JOVENS MADRUGAM NA FILA EM JUAZEIRO NA ESPERA DA VACINA CONTRA COVID-19

Juazeiro, Bahia começou nesta segunda-feira (30) a vacinar pessoas com 18 anos ou mais. Com o avanço na faixa etária, longas filas de jovens à espera da primeira dose do imunizante se formaram nas imediações da Escola Iracema Pereira Paixão, bairro São Geraldo. Muriçocas e frio foram um desafio para os jovens que madrugaram na fila.

 jovem Vitor Santana foi um dos primeiros a chegar no ponto de vacinação.

"Meu tio chegou primeiro para garantir a vaga e por volta de uma hora da manhã e já tinha fila". Os jovens comentaram que "enfrentaram muitas muriçocas no  e frio no local". Um grupo levou uma mesa e jogo de dominó. "Trouxemos uma mesa para jogar dominó, para distrar visto que vamos esperar muito tempo", disse Vinicius Eduardo.

Também houve reclamação de pessoas "fura filas".

De acordo com a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), poderão tomar a vacina pessoas com 18 anos ou mais.  A vacinação será realizada na zona urbana. A vacinação deste público será na Escola Iracema Pereira Paixão (bairro São Geraldo) e nas UBSs: Mussambê, Argemiro, Dom José Rodrigues, João XXIII, João Paulo II, Itaberaba, Angary, Alto da Maravilha. 

Serão 120 fichas por unidade e 400 fichas na Escola Iracema Pereira Paixão. É preciso levar RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. A vacinação inicia às 8h e segue até encerrarem as doses.

Segunda dose : A segunda dose será realizada na Univasf, Juá Garden Shopping, Creche Mariá Tanuri (bairro Santo Antônio), auditório Centro de Saúde III, UBS CSU, UBS Jardim Flórida e UBS Tabuleiro. É preciso levar RG, CPF, cartão de vacina, Cartão SUS e comprovante de residência. As UBSs funcionam de 8h às 12h.  O horário dos pontos fixos é de 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h.

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MULTIARTISTA MARLUS DANIEL VALORIZA CULTURA PRESENTE NO RIO SÃO FRANCISCO

O multiartista Marlus Daniel, que é artista plástico, ator e diretor teatral, reside as margens do Velho Chico há exatos 16 anos.

O Juazeirense de coração, natural da cidade de Remanso, Bahia tem um trabalho sempre valorizando a caatinga, o sertão, o Vale do São Francisco. 

O Multiartista retrata principalmente as lendas, o folclore e a cultura ribeirinha, numa demonstração de amor, já que o mesmo acredita em que toda arte tem o poder de educar, de transformar, de crescer e de embelezar. 

Para conhecer o trabalho de Marlus Daniel acesse @marlusdaniel e o contato fone zap 74988314680

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ESPECIALISTA DO INSTITUTO DE FÍSICA DA USP COMENTA EFEITOS, RISCOS E BENEFÍCIOS A RADIAÇÃO

As consequências causadas pela exposição à radiação são o tema da entrevista com a professora do Instituto de Física (IF) da USP, Emico Okuno, que revela os impactos do uso militar desde programas nucleares até tratamentos radioterápicos utilizados, por exemplo, em casos de câncer.

Ela faz uma abordagem histórica a partir da descoberta do raio X e da radiação, que passou a ser utilizada para tratamento de tumores. E comenta os acidentes nucleares que se dão a partir de reatores que, como consequência, deixam a região do entorno inabitável por conta da contaminação radioativa.

Os acidentes causados por reatores de grande potência, usados tanto para fins militares quanto para gerar energia elétrica, podem causar uma reação em cadeia: a grama que serve de alimento aos animais, quando contaminada, também atinge estes animais e toda produção. O leite produzido por vacas que consumiram alimento com radiação passa a estar infectado. No acidente de Chernobil, em 1986, por exemplo, leite contaminado foi importado pelo Brasil.

A professora destaca como um dos principais problemas atuais o rejeito nuclear do combustível utilizado e que não garante benefícios econômicos. Esses resíduos permanecem sem destino definido. Segundo ela, os Estados Unidos decidiram fazer uma mina subterrânea, o que é um investimento custoso e sem aprovação da população.

O uso da radioatividade no cotidiano, entretanto, também tem aplicações importantes, como a geração de energia elétrica pelos reatores, que corresponde a 17% da produção mundial. 

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FALTA DE MEDIDAS DE RACIONAMENTO PARA CONTER CRISE HIDRICA PODE LEVAR A APAGÕES

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou novas medidas para conter a crise de energia decorrente da forte estiagem. Entre elas está a proposta da redução no valor da conta para consumidores residenciais e de grande porte que reduzirem o gasto. Além disso, existem sinalizações para que a tarifa da bandeira vermelha dobre ainda este ano. 

“Está ocorrendo aí um déficit”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, “não só por conta do uso das termelétricas, mas também não ocorreu uma redução tão significativa no consumo como era esperado”. Segundo ele, desde que a crise hídrica foi reconhecida, o governo vinha sinalizando com a redução da cobrança de energia elétrica para consumidores que conseguissem reduzir o consumo de energia. 

De acordo com Côrtes, o governo está apelando para a redução do consumo pelo setor público de forma incomum, para tentar remediar a situação de gastos e custos envolvendo a estiagem e o uso de termelétricas. 

“O importante é que essa conta feche no final de cada mês ou de cada ano, não carregando déficits para anos posteriores”, destaca o professor, que explica que a ocorrência de déficits pode levar a um tarifaço sobre a conta de luz. “Se o governo não equacionar adequadamente esses custos, esses aumentos, nós podemos ter que pagar essa conta de uma vez só em 2023”, diz Côrtes. 

Quanto às medidas envolvendo racionamento, o professor acredita que sejam pouco prováveis. Para ele, apesar dos prognósticos anteriores, que alertaram para a atual estiagem, as propostas de racionamento são pouco prováveis por conta de questões eleitorais. 

Dessa forma, a atual gestão possivelmente levará um possível déficit durante o período eleitoral. Ainda segundo ele, isso leva à possibilidade de apagões em certas áreas, devido à alta demanda de consumo elétrico.

 “O racionamento não está no vocabulário do governo, mas a ocorrência de apagões é infelizmente possível”, conclui Côrtes.

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POESIA E CANTORIA NA LUTA ANTINUCLEAR É TEMA DE LIVE NESTA SEGUNDA-FEIRA (30)

Populações tradicionais, ambientalistas e ativistas da região da bacia do rio São Francisco continuam promovendo mobilizações e ações que têm o objetivo de alertar para os perigos que ameaçam a permanência de um dos rios mais importantes do Brasil: o Rio São Francisco.

Nesta segunda-feira (30), às 19h30, será realizada a Roda de Diálogo live com o tema "A Poesia e a Cantoria na Luta Antinuclear". 

A TV Raízes da Cultura e a Pastoral da Comunicação da Diocese de Floresta vem promovendo "Rodas de Diálogo" sobre a possibilidade de instalação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, Sertão de Pernambuco, fazendo uso das águas do Rio São Francisco.

Atualmente o interesse em fazer uso das águas do rio São Francisco e instalar a Usina Nuclear tem que passar pela de revisão dos licenciamentos de uso das águas do Rio São Francisco já em vigor, pois um tema tratado é considerar as condições ambientais do rio para a concessão de licenciamentos futuros. 

Nesta direção, tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 09/2019, de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), que prevê a alteração do artigo 216 da Constituição Estadual, garantindo as condições para a implantação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, município localizado na região do Submédio São Francisco pernambucano.

ITACURUBA:  A escolha de Itacuruba, Pernambuco para a implantação da usina se deu através do Plano Nacional de Energia 2030. Construído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e lançado em 2007, prevê um investimento de R$ 30 bilhões para a construção de seis reatores com capacidade de produção de 6.600 megawatts. A área de instalação está localizada no Sítio Belém de São Francisco, distante 8 km de Itacuruba, e pertence à Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf).


 

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ORAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO EM TEMPOS DE POUCOS RIOS

Escuto o murmurar de suas verdes águas: — Deixai vir a mim as criaturas... E assim foi feito. Falar de desrespeito e depredação tornou-se obsoleto. Denunciar matanças e desmatamentos resultou nulo. Orar e orar. Pedir ao santo do seu nome a sua oração.

Lá do Cristo Redentor da cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas, um moleque triste escutou a confissão das águas. Segundo ele, o Velho Chico dizia:

“Ó, Senhor, criador das águas, benfeitor dos peixes, escultor de barrancas e protetor de homens fazei de mim bem mais que um instrumento de tua paz. Se paz não mais tenho faz-me levar um pouquinho aos que em mim confiam. Paz para as lavadeiras que, em Própria, choram a sua fome de pão. Que, em Brejo Grande, soltam lágrimas pelos filhos mortos no sul do país. Que, em Penedo, já perderam a fé de serem tratadas como gente sã.

Onde houver o ódio dos poderosos que eu leve o amor dos pequeninos. O amor dos que cavam a terra a plantam o aipim. Dos que cavam a terra e usam-na como cama e lençol para sempre. Dos que querem terra para suas mãos, para os seus grãos, para a sua sede. O amor que não é submisso, mas escravizado. O amor que tem coragem de um dia dizer não. Coragem diante das balas e das emboscadas, das más companhias e da solidão.

Onde houver a ofensa dos governos que eu leve o perdão dos aposentados e servidores públicos. O perdão, nunca a omissão. A luta, porque perdoar não requer calar. Perdoar não quer dizer parar. Como minhas águas, tantas e tantas vezes represadas, mas nunca paradas e que, quando em minha fúria, carregam muralhas, absorvem barreiras e escandalizam Três Marias, Xingó e Paulo Afonso.

Onde houver a discórdia dos que mandam que eu leve a união dos comandados. A suprema união dos que sonham com as mudanças, dos que querem quebrar hegemonias e oligarquias. A discórdia dos reis contra a união dos plebeus. Um povo unido é força de Deus, dizia o velho bendito e sejais bendito, Senhor. A união das águas, a união das lágrimas, a união do sangue e a união dos mesmos ideais.

Onde houver a dúvida dos que fraquejam, que eu leve a fé dos que constroem seu tempo. Na adversidade, meio ao deserto e ao clima árido, a fé dos que colhem uvas e mangas em minhas margens. Dos que colhem arroz em minhas várzeas, dos que criam peixes com minhas águas em açudes feitos. A fé dos xocós lá em Poço Redondo. A fé que cria cabras nos Escuriais. Dos que colhem cajus e criam gado em Barreiras e outros cafundós.

Onde houver o erro dos governantes que eu leve a verdade de Canudos. O bom senso dos conselheiros de encontro à insanidade dos totalitários. Os canhões abrindo fendas na cidade sitiada e a verdade expondo cada vez mais a ferida da loucura na caricatura da História. O confisco da poupança e o rombo na previdência. O fim da inflação e o pão escasso, o emprego rarefeito, a dignidade estuprada em cada lar de nordestinos.

Onde houver o desespero das crianças da Candelária que eu leve a esperança das mães de Acari. E aqui, Senhor, te peço com mais fé. A dor dos deserdados, dos que perderam seus pais, filhos ou irmãos, seja de fome, doença ou assassínio, inundai-os com as águas esmeraldas da justiça. A justiça da terra e dos céus. Pintai de verde o horizonte das famílias daqueles que foram jogados mortos em minhas águas. Eles não foram poucos.

Onde houver a tristeza dos solitários que eu leve a alegria das festas de São João. Solitário eu banho muitas terras e em todas, das Gerais, do Pernambuco, das Alagoas e do Sergipe, não há tristeza ao pé da fogueira, nas núpcias entre a concertina e o repente, entre a catira e o baião.. Das festas do Divino ao Maior São João do Mundo, deixai-me levar, Senhor, o sabor de minhas águas juninas e seus fogos de artifícios.

Onde houver as trevas da ignorância que eu leve a luz do conhecimento e da sabedoria. A escuridão dos homens dementes que teimam em querer ferir-me de morte seja massacrada pela luz de um futuro negro, sem água potável, sem terra e sem ar.. Dai-me esse poder, de entrar nas mentes e nos corações, de espraiar-me pelos mil recantos dos que querem mal à nossa casinha, nossa pequena Terra. O homem sábio seja sempre sábio e contamine os povos com ensinamentos de preservação.

Ó, Senhor, dai-me vocação para consolar os que se lamentam de má sorte. Fazei-me compreender porque tanto mal há nos corações. Sobretudo, Senhor, não autorizeis que eu deixe de ser o Rio São Francisco, que há tantos anos não foge do seu leito, espalha e espelha vida em abundância. Que, embora tenha dado, quase nada recebo, que perdoando sempre, continuo sendo morto enquanto todos pensam que serei eterno.”

Foi assim que escutei e assim reproduzo. (Fonte-Aderaldo Luciano-professor Mestre e Doutor em Literatura da Ciência)

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FESTIVAL OPARÁ REÚNE ARTISTAS DA MÚSICA INDEPENDENTE DE BAHIA, PERNAMBUCO, MINAS GERAIS E SERGIPE EM SHOWS VIRTUAIS

Artistas independentes e de gêneros musicais diversos, representando quatro dos cinco estados brasileiros banhados pelo Rio São Francisco, se apresentarão virtualmente na primeira edição do Festival Opará, nos dias 30 e 31 de agosto. O evento será transmitido no canal do Youtube da Opará Produtora Cultural - youtube.com/c/OparáProdutora - sempre às 20h. 

O rio São Francisco foi batizado de rio "Opará", que significa "rio-mar", pelos ancestrais indígenas Caetés. O "rio da integração nacional" é fonte de renda, lazer, cultura, tradição e vida para comunidades ribeirinhas. Geraldo Júnior, produtor da Opará Produtora, pontua que o festival promove um verdadeiro intercâmbio cultural a partir da integração desses artistas que representam a multiculturalidade presente nesses estados banhados pelo Velho Chico.

"O Festival Opará, em sua primeira edição, chega forte, se colocando como mais um espaço de reprodução da música contemporânea brasileira, que tem como objetivo também a busca pela integração entre agentes culturais, do intercâmbio cultural e do valor da formação de conhecimento de mercado, promovendo o desenvolvimento de novos ecossistemas na música. Além de estimular o acesso à diversidade de programação, como também a possibilidade de novas experiências nas formas de interação entre artista e o público", diz.

A "line-up" (atrações) do festival traz os nomes de Dj Werson (BA), Vila Oculta (BA), Afoxé Filhos de Zaze (BA), Lucas Tavlos (BA), Camila Yasmine (PE), Radiola Serra Alta (PE), Julico (SE) e Black Pantera (MG). 

O Festival Opará é uma realização da Opará Produtora Cultural e tem o apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Formações: Continuam abertas as inscrições para quatro novas formações que estão sendo ofertadas gratuitamente pela Opará Produtora: "Faz Teu Beat", com DJ Werson (domingo, 29, às 15h); "Processo de construção em produções audiovisuais", com James  Jonathan (domingo, 29, às 18h); "Mercado da Música", com Alex Pinto (segunda, 30, às 17h); e "Assessoria de Comunicação com foco em Cultura", com Beatriz Braga e Thiago Santos (terça, 31, às 17h). 

As formações serão realizadas online através da plataforma Sympla, por onde também devem ser realizadas as inscrições - https://beacons.page/oparaprodutora. (Ascom/Opará Produtora Cultural)

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