ESTUDANTE DO CURSO DE JORNALISMO DA UNEB-JUAZEIRO BAHIA VENCE PRÊMIO DE COMUNICAÇÃO EXPOCOM NORDESTE 2021

Formado em Jornalismo em Multimeios pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus de Juazeiro (BA), Fernando Alves de Oliveira, conquistou o primeiro lugar na categoria de Rádio, Televisão e Internet, na modalidade de Website (avulso), do Prêmio Expocom 2021 - Exposição de Pesquisa e Produção Experimental em Comunicação – realizado na segunda edição do Enconto Intercom Inter-regiões. 

O trabalho premiado, orientado pela professora de Jornalismo em Multimeios, Tereza Leonel, é fruto do TCC (trabalho de conclusão de curso) de Fernando cujo título é: "Construção do site da Paróquia Sagrada Família do bairro José e Maria em Petrolina-PE". Nesta produção, o Jornalista apresenta a trajetória da Paróquia Sagrada Família e sua relevância social, missionária e religiosa para a comunidade do bairro José e Maria e para a cidade de Petrolina.  

No website o público pode conhecer melhor a história da paróquia através de reportagens com narrativas em longform, documentário, podcasts, galeria e demais informações sobre a igreja. Para Fernando houve algumas dificuldades neste processo: "Uma das maiores dificuldades que tivemos durante a realização do trabalho foi localizar freis, padres e demais membros que atuaram desde a construção da igreja, fizemos um grande levantamento para localizar esses personagens.

 O processo de construção do produto também foi desafiador, na etapa final foram quatro meses para coletar entrevistas, imagens, elaborar documentário, podcasts e organizar toda galeria presente no site", afirma.

O egresso concorreu com trabalhos de instituições como Centro Universitário Unifanor Wyden, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Fortaleza, Universidade Federal de Pernambuco – campus Caruaru e Universidade Federal do Ceará, sendo o único representante premiado na área de Jornalismo dentre as universidade públicas baianas.

O prêmio Expocom é destinado aos melhores trabalhos experimentais produzidos por estudantes no campo da Comunicação e que beneficia os autores pela qualificação de seu currículo. Mas, para a professora e orientadora de Fernando, Tereza Leonel, o prêmio Expocom contribuição vai além: "Esse prêmio é muito importante para o aluno em termos profissionais e pessoal, pois estimula outros estudantes a percorrer o mesmo caminho na busca da formação profissional e é extremante relevante para universidade, para o curso de Jornalismo especificamente, porque mostra o quanto a academia está contribuindo para construção de saberes, dialogando com a sociedade e com a comunidade na qual estamos envolvidos", concluiu a docente. 

Com a premiação regional, o trabalho de Fernando Alves está automaticamente classificado para etapa nacional do Expocom que acontecerá durante o 44º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, de modo virtual entre os dias 04 e 09 de outubro e sob a organização da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

Interessados (as) em conhecer o website da Paróquia Sagrada Família podem acessar o conteúdo no link:  https://fernandoalvesradia.wixsite.com/sagradafamilia 

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LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA NESTA SEXTA (20), EM LIVE LANÇAMENTO DO CD BOEMIA CULT

O cantor e compositor, poeta Luiz do Humaytá realiza nesta sexta-feira (20), live lançamento do CD BOEMIA CULT, às 20hs.

O CD BOEMIA CULT é uma homenagem a cultura da música brega romântica. O CD foi lançado no início deste mês em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. No cd uma música autoral, Amor de Doer, integra a lista das músicas presentes no repertório.

No CD Luiz do Humaytá presta uma homenagem ao seu conterrâneo, Lupicínio Rodrigues e ao som da sanfona de Cicinho de Assis, interpreta, Nervos de Aço, poesia de um dos mais conceituados compositores da história da música popular brasileira.

Luiz do Humaytá já tem uma agenda de lançamento marcado para lançar o CD no Nordeste e está na expectativa das novas regras de flexibilização devido a pandemia. O poeta que mora em Curaçá, Bahia, na Fazenda Humaytá, decidiu lançar o CD Boemia Cult para declarar também o seu amor pela terra onde nasceu. Luiz Carlos Forbrig é o nome de batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá. 

O cantador é natural de Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly (já falecido). Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxadeira dos cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas.

"Dona Guilhermina costuma visitar o sertão da Bahia, mas desta vez vai receber o nordestino sulino e vamos cantar ao som do violão e ouvir o CD BOEMIA CULT juntos com toda a família", disse Luiz ressaltando que fizeram um rotulo errado sobre a música romântica, algumas até perseguidas no tempo da ditadura militar e adjetivaram de brega.

 "Coisas da indústria cultural. Mas brega sempre foi cult e na verdade é música que Caetano Veloso canta, Reginaldo Rossi ainda hoje lembrado pelos grandes sucessos. Música Brega é romantismo puro cantado pela alma. É boemia cult", finaliza Luiz do Humaytá.

Discografia CDs: 

2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO

2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS

2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA

2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO

2019 – DECANTO O SERTÃO

2020 -CD GRAVADO AO VIVO NO TEATRO EM CURAÇÁ.

2021 - CD BOEMIA CULT



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SEMINÁRIO DEBATE SITUAÇÃO ATUAL E PERSPECTIVAS DA AGENDA 2030

As perspectivas pós-pandemia sobre a Agenda 2030 em relação a temas como saúde, direitos humanos e clima foram abordadas pelo Seminários Avançados do Centro de Relações Internacionais em Saúde (Cris/Fiocruz) nesta quarta-feira (18/8).

 O evento Agenda 2030: balanço global e perspectivas pós-pandemia apresentou um balanço atualizado dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a nível global, regional e nacional, apontando críticas e alternativas para a implementação da Agenda.

A mediação do evento foi feita por Paulo Buss, coordenador do Cris/Fiocruz, quem apresentou um histórico da construção da Agenda 2030 desde seus inícios, fruto do espírito otimista ao multilateralismo pós-guerra fria envolvendo uma série de cúpulas das Nações Unidas na década de 90; passando pela Cúpula do Milênio em 2000 que deu origem aos Objetivos do Milênio; e chegando até a ampliação destes objetivos em 2015 quando se transformaram nos 17 ODS, 169 metas e 241 indicadores com prazo de cumprimento até o ano 2030. Buss também explicou que a Agenda 2030 propõe uma aliança para o desenvolvimento, um conjunto de medidas para sua implementação e uma governança própria.

Santiago Alcazar, pesquisador do Cris/Fiocruz complementou: “a agenda 2030 é até hoje o principal mapa a seguir para nos levar ao mundo melhor que visualizamos na década de 90”. O diplomata destacou o seu principal problema. Para ele, se bem existe um consenso que o caminho para a restauração pós-pandemia e o futuro são a Agenda 2030, o acordo de Paris e os compromissos da biodiversidade, existe um problema significativo que impede o cumprimento da agenda: ela não ataca o cerne da questão, isto é, não critica o sistema.

“Não será que o próprio sistema gera o oposto do que queremos com os Objetivos? Será que não gera pobreza e concentração de renda? Será que não gera fome pela priorização da agroindústria frente a soberania alimentar? e doenças e pandemias? Não será que o sistema não gera violência e guerras?”, disse Alcazar, para quem o sistema também acaba abraçando algumas alternativas que existem, e se não olharmos e agirmos sobre isto de forma crítica, sempre estaremos vários passos atrás das urgências. 

O desafio estrutural foi reforçado por Armando Denegri, também pesquisador do Cris/Fiocruz, que apontou a necessidade de superar os desequilíbrios e nos perguntar quem se beneficia com a estrutura atual de poder.

 “Devemos assumir que existem beneficiários que fortalecem seu poder permanentemente e por tanto existe uma disparidade crescente que inclusive pode produzir miséria de forma planejada, o que significa um grande desafio para os ODS”, afirmou Denegri, para quem os recursos para cumprir o direito ao desenvolvimento existem, mas se situam na dinâmica do mercado financeiro internacional e não aterrissam na economia produtiva.

A questão ambiental e de mudanças climáticas, um dos temas mais relevantes da Agenda 2030, foi trazida ao debate por Luiz Augusto Galvão, pesquisador do Cris/Fiocruz. Galvão destacou que as mudanças climáticas influenciam tudo o que é vivo no planeta, assim como os regimes de água, ar, temperatura, afetando todos os objetivos da Agenda e requerendo ações urgentes. 

O pesquisador também apontou a proposta existente de facilitar a implementação dos Objetivos através de seis processos transformadores: 1) educação, gênero e desigualdade; 2) saúde, bem-estar e demografia; 3) descarbonização da energia e indústria sustentável; 4) alimentos, terra, água e oceanos sustentáveis; 5) cidades e comunidades sustentáveis; e 6) revolução digital para o desenvolvimento sustentável.

Os impactos da pandemia para a implementação da Agenda 2030 na América Latina foram expostos por Carlos Maldonado Valera, oficial de assuntos sociais da Comissão Econômica para América Latina (Cepal). 

“A pandemia tem cobrado mais de 1.370.000 mortes na América Latina, trazendo impactos sociais, econômicos e ambientais complicados que se somam a quatro décadas de baixo crescimento, concentração da riqueza e deterioração ambiental na maioria dos países. A pandemia profundiza as desigualdades de gênero, aumenta a insegurança alimentar e diminui os ingresso, o que significa que a pandemia está colocando em risco a integralidade dos Objetivos da agenda 2030”, apontou Maldonado, destacando que apenas um terço das metas da Agenda 2030 estão na trajetória adequada na região. 

O oficial de assuntos sociais da Cepal destacou oito motores para encender uma economia sustentável e caminhar na direção certa, eles são: transição energética, mobilidade sustentável, revolução digital, indústria da saúde, bioeconomia, economia do cuidado, economia circular e turismo sustentável.

Os dados do relatório Luz sobre a situação atual dos ODS no Brasil foram apresentados por Mônica Andreis, diretora executiva da ACT promoção da saúde e facilitadora do grupo de trabalho da sociedade civil para a agenda 2030. O relatório Luz indica que o Brasil não vai conseguir cumprir com os ODS se não adotar medidas urgentes para a erradicação da pobreza e para o desenvolvimento sustentável. Entre outros dados, aponta que, das 169 metas da Agenda,13 estão com progresso insuficiente, 27 estagnadas, 21 ameaçadas, 92 em retrocesso e nenhuma com progresso satisfatório.

“Isso se traduz em 27 milhões de pessoas a mais em extrema pobreza, 113 milhões em insegurança alimentar, 19 milhões com fome, 5 milhões de meninos e meninas fora das unidades educacionais, crescimento de 9% das pessoas sem teto e desmatamento em aumento particularmente na região amazônica”, disse Andreis, para quem o problema não é apenas a falta de recursos e sim a escolha de prioridades. (Javier Abi-Saab-Agência Fiocruz de Notícias)


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UNIVESIDADE RECEBE MAIS DE 300 FÓSSEIS RESULTANTES DE AÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL

Mais de 300 fósseis apreendidos em operação da Polícia Federal foram repassados à Universidade Regional do Cariri (URCA), ontem quarta-feira, 18, durante solenidade com a presença do Ministério Público Federal (MPF), Superintendência da Polícia Federal (PF), Superintendência do Geopark Araripe e a direção do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, além da administração superior URCA. 

O material ficará sob a salvaguarda do Museu e poderá ser disponibilizado para pesquisas científicas. Atualmente, o equipamento desenvolve a campanha permanente Lugar de Fóssil é no Museu. Na ocasião, foi assinado o Termo de entrega para repasse das peças.

A solenidade de entrega oficial dos fósseis aconteceu na sede do Geopark Araripe, em Crato. O material foi apreendido durante a operação denominada Santana Raptor, que envolve diretamente cerca de seis pessoas, entre servidores, pesquisadores, mineradores, empresários e atravessadores de fósseis extraídos da Chapada do Araripe. Segundo a PF, ainda estão sendo levantadas informações sobre os envolvidos no caso, para a conclusão do inquérito.

O material corresponde a peças raras que foram apreendidas ano passado, através de mandados de busca e apreensão em Nova Olinda, Santana do Cariri e no Rio de Janeiro. Peças bem preservadas como libélulas, plantas, a exemplo de samambaias e pterossauros foram repassadas à URCA. São fósseis do período cretáceo com mais de 110 milhões de anos. As investigações que culminaram na apreensão foram iniciadas em 2017.

Na ocasião, a URCA fez agradecimento com entrega de homenagens aos órgãos envolvidos no processo de apreensão. Além disso, destacou a atuação dos pesquisadores da Instituição imprescindíveis em fornecer informações técnicas à polícia para encaminhamento da ação.

IMPORTÂNCIA MATERIAL: O Reitor da URCA, Francisco do O’ de Lima Júnior, parabenizou os pesquisadores e todo o apoio que foi direcionado em relação às peças. Ele destacou o trabalho das equipes da PF, MPF, e os pesquisadores. Lima Júnior também lembrou o trabalho desenvolvido desde o reitorado do professor Patrício Melo, que atualmente está à frente da Rede Latino-Americana de Geoparks.

Além disso, o Reitor ressalta a importância da Universidade, que tem um histórico determinante dentro da missão de preservar o patrimônio natural da Chapada do Araripe, além da sua promoção. “Imagine que há mais de 110 milhões de anos essas peças estavam aqui, e contam com um grau de preservação”, afirma.

O superintendente da Polícia Federal, Caio Rodrigo Pellim, afirma que é muito gratificante para a PF poder contribuir com o resgate do patrimônio científico do Ceará, do Brasil em geral. Segundo ele, o trabalho de investigação realizado, que culminou na apreensão dos fósseis, foi muito bem feito, com alguns passos ainda a serem realizados, mas que essa destinação à universidade dando destino adequando ao material, para ser estudado e exposto em museu, é muito gratificante para a equipe de investigação.

A Delegada da PF, Josefa Maria Lourenço, relatou que as peças apreendidas são muito raras e que fora do país teriam um custo muito alto. Há peças que saíram do Ceará ilegalmente. Ela destacou a importância da legislação nesse processo e chamou a atenção de que o produto do subsolo é pertencente à União. “Nunca esse material foi da terra de ninguém. É um patrimônio raríssimo que merece ser preservado e foi devolvido com base numa decisão da 16ª Vara da Justiça Federal. Lugar de fóssil é no museu, na Universidade”, declara.

O Diretor do Museu, Professor Allysson Pinheiro, destacou a campanha permanente, para incentivar a doação voluntária de fósseis. “Estamos aqui para receber todo o qualquer fóssil e todos são patrimônios”, explica. Ela agradeceu a PF por trabalhar nessa operação.

O Procurador da República do Ministério Público Federal (MPF), Celso Costa Lima Verde Leal, relatou o grande trabalho e lembrou inclusive de mil peças que devem ser repatriadas da França, e espera em breve fazer outra entrega na Universidade. “É um tesouro importante, e queremos esse grande patrimônio aqui na nossa região, sob nossa salvaguarda”, disse.

O Superintendente do Geopark Araripe, Professor Carlos Kleber, destacou a importância do patrimônio que está sendo desenvolvido para a instituição. “É um patrimônio nosso e uma matéria riquíssima para os estudos na URCA”, frisa. (Site Urca)
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CICLISTA: DIA NACIONAL ALERTA SOBRE DESAFIOS PARA O TRÂNSITO MAIS SEGURO

Transformar a dor em uma ação positiva, ainda que em meio a processos muito difíceis, foi a experiência vivida pelo economista Persio Davison, de 73 anos. Da trágica morte de seu filho, Pedro Davison, atropelado por um motorista alcoolizado na chamada faixa presidencial do Eixão Sul, em Brasília, ele viu surgir, em todo o país, um movimento de conscientização e de mudanças de atitudes que, desde então, ajudam a melhorar as estatísticas de ciclistas mortos no trânsito.

Todos os esforços de conscientização culminaram na criação do Dia Nacional do Ciclista, em 19 de agosto.

“O Dia Nacional do Ciclista, para nós, é o dia da morte de nosso filho. Por outro lado, é, para a sociedade, um dia de conscientização e de busca por novos caminhos para a mobilidade. Um dia para lembrar que todos temos de ser protetores de todos, e que a realidade só será menos trágica se nos respeitarmos. Um dia para lembrar que temos o mesmo direito de respeito pela escolha sobre como queremos nos locomover”, disse Persio à Agência Brasil.

Foi no dia 19 de agosto de 2006 que, após participar de um churrasco em comemoração ao aniversário da filha Lulu, de 8 anos, que Pedro, aos 25 anos e com um curso de biologia recém-concluído, optou por fazer algo que estava muito acostumado: “dar um pedal”.

O ciclismo, para ele, era mais que um modal de transporte. Era uma forma de manifestar todo o amor que sentia pela natureza e pela vida. Prova disso foi a viagem que fez a Trancoso, na Bahia. Foram 11 dias pedalando e fazendo novas amizades.

“Pedalar, para ele, era uma forma de diálogo com as populações locais. Ele pernoitava em quintais e na casa das pessoas que ia conhecendo. Meu filho fazia disso um modo de vida”, lembra Persio.

Em outra viagem, acompanhado de dois colegas, passou 45 dias pedalando pelo Tocantins e, no retorno a Brasília, margeou o Planalto Central na direção do Pantanal. “A vocação dele, como biólogo e ambientalista, estava presente também no ciclismo”, afirma Persio.

Após o impacto com um veículo a mais de 110 quilômetros por hora (km/h), o jovem Pedro foi arremessado a uma distância de 84 metros e morreu. O motorista Leonardo Luiz da Costa foi encontrado cerca de meia hora depois, tentando escapar de uma blitz no Setor de Indústria e Abastecimento. Ele estava alcoolizado. Sua placa já havia sido informada por um motociclista que testemunhou o crime. A história do biólogo é contada em um curta-metragem chamado Lulu Vai de Bike. Entre as atividades programadas pela organização não governamental (ONG) Rodas da Vida para o Dia Nacional do Ciclista em Brasília está a exibição do curta, às 19h, Espaço Infinu, na 506 Sul. Para acessar a programação, clique aqui.

“Não é acidente. É crime”:

“O Dia do Ciclista é ato político. Teve sua origem, mas não é a ela que se volta e sim à defesa do direito de o ciclista ter sua mobilidade segura e respeitada. O foco está na construção e não nas tragédias de tantas perdas. A mensagem é de mobilização e futuro”, resume o pai da vítima, ao se referir à tragédia que, hoje, simboliza uma quebra de paradigmas.

O que antes era visto como “acidente”, desde então passou a ser percebido, tanto pela sociedade quanto pela Justiça, como “crime”.

“Não há acidentes, há crimes no trânsito. Não são circunstâncias acidentais: são decisões conscientes tomadas por um adulto que decide dirigir acima da velocidade permitida, sob efeito do álcool ou transgredindo qualquer outra norma das boas práticas ao volante”, argumenta a coordenadora administrativa da ONG Rodas da Paz, Joyce Ibiapina.

Toda a mobilização decorrente desse crime praticado contra Pedro Davison favoreceu um ambiente que, dois anos depois, em 2008, resultou em uma legislação que salvou muitas vidas no trânsito: a Lei Seca.

RODAS DA PAZ: Persio e Beth Davison, junto à bicicleta que lembra o filho Pedro, no local do acidente - Foto Marcello Júnior/Agência Brasil

Persio lembra que, com a ajuda de organizações como a Rodas da Paz, um movimento tomou conta do país que, por meio do Congresso Nacional, criou leis visando uma “mobilidade respeitosa à vida, com um olhar para os ciclistas e pedestres”. Entre as causas defendidas pelo movimento está “o dever de reconhecimento, pelas leis e pela Justiça, da tipificação de crime no trânsito e a condenação e punição desses crimes pelo Judiciário”.

Na época, lembra Persio, havia o entendimento de que o tombamento impedia a construção de ciclovias em Brasília. “Hoje, o DF lidera a oferta de infraestrutura cicloviária, e a fiscalização mais efetiva tem coibido motoristas transgressores, a direção e o consumo de bebida”.

Em meio à luta pelos direitos dos ciclistas – e ao fato de seu filho ter se tornado um símbolo da causa – Persio e sua esposa, Beth Davison, tornaram-se conselheiros e, no caso dele, vice-presidente da ONG.

“Brasília tem seu simbolismo e cumpre esse papel de incentivo, motivando um movimento nacional para a transformação de nossas cidades e de nossa conduta, de forma a propiciar maior respeito aos ciclistas e aos pedestres, em relação a seus direitos e a uma mobilidade segura”, diz.

A ONG desenvolve diversas ações nas quais apresenta a bicicleta como o “mais promissor dos veículos” para enfrentar a crise econômica, climática e de saúde que o país atravessa, agravada pela pandemia.

“O transporte por bicicleta é recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela ONU Habitat como alternativa ao transporte coletivo e ao transporte individual motorizado, para que as pessoas façam seus deslocamentos com risco reduzido de contágio pela covid-19 e possam praticar exercícios físicos regularmente, o que aumentou o número de bicicletas no mundo todo”, relata Joyce Ibiapina, do Rodas da Paz.

Outra entidade que atua na defesa dos direitos dos ciclistas é a União de Ciclistas do Brasil (UCB), que tem Felipe Alves como um de seus diretores. A entidade também aproveita a data de hoje para chamar a atenção ao “permanente descaso com ciclistas no trânsito”.

“Descaso por parte de motoristas, motociclistas e, principalmente, do Poder Público, tanto federal quanto estaduais ou municipais, que pouco se esforçam para tornar o trânsito mais seguro no Brasil, seja não atendendo às necessidades dos usuários mais vulneráveis (como pedestres e ciclistas), seja afrouxando as leis de trânsito e as punições previstas para condutores que não cumprem a lei”, declarou à Agência Brasil.

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PALESTRA DISCUTE RAZÃO E SENSIBILIDADE AS TRAVESSIAS POSSÍVEIS

Para um mundo cada vez mais complexo, é necessário bem mais do que dominar conteúdos. Enfrentar as incertezas cotidianas requer pensamento capaz de ligar conhecimentos que estão separados, como defende um dos maiores pensadores vivos do mundo, o antropólogo, sociólogo e filósofo francês Edgar Morin.

O autor de mais de 50 livros, inclusive obras como “O Método” e “Introdução ao Pensamento Complexo”, é um dos convidados do Mundo Unifor. O evento realizado bienalmente pela Universidade de Fortaleza, instituição da Fundação Edson Queiroz, conta com programação que vai de 18 a 23 de outubro. Em 2021, será em formato híbrido, com o tema Razão e sensibilidade: as travessias possíveis. 

A programação conta ainda com a participação de Niall Ferguson, um dos mais renomados historiadores da atualidade, que foi considerado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

 Ambos os palestrantes participarão do Mundo Unifor por intermédio do projeto Fronteiras do Pensamento, que propõe uma análise da contemporaneidade e das perspectivas para o futuro. A iniciativa já realiza encontros, presenciais e palestras online, há 14 anos.  O Fronteiras do Pensamento se tornou uma referência cultural e tem apresentado os nomes mais relevantes para a reflexão sobre as diferentes crises globais que eclodiram no planeta.

Morin, que completou um século em julho passado, é considerado um dos maiores intelectuais vivos do mundo. Ao ressaltar a importância de trabalhar sob a perspectiva da complexidade e da transdisciplinaridade com o objetivo de reencontrar os problemas fundamentais e globais para a humanidade, Morin trouxe grandes contribuições para diversas áreas de conhecimento, inclusive a Educação. 

A palestra do pensador francês que coleciona títulos de doutor honoris causa em universidades ao redor do mundo será transmitida para os participantes inscritos e seguida de debate realizado com professores da Unifor.

A participação do professor escocês Niall Ferguson, que leciona História na Universidade de Harvard, tem contribuído para que o conhecimento em sua área torne-se mais acessível, inclusive para quem não está nas universidades. Ferguson já roteirizou e apresentou cinco séries de documentários na BBC que foram transmitidas na televisão britânica e em outros países. Uma dessas séries, “A Ascensão do Dinheiro”, venceu o Prêmio Emmy de melhor documentário. 

Os livros de Ferguson já foram publicados em diversos idiomas. Entre os títulos estão "Império", "A grande degeneração", "Civilização – Ocidente x Oriente" e "O horror da guerra". A publicação mais recente lançada no Brasil é “A praça e a torre: Redes, hierarquias e a luta pelo poder global”, no qual argumenta que as redes sociais não são um fenômeno novo. Para o autor, esta é a Segunda Era das Redes, com o computador pessoal no lugar da prensa móvel.

Edgar Morin: Propôs o conceito de complexidade em lugar da fragmentação de saberes. A convite da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), fez um estudo sobre quais seriam os temas que não poderiam faltar para formar os cidadãos do século 21. Foi dessa forma que nasceu “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, texto que serviu de base para elaborar os Parâmetros Curriculares Nacionais, entre outros documentos. 

Serviço:

Mundo Unifor 2021

Data: 18 a 23 de outubro

Horário: Integral

Formato: Hibrido

Canais de transmissões: Mídias sociais da Unifor e TV Unifor (canal 181 NET e Youtube)

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O AFETO NA CONCEPÇÃO DO MUSEU LUIZ GONZAGA DE DOM QUINTINO, CRATO CEARÁ É TEMA DA LIVE PAPO DE MUSEU

O afeto na concepção do Museu Luiz Gonzaga de Dom Quintino, Crato-Ceará.

Este é o tema da live Papo de Museu que contará com a participação de Pedro Lucas Feitosa, idealizador do Museu. 

A live acontece nesta quarta-feira 18, às 17hs ao vivo no cantal @caisdosertão, intagram.

A história do adolescente teve início em 2013, Pedro Lucas Feitosa, então com 8 anos, voltou encantado de uma visita que fizera ao Parque Asa Branca, o Museu do Gonzagão, em Exu, Pernambuco. Ao voltar para a sua casa, no Crato (Cariri cearense), Pedro Lucas já sabia como dar vazão à admiração que nutre por Luiz Gonzaga: ele criaria um museu dedicado ao Rei do Baião, na casa em que sua falecida bisavó morava, vizinha à dele.

A história virou realidade no distrito de Dom Quintino, a 26 km do centro do Crato,  Ceará, onde Pedro Lucas, montou o museu para contar a história de Luiz Gonzaga. O garoto teve inspiração de outros lugares artísticos. "Eu vi muita gente que queria conhecer a história dele, Luiz Gonzaga, logo vislumbrei criar um ponto turístico e eu criei o museu".

Segundo o avô, Antônio Feitosa, aos 5 anos o menino começou a ouvir as músicas de Luiz Gonzaga e se inspirou. A maior parte dos artigos do museu veio de doações de terceiros. "Eu postava na internet, o pessoal foi vendo e doando", diz o idealizador do museu.

A paixão pela música de Luiz Gonzaga foi concretizada quando numa festa de São João na escola, Pedro Lucas escutou “Numa Sala de Reboco”, letra de Zé Marcolino e ter gostado tanto da música que passou a cantá-la frequentemente. Uma tia dele viu o gosto pela música e presenteou-o com um CD de Luiz Gonzaga.

Atualmente, o Museu Luiz Gonzaga, está localizado na rua Rua Alto da Antena, no Distrito de Dom Quintino. O espaço já foi visitado por nomes como Chambinho do Acordeon, Targino Gondim e o pesquisador Paulo Vanderley, pesquisador da vida e obra de Luiz Gonzaga.

O Museu eúne objetos que recriam a época em que Gonzagão viveu. Pedro Lucas antes da pandemia guiava as visitas no local, contando a história de cada objeto do museu, função que divide com o primo, Caio Éverton. Além de vinis do artista, o museu exibe sanfonas, ferramentas de trabalho e utensílios, partes do universo cantado por Luiz Gonzaga.

Por toda a história é que Pedro Lucas, solicita aos amigos mais um incentivo. Para o futuro ele que ser um museólogo.



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