PROGRAMAÇÃO E HORÁRIOS DA POSSE DE LULA E ALCKIMIN ACONTECE NO DIA PRIMEIRO DE JANEIRO

O Senado divulgou o roteiro da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. O cronograma previsto tem início às 13h30 com a chegada de autoridades, convidados e chefes de Estado ao Congresso Nacional, e se encerra com a ida de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) ao Palácio do Planalto às 16h20.

Em sua conta no Twitter, Lula fez nesta sexta-feira (16/12) uma convocação para que seus apoiadores compareçam à Esplanada dos Ministérios a partir das 11h para acompanhar a posse.

O cortejo com Lula e Alckmin terá início na Catedral Metropolitana de Brasília às 14h30, em carro aberto, em direção ao Congresso Nacional. Ambos serão recebidos pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A sessão solene da posse terá início às 15h, com a leitura e assinatura do termo da posse e pronunciamentos de Lula e Pacheco.

Após a sessão solene, presidente eleito e vice vão à área externa do Palácio do Planalto, onde recebem as honras militares antes de subir a rampa. Além do Congresso, Lula e Alckmin também participarão de solenidades no Planalto e no Itamaraty.

Em paralelo, ocorre na Esplanada dos Ministérios o Festival do Futuro, com shows gratuitos de dezenas de artistas e transmissão da posse. O evento terá início às 12h.

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MPF CONSEGUE INCLUSÃO DA COMUNIDADE INDÍGENA COMO PRIORIDADE DE VACINAÇÃO CONTRA CONVID-19

Após atuação do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal proferiu uma sentença obrigando a União a incluir o povo indígena Pankararu, da Aldeia Angico, em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, no rol de prioritários para a vacinação contra a Covid-19 e ao cadastramento no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). 

A decisão confirmou liminar obtida no âmbito de ação ordinária movida contra a União pelos indígenas. O Estado de Pernambuco, por sua vez, deverá receber os imunizantes disponibilizados pelo Governo Federal e encaminhá-los ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/PE).

A liminar, proferida em maio do ano passado, garantiu a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em 34 homens e mulheres acima de 18 anos. À época, a Justiça Federal determinou, após atuação do MPF, que Pernambuco e a União providenciassem a distribuição das doses necessárias para a vacinação prioritária do povo indígena. A comunidade ainda não tinha sido contemplada pelo Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, embora a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) tivesse promovido a vacinação de outros indígenas da etnia Pankararu.

A pedido do MPF, a Justiça Federal também incluiu o Estado de Pernambuco no polo passivo do processo, uma vez que a ação ordinária movida pela comunidade indígena havia sido ajuizada apenas contra a União. A inclusão visou a garantir todas as providências necessárias para a efetivação da vacinação dos índios, desde o fornecimento dos imunizantes pelo Ministério da Saúde, passando por sua distribuição pelo Estado de Pernambuco, até sua efetiva aplicação pelo Dsei.

Na manifestação do MPF, o procurador André Estima destacou que, embora a área ocupada pela Aldeia Angico Pankararu não tenha sido demarcada oficialmente como terra indígena ou área de reserva, a comunidade habita o local e ali vive de modo tradicional, atendendo aos requisitos legais e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou prioridade na vacinação dos povos indígenas localizados em terras não homologadas.

O MPF reforçou ainda que a Lei nº 14.021/2020, que dispõe sobre as medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas, impõe que serão abrangidos, entre outros grupos, os indígenas isolados e de recente contato, aldeados e aqueles que vivem fora das terras indígenas, em áreas urbanas ou rurais.

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ESPECIALISTAS COBRAM A VOLTA DA EXCELÊNCIA À VACINAÇÃO NO BRASIL

Os especialistas que participaram do painel "A saúde como fonte de sustentabilidade da nação" chamaram a atenção para a vacinação no país, cuja falta de uma campanha pelo Ministério da Saúde, no governo do presidente de Jair Bolsonaro, baixou os índices de cobertura junto à população. Isso aumentou o risco da volta de doenças que estavam erradicadas, como a poliomielite — segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, foi enfática ao ressaltar a necessidade de fortalecimento do Programa Nacional de Imunização (PNI), posição endossada pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa ao salientar que entre os pontos considerados emergenciais pelo governo de transição — e que deverá ser objeto de ação do futuro governo — está a reorganização do Programa Nacional de Imunização (PNI), "para atender a milhões de crianças e jovens que correm o risco de contrair doenças que já foram erradicadas no país".

A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida lembrou que o PNI, que tem quase meio século, é referência mundial e oferece 47 imunobiológicos. Mas lamentou que a cobertura vacinal infantil voltou ao patamar de 1987. "Tem que voltar ao centro da discussão", cobrou Marlene.

Mas este não é o único problema no horizonte da saúde brasileira no curto prazo, que terá de ser enfrentado pelo governo que se inicia em 1º de janeiro de 2023. Humberto Costa chamou a atenção para uma demanda reprimida de consultas, atendimentos e tratamentos que deixaram de ser executados por causa da crise sanitária provocada pela covid-19.

"São milhões de pessoas que, na pandemia, tiveram que abdicar de suas consultas, seus exames, porque os hospitais estavam voltados ao tratamento dos pacientes de covid", lembrou, acrescentando que o isolamento social que foi necessário ser feito no primeiro momento da pandemia afastou os pacientes de suas rotinas médicas. Costa assegurou que haverá "um grande mutirão" do futuro governo para diminuir esse passivo.

O senador ressaltou, porém, que esse esforço não poderá ficar somente sobre os ombros da administração pública. Ele deixou claro que a iniciativa privada terá de participar desse processo, como fornecedora de insumos e tecnologias.


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DOCUMENTÁRIO SOBRE A TRAJETÓRIA DE MANUCA ALMEIDA SERÁ LANÇADO NESTA SEXTA-FEIRA (16)

O lançamento do vídeo documentário 'Eu sou o que sou', que narra a trajetória do multiartista Manuca Almeida será lançado às 18h desta sexta-feira (16), dentro da programação do Festival Edésio Santos da Canção, na Orla II de Juazeiro. 

O material é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso do jornalista André Calixto e o lançamento acontece no dia em que Manuca completaria 59 anos. O apoio é da Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte).

No documentário, André Calixto mergulhou fundo na trajetória de Manuca Almeida, que faleceu aos 53 anos, no ano de 2017. A narrativa do vídeo é baseada na família, nos amigos e nos parceiros. O material conta com importantes contribuições de pessoas que conviveram com Manuca e muitos nomes de renome nacional, como Margareth Menezes, Xangai, Tato (Fala Mansa), Targino Gondim, Alexandre Leão e o ator Paulo Betti, além de artistas locais como João Sereno, Mauriçola, entre outros.

Nascido em Sergipe e radicado em Juazeiro, Manuca era compositor, poeta, ator, escritor e artista multiplural. Sua marca era a irreverência, como explica o autor do vídeo documentário. "Manuca era um artista completo, um ser inigualável, inimitável, amigo, parceiro, pessoa do bem que sempre levou por onde quer que andasse, o nosso jeito criativo no meio artístico, musical, poético e futebolistico, o cara que simplesmente fez o "marqueting", um dos dialetos criados por Manuca, o qual através da sua irreverência foi e continua sendo o maior propagandista da nossa cultura e arte para o Brasil e o mundo inteiro", descreveu o jornalista André Calixto.

Esse é o primeiro trabalho desse tipo após o falecimento de Manuca, esse ícone que que chegou até a ganhar um Grammy de melhor música brasileira em 2001, com "Esperando na Janela", composta em parceria com Targino Gondim e Raimundinho do Acordeon.  André Calixto aproveita a oportunidade para convidar a população para o lançamento do documentário e agradece pelo apoio da Prefeitura de Juazeiro. "Eu quero agradecer à gestão Suzana Ramos, por meio da Seculte por apoiar a divulgação desse importante documentário e convidar a população de Juazeiro para prestigiar o lançamento hoje, às 18h", concluiu. (Fonte: Ascom/PMJ)

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ADERALDO LUCIANO: ESTRADAS, ENGENHOS E SINAS

Areia Paraíba 14 dezembro de 2022. Boa tarde a todos e a todas. 

Minha mãe, hoje, me deu a seguinte missão: "Escreva um texto bem bonito sobre Aderaldo Luciano. Ele merece!". Essa missão quase me fez desistir de vir aqui apresentar o novo livro de Aderaldo, que recebi há dois dias e li, de chofre, em poucos minutos. Leitura fluida e boa. Vou ficar devendo o belo texto, nunca o afeto e a gratidão pela honra do convite. Venho de uma família de ansiosos e, amanhã, serei madrinha de casamento do meu primeiro sobrinho. E, como ser madrinha de casamento será o mais perto que cheguei e chegarei de um altar, estou eu tão nervosa quanto a noiva. Pois bem, apresentado o motivo real pelo qual vocês não ouvirão esse belo texto, vamos a ele: o texto. 

Sobre o livro, falarei depois, porque o autor é figura deveras instigante. Seguindo o conselho do escritor, na orelha do livro: "Quanto a mim, quem quiser saber mais dos meus desencantos, jogue meu nome na busca da internet." Assim o fiz. Quase sem fim, a busca. Em suma, louvam o Mestre e Doutor em Ciência da Literatura, pela UFRJ, poeta, músico, cantor e um dos maiores nomes no estudo da poética nordestina. Mas, querido Aderaldo, li muita coisa e, creio, que sabemos mais dos seus desencantos que todos os navegadores de busca, nós, os amigos de sempre. Uma amiga querida me disse outro dia: "Eu não entendo Aderaldo Luciano". Ao que respondi: nem você, nem ele, nem eu. Nem nós. 

Mas apresentadora elegeu um leque de adjetivos para sua alma inquieta e para quem quiser entender Aderaldo Luciano. Aderaldo, o inquieto, o polêmico, o performático, o inteligente, o saudosista, o satírico, sarcástico e lírico, ao mesmo tempo. O sensível, o corrosivo, o lúcido, o louco, o provocador, o conciliador, o avesso do avesso. Um belo verso de pé quebrado, talvez lhe seja uma boa definição. O verso de pé quebrado é aquele que fere a métrica ou o ritmo do poema, mas para alcançar melhor o sentido. Aderaldo sempre grita porque sempre careceu de gritar para ser ouvido. Como disse Clarice: "como atingir sem exagerar? Sem exagerar, como conseguir?". Por isso, ele superou aos outros, ao meio e a si e serve de modelo e exemplo para quem veio antes e depois dele. 

Passando por cima do autor, vamos à obra: Estradas, Engenhos, Sinas. 

Talvez a escolha da pessoa para apresentar a obra tenha sido devido ao afeto, de há muito tempo, entre mim e ele: cursamos algumas disciplinas no Curso de Letras da, hoje, UFCG. Já naquela época, ele armora um levante para exigir a saída do professor de Crítica Literária, considerado terrível, pois só duas alunas (eu e outra) teriam pago a disciplina e deveria haver outros motivos mais. 

Aderaldo, o notívago insone, a fazer a ronda noturna, acompanhando os vigias, quando havia os poéticos vigilantes pelas ruas enladeiradas. Aderaldo, o que largou tudo e, de repente, estava bem instalado no RJ, para a surpresa dos amigos. O que casou, fundou editora, largou tudo e foi pra SP. O que vai e vem sempre, porque é ser de fluidez absoluta. 

Deixemos o autor em paz. Vamos ao texto.

Não tenho sido autoridade quando o tema é a poesia popular, o maravilhoso cordel. Nunca soube contar bem sílabas poéticas e cédulas reais, sou também um verso de pé quebrado no poema trágico que é a vida. 

Pois bem, vamos tentar fazer o melhor com o pouco que temos. A apresentação é um texto perfeito, são 8 itens explicativos, como sinalizadores da forma escolhida, da história de Sebastião e seu lugar. São sextilhas, seis estrofes, versos de sete sílabas poéticas (aqui o ritmo é que manda) e rimas soantes, são as que levam em conta a identificação sonora entre as vogais até a última sílaba tônica do verso. E, claro, os bem vindos versos de pé quebrado, que desobedecem as ordens estabelecidas. Tal qual o autor do texto. Assim, somos apresentados à leitura  da história de Sebastião e à paisagem brejeira, aos Engenhos de fogo Morto, às estradas sinuosas e simpáticas que ligam Pilões, Serraria, Areia, aos famigerados temporais. Sim. Tudo é Areia. 

Aderaldo é um homem de sua terra, o telurismo, o amor à terra natal perpassa todos os versos. Amar um lugar nunca é amor contínuo, segue exatamente como são as batidas irregulares do coração, vezes amor, outras puro ódio, outras devoção. Amar Areia e seus arredores não é amor fácil. Todos sabemos disso. Mas li de um autor que nada é mais significativo que o lugar em que a gente nasce e a pessoa a quem a gente ama. Não há nada mais importante que isso.

Pois bem, a forma perfeita, o lugar imperfeito são o cenário, para a história de Sebastião, um cambiteiros dos Engenhos, como chamados aqui. Sebastião e o cenário descritos pelo autor me lembraram os personagens de José Lins do Rego e me levou um pouco mais longe: a Juca Mulato, de Menochi dele Picchia, lá de 1922, leitura amada na adolescência, do caboclo que cisma e passa a se sentir inadequado desde que, ali, a filha da patroa começa a lhe dirigir olhares. Aqui, em Aderaldo, a própria patroa. O desfecho é perfeito: sem amores perfeitos, ele volta apenas como observador que não julga, apenas observa e louva e aceita, altivo, o seu destino: 

Suas certezas estavam 

Claramente definidas: 

Um momento é um momento, 

Pode ou não mudar as vidas. 

Os detalhes vêm na estrada,

Nas léguas todas vencidas. 

Ainda no fim do texto, os dísticos (as parelhas, estrofes de dois versos) perfeitos, que resumem, todo o telurismo e o amor â terra, pretendidos pela obra: toda estrada só nos leva ao lugar que mais amamos. É a certeza. 

Por fim, as ilustrações feitas pelo artista plástico areienses Severino Ramos vão narrando, junto com as sextilhas, a história de Sebastião, e dos meeiros, cambiteiros, agregados que ainda compõem o repertório do nosso lugar. Meus desenhos eleitos são as  duas primeiras ilustrações porque são imagens eternizadas desde a primeira infância. 

Parabéns, Aderaldo. Obrigada, Aderaldo. Fico devendo o Belo texto. 

(Texto: Janaína de Castro Azevedo Silva,  Mestre em Linguística pela UEPB, professora, escritora, elaboradora de projetos culturais)  

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EXU CRIATIVO: FEIRA DE ARTESANATO MOVIMENTA FESTEJOS DOS 110 ANOS DE NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Exu Criativo. Nas festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o município também ganha o ritmo da Feira de Artesanato Economia Criativa na praça da Matriz, a partir das 08hs do sábado, 10 de dezembro.

Entre as participantes da Associação de Mulheres As Karolinas, detalhe, Mulheres Karolina com K. a música interpretada por Luiz Gonzaga mostra o empoderamento das exuense. No universo das comunidades artesanais brasileiras, 90% do segmento é formado por mulheres artesãs. Um exemplo está em Exu, Pernambuco. As mulheres artesãs trazem inovação, um olhar para o todo e buscam atuar em Exu, Pernambuco e região, o que fortalece ainda mais o trabalho que desenvolvem através do artesanato.

Ano passado durante as festividades dos 109 anos de Luiz Gonzaga, a presidente da Associação de Mulheres As Karolinas, localizada na Comunidade da Vilha Nossa Senhora Aparecida, a agricultura Cícera Evarista, disse  que é neta do artesão, o saudoso Zé Maria que transformava cipó em Arte e que associação surgiu com objetivo de melhorar a qualidade de vida e autoestima das mulheres.

A Associação de Mulheres As Karolinas é exemplo de superação, esforços e vontade de vencer. "Todas as mulheres artesãs aqui seguem a máxima da música Vozes da Seca, pois queremos trabalhar e ganhar com nosso suor, não queremos esmolas. Queremos trabalhar e mostrar que somos da terra da arte", afirma Cicera.

A associação surgiu para garantir dignidade às mulheres e está em ascensão, se aperfeiçoando para driblar os desafios para conquistar seus espaços. “Não é fácil e nem simples, mas é transformador”, afirma Cícera ressaltando que as mulheres fazem tricô, croché, bordado, brincos, e várias miniaturas com a imagem de Luiz Gonzaga.

São cerca de 36 mulheres, todas unidas e com a missão também de capacitar pessoas para a geração de rendas. "As artesãs criam juntas e ganham juntas”.

As mulheres são maioria no Brasil, equivalente a 51,8% da população segundo o censo do IBGE de 2019. Nas comunidades artesanais brasileiras esse número é ainda maior: as mulheres representam 90% de todo segmento. O fortalecimento do trabalho das artesãs no país acontece especialmente pelo trabalho contínuo de comunidades e instituições de apoio.

CRIATIVIDADE: Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, mestre da Sanfona e de Bárbara de Alencar, mulher revolucionária na definição de arte, tem um nome: Giselly Nogueira. No mundo da arte ela assina como GiNogueira. "Meu apelido é Luna Gizel e pretendo assinar minhas obras somente por Gizel", revela GiNogueira que tem 35 anos e trabalha com artes há mais de 23 anos.

De acordo com relatos de sua mãe, a poetisa Nenem Nogueira, Gizel, começou a desenhar aos 3 anos de idade, extremamente curiosa e apaixonada pelos gibis da Turma da Mônica, a alegria das músicas interpretadas por  Luíz Gonzaga, evoluções da ciência e sempre novas descobertas.

"As maiores inspirações em minha vida de início sempre foi a minha mãe em sua mente versátil, Maurício de Souza, Leonardo Da'Vinci, Luíz Gonzaga. Mas no geral minhas inspirações são momentâneas, que vão desde um simples morador de ruas até a genialidade dos físicos e químicos", revela Gizel, ressaltando que como pesquisadora vive fazendo testes e mais testes para criar técnicas que corroborem com a sustentabilidade e valorização do meio ambiente e ecologia.

Uma das técnicas aprovadas nas suas observações e testes deu o nome de Acrilicanatur: acrílica ( o acrílico que vem do lixo retirado do meio ambiente e materiais comerciáveis) e natur ( natureza na língua yorubá, a luta por liberdade dos afrodescendentes desde a colonização no Brasil até agora).

"Criei esta técnica logo após ter iniciado os estudos com alquimia aos 16 anos de idade", conta Gizel.

Neste mês de setembro, quando o município de Exu, completou 115 anos de emancipação política, um dos trabalhos que merece destaque foi a releitura sobre a história da bandeira da cidade.

"Quanto a bandeira de Exu, esta foi uma de minhas melhores obras, foi uma encomenda feita pela escola São Vicente de Paula aqui de Exu através do professor Maiadson Vieira que também é um pesquisador. Meu irmão Davi Wesley que também é desenhista me ajudou a compor esta releitura", explica Gizel.

A técnica usada foi a aquarela, feita com acrílica sob tecido oxford, a vestimenta foi modificada segundo relatos dos próprios índios parentes dos Exuenses os índios Kariris. Segundo, conta a a história, o povos originários, devido ao pequeno número de aves na região do Araripe os índios usavam palhas em suas vestes e não penas, o modelo de cocar com penas coloridas é proveniente dos índios norte-americanos que em algumas regiões do Brasil as tribos usam penas, porém na região em que vivemos de agreste e sertões, cerrado as aves são em menor número.

No desenho da bandeira o milho representa a colheita através do trabalho duro e conhecimento dos ancestrais quanto a época de plantio sob as dificuldades climáticas da região. A índia segurando a lança representa a força feminina que luta como igual junto ao homem.

"O horizonte com o sol nascente remete a esperança de dias melhores, da evolução espiritual e moral de cada ser humano, o desbravar dos mistérios da vida que nasce todos os dias sob a serra, nos lembrando que é mais uma chance de lutar pelo que acreditamos", diz Gizel.

Neste mês de dezembro é a data das festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. De acordo com Gizel, o "sentimento é de saudades de quem só conheci a história e ainda estou a conhecer mais sobre estes heróis da história de Exu Pernambuco para o Brasil e o mundo. O coração gigante do Rei do Baião que tanto fez e ainda faz pelo sertão, a força e coragem de uma mulher que poderia ter sido eleita presidente do Brasil, a heroína Bárbara de Alencar, é uma honra pertencer a um lugar que ainda desperta tantas outras personalidades e suas histórias de exemplo".

Nascida em Exu, Giselly Nogueira, GiNogueira, Gizel é a razão de haver luz no universo da arte e defesa do meio ambiente, possui na arte um reflexo do ser humano e representa a sua condição social e essência de ser uma livre pensadora.

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POETA LUIZ FERREIRA LANÇA LIVRO EM HOMENAGEM AOS MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS

O poeta Luiz Ferreira, 77 anos, aproveitou os dois anos que precisou seguir as regras sanitárias e ficar em casa, o isolamento social,  período que usou para escrever o livro que tem o título de "Pernambuco em Versos-Conquistas e Municípios. O livro destaca os 187 municípios de Pernambuco valorizando o patrimônio cultural e histórico das cidades. 

O livro será lançado durante as festividades dos 110 anos de Luiz Gonzaga, na IV Semana Viva Gonzaga, em Caruaru, na quinta-feira (15), às 20hs, no hall da Fundação de Cultura.

" No início da pandemia covid-19 fiquei muito triste, mas não podia desanimar. Então resolvi fazer o livro. Nele cito os municípios pernambucanos, os amigos, poetas, compositores, pessoas que fazem cultura e arte, envolvidos na vida e obra de Luiz Gonzaga", explica Luiz Ferreira.

Luiz Ferreira nasceu na zona rural de Caruaru, no Agreste Pernambuco. Caruaru possui o título de Capital do Forró. Luiz Ferreira é o idealizador, fundador e diretor presidente do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012. O Grande Encontro Nacional dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

HISTÓRIA: No ano de 2014, a coordenação do Curso de Jornalismo do Centro Universitário do Vale do Ipujuca-Caruaru-PE, promoveu, A Semana do Jornalista. Na programação além de palestras com jornalistas da TV Globo e Sistema Jornal do Commecio, contou com o lançamento do documentário-filme Os Gonzagueanos.

Para manter viva a memória de Luiz Gonzaga, um grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam materiais, experiências, dividem experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião - são os chamados Gonzagueanos. Com o objetivo de registrar essa iniciativa, alunos do curso de Jornalismo desenvolveram um documentário sobre os Gonzagueanos. 

O grupo Gonzagueanos reúne um amplo conhecimento da obra e das parcerias do Rei do Baião, num esforço de manter vivo o trabalho de Luiz Gonzaga. O Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, situado no bairro Kennedy, é um exemplo do que essa paixão pelo artista é capaz. O espaço foi criado por Luiz Ferreira, um dos gonzagueanos, a partir da coleção que guardava em um cômodo de sua casa.

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