade, como é de seu feitio, tocando a sineta reguladora de todos os horários.

 O Capitão é militar da reserva, esteve na FEB – foi pra guerra lutar na Itália em defesa da democracia. Convivendo com o Capitão, a mansidão em pessoa, não consigo vislumbrar Juvenal de arma na mão atirando nos inimigos, acho que ele foi como integrante da banda de música, tocando tambor. Não foi isso, Juvenal?”. E o Capitão, na delicadeza de sempre: “não senhor, Dom Luciano, fui na linha de fogo, arma em punho disparando a torto e a direito – só não sei se acertei alguém, espero que não, não gostaria de ter ferido ou matado algum inimigo; se aconteceu, paciência”. Todos riram e entenderam esse rápido diálogo.

A partir do Cursilho, estreitei meu relacionamento com o Capitão e senti como ele respeitava o Movimento de Cursilhos, queria que todo mundo participasse. Homem de fé, integrado na Paróquia, amigo dos Frades, foi indicado para Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística, atividade que exercia com todo cuidado e respeito nas Missas, em especial dos sábados e domingos, na Igreja do Espírito Santo, do Santo Antônio ou da comunidade à qual servia, no Alto da Jaqueira.

Muitas vezes recebi a Comunhão de suas mãos trêmulas e, certo dia, após a Missa, resolvi perguntar: “Juvenal, tenho observado você trêmulo ao distribuir a Comunhão. Estou imaginando ou você treme mesmo?”. E ele, bem sério, me respondeu: “É a responsabilidade, meu irmão, que é muito grande – levar Jesus nas mãos e passá-Lo para os fiéis – é tão grande essa responsabilidade que não me sinto merecedor de tão importante tarefa. Por isso, me emociono a cada vez que sou chamado, fico trêmulo e suando, como você está vendo. Não me sinto merecedor de tão elevada missão mas procuro desempenhá-la com todo respeito”. Emocionei-me com sua resposta. Abracei-o e lhe disse: “a sua fé é muito grande. Vá em frente!”.

O Capitão era um homem de fé e transmitia essa fé e força a quem com ele convivia ou simplesmente se relacionava.

Juvenal fez Cursilho em Feira de Santana, encaminhado com mais três companheiros por Dom Luciano e ele, como os outros, nada sabiam sobre Cursilho – seguiu porque o Bispo encaminhou e ele confiava no Bispo. Mas também o Bispo nada lhe disse e ele foi, na confiança, junto com os demais. Chegaram cedo em Feira, apresentaram-se ao Monsenhor que os recebeu e marcou o horário que eles deveriam voltar – “vão caminhar, conhecer um pouco a cidade e às 18 horas estejam aqui”.

Instigado pelos companheiros, perguntou ao Monsenhor: “O senhor pode nos dizer o que é Cursilho?”. E o Monsenhor respondeu: “é uma coisa muito boa, vocês vão ver”. “Mas o senhor não poderia dizer assim mais ou menos o que é, como é?” E o Monsenhor: “Não! É uma coisa muito boa, vocês vão ver, não tenho o que adiantar – vivam o Cursilho e vocês terão a explicação”.

 “Tá danado, o homem é duro. Mais tarde pergunto e ele vai dizer. Passeamos, merendamos e às 18 horas nos apresentamos pra seguir para o local onde seria realizado o Cursilho – e aí tornei a perguntar: e agora, Monsenhor, já pode dizer pra gente o que é Cursilho? E ele disse: É uma coisa de Deus. Mais uma vez: Monsenhor, nós já estamos aqui, não vamos fugir, não dá pra dizer nem um pouquinho pra gente o que é, como é? E ele: Eu já lhe disse que é coisa de Deus – vocês vão viver o Cursilho e no final saberão. 

Vocês estão com medo, é? Vocês não são homens não? Aguardem! E eu disse pros outros: vamos parar com tanta pergunta que o homem já está pondo em dúvida a nossa masculinidade. E realmente, foi certo. Só ao final podemos entender que o Cursilho não se explica, sente-se, vive-se, como tudo o que é de Deus”.

Todas essas coisas ele conversava conosco, rindo, comentando e, vez por outra, entoava um pouco do Decolores, que ele preferia na forma original... “e os pintinhos?”, “Viva vida”, etc... etc... Juvenal já não está conosco. Foi para a casa do Pai com a calma dos puros. Tenho certeza que ele lá está, com sua mansidão, rezando por nós. Um dia a gente se encontra.

Setembro/2014 – Após o desfile da Independência, que ele não perdia.


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Horário de Verão começa dia 19 de outubro

O horário brasileiro de verão 2014/2015 começa no dia 19 deste mês, quando os relógios serão adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A medida, adotada para economizar energia no horário de maior consumo, vai até o dia 22 de fevereiro do ano que vem.

Pelo decreto que instituiu o horário de verão, a medida deve ser iniciada sempre no terceiro domingo de outubro e encerrada no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Mas, no ano em que houver coincidência com o domingo de carnaval, o fim do horário de verão deve ser no domingo seguinte. Como em 2015 o carnaval será no dia 17 de fevereiro, o horário de verão deverá acabar no dia 22 de fevereiro. O objetivo é evitar que, em meio a um feriado, alguns esqueçam de ajustar os relógios.
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Eleições: Brasil faz festa da democracia neste domingo 5

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registra que 142,8 mihões de brasileiros estão aptos a ir às urnas neste domingo 5. Todos os cidadãos com 16 anos ou mais podem votar. Nem sempre, entretanto, o direito de escolher os representantes foi tão abrangente no país.

O documento Eleições no Brasil – Uma História de 500 Anos, produzido pelo TSE, mostra que durante o período colonial e imperialista os brasileiros tinham de obedecer a critérios de posição social e renda para votar. A democracia, como a conhecemos, começou a se consolidar a partir da Proclamação da República, em 1889. Mas o sistema tinha defeitos graves, e ainda era excludente.

O período conhecido como Primeira República, que durou até a Revolução de 1930, permitia, por exemplo, o voto a descoberto, sem excluir a votação secreta da legislação. Na modalidade, o eleitor podia declarar seu voto e receber um comprovante. O TSE aponta que, na prática, era uma forma de controlar a decisão dos eleitores e facilitar o chamado voto de cabresto. Essa forma de votar deixa de existir somente com a Constituição de 1934, que prevê exclusivamente o voto secreto.

As mulheres também não têm direito a votar durante a Primeira República, adquirindo a prerrogativa somente a partir de 1932. O voto feminino já vinha sendo reivindicado há algum tempo. De acordo com o TSE, em 1928, 20 eleitoras do Rio Grande do Norte conseguem se registrar e 15 votam nas eleições daquele ano. Mas a Comissão de Poderes do Senado descarta os votos como "inapuráveis". Os analfabetos ficaram privados do voto por ainda mais tempo do que as mulheres. Eles só foram reconhecidos como eleitores pela Constituição de 1988.

O Brasil também registra dois golpes de Estado em sua história, com restrição das liberdades democráticas. Um deles, o do Estado Novo, em 1937. O país só voltaria a ser uma democracia em 1945, e ganharia novamente uma Constituição um ano depois, em 1946. No ano de 1964, o golpe militar novamente instaura uma ditadura no país. A redemocratização só viria em 1985. Quatro anos depois, em 1988, os parlamentares eleitos nas primeiras eleições diretas após 21 anos de governo militar apresentam a nova Constituição do país, vigente hoje.

É ela que prevê alistamento eleitoral e voto obrigatórios. Mas os analfabetos, os que têm entre 16 e 18 anos e os que têm 70 anos ou mais têm a opção de se abster. O eleitor que estiver fora de seu domicílio eleitoral, na data da eleição, deve justificar a ausência às urnas preenchendo formulário no próprio dia da votação ou até 60 dias depois.

Fonte: Agencia Brasil
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Justiça Eleitoral: confira algumas regras de quinta até domingo

Com a proximidade do primeiro turno das eleições no domingo (5), a Justiça Eleitoral tem algumas regras que não podem ser esquecidas por candidatos, partidos políticos e coligações.

De acordo com a Lei Eleitoral, amanhã é o último dia para a exibição da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. É também o prazo final para os candidatos fazerem reuniões públicas de campanha, comícios e para a utilização de aparelhagem de som fixa, entre as 8h e a meia-noite.

Quinta-feira também é a data limite para a realização de debates políticos na televisão ou no rádio. Debates iniciados no dia 2 podem se estender, no máximo, até as 7h do dia 3 de outubro. Também até amanhã, partidos políticos e coligações terão que indicar à Justiça Eleitoral o nome das pessoas autorizadas a expedir as credenciais dos fiscais e delegados de partido que estarão habilitados a acmpanhar os trabalhos de votação.

Sexta-feira (3) será a data limite para que se faça a divulgação paga, na imprensa escrita, a reprodução na internet do jornal impresso, de propaganda eleitoral. Ainda nesta sexta-feira, os presidentes de mesa que não tiverem recebido o material destinado à votação deverão comunicar a falha ao juiz eleitoral.

No sábado (4), termina a propaganda eleitoral com uso de alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8h e as 22h. Carreatas, caminhadas, passeatas e a distribuição de material gráfico também só poderão ser feitos até as 22h deste sábado.

Desde terça-feira (30), até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum eleitor pode ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda por desrespeito a salvo-conduto. A proibição de prisão de candidatos está em vigor desde o último dia 20. No entanto, quem concorre a cargo eletivo pode ser detido ou preso em caso de flagrante delito.
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Manezinho Silva morre em Campina Grande, Paraíba

Manezinho Silva, Adelzon Alves, Romulo Nobrega e Ney Vital
Manezinho Silva, Genival Lacerda
Lp O Coice da Jumenta
Manezinho Silva gravou um LP, "O Coice da Jumenta". Apesar de não obter sucesso todas as  músicas são consideradas boas pela crítica. Manezinho tinha talento, ritmo, harmonia e ritmo.

Participou do "Conjunto de Zé Lagoa", comandado por Rosil Cavalcanti. 

Nasceu no ano de 1935 no Rio Grande do Norte e desde menino veio morar em Campina Grande, Paraíba.  Manezinho era especialista em compor paródias.  Participou de varias campanhas políticas.

 Morou  vários anos no Rio de Janeiro e  acompanhava Jackson do Pandeiro. Em Campina Grande participou e venceu o Festival Forró Fest, promovido pela Rede Globo de Televisão,  conseguiu o primeiro lugar com a música "Côco do Cão", chegando a gravá-la com Biliu de Campina.

Letra O Coco do Cão:
Cambito, cuia, cabeçote de cangalha
Careta, cara canalha, carrapeta e caçuá
Caçote, côco, carrapato, catolé, carrapicho, cangapé
Calundum, cara, cará
Cabaça cheia, caritó e cumpineira, caninana, capoeira
Cangati, cabra, corró
Curimatã, é cavalo do cão, cabresto
Cata cavaco no cesto, cazuza do cabrobó

Chapéu de couro, caruara, curandeiro
Curumim, cara, carreiro, cravinote e carimã
Coivara, canga, caçuleta, caipira
Corisco, cara, cupira, casal de carapanã
Conrado, corre chama comadre Cristina
Camilo da Carolina e o Chagas Camaleão
Chegou Chiquito cabra chato pra chuchú
Com cara de cururu, cantando o côco do cão.

Manezinho Silva faleceu dia 25 de setembro de 2014, em Campina Grande.

Fonte: Romulo Nobrega- biógrafo vida e obra do compositor Rosil Cavalcanti
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Sociólogo defende ensino de literatura de cordel nas escolas

A literatura de cordel tem um papel fundamental na história do Brasil, mas esse gênero ainda é muito desconhecido, lamenta o professor de sociologia Fernando Antônio Duarte dos Santos, o Nando Poeta. Ele coordenará, no próximo dia 27, o 1º Fórum de Cordel em São Paulo, que reunirá acadêmicos, pesquisadores e poetas para debater a importância do ensino dessa arte nas escolas de ensino médio e fundamental.

Nascido no Rio Grande do Norte, Nando Poeta leciona há quatro anos em uma escola estadual da zona sul da capital paulista. Ele é um dos defensores dessa difusão cultural. “O cordel ainda é muito excluído da academia, com algumas exceções, a exemplo da USP [Universidade de São Paulo], que tem uma cadeira para o estudo.” Segundo o professor, mesmo no Nordeste, os espaços ainda são muito fechados.

“O cordel ainda é muito excluído da academia, com algumas exceções", diz sociólogo“O cordel ainda é muito excluído da academia, com algumas exceções", diz sociólogo.

Para Nando Poeta, o fato de a literatura de cordel estar muito direcionada às temáticas sociais torna ainda mais importante a ampliação de espaços para o ensino desse gênero.

De acordo com o professor, uma das obras de cordel mais requisitadas é a de autoria de José Pacheco: A Chegada de Lampião no Inferno. Um dos trechos diz: “Um cabra de Lampião/Por nome Pilão Deitado/ Que morreu numa trincheira/Em certo tempo passado/Agora pelo sertão/Anda correndo visão/Fazendo mal-assombrado.”

No cinema, o cordel também foi adotado em trabalhos como O Homem Que Virou suco, filme brasileiro de 1981, dirigido por João Batista de Andrade, e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha.

Fonte: Jornal do Brasil
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EPTTC e Polícia Federal fecham cerco aos condutores de cinquentinhas

As motos de 50 cilindradas, mais conhecidas como cinquentinhas, já respondem por mais de 40% dos acidentes com motocicletas em Pernambuco. As vítimas são crianças, adolescentes e idosos, que têm feito uso livremente desses veículos mesmo sem estarem habilitados ou usando os equipamentos de segurança. Os números são do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco (Cepam).

Os números são assustadores. Por este motivo a Polícia Rodoviária Federal, a Empresa Petrolinense de Trânsito e Transporte Coletivo(EPTTC), Polícia Militar, Agentes de Proteção da Infãncia e Juventude  e a Promotoria de Justiça, Vara da Infância e Juventude realizaram na noite de sexta-feira 25, uma blitz, denominada "Operação Pequeno Cidadão" para fiscalizar os condutores de cinquentinha.

 A blitz é resultado da audiência realizada onde foi discutida em Petrolina medidas para impedir a condução de veículos autormotores por menores de 18 anos, além de multar e orientar as irregularidades cometidas no trânsito.

Segundo o diretor presidente da Epttc, Paulo Valgueiro,  a meta é ser montada outras fiscalizações em parceria com todos os orgãos envolvidos no objetivo de manter a paz e a segurança no trânsito.

Na operação foram abordados além dos condutores das cinquentinhas,condutores de automoveis.  Houve flagrante de condutores sem  habilitação ou capacete. As crianças e adolescentes flagradas em irregularidades foram notificados e os pais devem comparacer a Procuradoria.


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A cantora Elba Ramalho é destaque na gravação do DVD do show Cordas, Gonzaga e Afins que acontece nesta quinta-feira (25), às 21h, no Chevrolet Hall. O projeto é uma homenagem a Luiz Gonzaga, mas também celebra os 35 anos de carreira da paraibana. No palco, a artista apresenta releituras de clássicos do Rei do Baião e interpreta textos do dramaturgo Newton Moreno e do escritor João Cabral de Melo Neto.

Também participam do evento o grupo instrumental SaGrama, o quarteto de cordas Encore, o baterista Tostão Queiroga e os sanfoneiros Beto Hortis e Marcelo Caldi. O cantor Marcelo Jeneci e o percussionista Naná Vasconcelos são convidados especiais do projeto, mas participam apenas do ensaio geral, na véspera do evento, em função de outros compromissos assumidos.

Jeneci compôs uma faixa exclusiva para o espetáculo, a música Gravitacional, que tem seus versos e poesias inspirados em Gonzaga. Já Naná Vasconcelos participa da faixa Braia Dengosa, canção do Rei do Baião que reverencia o maracatu.

No repertório estão ainda mais 20 canções, a maioria do Rei do Baião e outras dos seus "afins", como Caetano Veloso e Gilberto Gil, com O ciúme e Domingo no Parque, respectivamente. Entre as músicas de Gonzagão estão Algodão, Assum Preto, Sabiá e Que Nem Jiló, todas com nova roupagem armorial.

Idealizado pela produtora cultural e jornalista Margot Rodrigues, o projeto tem direção musical e arranjos de Sergio Campelo, líder do SaGrama, direção artística de André Brasileiro e imagens do VJ Gabriel Furtado. Do Recife, o espetáculo segue para Curitiba (31/10), Belo Horizonte (21/11) e São Paulo (25 e 26/11).
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Pela primeira vez na história a principal nascente do Rio São Francisco secou

O diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, Luiz Arthur Castanheira, disse em entrevista que a nascente do Rio São Francisco, situada em São Roque de Minas, secou. Segundo Castanheira, essa nascente é a principal de toda a extensão do rio, que tem 2.700 km.

É a primeira vez na história que a nascente do Rio São Francisco, siutado no Parque Nacional da Serra da Canastra, Minas Gerais, está completamente seca.

O acontecimento é simbólico,mas não significa, necessariamente, que o curso do rio será interrompido mais adiante.

O São Francisco é o maior rio totalmente brasileiro, e sua bacia hidrográfica abrange 504 municípios de sete unidades da federação – Bahia, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Goiás e Distrito Federal. Ele nasce na Serra da Canastra, em Minas, e desemboca no Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe.

Segundo Castanheira, o motivo é a estiagem. "Essa nascente é a original, a primeira do rio e é daqui que corre para toda a extensão. Ela é um símbolo do rio. Imagina isso secar? A situação chegou a esse ponto não foi da noite para o dia. Foi de forma gradativa, mas desse nível nunca vi em toda a história”, afirmou.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), Anivaldo Miranda, disse que embora a notícia ainda não tenha chegado oficialmente ao conhecimento do comitê, não causa surpresas em virtude de essa ser uma das estiagens mais graves desde que foi iniciado o acompanhamento histórico do rio. Para ele, a situação é preocupante, já reflete no nível das barragens e ameaça a biodiversidade do São Francisco.

“Isso não é comum, é preocupante. Não há dúvida de que algo em grande escala está mudando em nosso ecossistema. As principais barragens do Alto São Francisco, que são a de Três Marias e Sobradinho, estão sendo ameaçadas e se aproximam do limite de volume útil de água. Ou seja, a água dos principais afluentes está chegando ao nível zero, e a biodiversidade do rio está comprometida, além de a qualidade do rio estar se deteriorando", explicou Miranda.

O volume útil da Represa de Três Marias, que é a primeira barragem construída ao longo do rio, chegou a registrar 6% nesta semana. A de Sobradinho, 31%. “São níveis baixíssimos e que causam impactos catastróficos, como já vem ocorrendo no Baixo São Francisco. Com o nível baixo, o oceano está invadindo o rio e salinizando a água doce”, concluiu Miranda.

Ele ressaltou que, apesar de a nascente em São Roque de Minas, no Centro-Oeste do estado, não ser determinante para o volume de água da bacia, ela serve como um "termômetro", uma vez que o nível dos reservatórios da região é fundamental para o São Francisco.

E as previsões são pouco animadoras. A primavera começou e de acordo com o meteorologista Marcelo Pinheiro, da empresa Climatempo, a tendência é que na estação a temperatura fique de 2ºC a 3ºC acima da média nas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste. No Sul, a temperatura pode ficar até 3ºC acima da média.

Além disso, a primavera deve ser caracterizada por temperaturas um pouco acima do normal e chuvas dentro da média na maior parte do país – porém ainda insuficientes para resolver o problema de falta d’água nos reservatórios. Especificamente para a região afetada pela seca no Centro-Oeste de Minas Gerais, a previsão é de que o período de chuvas só comece em outubro.

Fonte: Rádio Globo Rio de Janeiro
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Tempo seco deixa Petrolina com clima de deserto

Pelos parametros da Organização Mundial da Saúde-OMS, a umidade relativa do ar abaixo de 12% é classficada como estado de emergência, alerta.

Oficialmente em Petrolina a temperatura foi de 39º. Mas a sensação térmica foi acima de 45 graus na sombra.

 O ar seco traz grandes consequências para a saúde, que vai desde ardência e ressecamento dos olhos, boca e nariz, até o agravamento de doenças respiratórias. A prevenção é o melhor remédio.

Os médicos destacam que crianças, idosos e pessoas que já possuem histórico de problema respiratório são os grupos mais vulneráveis às doenças neste período e precisam redobrar os cuidados.

Dicas: Ingerir bastante líquido, Não fazer exercícios físicos entre as 10h e 17h, usar  um recipiente com água ou um pano molhado no quarto antes de dormir.  Lave as narinas com soro fisiológico.

Ano passado Petrolina registrou  um nível de umidade comparável ao deserto do Saara, próximo aos  10% de umidade relativa do ar.

De acordo com a nutricionista Ana Paula Souza, é fundamental o consumo de líquidos para evitar a desidratação durante os períodos de seca. “Eu sempre recomendo que as pessoas bebam bastante água, mesmo sem sentir sede, pois quando a boca está seca já significa que começou o processo de desidratação”, disse.

Além disso, o consumo de alimentos saudáveis e ricos em líquidos ajuda quando o assunto é hidratação. “É importante consumir saladas e frutas como melão e melancia, que são ótimos hidratantes naturais”, falou a médica, que ainda fez um alerta para outras bebidas que podem ser menos benéficas.

“Não oriento as pessoas a consumirem muito chá, refrigerantes, pois estas bebidas são diuréticas e não são tão eficazes para combater a desidratação”, avaliou.

Para substituir estas bebidas, é indicado o consumo de suco de frutas, principalmente os naturais.
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Epttc promove palestras e blitz durante semana do trânsito

A Semana Nacional de Trânsito 2014,  teve prosseguimento nesta segunda-feira 22,  no auditório do Senai. Deiverson Gernonimo, Policial Rodoviário Federal, empresário Paulo da Honda e Jilmar Barros, coordenador de educação da Empresa Petrolinense de Trãnsito e Transporte Coletivo-EPTTC, realizaram uma palestra com o tema: o jovem e o trânsito.

A campanha acontece anualmente, de 18 a 25 de setembro e o tema nacional é  “Cidade para as pessoas: Proteção e Prioridade ao Pedestre”. Numa abordagem corpo a corpo, os educadores conversam com condutores e pedestres sobre a importância do respeito das regras do trânsito  e distribuem material educativo. Nos dias 23 e 24 acontecerão blitz e panfletagens na cidade.

Em Petrolina, a Semana Nacional de Trânsito, elaborada pela Prefeitura através da EPTTC será marcada por atividades educativas nas ruas com realização de blitz e panfletagens.

Segundo o diretor presidente da EPTTC, Paulo Valgueiro,  “a discussão em torno da segurança do pedestre chega num momento em que a Petrolina ultrapassa a marca de mais de 110 mil veículos registrados e é preciso criar e discutir alternativas que garantam a mobilidade urbana e a segurança do pedestre, que fica cada vez mais vulnerável entre tantos veículos”.

A  engenharia de trânsito da EPTTC, Paula Lopes  lembra que “o pedestre também deve estar atento ao próprio comportamento do trânsito, evitando correr ou usar o telefone celular".

De acordo com a  Polícia Rodoviária Federal a imprudência, a falta de respeito às Leis de Trânsito e a falta de atenção dos motoristas continuam liderando as causas dos acidentes graves.

 Levantamento do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto em Pernambuco aponta que, no período de treze anos (2001/2014), os números de pessoas mortas e feridas sobre duas rodas  aumentaram. São mais de 15 mil pessoas que morreram em Pernambuco vitimadas por acidentes envolvendo motocicletas. No País o número é de quase 50 mil pessoas por ano.

O encerramento da Semana do Trânsito em Petrolina está marcado para acontecer no dia 25 sexta-feira com uma palestra no IF-Sertão.

Ascom-EPTTC-Foto: Gilson Santos
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Flavio Leandro canta na 27º Missa do Poeta em homenagem a Ze Marcolino


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Brasil celebra 23 anos de saudades do poeta Zé Marcolino

O matuto era poeta, contador de causos e compositor. No matulão carregava uma penca de músicas, na cabeça um sonho: que seus xotes e baiões fossem um dia gravados por Luiz Gonzaga. Ele enviou dezenas de cartas a Gonzagão, sem nunca obter resposta. Um dia, o poeta Zé Marcolino encontrava-se em Sumé, Paraíba, para receber o dinheiro de um boi que havia vendido, quando soube que o cantor estava na cidade. Imediatamente, correu até o hotel onde o artista estava hospedado. Ficou esperando sua saída.

Poucos minutos depois, Luiz Gonzaga apareceu, com aquele seu jeitão carrancudo, que servia para desencorajar assédios de fãs. O poeta Zé Marcolino aproximou-se do seu ídolo e perguntou: – O Senhor é que é Seu Luiz Gonzaga?
– Sou sim, por que?
– O Senhor nunca recebeu cartas de José Marcolino Alves, não?

– Sei não, recebo muitas. O que era que diziam estas cartas?
– É porque eu tenho umas músicas de minha autoria que eu acho que dão certo pro senhor.

– É... o Sertão é composto de homens inteligentes. Mas.. mas quem sabe se essas músicas prestam?

Zé Marcolino ficou meio sem jeito, quase diz que suas músicas não prestavam. Luiz Gonzaga deu a conversa por encerrada com um vago: “Depois eu posso lhe atender” e seguiu em frente. Mais tarde, o Lua não apenas atendeu, como acabou gravando seis músicas daquele matuto no seu próximo LP, e mais, contratou ele como músico de seu conjunto.

José Marcolino, um dos grandes autores da música nordestina fez a ultima viagem no dia 20 de setembro de 1987. Morreu num acidente de carro.  Nascido em 28 de junho de 1930, no sítio Várzea, do Major Napoleão Bezerra Santa Cruz, mais tarde município de Sumé, na Paraíba. José Marcolino poderia ter sido mais um entre as dezenas de poetas sertanejos, que vivem e morrem no anonimato, não fosse a ousadia naquele encontro com Luiz Gonzaga, que realmente tomou gosto por aquele sertanejo.

Metade do repertório do LP Ô Véio Macho, de 1962, tem Gonzagão interpretando as composições que José Marcolino lhe mostrou em Sumé: Sertão de aço, Serrote agudo, Pássaro carão, Matuto aperriado, A Dança do Nicodemo e No Piancó. Esta seria a primeira leva de forrós de Marcolino gravada pelo Rei do Baião. Ele interpretaria várias outras, entre as quais as antológicas Sala de reboco e Quero chá.

A história conta que depolis daquele encontro Zé  Marcolino integrou-se ao grupo de Luiz Gonzaga e participou, como músico, das gravações de Ô Véio Macho, no estúdio da RCA, no Rio de janeiro. No seu livro Cantadores, Prosa Sertaneja e Outras Conversas (UFRPE, 1987) José Marcolino, impagável contador de causos revela o seu amor aos amigos que sempre chamava de poeta...

José Marcolino participou da turnê de divulgação do LP, viajou de Sul a Norte do País com Luiz Gonzaga, no entanto, a saudade da família e suas raízes sertanejas foram mais fortes. Depois de um show no Crato, Ceará,  ele tomou um ônibus até Campina Grande e de lá foi para Sumé, de onde fretou um táxi para a Prata, onde morava.

Com o sucesso de suas canções cantadas por vários artistas (Quinteto Violado, Assisão, Genival Lacerda, Ivan Ferraz, entre outros), José Marcolino montou um conjunto e passou a fazer shows pelo Sertão, contando suas muitas estórias e composições.

Somente em 1983, produzido pelos integrantes do Quinteto Violado, ele lançou seu primeiro e único, hoje fora de catálogo, LP Sala de Reboco (pela Chantecler). Um disco que está merecendo uma reedição em CD, assim como também seu único livro, necessita uma reedição mais bem cuidada.

José Marcolino faleceu em 20 de setembro de 1987, nas imediações de Afogados da Ingazeira, Sertão pernambucano, num acidente que o que tem de trágico tem de prosaico. Ele vinha, em companhia do filho Ubirajara, quando o automóvel que dirigia capotou, depois de uma manobra brusca para desviar de uma vaca que atravessava a pista. O filho sobreviveu, mas Marcolino sofreu uma grave fratura no crânio, que lhe foi fatal.

Fonte: Livro Vida e Obra de José Marcolino-UFRPE e Jornal do Commercio/Jose Teles


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