JUAZEIRO: CANÇÃO SER MARIA É A VENCEDORA DO FESTIVAL EDÉSIO SANTOS DA CANÇÃO 2019

A grande vencedora do 22º Festival Edésio Santos da Canção foi a música Ser Maria, de autoria de Amauri Plácido da Silva Neto, interpretada magistralmente pela cantora Alcina Gonçalves, de Juazeiro, ganhadora também do prêmio do Júri Popular, eleita em votação do público.

A consagração aconteceu na noite deste sábado (15), no palco montado na Orla II de Juazeiro, às margens do rio São Francisco, sob as bênçãos do cantor Geraldo Azevedo, estrela que encerrou o Festival. Aplaudida pelo público desde sua apresentação na fase inicial, Alcina Gonçalves revelou que, “Entre tantas belas canções, não esperava que fosse conquistar o grande prêmio. Estou feliz, agradeço a Amauri e ao público que me apoiou desde a primeira apresentação”.

Portadora de necessidades especiais, com perda de parte dos sentidos da visão e audição, Alcina fez elogios à organização do festival, que ela chamou de inclusiva. “Em nenhum momento me senti excluída do contexto desse grande evento. Pelo contrário, virei mais uma entre tantas e tantos que subiram ao palco para mostrar o seu trabalho”, agradeceu.

Autor da música que arrebatou os jurados e a plateia, o petrolinense Amauri Plácido nunca havia participado de um festival. “É a minha primeira vez num festival e não esperava essa apoteose. Acredito que o êxito da sua canção foi a interpretação magistral de Alcina. Ao ouvi-la cantar a música Fogo Pagou de Luiz Gonzaga, me encantei pela voz dela”, revela.

A 22ª edição do FESC entra para a história entre aquelas que apresentaram as melhores músicas nos últimos anos. A poesia das letras, o esmero nos arranjos e o talento dos e das intérpretes ganharam de músicos profissionais e do público em geral fartos elogios.

Embora não tenha sido incluído no seleto grupo dos vencedores do FESC, o performático Dom Pilé, intérprete de Coringa Blues, comemorou o dueto improvisado que compartilhou com Geraldo Azevedo em uma das músicas do show, e fez análise positiva do festival: “De uma maneira geral o saldo foi positivo e vale a pena comemorar. Respeito todas as músicas, mas algumas não tem a cara de um festival. Aqui não vai nenhuma crítica, pelo contrário, música boa é aquela que o povo gosta”, reconheceu o artista.

Anunciado como a grande atração do encerramento do Edésio Santos deste ano, o petrolinense Geraldo Azevedo não decepcionou e provocou uma verdadeira ebulição em completa interação com o público que cantava com ele todas as músicas. Estrela no cenário da MPB, Geraldo se sentiu em casa, às margens do Velho Chico e de frente para Petrolina, sua terra natal.

“É uma honra muito grande participar desse festival que leva o nome de Edésio Santos, que foi uma pessoa com quem eu convivi. Foi Edésio quem me apresentou a João Gilberto. Edésio foi um mestre para mim no tempo do Sambossa, que tinha Fernandinho, Toinho, Felipão. Eu era o mais novo naquele tempo e aprendi demais com eles. Edésio chegando perto de João Gilberto sempre, mostrando pra mim um caminho novo na música. Foi uma abertura muito grande pra minha carreira. E participar desse festival homenageando essas pessoas todas, me deixa muito feliz. E cantar em Juazeiro é maravilhoso, porque é a mesma coisa de cantar na minha terra” – finalizou o cantor.

O secretário Sérgio Fernandes, titular da pasta de Cultura, Turismo e Esportes, responsável pela organização do festival, não disfarçava o contentamento pelo sucesso de público e crítica alcançado pelo evento que esse ano fez justa homenagem a dois ícones da música, o genial João Gilberto e o carismático Neto.

“Nós que fazemos o governo Paulo Bomfim nos orgulhamos do que representa o Edésio Santos para a música em geral. Agora que as cortinas se fecharam, é hora de comemorar, agradecer a essa equipe maravilhosa, e já começar a planejar o próximo”, avaliou o secretário Fernandes.

Confira os ganhadores:

1º lugar – prêmio de R$ 10 mil – Ser Maria, de Amauri Plácido, de Petrolina, interpretado por Alcina Gonçalves, de Juazeiro

2º lugar – prêmio de R$ 8 mil – Gumbé, de Carlos Gomez, de Praia Grande (SP), interpretado por Jessica Stephens, de Manaus

3º lugar – prêmio de R$ 6 mil – Ainda há tempo, de Keréto, de Campo Formoso (BA), autor e intérprete

Melhor intérprete – R$ 3 mil – Jessica Stephens, de Manaus, pela canção Gumbé

Prêmio do Júri Popular – R$ 2 mil – Alcina Gonçalves, intérprete da música Ser Maria

Fonte: Ascom/Seculte – Carlos Humberto e Ramaiana Leal

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MISSA EM AÇÃO DE GRAÇAS ENCERRA A PROGRAMAÇÃO DOS 107 AOS DE LUIZ GONZAGA EM EXU

Se estivesse vivo, Luiz Gonzaga completaria nesta sexta-feira (13) 107 anos. Na terra do Rei do Baião, em Exu, no Sertão, de Pernambuco, a data está sendo comemorada ao som da sanfona. A programação no Parque Aza Branca só termina no domingo (15), com a tradicional missa embaixo do pé de Juazeiro. O aniversário do Velho Lua também simboliza o Dia Nacional do Forró.

A concentração dos sanfoneiros, vindos de várias partes do Nordeste, começou cedo, no Centro de Exu. Os músicos saíram pelas principais ruas da cidade tocando sucessos que marcaram a carreira do Rei do Baião.

A ‘sanfoneada’, uma passeata embalada pelo som do forró, seguiu até o Parque Aza Branca. Um percurso de cerca de 2 km, marcado pela reverência a um dos maiores nomes da cultura brasileira.

“Luiz Gonzaga pra mim é a síntese do Sertão, do Nordeste. A maior força de expressão do nosso povo vem através de Luiz Gonzaga”, destacou o músico Targino Gondim, autor da música Esperando na Janela.

O ator e sanfoneiro Chambinho do Acordeon, que interpretou o Velho Lua no filme ‘Gonzaga: de Pai para Filho’, também esteve presente na festa em homenagem ao Rei do Baião, a quem ele descreve desta maneira. “Luz Gonzaga é poesia. Luiz Gonzaga é saudade. Luiz Gonzaga é sanfona e baião”.

As festividades, que seguem até o domingo, fazem parte da 16ª edição do Festival Viva Gonzagão. Local onde está sendo realizado o evento, o Parque Aza Branca abriga o ‘Museu do Gonzagão’, onde é possível ver o maior acervo de peças que contam a história de Luiz Gonzaga.

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PROJETO CULTURAL MAMULENGO É LANÇADO EM BODOCÓ PARA VALORIZAR VIDA E OBRA DE LUIZ GONZAGA

Com o objetivo de valorizar a memória de Luiz Gonzaga e fortalecer músicos da região, foi lançado na sexta-feira (13) em uma cerimônia, o projeto Centro Cultural Mamulengo em Bodocó, no Sertão Pernambucano.

"Nós desejávamos que esse lugar abrigasse não apenas essa cidade do ponto de vista cultural, mas a região toda. Que nós tivéssemos um lugar para música, para teatro, para oficinas mais na frente com criança", explicou a idealizadora do projeto, Janaína Pedrosa.

O espaço será destinado para apresentações de artistas que valorizam a música de Luiz Gonzaga e em breve também deve disseminar essa cultura entre os mais jovens. "A gente pretende implementar escolas com educação musical, oficinas de teatro, eu estou em contato com grupos de teatro com pessoas de muito renome nessa área da nossa região, para que a gente possa ministrar esse trabalho e aplicar à garotada, tirar a garotada de rumos incertos e trabalhar em um futuro brilhante para eles, o que a gente puder fazer", ressaltou o idealizador do projeto, Leonardo do Acordeon.

A noite do lançamento do projeto contou com homenagens a artistas, entidades e profissionais que mantém viva a memória do rei do baião. Entre os homenageados estavam o sanfoneiro Epitácio Pessoa, Targino Gondim e o Quinteto Sanfônico do Brasil. "É uma homenagem que a gente recebe em vida e nos deixa muito feliz que faz com que a gente consiga perseverar, aumentar ainda mais a determinação, a vontade de vencer e mostrar cada vez mais o trabalho da gente. Quando a gente vê o resultado que é uma homenagem como essa", declarou Targino Gondim.

Ao todo foram entregues 25 comendas. Entre os agraciados estavam ainda a Organização Não Governamental (ONG) Parque Aza Branca, a Associação Luiz Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil e o Gerente de Programação e Produção Institucional da TV Grande Rio, Luciano Peixinho pelo incentivo e apoio à cultura. "Na verdade a homenagem não é para mim, é para Luiz Gonzaga, ele que é o mentor de tudo isso, então é perfeito tudo isso, a cultura, tá dentro de Gonzaga, ele está entranhando dentro das nossas veias", ressaltou. (Fonte: TV Grande Rio)

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LUIZ GONZAGA, ALMA BRASILEIRA, EXU, PERNAMBUCO E A MISTERIOSA RAZÃO DE HAVER ESTRELAS E GENTE

O Brasil celebrou os 30 anos da morte do cantor e compositor Luiz Gonzaga, o rei do baião. Luiz Gonzaga, o Lua como também era conhecido, foi essencialmente um telúrico. Ele soube como ninguém cantar o Nordeste e seus problemas. Pernambucano, nordestino, brasileiro, Luiz Gonzaga encantou o Brasil com sua música, tornando-se um daqueles que melhor souberam interpretar sua alma.

Nesta sexta-feira 13 dezembro de 2019 é a vez de comemorar o nascimento do Rei do Baião. São 107 anos.

Nascido em Exu, no alto sertão de Pernambuco, na chapada do Araripe, ele ganhou o Brasil e o mundo, mas nunca se esqueceu de sua origem. Sua música, precursora da música brasileira, é algo que, embora não possa ser classificada como "de protesto", ou engajada, é, contudo, politicamente comprometida com a busca de solução para a questão regional nordestina, com o desafio de um desenvolvimento nacional mais homogêneo, mais orgânico e menos injusto, portanto.
Telúrico sem ser provinciano, Luiz Gonzaga sabia manter-se preso às circunstâncias regionais sem perder de vista o universal.

Sua sensibilidade para com os problemas sociais, sobretudo nas músicas em parceria com Zé Dantas, era evidente: prenhe de inconformismo, denúncia do abandono a que ainda hoje está sujeito pelo menos um terço da população brasileira, mormente a que vive no chamado semi-árido.

Não estaria exagerando se dissesse que Gonzaga, embora não tivesse exercido atividade política ou partidária, foi um político na acepção ampla do termo. Política, bem o sabemos, é a realização de objetivos coletivos e não se efetua apenas por meio do exercício de cargos públicos, que ele nunca teve. Política é sobretudo ação a serviço da comunidade. Como afirma Alceu Amoroso Lima, é saber, virtude e arte do bem comum.

Outro aspecto político da presença de Luiz Gonzaga foi no resgate da música popular brasileira. O vigor de suas toadas e cantorias tonificou a nossa música, retirando-a do empobrecimento cultural em que se encontrava. Sua música teve um viés nacionalista, ou melhor, brasileiríssimo, que impediu que lavrasse um processo de perda de nossa identidade cultural. Não foi uma música apenas nordestina, mas genuinamente nacional, posto que de defesa de nossas tradições e evocação de nossos valores.

Luiz Gonzaga interpretou o sofrimento e também as poucas alegrias de sua gente. Mas foi por meio de "Asa Branca" que Lua elevou à condição de epopéia a questão nordestina. Certa feita, Gilberto Freyre afirmou que o frevo "Vassourinhas" era nossa marselhesa. Poderíamos dizer, parafraseando Gilberto Freyre, que "Asa Branca" é o hino do Nordeste: o Nordeste na sua visão mais significativamente dramática, o Nordeste na aguda crise da seca.

Gilberto Amado disse a propósito da morte de sua mãe: "Apagou-se aquela luz no meio de todos nós". Para o Nordeste, e tenho certeza para todo o país, a morte de Luiz Gonzaga foi o apagar de um grande clarão. Mas com seu desaparecimento não cessou de florescer a mensagem que deixou, por meio da poesia, da música e da divulgação da cultura do Nordeste.

Em sua obra ele está vivo e vive no sertão, no pampa, na cidade grande, na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira, pois, como disse Fernando Pessoa, "quem, morrendo, deixa escrito um belo verso, deixou mais ricos os céus e a terra, e mais emotivamente misteriosa a razão de haver estrelas e gente".

Fonte: Marco Maciel, foi vice-presidente da República. Foi governador do Estado de Pernambuco (1979-82), senador pelo PFL-PE (1982-94) e ministro da Educação (governo Sarney).
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FLÁVIO BAIÃO COMANDA HOMENAGENS AOS 107 ANOS DE LUIZ GONZAGA EM JUAZEIRO, BAHIA

O cantor compositor e sanfoneiro Flávio Baião, comanda o Tributo a Luiz Gonzaga, a partir das 20h desta sexta-feira (13). O evento é acontece no Espaço Baião Nordeste, 130, Avenida Flaviano Guimarães e tem o objetivo de prestar homenagem aos 107 anos de nascimento do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Flávio Baião nasceu em Juazeiro, Bahia no ano de 1968, Flávio Marcelo Mendes da Silva, o Flávio Baião é a síntese de um seguidor do forró feito por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Dominguinhos. Ele é fiel ao valorizar o nome artístico que ganhou: Flávio Baião. 

Inspirado no tradicional chapéu de couro e sua simplicidade de ribeirinho nascido nas margens do Rio São Francisco Flávio é baião já gravou cinco Cds e 1 DVD. 

No chiado da sanfona, na batida da zabumba e no zunido do triângulo, esse músico segue difundido os autênticos ritmos nordestinos. Coco, baião, xote xaxado e arrasta- pé são as palavras de ordem desse grande cantor. Da sua voz ecoa melodias que revelam o jeito de ser e de viver do seu povo, suas músicas são marcadas pelo calor festivo presente no sertanejo; sendo o sol o maior dos holofotes a iluminar esse artista que, de tão apaixonado pela sanfona, adotou por sobrenome Baião.

Flávio conta que desde criança foi embalado pelas canções de Luiz Gonzaga, no vai e vem das quadrilhas juninas. "Minha mãe, dona Belinha é a responsável por tudo que faço em nome da cultura". 

Em 2015, o sanfoneiro, cantor e compositor Flávio Baião recebeu da Câmara de Vereadores de Juazeiro, a Comenda Doutor Pedro Borges Viana. A Comenda é uma forma de agradecer e homenagear pessoas que prestam relevantes serviços a comunidade. Flávio Baião atualmente além de inúmeros shows beneficentes é responsável por uma Escola de Música, que atende crianças e adolescentes no aprendizado da sanfona e outros instrumentos. Flávio Baião no ano de 2013 gravou o seu primeiro DVD-Feiras do Nordeste. 

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“UMA CONQUISTA CASSADA” E “ANDANÇAS” CHEGAM A JUAZEIRO

Com causos, contos, histórias e poemas, muitos dos quais musicados por artistas locais e até do Ceará (Fortaleza), numa mistura de ficção com realidade, o mais novo livro “Andanças” (dois em um), do jornalista e escritor Jeremias Macário, estará em Juazeiro, a partir desta quinta-feira, dia 12. 

Em sua bagagem de viagem, o jornalista Macário aproveitará a ocasião para apresentar também a obra de sua autoria “Uma Conquista Cassada – cerco e fuzil na cidade do frio”, um trabalho de longa pesquisa que faz um amplo relato sobre a ditadura civil-militar de 1964, em Conquista, na Bahia e no Brasil. Pela sua importância histórica a nível nacional, o livro está sendo recomendado por professores do ensino médio e universitário. 

“Andanças” é também uma obra que está sendo bem aceita pela sua linguagem acessível a todos, e também pelo seu realismo fantástico que fala de ódio, de amor, emoção, paixão, sentimentos e comentários de fatos que aconteceram em Conquista e em nosso país, como da ditadura de1964, mas com outra abordagem bem mais leve, pitoresca e curiosa. 

Dentro do livro, o leitor vai ainda se deleitar com poemas da lavra do autor que trata de diversos temas, como o tempo, a vida cotidiana, a questão existencial, erotismo e, principalmente, sobre o sertão, suas agruras e a lida do homem do campo com seu misticismo, religiões, costumes e hábitos. Aliás, “Andanças”, como um todo, tem seus laços ligados no agreste nordestino, com causos e histórias de coronéis. 

“Uma Conquista Cassada” remete aos tempos do socialismo na Rússia, na China e em Cuba até chegar aos levantes e rebeliões no Brasil imperial e republicano, inclusive a época Vargas, culminando com a ditadura civil-militar de 1964. Sem viés político, a obra narra em detalhes os episódios históricos do regime militar em Conquista, no maio de 64, quando o prefeito José Pedral foi cassado e 100 pessoas foram presas. A obra segue descrevendo os fatos na Bahia, no Brasil e países da América do Sul. 

O jornalista Jeremias Macário também é autor de “Terra Rasgada”, “A Imprensa e o Coronelismo no Sertão do Sudoeste” e de outras publicações em conjunto com outros escritores. Enveredando pela área da composição, Macário tem vários poemas musicados por artistas locais e de outros estados. Seus livros mais recentes, que serão lançados em Juazeiro, receberam moções de aplausos da Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista. 

Fonte: Iana Lima (Jornalista)
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EXU: FORRÓ, XOTE E BAIÃO, SANFONEATA E CAMINHADA DAS SANFONAS, FEIRA LITERÁRIA E CULTURA DÃO RITMO AS FESTIVIDADES DOS 107 ANOS DE LUIZ GONZAGA

O Parque Aza Branca e a Praça do centro da cidade serão os dois principais focos das festividades dos 107 anos do Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

Todo dia 13 de dezembro, o município de Exu se enfeita para celebrar seu filho mais ilustre: o Rei do Baião, Luiz Gonzaga. Sabendo da importância de manter a memória deste artista, o Governo de Pernambuco, por meio da Secretaria de Cultura e Fundarpe, em parceria com a Prefeitura do Exu,  Pernambuco promove este ano o Festival Viva Gonzagão, uma celebração que vai durar três dias (de 11 a 13 de dezembro). 

Entre os dias 14 e 15 os festejos acontecem no Parque Asa Branca. Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 

Os artistas convidados – em sua maioria sanfoneiros e tocadores do legítimo forró pé-de-serra – se apresentarão em dois polos: Polo Danado de Bom (Praça Luiz Gonzaga) e Polo Gonzagão do Povo (Praça de Eventos). Além das apresentações, a programação conta ainda com um sarau poético-musical e a 1ª Caminhada das Sanfonas de Exu.

O presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto, reforça que o Governo do Estado sempre esteve presente no aniversário de Luiz Gonzaga, em Exu. Este ano, volta a realizar a festa, preparando, junto com a Prefeitura, uma grade artística para dois polos de atrações. A atenção, segundo o gestor, foi no sentido de valorizar o trabalho de artistas que ao longo do ano promovem o forró tradicional, da escola de Luiz Gonzaga.

“O forró de sanfona, seja de 120 ou de oito baixos, é uma das expressões mais ricas da nossa cultura. São centenas de representantes que carregam esse instrumento com muito amor, dedicação e a responsabilidade de repassar seus conhecimentos. Tanto é que muitos jovens passam a se interessar pela música de sanfona sertaneja e levar isso como projeto de vida, contribuindo para que a tradição se renove, mas nunca acabe”, diz Marcelo Canuto.

Segundo o secretário de Cultura do Estado, Gilberto Freyre Neto, a celebração tem grande importância para valorização de um ícone da música, reconhecido mundialmente. “Luiz Gonzaga representa a música não só de Pernambuco, como a música brasileira. É fruto de estudo em diversos países, nas mais diversas línguas. Seu legado é eterno, e isso justifica o investimento que o Governo de Pernambuco está fazendo”, conta.

Para o prefeito de Exu, Raimundo SaraivaSobrinho, o município aguarda com bastante ansiedade para celebrar seu filho mais ilustre. “A Festa de Gonzagão gera grande expectativa para a população de Exu e para Região do Araripe. É um momento de confraternização dos admiradores do Rei do Baião que vem de todas as partes do Brasil, um momento de troca de saberes. Além de aquecer o comércio local, é um palco para revelar talentos culturais. Maior vitrine de revelação e resistência cultural da região. Temos muito orgulho de estar na terra do nobre Luiz Gonzaga”, declara.

O Festival Viva Gonzagão, em Exu, é uma vitrine para os artistas da região. Passarão por lá nomes como Joãozinho do Exu, Serginho Gomes, Cosmo Sanfoneiro, o Projeto Aza Branca, grupo de forró que tem uma escola de sanfona em Exu, Targino Gondim, Fulô de Mandacaru, Waldonys e Daniel Gonzaga (filho de Gonzaguinha e neto de Gonzagão).

“A festa em Exu é um momento de grande visibilidade para os artistas locais, além de movimentar a economia. As pousadas, os restaurantes, todos ficam cheios. A prioridade é fortalecer os artistas da região, e os alunos da escola de sanfona”, comenta Maurílio Sampaio, articulador regional do Governo de Pernambuco, que está colaborando com a organização do evento. No dia 13, além dos shows, haverá a 1ª Caminhada das Sanfonas, reunindo dezenas de sanfoneiros que sairão tocando pelas ruas da cidade. O mestre de cerimônias da festa será o poeta declamador Iponax Vila Nova.

Já estão sendo esperadas caravanas de Petrolina, Paus do Ferro (RN) Recife, Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru, Belo Jardim, São José do Egito, além de municípios da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

LUIZ GONZAGA – Numa casa de barro batido da fazenda Caiçara, localizada no sopé da Serra do Araripe, na madrugada do  dia 13 de dezembro de 1912, nascia o segundo filho de Ana Batista de Jesus Gonzaga, a mãe Santana, e Januário José dos Santos Nascimento. Recebeu o nome por ter nascido no dia da festa de Santa Luzia, virou Luiz. Cresceu ali, no roçado ajudando o pai, que sabia tocar a sanfona de oito baixos. Tocou em feiras e bailes da região, até que deixou a terra natal, entrou pro exército e lançou-se no mundo e na música, para sorte de todo brasileiro, que passou a ter, em Luiz Gonzaga, um símbolo máximo do Nordeste e seus símbolos mais genuínos, traduzidos pela voz, pela sanfona e pela poética de Gonzagão.

PROGRAMAÇÃO:
DIA 11
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, às 19h
Sarau poético musical
Seguidores do Rei

DIA 12
Polo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Projeto Asa Branca
Carlos Araújo
Zezinho de Exu
Ivonete Ferreira
Quarteto Xoteado

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Diego Alencar
Rafael Moura
Serginho Gomes
Joãozinho do Exu
Waldonys

DIA 13
I Sanfoneata de Exu (TV Grande Rio) 8hs
1ª Caminhada das Sanfonas de ExuPolo Danado de Bom – Praça Luiz Gonzaga, 16h
Cavalgada Viva Gonzagão (saída da estátua de Luiz Gonzaga)
Vald Félix
Tony Monteiro

Polo Gonzagão do Povo – Praça de Eventos, 20h
Cosmo Sanfoneiro
Danilo Pernambucano
Jorge do Acordeom
Targino Gondim
Fulô de Mandacaru
Apresentação de Iponax Vila Nova. Participação especial de Daniel Gonzaga

Sábado 14 
11hs FEIJOADA DO JOQUINHA 
20hs - Parque Asa Branca- Joquinha Gonzaga, Targino Gondim, Targino Gondim, Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva, Chambinho do Acordeon, Fábio Carneirinho, Dijesus, Flavio Leandro e Tacyo Carvalho são atrações. 
16hsFazenda Araripe Targino Gondim, Quinteto Sanfonico (Rennam Mendes, Marquinhos Café, Gel Barbosa, Sebastian Silva) e Flávio Baiao.  

Domingo 15: 
11HS Missa Ação de Graças
20hs Flávio Leandro,Joãozinho do Exu, Doutor Ed, Os Bambas do Nordeste, Maria Lafaete,, Jaiminho de Exu, Cosmo Sanfoneiro, Epitácio Pessoa, Dijesus Sanfoneiro,  Zezinho de Exu, Elmo Olliveira Forrozeiros do Gonzagão e Diego Alencar.
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