Curso de Instalação de Sistemas de Energia Solar acontece em Petrolina entre os dias 26 e 27

Países de todo o mundo têm criado incentivos para geração de energia solar em residências. No Brasil, não foi diferente. Existem ao menos sete incentivos governamentais para pessoas físicas produzirem energia limpa.

A demanda por geração de energia solar vem crescendo em ritmo acelerado, principalmente para residências e estabelecimentos comerciais.

Em 2018, a produção de energia solar teve crescimento histórico, foram 252MW de potência instalada. Sendo que a tendência é esse número aumentar ainda mais: espera-se um crescimento de 44% em 2019, de acordo com a afirmação do presidente da Associação Brasileira de Energia Solar, Rodrigo Sauaia, em entrevista à Reuters.

A professora Cândida Beatriz, graduada em engenharia Agronômica, mestrado em Ciências Agrárias e doutora em Ciências Agrárias avalia que a tendência é o aumento da demanda em casas e nos estabelecimentos comerciais e que por isto o mercado de energia solar é promissor no Brasil e deve ter um largo crescimento nos próximos anos.

Justamente devido a esse cenário, que o projeto da HCC Engenharia, Curso Parceiro, foi planejado e lançado em 2017 para dar capacitação de alto nível e compartilhar aprendizados a respeito de como instalar e negociar sistemas de energia solar, já foram mais de 150 profissionais capacitados. 

A 2ª edição do ano de 2019 está com inscrições abertas e acontecerá nos dias 26 e 27 de Abril em Petrolina.

O curso engloba módulos teórico e prático, além de contar com vivências e dinâmicas de autoconhecimento com intuito de explorar a performance de cada aluno.

A HCC Engenharia, no ano de 2019, almeja capacitar ainda mais pessoas e democratizar o acesso à energia solar. 

Além de contribuir significamente com questões sobre sustentabilidade incentiva a formação de novos profissionais, oportunizando empregabilidade no segmento de energia solar, este que vem crescendo exponencialmente no Brasil. 

Os inscritos que finalizarem o treinamento serão parceiros comerciais e instaladores autorizados em Energia Solar da HCC Engenharia.

O curso de capacitação tem aulas teóricas e práticas, com material incluído e emissão de certificado.

Conteúdos abordados: Aulas teóricas:
• Eletricidade básica
• Princípio de funcionamento do sistema
• Sistema on grid e off grid
• Resolução 482 e 687 da ANEEL
• Dimensionamento de sistemas
• Uso de aplicativo Android – HCC Solar
• Negociação (prospecção e vendas)
• NR10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE
• NR35 – TRABALHO EM ALTURA
• NR6- EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Aulas práticas:
• Viabilidade Técnica (Área de instalação e Áreas de Sombreamento)
• Instalação do Sistema Gerador Fotovoltaico
• Comissionamento
• Uso de EPIs
• Manutenção do Sistema Gerador Fotovoltaico

Comece o ano investindo em autodesenvolvimento, não perca essa oportunidade de se capacitar no segmento de energia renovável e tornar-se um parceiro autorizado HCC Solar!
Valor de Investimento: R$ 490,00 à vista  (Boleto ou depósito)
 Kris Hotel  R. São Francisco, 548 - Atrás da Banca, Petrolina - PE
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Região de Paulo Afonso e Glória enfrenta desafio para conter avanço das baronesas

Velha conhecida das regiões por onde o Rio São Francisco passa, as baronesas, plantas aquáticas que representam um dos principais indicativos visíveis de má qualidade da água, se proliferam com rapidez nas águas do Velho Chico, nas cidades de Paulo Afonso e Glória, na Bahia. 

As duas cidades, que enfrentam problemas de saneamento básico, foram contempladas com a elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), iniciativa totalmente custeada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Francisco (CBHSF). Em fase de execução, acredita-se que o PMSB vai ajudar a resolver a questão do tratamento de esgoto e, consequentemente, com a diminuição das indesejadas macrófitas.

A região, que como a maior parte dos municípios brasileiros ainda despeja parte dos seus dejetos in natura no Rio São Francisco, também vem amargando, nos últimos anos, a proliferação de toneladas dessas plantas vindas de outras regiões e até mesmo de outros estados.

E foi com o objetivo de discutir essa situação e apontar os responsáveis por iniciativas que visem o controle e a qualidade da água, que o Ministério Público da Bahia, através da Promotoria de Justiça Regional Ambiental de Paulo Afonso, realizou uma audiência pública com diversos atores com participação e obrigações em relação aos cuidados com o Velho Chico. 

O encontro reuniu a comunidade local, representantes do poder executivo e legislativo das cidades, órgãos ambientais, universidades, associações de pescadores e empresas de saneamento. Apoiando a iniciativa, CBHSF também esteve presente através do vice-presidente Maciel Oliveira.

“O problema na região de Paulo Afonso é muito grave e está causado prejuízos no abastecimento humano e na economia local, seja no turismo ou nas psiculturas. Mas temos que entender que todos têm sua parcela de contribuição com o que está acontecendo com a superpopulação de macrófitas, seja pelo despejo de esgoto doméstico, uso desordenado de fertilizantes, a grande concentração de tanques rede no lago de Itaparica e também por falta de gestão”, destacou o vice-presidente do CBHSF.

Não é de hoje que essas plantas podem ser vistas em diversos pontos do Rio. Na região do Vale do São Francisco, em diversos pontos dos rios Pajeú e Moxotó, há grandes volumes da macrófita e boa parte se encontra nas margens do Velho Chico. É dessas regiões que, segundo o secretário de Meio Ambiente de Paulo Afonso Emanuel Souza dos Santos, essas plantas têm se deslocado até os municípios de Paulo Afonso e Glória, na Bahia, se concentrando, em grande volume, nas áreas de balneário e prainhas dos municípios. Com episódios anuais da chegada dessas plantas na região, foi a partir de 2018 que essa localidade teve o maior volume de baronesas em suas margens.

Além de prejudicar a população aquática, os danos sociais e ambientais continuam sendo contabilizados, já que o problema persiste na região. Ainda de acordo com a Secretaria de Meio Ambiente de Paulo Afonso, somente em 2018 foram retiradas 30 mil toneladas de baronesas dos balneários e prainhas. 

A ação é continuada e mesmo com um volume menor do que no ano passado, é com esse cenário de poluição e máquinas para a tentativa de limpeza que os usuários dessas águas convivem.

A remoção das plantas é um trabalho paliativo. Para a engenheira Dajana Gabriela Nobre, ações de educação ambiental associadas à união de esforços de diversas entidades podem surtir efeito mais duradouro.

 “Em outubro de 2018 foi realizada reunião com diversos atores com atuação sobre o Rio São Francisco a exemplo da Bahia Pesca, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério Público, as prefeituras de Paulo Afonso e Glória, entre outros. Esse encontro definiu diversas metas com o objetivo de cuidar do Rio e também apontou para ações sobre as baronesas, mas paramos na questão dos gastos. Esse é um custo que não é algo previsto, por isso precisamos contar com ajuda de todos os entes para sanar esse problema”, afirmou.

Como paliativo, foi instalada em Paulo Afonso uma contenção flutuante para impedir o avanço das plantas até as margens. No entanto, o rompimento dos cabos da contenção acabam não cumprindo o objetivo. 

Segundo Gilvan José Alves Lisboa, secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Glória, as perdas na economia são contabilizadas em grande proporção. De acordo com um estudo realizado pela prefeitura de Glória, no ano de 2018 foram contabilizados cerca de R$ 10 a 12 milhões em prejuízos no setor de aquicultura.

Em Paulo Afonso foram destinados aproximadamente R$ 1,5 milhão para a limpeza das áreas mais movimentadas. Contudo, diversos outros pontos ainda precisam de atenção. Para a dona de casa Tainá Silva Jesus, é urgente a preservação do Rio.

 “Nasci e cresci em Paulo Afonso e acho uma vergonha ver o rio como ele está hoje. Nós que somos ribeirinhos, somos privilegiados, mas quando nos deparamos com um cenário desse é muito triste. Nesse calor que faz em nossa região e a gente sequer pode tomar um banho nas águas por medo de pegar alguma doença”, afirma a moradora preocupada.

Por causa da poluição, em 2018 o município de Glória decretou estado de calamidade. Ambos os municípios são beneficiados pela elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico com investimento integral do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. 

Essa medida é adotada pelo CBHSF como forma de auxiliar os municípios na construção do plano que deve nortear todas as ações infraestruturais e ambientais.

A prefeitura de Paulo Afonso apresentou em 2018, em atendimento ao edital de chamamento público 01/2018 sobre demandas espontâneas, proposta de projeto sobre as baronesas. A cidade foi contemplada e o projeto será executado pelo CBHSF.

Fonte: CBHSF: TantoExpresso Comunicação e Mobilização Social. Texto: Juciana Cavalcante
Fotos: Azael Gois
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Projeto Dominguinhos em Quadros valoriza a sanfona e os símbolos de Garanhuns

Festival Viva Dominguinhos. A ação é desenvolvida pela Secretaria de Turismo e Cultura, em parceria com o artista plástico Rubens Costa. Este ano, a intervenção artística foi ampliada e além de repaginar a escadaria da Praça Mestre Dominguinhos, o viaduto localizado na entrada da cidade também será grafitado. 

A intervenção artística tem o intuito de homenagear Dominguinhos e trazer um brilho especial para a cidade durante o Viva Dominguinhos, promovido entre os dias 25 e 27 deste mês. 

O projeto é desenvolvido desde 2015 e já coloriu lugares como o muro do tradicional Hotel Tavares Correia — local onde Dominguinhos encontrou Luiz Gonzaga pela primeira vez — e a escadaria da Praça Mestre Dominguinhos. 

O artista Rubens Costa, de 24 anos de idade, está sendo acompanhado pelos grafiteiros Mário Jeferson e Lucas Lima. 

“Neste ano, estamos retratando a sanfona de Dominguinhos e os principais símbolos da cidade, como as flores e o beija-flor, no estilo da xilogravura. Para nós, artistas, é um prazer colorir a entrada da cidade, para que os turistas se sintam acolhidos em Garanhuns”, explicou Rubens.  

Fonte: Texto: Daniela Batista — (Secom/PMG)
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Poluição Brumadinho: Prefeituras de Juazeiro e Petrolina ainda não sabem o que fazer para proteger o Velho Chico

A poluição da empresa Vale que matou o Rio Paraopeba avança. Prefeituras de Juazeiro e Petrolina ainda não sabem o que fazer para proteger o Velho Chico

No último dia 25 de janeiro, quando a barragem de Córrego do Feijão rompeu e devastou Brumadinho, poucos perceberam que o crime e a lama poderiam afetar a região Nordeste do país.

Mas não tardou até que os rejeitos de minério matassem o rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco em Minas Gerais, comprometendo a vida vegetal e animal na zona de mata atlântica, e seguissem em direção ao Velho Chico.

No dia 22 de março a Fundação SOS Mata Atlântica divulgou relatório informando que entre os dias 8 e 14 de março o alto São Francisco já apresentava grande concentração de ferro, cobre, cromo e manganês, tornando a água imprópria para o uso da população. 

Segundo os pesquisadores, em alguns trechos no início do rio a água está visivelmente turva. Em entrevista ao site El País Brasil a pesquisadora Malu Ribeiro, da Fundação SOS Mata Atlântica, afirma que há “trechos com perda de fauna aquática e desaparecimento das aves que viviam no entorno”.

A camada espessa da lama tóxica foi contida ainda na barragem de Retiro Baixo e parte dos minérios estão se sedimentando no fundo do rio antes mesmo da barragem de Três Marias, ambas em Minas Gerais. Mas os minérios finos conseguem passar pelas represas, que seguem funcionando apesar da água escura. 

“A lama grossa, que chamam de 'pluma', ficou contida em Retiro Baixo. Mas a lama fina está passando pelas turbinas e a bacia do São Francisco já está sendo contaminada”, atesta Carine Guedes, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) em Minas Gerais, que mora próxima ao São Francisco. “Mesmo que fechassem as represas e os rejeitos fossem contidos, em algum momento as comportas teriam que ser abertas”, avisa.

A vereadora Cristina Costa (PT), de Petrolina, integra uma comissão de parlamentares que têm se voltado para o tema. Ela e o vereador Ronaldo Souza (PTB) visitaram Brumadinho e cidades da região no curso do Paraopeba e alto São Francisco, estudando os impactos sociais, ambientais e econômicos causados pelos rejeitos, além de buscar informações com autoridades mineiras e com a própria Vale.

“As cenas são muito tristes pela devastação causada na natureza e na sociedade. O rio Paraopeba está morto, com a margem do rio completamente preta”, recorda a vereadora.

Após a incursão, Costa trouxe para o estado amostras de água para serem estudadas na Universidade do Vale do São Francisco (Univasf) e na Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que possui um centro de pesquisa ecorregional em Petrolina), numa tentativa de pensar maneiras de reduzir o impacto dos minérios. 

“Nossa preocupação não é Petrolina ser reconhecida como atingida, mas unir forças para impedir a contaminação no nosso trecho. O São Francisco é a sobrevivência dos pescadores”, diz Cristina.

O deputado estadual pernambucano Lucas Ramos (PSB), natural de Petrolina, coordena a Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco e conta que o grupo de deputados tem buscado informações sobre os possíveis impactos ao longo do Velho Chico. 

“As famílias de agricultores, que geram a maior parte dos alimentos consumidos por nós, dependem das boas condições do São Francisco”, alerta Ramos. O deputado lembra ainda que o turismo ecológico é forte na região, tendo como principal atrativo o rio.

O parlamentar também alerta que a contaminação tende a afetar a principal atividade econômica da região: a fruticultura. 

“Além da água que consumimos em casa, tem a questão da irrigação agrícola, com 200 mil postos de trabalho que dependem diretamente do São Francisco”, diz Lucas Ramos. 

A vereadora Cristina Costa também teme possíveis impactos para os trabalhadores da fruticultura. 

“A poluição pode afetar a qualidade das frutas. Tomara que não usem mais agrotóxicos na tentativa de conter os metais nas frutas. Isso compromete a qualidade do alimento e a saúde dos trabalhadores do ramo. Já temos um índice alto de câncer na região”, completa.

No último dia 28 de março a Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) divulgou nota técnica confirmando a chegada dos rejeitos de minérios ao alto São Francisco. 

A falta de informações tem sido uma violação extra por parte do poder público e da Vale contra as pessoas que já foram atingidas ou estão no caminho dos rejeitos de minérios.

“Não existe qualquer nota da Vale sobre a chegada dos minérios ao São Francisco. A empresa mantém essas informações”, se queixa Carine Guedes. 

Segundo a militante do MAB, a população mineira tem buscado informações principalmente através do Ministério Público e do movimento. “Boa parte do PIB (Produto Interno Bruto) de Minas Gerais vem da mineração. Então existe uma articulação da Vale por dentro dos municípios e do próprio estado”, lamenta Guedes, que aponta concentração de informação nas mãos da Vale e a dificuldade criada para os atingidos terem acesso a dados importantes. 

“Se quem tá próximo de onde ocorreu o crime já tem dificuldades de ter informações oficiais, imagine quem está mais distante”, alerta.

O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) também se queixa quanto aos posicionamentos oficiais. “As pessoas estão inseguras, com pouca informação e há um sentimento de completo abandono por parte do poder público”, diz o deputado, que lembra ainda que o Ministério do Desenvolvimento e Interior chegou a negar que o São Francisco estivesse contaminado. 

O discurso foi repetido pela Agência Nacional de Águas (ANA) e Ibama. A vereadora Cristina Costa (PT), que foi até a Vale buscar informações, sentiu as dificuldades na pele. 

“A usina de Três Marias pertence a Cemig (empresa estatal de energia de Minas Gerais) e eles não estão permitindo o acesso a informação. A relação se dá apenas entre a Vale e o Governo de Minas. Os municípios estão sendo deixados de fora e a população está tentando se mobilizar para receber indenização”, lembra a vereadora.

Costa se disse chocada com o domínio que a empresa Vale exerce sobre o poder público em Minas Gerais. 

“Quem administra Minas Gerais é a Vale. Os órgãos estão todos juntos num clube: Ibama, Ministério Público e outros - mas a Vale é quem manda. É ela quem atende aos atingidos", conta Cristina. “A menina dos olhos de Minas Gerais não é o Paraopeba, não é o São Francisco, mas a Vale. 

Eles estão preocupados de verdade em proteger a Vale. Mas nós não. Aqui temos que proteger o São Francisco”, resume. Mas ela insiste na busca para que as cidades possam se preparar para conter o impacto dos rejeitos. 

“Precisamos receber esses dados para fazermos o acompanhamento”, diz a vereadora. O rio São Francisco passa por cinco estados brasileiros e banha mais de 500 municípios. 

Em Pernambuco, municípios do sertão como Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó, Belém do São Francisco, Floresta, Petrolândia e Jatobá estão no curso do rio e podem ser afetados em maior ou menor medida pela contaminação por rejeitos de minérios de Brumadinho.

Uma das formas de trocar informações, reunir os órgãos e levar o tema para a imprensa e para a população é a realização de debates abertos. 

Com esse objetivo estão sendo agendadas para o mês de maio audiências públicas para apresentar informações e pensar um plano de ações que reduzam os impactos de uma contaminação do Velho Chico. 

“Temos que fazer debates públicos sobre isso em escolas, igrejas, praças e câmaras municipais para divulgarmos essas informações. Temos que acompanhar sem pânico, mas trazendo verdade para a população”, sugere Carine Guedes.

Na primeira semana de maio a audiência pública será no Recife; no dia 17 de maio as cidades de Cabrobó (pela manhã) e Floresta (à tarde) também terão audiências sobre o tema. 

Nos próximos dias deve ser confirmada uma audiência também em Petrolina. Os debates estão sendo promovidos pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) em parceria com as câmaras de vereadores de cada cidade.

O Brasil de Fato fez contato com a Prefeitura de Petrolina, mas até o fechamento desta matéria o executivo municipal não deu respostas. Mas através das redes sociais, em resposta a questionamentos de cidadãos sobre a ausência de informações sobre o tema, o perfil oficial do prefeito Miguel Coelho (PSB) afirmou que a prefeitura tem intensificado a medição da qualidade da água e de a entender que sim, a cidade será afetada. 

“Todos os municípios no curso do São Francisco e dos demais rios por onde a lama passou são vítimas do grave crime de Brumadinho. Estamos sujeitos a esse desastre, assim como as demais cidades afetadas”, escreveu.

Quanto a possíveis medidas para reduzir os impactos dos rejeitos, Coelho deu uma resposta mais resignada. “Infelizmente Petrolina não tem como consertar o erro acontecido em Minas Gerais, visto que nem o Governo Federal ou a Vale conseguiram. Manteremos nossa fiscalização contínua no rio, mas nós enquanto Prefeitura não temos muito o que fazer”, pontuou. 

Buscado pelo Brasil de Fato, o Governo de Pernambuco seguiu a mesma linha de não tomar a responsabilidade para si. Através da Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), o Governo do Estado afirmou que “a gestão das águas do rio São Francisco é feita pela ANA. O Governo do Estado participa de reuniões periódicas com a Agência”, resumiu. 

Contatada pelo Brasil de Fato, a ANA respondeu que não tem dados para confirmar que o São Francisco esteja contaminado. A agência solicitou à Vale que sejam instalados novos pontos de monitoramento da água, mas o foco prioritário tem sido o rio Paraopeba, cujos dados têm sido divulgados pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), pertencente ao Governo de Minas Gerais.O BdF também contatou a empresa Vale para esclarecimentos, mas não obtivemos respostas.

A vereadora Cristina Costa (PT) considera que os estados do Nordeste precisam se organizar e pressionar o Governo Federal e o Governo de Minas Gerais para que seja adotada uma legislação mais rígida para barragens de mineração. 

“Os governantes do Nordeste precisam se unir em defesa do São Francisco. Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Paraíba somos banhados pelo São Francisco”, cobra a parlamentar. 

“Se os estados precisarem comprar água mineral vai ficar muito caro. É preciso ‘ir para cima’ do Governo Federal. Eles têm estrutura lá em Brasília, mas cedem ao assédio da Vale”, avalia. O deputado Lucas Ramos (PSB) concorda.

“Pernambuco não possui nenhuma barragem de minério e isso não deveria ser uma preocupação do nosso estado. Mas Minas Gerais tem uma grande quantidade de barragens e uma acidente lá repercute no Nordeste”, lembra. 

“Não podemos só esperar Minas tomar uma decisão. Temos que pressionar. É inadmissível esperar novos acidentes para fazer mudanças”, cobra Lucas Ramos.

Fonte: Brasil de Fato Vinicius Sobreira
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Meia Maratona Tiradentes terá largada na Agrovale

A 35ª edição da Meia Maratona Tiradentes, que acontece em Juazeiro – BA no próximo dia 28, terá como ponto de partida a Agrovale. 

A mudança do local de largada desta prova, que já faz parte do calendário esportivo oficial do município, foi decidida na última quinta-feira (11) durante reunião entre representantes da Prefeitura (Secretaria de Cultura Turismo e Esportes - Seculte) e a diretoria da empresa sucroalcooleira.

De acordo com o superintendente de Esportes da Seculte, Gilberto Pacheco, a mudança vai trazer mais segurança para os participantes além de atender vários pedidos dos próprios atletas.

 “Teremos um percurso de 21.097,5 m (pouco mais de 21 quilômetros), praticamente em linha reta, onde o atleta poderá desenvolver suas potencialidades interagindo diretamente com os moradores de vários bairros, a exemplo do Jardim Primavera, Itaberaba e Castelo Branco, até a Praça São Tiago Maior, na Orla do município e local de chegada da corrida”.

O superintendente lembrou também o apoio da Agrovale à iniciativa, enfatizando que a parceria “é extremamente importante para a formatação e incentivo aos esportes no município”, destacou. 

A 35ª edição da Meia Maratona também tem o apoio e arbitragem da Federação Baiana de Atletismo e deverá inscrever até no máximo 600 participantes. Durante a corrida também será realizada uma prova de 5 quilômetros com largada na Orla da cidade (Praça São Tiago Maior), percurso pelas principais ruas do centro e chegada também na mesma praça da partida.

Para o diretor Financeiro e TI da Agrovale, Guilherme Colaço filho, a participação nesta corrida, que já é uma tradição em Juazeiro, é uma reafirmação do compromisso que a empresa tem para com o município. “Além do investimento social, cultural e econômico, acreditamos muito no poder transformador do esporte enquanto ferramenta essencial para o crescimento humano”, garantiu.

As inscrições, no valor de R$ 60,00, podem ser realizadas até o próximo dia 23, via online através do endereço:http:meiamaratona.juazeiro.ba.gov.br. Os atletas locais que não têm acesso à internet poderão ir até a sede da Seculte, localizada à Praça da Imaculada Conceição. Além da premiação para os primeiros colocados, todos os atletas que cruzarem a linha de chegada de forma legal receberão medalha de participação.

Fonte: CLAS Comunicação & Marketing
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Riqueza na oralidade: Mia Couto conta como foi influenciado pela escrita de Guimarães Rosa

Um dos maiores escritores da língua portuguesa da atualidade vem ao Recife falar sobre uma obra prima da literatura universal: Grande Sertão Veredas.

A convite da editora Companhia das Letras, o moçambicano Mia Couto vai à Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) para uma palestra sobre sua relação com a obra do escritor mineiro João Guimarães Rosa, autor de "Grande Sertão: Veredas". 

A visita faz parte de uma série de eventos que a companhia está realizando em várias cidades brasileiras, promovendo o relançamento do clássico publicado pela primeira vez em 1956.

Entre outros detalhes que envolvem a nova edição está uma série especial de apenas 63 volumes com desenhos originais de Poty Lazzarotto (que ilustrou as primeiras edições da obra) e uma capa feita à mão por bordadeiras de São Paulo e de Minas Gerais, com arte inspirada em Arthur Bispo do Rosário.

A palestra vai acontecer na terça-feira (16), em Recife. 

"'Grande Sertão: Veredas' é um livro incomparável, difícil de ser classificado. É uma obra prima, uma espécie de milagre em que o autor coloca dois personagens em diálogo e, nessa conversa, são dois mundos que se trocam, para muito além de qualquer regionalismo, mas tocando as grandes inquietações da humanidade", aponta Mia Couto, que revela ter conhecido a obra de Rosa através do escritor angolano Luandino Vieira, em meados dos anos 1980. 

"Luandino influenciou-me, cedendo-me uma espécie de 'luz verde' para que eu deixasse entrar na escrita a riqueza da oralidade. Quando falei com ele sobre isso, ele sugeriu que eu procurasse o autor brasileiro de 'Grandes Sertões'. Isso aconteceu em 1987, quando estava a escrever o meu segundo livro de contos", relembra.

Segundo ele, Rosa influenciou sua literatura ao mostrar que "a linguagem não era apenas um instrumento invisível, mas podia constituir um outro personagem". 

"A poesia era o seu método para instituir o caos. E eu sou da poesia e, no início, pensava que havia fronteiras a respeitar entre prosa e a linguagem poética", aponta.

"Guimarães Rosa me devolveu o chão", afirma, acrescentando que veio ao Brasil trazer um abraço solidário de seu país pelas tragédias que vêm afetando Mariana, Brumadinho e Rio de Janeiro.

“Rosa me volta a ensinar que aquela minha cidade não era apenas um lugar, era uma entidade viva que me tinha contado histórias. Como o sertão de Rosa, a minha cidade é mais da palavra do que da terra, e os nossos lugares de afeto são sempre mais da linguagem do que da geografia”, diz emocionado.

Na sequência da palestra sobre "Grandes Sertões: Veredas", Mia Couto fará uma segunda apresentação na Unicap, no dia 17, às 9h, sobre o tema “Ser da Linguagem em seus desdobramentos literários, ético-estéticos”.

Folha Pernambuco
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Juazeiro: Recém-nascido com malformação e problema cardíaco que aguarda cirurgia é transferido em UTI aérea para Salvador

O recém-nascido João Silva que estava à espera de uma transferência para ser submetido a uma cirurgia foi levado de Juazeiro para Salvador no sábado (13), em uma UTI aérea. O bebê possui malformação no tórax e no abdômen, além de um problema cardíaco.

João estava internado desde 24 de março, data em que nasceu, na maternidade de Juazeiro, norte da Bahia. Ele estava à espera de transferência já que na unidade de saúde de Juazeiro não é realizada a operação cardíaca que ele precisa.

De acordo com a central de regulação, a transferência do bebê foi autorizada para o Hospital Martagão Gesteira, na capital baiana. A criança foi levada de Juazeiro para a cidade vizinha, Petrolina, em uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em Petrolina, a criança foi acomodada na UTI aérea.

De acordo com a mãe da criança, por volta das 16h deste sábado, mãe e filho já estavam no Hospital Martagão Gesteira. Alane Possidio da Silva, mãe do pequeno João Silva, disse que o bebê foi levado diretamente para UTI neonatal do hospital e passou por exames. 

Ela disso, ainda, que a data da cirurgia não foi divulgada à família porque vai depender dos exames que vão ser feitos no bebê.

Fonte: TV São Francisco
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