FÓRUM DE DESENVOLVIMENTO DO SEMIÁRIDO 2020 ACONTECE EM MOSSORÓ, RIO GRANDE DO NORTE

 

O Fórum de Desenvolvimento do Semiárido 2020 acontece em Mossoró (RN) nos dias 3 a 5 de dezembro e mobiliza a região Nordeste. O evento vai promover um amplo debate que irá fomentar o Plano de Desenvolvimento do Semiárido (PDS).

A programação do evento conta com a participação de autoridades do país e palestrantes, especialistas e técnicos de todo o país. O vice-presidente, Hamilton Mourão, marcará presença na abertura do Fórum.

O desenvolvimento do PDS está em curso e, com a sua implementação, estima-se que 1 milhão de hectares poderão se beneficiar com a produção irrigada e alta tecnologia, principalmente com a ampliação de fruticultura irrigada podendo gerar anualmente um valor bruto de R$ 70 bilhões, injetando cerca de R$ 10,5 bilhões em impostos e pelo menos três milhões de empregos diretos. Se agregar alta tecnologia e grandes indústrias, a flutuação de mão de obra pode ser ainda maior.

Portanto, o Fórum irá promover dois dias de debates e discussões sobre os 13 Eixos Temáticos selecionados: Recursos Hídricos, Energia, Agronegócio, Mercado, Relações Exteriores (comércio), Recursos Minerais, Segurança – Jurídica e Fundiária, Educação – Capacitação, Turismo, Transporte e Logística, Novas tecnologias e Inovação, Comunicação -TI e Meio Ambiente

Além do Fórum, o evento oferece um pavilhão com Feira de Exposição aberto ao público e seguindo os protocolos de segurança devido a pandemia causada pela Covid-19. O espaço terá apresentação de tecnologias de aproveitamento de resíduos sólidos urbanos, produção eólica e solar, produção agrícola em ambiente protegido, dessalinização, serviços e produtos ligados ao desenvolvimento do semiárido e shows culturais.

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CANTOR GENIVAL LACERDA É INTERNADO COM COVID-19 EM UTI DE HOSPITAL NO RECIFE, DIZ FAMÍLIA

O cantor e compositor paraibano Genival Lacerda, de 89 anos, está internado no Hospital Unimed I, na Ilha do Leite, na região central do Recife. Segundo o filho dele, o cantor João Lacerda, o artista está com Covid-19 e recebe tratamento em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Por telefone na tarde desta terça (1º), João Lacerda informou que o pai deu entrada no centro de saúde, na segunda (30), sendo levado para a UTI.

“[Ele] fez um exame, que deu positivo para Covid-19. Ele está respirando com a ajuda de aparelhos”, disse João Lacerda.

A assessoria de comunicação da Unimed I informou, também por telefone, que Genival Lacerda deu entrada em uma de suas unidades no Recife.

No entanto, a rede afirmou que não repassaria informações nem boletins de saúde sobre o paciente. “Apenas para a família”, disse a assessoria.

Em 26 de maio deste ano, Genival Lacerda sofreu um Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC) e deu entrada no Hospital d’Ávila, na Zona Oeste da capital pernambucana. Recuperado, ele teve alta três dias depois de ser internado.

Genival Lacerda estava em sua casa, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul da capital pernambucana, quando passou mal.

Foi levado a princípio para o hospital da Unimed, mas por conta do risco de contrair Covid-19, foi transferido para o D'Ávila, ainda de acordo com o filho.

Natural de Campina Grande, Genival Lacerda reside no Recife há mais de 25 anos. Ele é interprete de músicas como "De quem é esse jegue?" e "Severina Xique-Xique", essa composta por João Gonçalves, um dos maiores sucessos do cancioneiro brasileiro.

Pernambuco teve, nesta terça-feira (1º), a confirmação de 1.853 diagnósticos da Covid-19. Também foram registrados mais 19 óbitos causados pela doença em todo o estado. Com isso, o número de casos subiu para 184.259; e o de mortes, para 9.056. A contagem teve início no dia 12 de março.

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EXCLUSIVO: SECRETÁRIO DE CULTURA DE EXU DIZ QUE A FESTA VIVA GONZAGÃO 2020 NÃO TERÁ FESTA NOS DOIS PALCOS PRINCIPAIS DA CIDADE

A tradicional Festa Viva Gonzagão 2020 este ano atípico devido a pandemia Covid-19 não terá festa nos dois principais palcos do evento: a festa que é realizada na Praça Central e Parque Aza Branca não terá festa para evitar aglomerações. O encontro de Sanfoneiros debaixo do pé da árvore juazeiro, Targino no Araripe e a Feijoada do Joquinha Gonzaga são as referências durante as festividades de nascimento de Luiz Gonzaga.

 No próximo dia 13 de dezembro de 2020 se vivo fosse Luiz Gonzaga completaria 108 anos de nascimento.

A informação de este ano não será promovida a festa nos palcos principais em Exu foi prestada pelo Secretário de Cultura e Turismo de Exu, Pernambuco, Rodrigo Honorato. Ele destacou que um novo formato está em estudos. As informações foram transmitidas durante a Live Gonzaguear promovida pelo escritor e produtor cultural, Rafael Lima, no instagram @rafaellima. 

"A festa Viva Gonzagão é mais que um evento, é na verdade um sentimento de perteRcimento cultural de Exu e do Brasil. Mas temos que compreender o momento difícil e que precisamos preservar vidas. Se puder fique em casa", disse Rodrigo Honorato.

O Secretário ressaltou que a data dia 13 dezembro, no município de Exu, no Sertão de Pernambuco, é o momento de homenagear seu filho mais ilustre, durante o Festival Viva Gonzagão. Rodrigo fez uma avaliação sobre "o aumento dos casos de Covid-19, em Exu e por isto a difícil decisão de não ter festa neste ano de 2020".

A única certeza é a realização de  da tradicional missa embaixo do pé de juazeiro.

O evento pela primeira vez será realizada de forma on line. Uma live ainda não confirmada a programação deve acontecer.

Pernambuco teve, nesta terça-feira (1º), a confirmação de 1.853 diagnósticos da Covid-19. Também foram registrados mais 19 óbitos causados pela doença em todo o estado. Com isso, o número de casos subiu para 184.259; e o de mortes, para 9.056. A contagem teve início no dia 12 de março.

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FUNDAÇÃO CASA JOSÉ AMÉRICO COMPLETA 40 ANOS COM EXTENSA PROGRAMAÇÃO

 

A Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa, inicia as comemorações dos 40 anos de criação da instituição, em dezembro. Os eventos virtuais se estenderão pelo decorrer do ano de 2021, culminando em 10 de janeiro de 2022, data em que se comemora os 40 anos de inauguração do museu.

As atrações poderão ser acompanhadas pelo canal da FCJA, no YouTube, contemplando os mais diversos segmentos artístico-cultural: literatura, música, cinema, seminários, homenagens, inaugurações, entre outras atrações. Tudo isso conectado com o rico universo que compõe a vida e obra do escritor José Américo.

“Queremos destacar a importância da Fundação mas também colocá-la no caminho do futuro, realizando novas pesquisas, digitalizando e organizando o acervo, para disponibilizar ao público, planejando novas ações para os próximos anos. Tem o caráter da celebração, mas também o entrelaçamento da história da cultura paraibana e o legado de José Américo de Almeida”, detalhou o presidente da FCJA, Fernando Moura.

A criação da Fundação Casa de José Américo aconteceu no dia 10 de dezembro de 1980, com a Lei 4.195, assinada pelo então governador Tarcísio Burity, determinando como sede a casa onde o ilustre imortal paraibano viveu os últimos 22 anos de sua existência, situada na orla do Cabo Branco.

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PARA COMBATER O EXCESSO DE RUÍDO E ACELERAÇÃO TECNOLÓGICA LIVRO INDICA O SILÊNCIO COMO UMA FORMA DE EXISTÊNCIA

A viralização de notícias falsas, ou fake news, em inglês, é um dos grandes problemas dos últimos anos. A professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e jornalista especializada em Comunicação Digital Pollyana Ferrari faz uma reflexão sobre os fenômenos das bolhas de informação e da rapidez com que informações falsas são compartilhadas sem checagem pelas redes sociais no livro "Como Sair das Bolhas", das editoras Educ e Armazém da Cultura, lançado na semana passada.

Para combater essa aceleração tecnológica, Pollyana propõe, em seu livro, uma relação diferente com o excesso de ruído e o silêncio como uma forma de existência. Ela recomenda o uso dos oito passos de Buda (compreensão, pensamento, fala, ação, esforço, atenção, concentração e modo de vida corretos) antes de compartilhar mensagens.

“Primeiramente, devemos reconhecer que as notícias falsas são, na verdade, uma variedade de desinformações que pode variar entre a correta utilização de dados manipulados, a utilização errada de dados verdadeiros, a incorreta utilização de dados falsos e outras combinações possíveis. A sociedade do fluxo informacional, a velocidade das redes sociais, dos aplicativos, tudo nos deixa inquietos, e a inquietude só causa prejuízos: compartilhamos o que não lemos, aceitamos a sedução como verdade, pois ela nos conforta no momento de angústia", diz trecho do livro.

Confira a entrevista com Pollyana Ferrari:

*Brasil de Fato: Como sair das bolhas? Polyanna Ferrari: Tendo uma postura de transitar, de perceber que o mundo é diferente, que as pessoas não são iguais. Eu falo no livro que a gente tem mais muros pichados e grafites do que varandas gourmets pasteurizadas, iguais. As pessoas se acostumaram nas redes sociais, se são de esquerda, não ter ninguém que pensa diferente, se são veganos, a mesma coisa. Foram limpando suas timelines e seus convívios nas redes e ficando só com quem pensa igual. E isso é muito ruim. O importante é cultivar democraticamente o debate público. Então, sair das bolhas é uma volta a você conseguir conviver.

*Voê acha que a tecnologia aumentou a propagação de fake news ou isso já existia antes?

É uma relação de escala. Sempre teve fake news. Eu relato no livro que Roma antiga tinha, mas não era nessa escala grande. Depois das redes sociais e todas essas plataformas do Google, muita gente ganhou voz. As pessoas com smartphone viraram mídia. Isso é muito bacana, mas ao mesmo tempo você tem muita gente propagando muita coisa e a checagem não fez parte dessa década. Não fomos treinados para checar. A eleição do [Donald] Trump [presidente dos Estados Unidos] mostrou para o jornalismo, para nós, um alerta de que era preciso checar as informações recebidas. As pessoas não foram educadas a checar, chega no Whatsapp e as pessoas acreditam. E não é só o jovem que propaga fake news. Então, na questão de escala, a tecnologia propaga muito mais do que antes dessas redes.

*E Você acha que seria possível diminuir a propagação das fake news?

Não compartilhando e não curtindo. Primeiro, você checa, joga no Google, tenta ver a procedência do texto, qual a fonte, quando foi publicado, se é uma coisa velha, se a foto foi manipulada. E agora também temos vídeos fakes [falsos]. Então, a gente tem que aprender socialmente a checar. É fundamental ter as agências de checagem, bots e algoritmos de checagem, mas nunca vai ter fim. Vamos pensar em eleições, 140 milhões vão votar e temos três agências de checagem (Aos Fatos, Lupa e Pública), mesmo se tivesse 6.000 agências de checagem, não iam dar conta.

Como você avalia o trabalho dessas agências?

Eu comecei em 2016 essa minha pesquisa, comecei olhando os jornais primeiro e cheguei às agências. São iniciativas fora das grandes redações muito bem-vindas. Acho que avançamos muito com as agências, os códigos de ética, os grupos de checadores. Precisamos ter mais e vão surgir mais. Acho legal, mas sempre pensar na educação de quem dissemina, senão não vai ter fim. Quantas agências de checagem precisariam ter no mundo?

Tem discussão o e silêncio no seu livro. Como aplicar isso nas redes?

Isso. Eu volto aos oito passos do Buda, técnica milenar, não numa ideia de doutrinar para religião, mas é sobre ser ético, respirar, pensar. Porque nessa velocidade que as pessoas compartilham, normalmente é porque não leem, tirando os que compartilham porque produziram e ganham dinheiro com isso. As pessoas leem só o título e passam pra frente. Os pensadores de psicologia cognitiva dizem que o cérebro precisa de três a cinco minutos, então se parar pra respirar e pensar e voltar à essa questão do silêncio, desligar o celular pra dormir. Parece dicas holísticas, mas faz todo sentido nessa pressa de compartilhar conteúdo que não está dando certo. Todo mundo virou colunista de tudo, todo mundo dá um palpite, o dedo está o tempo todo ali, as pessoas curtem até marca. A ideia do silêncio é isso, tanta evolução tecnológica e eticamente e moralmente estamos comprometidos. O Whatsapp é o maior propagador de mentiras e o grande perigo nessa eleição vai ser isso.

Sore eleição, qual a análise que você faz desse cenário?

Fake news em ano de eleição é um perigo. Gostaria de dizer que, infelizmente, acho que vai ter muita barbárie. Até porque o brasileiro está falando sobre isso só agora em 2018. Teve a eleição do Trump, quando os grandes veículos como The Washington Post e BBC falaram disso, alertaram muito sobre esse perigo, mas acho que foi no caso da Marielle [Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em março] que a gente conseguiu ver a proporção, como é rápido o desserviço do MBL [Movimento Brasil Livre]. E vão continuar agindo. Então, como a gente faz? Primeiro, desconfie de tudo. Cheque, veja se o perfil existe, quem mandou, explica para seu tio, seu pai, mãe, que compartilha fake news, e respeite o outro. Tem que ser um eterno exercício, checagem de fatos tinha que estar na grade das escolas, os professores tinham que debater, aprender a checar é aprender a conviver e ouvir outras vozes, outras opiniões.

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LIVRARIAS LANÇAM CAMPANHA PARA ATRAIR LEITORES PARA LOJAS FÍSICAS

Com números em queda desde a popularização do e-commerce, as livrarias exclusivamente físicas passaram em 2020 por outro grande dilema, a pandemia do novo coronavírus (covid-19). Com o fechamento temporário do comércio para clientes presenciais e rigorosas medidas de restrição de circulação de pessoas em centros comerciais, os estabelecimentos culturais sofreram perdas significativas.

Para tentar contornar a situação, uma iniciativa inspirada em movimentos internacionais foi adotada por um grupo de mais de 120 livrarias do país. Com o mote #TudoComeçaNaLivraria, a campanha visa resgatar o hábito e as vantagens de se folhear um livro em meio a um acervo imenso de obras, como nos tempos pré-internet.

Valorizar as livrarias como ponto de conexão entre livreiros, autores, editores, distribuidores e leitores é um dos objetivos da iniciativa, que visa ainda fortalecer livrarias físicas como vitrine para o lançamento de novos títulos. A campanha conta com apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), da Associação Nacional de Livrarias (ANL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).

“Infelizmente, o Brasil tem muitas cidades sem livrarias”, disse o diretor executivo da Editora WMF Martins Fontes, Alexandre Martins Fontes, um dos coordenadores da campanha. “Uma cidade não é uma cidade sem uma livraria“, disse Martins Fontes, citando o autor inglês Neil Gaiman, responsável pela série Sandman.

Alexandre Martins Fontes disse que as livrarias se dividem em duas categorias. Há aquelas que fizeram opção de manter apenas a presença física e não ter atuação online, enquanto a outra categoria reúne livrarias físicas que também atuam pela internet.

As livrarias pertencentes à primeira categoria, que operam apenas com lojas físicas, foram obrigadas a fechar as portas. E mesmo depois que reabriram, ainda estão preocupadas com o futuro. 

“Não há no mundo livraria física que tenha um movimento equivalente àquele que tinha antes da pandemia. É inquestionável que a pandemia afetou, acima de tudo, as livrarias que optaram por esse modelo. E essas livrarias, na minha visão, são absolutamente fundamentais para a saúde da sociedade e das cidades brasileiras”, comentou Martins Fontes.

A pandemia provocou uma queda média de 40% nas vendas desses estabelecimentos, em relação ao ano passado. Para muitas livrarias físicas, porém, que ficaram fechadas, as perdas atingiram 90% a 100%, disse o livreiro e editor. Muitas ainda não conseguiram retornar ao desempenho que apresentavam antes da pandemia. Fontes estimou que, atualmente, a queda nas vendas deve variar entre 20% e 25%.

Já as livrarias incluídas na segunda categoria, que além de lojas físicas também vendem online, sofreram um pouco menos. A queda nas vendas presenciais foi compensada pelo crescimento dos negócios feitos via internet. As vendas pelas lojas virtuais surpreenderam e as pessoas passaram a consumir mais livros, no mundo todo.

O que os editores perceberam, entretanto, é que as vendas online não tiveram o resultado esperado no que diz respeito aos novos títulos, aos lançamentos de livros, como acontecia nas livrarias físicas, que funcionam como ponto de encontro e de confraternização para as pessoas. “A livraria investiu no espaço físico como ponto de encontro para seus clientes”, disse Martins Fontes. “Isso mostra como a livraria física é importante como vitrine daquilo que está sendo lançado”.

Categórico, Martins Fontes afirma que “as editoras chegarão à conclusão que as livrarias físicas são fundamentais para os lançamentos”.

“Esse é o ponto que nós estamos dando ênfase nessa campanha, porque a livraria física não é só um local de encontro e de confraternização, mas ela é, acima de tudo, essa grande vitrine da indústria editorial. A importância da livraria é gigantesca”, disse.

Alexandre Martins Fontes anunciou que, no período de 11 a 13 de dezembro, as principais livrarias brasileiras farão uma grande exposição de livros novos publicados a partir de outubro no país, dando descontos especiais e fazendo promoções para os clientes. “Essa é a ideia, que a gente crie campanhas ao longo dos próximos anos, para fazer com que as pessoas se sintam convidadas para visitar as livrarias”.

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CAMPANHA ELEITORAL AJUDOU A AUMENTAR CASOS DA COVID-19 NO BRASIL, AFIRMA MÉDICO

A campanha eleitoral no Brasil pode ser apontada como vilã na alta de contaminações por coronavírus, diz o médico sanitarista Gonzalo Vecina Neto. Segundo ele, o movimento de políticos nas ruas pedindo votos, aliado aos planos de relaxamento da quarentena definidos pelos governos, contribuíram para que os hospitais em todo o Brasil voltassem a registrar aumento de internações.

Vecina Neto, porém, faz questão de destacar que a eleição não pode ser demonizada. "O comportamento das pessoas, o exercício da eleição não teve grande problema. Os cuidados que foram tomados foram bastante adequados. Mas a forma como foram conduzidas as campanhas eleitorais e toda permissividade, isso sim eu acho complicado", destacou ele, ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), professor da Universidade de São Paulo (USP) e colunista do Estadão.Continua depois da publicidade

*A campanha eleitoral pode ser apontada como vilã na alta de contaminações? Acho que sim, porque houve aglomeração, o é mortal. Quando se junta muita gente, facilita o trabalho do vírus e dificulta a dispersão de aerossóis. As gotículas que saem das nossas bocas se disseminam, são emitidas para outras pessoas. Como uma parte da campanha é feita no corpo a corpo, com certeza influenciou no aumento. Mas não é só isso. Houve também um relaxamento, com abertura de estabelecimentos que não deveriam abrir.

*Seria melhor termos cancelado as eleições deste ano? O comportamento das pessoas no exercício da eleição (dia da votação) não teve grande problema. Os cuidados tomados foram bastante adequados. Mas a forma como foram conduzidas as campanhas eleitorais e toda a permissividade, acho complicadas.

*Em São Paulo, a revisão do Plano São Paulo (programa estadual de reabertura econômica) foi remarcada para o dia seguinte da eleição, em 30 de novembro. Para você foi uma definição política?

É uma pergunta que já está respondida. Foi para não perder votos. Infelizmente foi o que movimentou os políticos.Continua depois da publicidade

*Os governos relaxaram demais a quarentena? Bares e restaurantes com poucas janelas e pouca ventilação não poderiam ter sido abertos. O ar-condicionado não adianta. Não há solução mágica para o vírus. O que existe é o que sabemos: a gente emite aerossóis, eles são respirados, encontram nossos olhos diretamente ou se depositam em cima de superfícies em que podemos colocar as mãos e depois levar aos olhos e boca. É dessa forma que a gente se infecta.

*Em 2021 nós enfrentaremos os mesmos problemas? Goste ou não goste, a maior parte do ano que vem será exatamente assim. Se a gente der moleza, o número de casos e de mortes vai continuar aumentando. Enquanto não conseguir ter acesso à vacina e vacinar um monte de gente, nós vamos ter problemas. Isso precisa ficar claro na cabeça das pessoas. (Correio Braziliense)

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