Governo da Paraíba lança seleção para Festival de Artes Jackson do Pandeiro

A Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc), lança, nesta terça-feira (7), edital para seleção de propostas que irão compor a programação do Festival de Artes Jackson do Pandeiro. A solenidade de lançamento acontece às 10h, no Auditório 1 do Espaço Cultural José Lins do Rego.

O Festival de Artes Jackson do Pandeiro acontecerá no período de 25 a 28 de julho, como parte das comemorações do centenário de nascimento do compositor paraibano conhecido mundialmente como o Rei do Ritmo. Serão quatro dias de atividades nas áreas de música, teatro, dança, circo, literatura, artes visuais, cinema, feirinhas criativas. O evento deve contar com dois shows de nível nacional.

A programação do evento abrangerá oficinas, shows, cortejos, apresentações, performances, intervenções, palestras, exposições, lançamentos literários, mostras, encontros, entre outras atividades de formação artístico-culturais.

Jackson do Pandeiro: Nome artístico de  José Gomes Filho, nascido em Alagoa Grande, em 31 de agosto de 1919, e que passou boa parte da vida em Campina Grande. 

Começou a admirar a música por meio da sua mãe, a cantadora de coco Flora Maia, que colocou o filho para tocar zabumba aos sete anos. Seu primeiro sucesso, “Sebastiana”, na década de 1950, o lançou para o Brasil e para o mundo. Jackson chegou a fazer duetos e parcerias com nomes como Luiz Gonzaga, Edgar Ferreira e Rosil Cavalcanti e ganhou o título de “Rei do Ritmo”. 

Ele morreu vítima de embolia pulmonar e cerebral em 10 de julho de 1982, aos 62 anos, em Brasília (DF).
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Mega-Sena sorteia nesta quarta prêmio acumulado de R$ 170 milhões

A Mega-Sena vai sortear nesta quarta-feira (8) o prêmio acumulado de R$ 170 milhões; o maior deste ano.

As seis dezenas do concurso 2.149 serão sorteadas, a partir das 20h (horário de Brasília) no Espaço Loterias Caixa, no Terminal Rodoviário Tietê, na cidade de São Paulo.

Segundo a Caixa, o prêmio, que está acumulado pela 13ª vez consecutiva, é o terceiro maior da história da Mega-Sena, sem considerar a Mega da Virada. Caso aplicado na poupança, o valor renderia mais de R$ 631 por mês.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília) de amanhã, dia do sorteio, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa em todo o país. A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 3,50.

Fonte: Agencia Brasil
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Juazeiro e Petrolina continuam com preço de gasolina com a média mais alta do Brasil

Os preços nas bombas de combustível voltaram a subir e não agradaram os motoristas de Juazeiro e Petrolina. O litro da gasolina está custando em média R$5,09. Juazeiro e Petrolina são os municípios considerados com a média do litro da gasolina mais alta.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Combustíveis (ANP) alegou que o preço dos combustíveis é livre em todo o Brasil desde 2002 e é fixado pelos próprios agentes de mercado (refinarias, distribuidoras e postos).

O repasse de preços ao consumidor final, segundo a petroleira, depende das distribuidoras e revendedoras, do valor do etanol anidro misturado à gasolina, entre outros fatores. Mas o que se percebe é uma alta generalizada nas bombas, principalmente no interior. 

Os reajustes quase que diários são praticados pela Petrobras desde meados de 2017 e visam acompanhar a paridade internacional, de modo a garantir participação à petroleira no mercado interno. 

No ano passado, porém, após forte volatilidade, a empresa anunciou um mecanismo de proteção financeira, conhecido como hedge, para aperfeiçoar essa sistemática, podendo congelar os valores nas refinarias por certo período de tempo, se necessário.

A estatal passou a atualizar diariamente em seu site o valor dos combustíveis em cada um dos 37 pontos de venda em que atua no país. Anteriormente, era publicado apenas o preço médio diário.

No início da semana o motorista Damielson Gomes revelou que não gostou do aumento e abasteceu com álcool. "Está assustando tem que colocar álcool, está pesando no bolso e muito".

"A gente que roda todo dia, precisa usar o carro direto, a gente está sofrendo com esses aumentos. Então todo dia a gente precisa estar gastando e isso aumenta o tempo inteiro e o salário nada", disse o vendedor Jair Rodrigo.

"A gente não tem opção, a gente tem abastecer, tem que rodar, tem que trabalhar. É abastecer o custo, simplesmente a gente não tem o que fazer, só lamentar", disse o empresário Zito Soares.


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Aos 56 anos, rádio Emissora Rural AM ‘morre’ para voltar como FM em Petrolina

Na tarde da segunda-feira (6) foi anunciada a "morte da Rádio Emissora Rural a Voz do São Francisco, em Amplitude Modulada. Fundada no dia 28 de outubro de 1962, a Rádio agora passa a transmitir na Fm (Frequencia Modulada). 

Em fase experimentall a Rádio Rural FM  terá o privilégio de nascer com 56 anos de História.

A Emissora Rural Am, considerada Voz do São Francisco era a rádio mais antiga da região. O sinal da emissora na época mais áurea chegou a todos os municípios do sertão e até no exterior. 

Na frequencia AM foi considerada um dos marcos do Movimento Eclesial de Base contribuindo com a educação e diretrizes de alfabetização. Este foi um dos mais fortes vínculos educativos prestados através do Rádio.

Em nota a diretoria da Rádio Rural FM, disse que "há 56 anos o meio de comunicação anuncia Jesus Cristo a tantos espalhados pelo sertão de Pernambuco, Bahia e Piauí, alcançados pelas ondas da rádio. Agora é chegado o tempo de construir algo novo e a história vai continuar a ser escrita, agora pelas ondas da Frequencia Modulada, que chega para aprimorar o trabalho de evangelização, jornalismo e música de qualidade para os ouvintes."

O técnico em Eletrônica, Edesio Nascimento, morador do Distrito de Izacolândia, distante cerca 50 km de Petrolina, declarou a reportagem deste Blog que "em Fm a emissora rural ainda não ta pegando bem na localizadade". 

'Em Izacolandia próximo de Petrolina falam que vai fazer ajustes para o sinal chegar aqui. Acho importante e a Emissora Rural AM é um patrimonio de todos os pernambucanos e infelizmente estão tirando do ar dizendo que a fm vai ter o mesmo alcance. Sou tecnico eletronico acho muito dificil porque o alcance AM vai muito alem e eles com uma antena de 21 metros e 15 khz não tem como chegar nem na metade do que era a AM."

O pesquisador Iranildo Moura, aficcionado por rádio, acompanhaou a implantação da AM. "O radinho na tomada e o volume no máximo garantiram a trilha sonora enquanto trabalhava. Esse negócio de escutar no celular com fone [de ouvido] é ruim para trabalhar. Não sei se vou me acostumar”, completa. 

De acordo com Iranildo o mais doloroso é saber que a Rádio Am não será mais transmitido, ouvido na distancia de 60 quilômetros até na área rural.

A ideia dos empresários, com o aval do Governo Federal, é dar maior qualidade de som e mais conectividade com celulares e carros. E, com isso, ter melhor retorno de publicidade. 

O efeito colateral é que a mudança ondulatória da amplitude modulada (AM) para a frequência modulada (FM) vai diminuir drasticamente o alcance, abandonando justamente o público mais dependente desse modelo: as populações das pequenas cidades, campo, sertões e florestas. Ou seja, mais convergência e menos abrangência.

“A AM entra pelos lugares mais longes e vai até as comunidades ribeirinhas. Nas casas de farinha, o som é do radinho. Ele fortalece nossa identidade e traz conhecimento, afirma a radialista e pesquisadora Rejane Soares.

“Nas rádios Ams ainda tem o tradicional programa de recados. Pessoas avisando que vão chegar de viagem, quem morreu, quem nasceu. O rádio é essencial ali, e a mudança para a FM vai prejudicar essa população”, conta Daniela Ota, professora da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) que estudou as rádios da fronteira brasileira com Paraguai e Bolivia.

Ao sintonizar o AM, fica claro a onda que emerge e submerge na atmosfera ao mais leve toque. Ao mexer no volume, o alto-falante crepita. Tudo isso parece um eco do passado, mas ainda há uma força residual entre a população das classes C, D, E e nas faixas etárias acima dos 50 anos.

O sinal AM costuma percorrer, em média, o dobro ou o triplo do alcance que o FM tem - à noite é ainda maior a diferença, por conta das ondas médias baterem na ionosfera (camada que está a partir de 60 quilômetros de altitude) e voltarem para o chão.

Os efeitos da migração nas emissoras e audiências ainda não foram totalmente sentidos. Mas um grupo de 110 pesquisadores, capitaneados pelas professoras Nair Prata e Nélia , estão pesquisando as mudanças em todos os Estados e vão publicar em livro o levantamento. 

O rádio AM é aquele senhor centenário que muita gente já julgava morto. Ele próprio sabe que seus dias estão no fim e se vê como um fóssil vivo ou uma peça de museu. 

Seus espectros de onda, porém, ainda cruzam os ares, lembrando que há muitas coisas que existem e não se vê. Não por nada, ainda tem muita gente que coloca um copo de água em cima do rádio para ser abençoada pelas dezenas de padres ou pastores radiofônicos.

O ano de 2023 foi o prazo máximo estipulado pelo Governo Federal para o fim da TV analógica no Brasil, como condição para a existência da faixa estendida de FM. 

Como 97% das emissoras do país já solicitou a migração, a tendência é que a faixa AM entre no ostracismo, o que já vem acontecendo em grande parte dos estados. 



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SEMINÁRIO FORRÓ E PATRIMÔNIO CULTURAL ACONTECE ENTRE OS DIAS 8 E 10 DE MAIO

O período junino que se aproxima coloca o forró no centro das atenções das festas. Mas, paralelo a isso, está em curso uma mobilização em prol de uma valorização do ritmo que dure o ano inteiro. 

Músicos, produtores e entusiastas do gênero de todo o País se movimentam pelo reconhecimento das matrizes do forró como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. 

A empreitada ganha um novo capítulo com a realização do Seminário Forró e Patrimônio Cultural, desta quarta-feira (8) até sexta-feira (10) de maio, no Recife. O objetivo do evento é levar ao debate público questões importantes para a continuidade da iniciativa. 

A movimentação foi iniciada em 2011, junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tudo começou com um pedido encaminhado pela Associação Cultural Balaio do Nordeste, da Paraíba. Desde então, o órgão vem incentivando encontros em várias cidades para discutir o processo de registro. Em setembro de 2015, um evento nacional sediado em João Pessoa apontou as diretrizes do estudo que investigará as matrizes tradicionais do forró.

O pleito junto ao Iphan vem sendo acompanhado por diferentes instituições e pelo Fórum Nacional Forró de Raiz, que reúne pessoas engajadas na causa. Em Pernambuco, a coordenação do fórum é de Tereza Accioly, presidente da Sociedade dos Forrozeiros de Pé de Serra e Ai. 

"Nossa meta é a valorização do forró como um todo, fomentando a troca de experiências entre pesquisadores, gestores públicos, artistas, produtores e toda a cadeia cultural nordestina. Esse seminário no Recife é um recurso que conseguimos com muita luta e será um grande avanço para o nosso intuito maior", afirma a produtora musical.

A Associação Respeita Januário, ligada à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foi selecionada através de um edital para efetuar a instrução técnica do registro. O trabalho nada mais é do que uma pesquisa profunda sobre o bem cultural proposto, apontando a importância do seu reconhecimento. O seminário marca o início dessas atividades, que devem envolver uma equipe com cerca de 30 profissionais, entre musicólogos, historiadores, antropólogos e comunicadores. 

O estudo vai abranger todos os estados do Nordeste, com ênfase maior em Pernambuco, Ceará e Paraíba, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. "O projeto conta com uma parte de análise documental, mas o mais importante é ir a campo, colhendo entrevistas. Quando se fala em patrimônio imaterial, que é o que trata das tradições vivas, ouvir as pessoas que vivenciam essa manifestação é fundamental", explica o etnomusicólogo Carlos Sandroni, coordenador-geral da Respeita Januário.

"A pesquisa ainda não foi iniciada, porque depende de um trâmite administrativo que ainda não foi completado. É um compromisso de dois anos que a gente assume com o Iphan. Então, tudo precisa ser tecnicamente bem estabelecido, para definir os deveres de cada uma das partes. Falta assinar alguns documentos ainda, mas deve ser em tempo de alcançarmos esse São João", conta Sandroni. 

Segundo o pesquisador, o alvo da investigação não é o forró com maior alcance midiático, mas sim sua vertente mais tradicional, exposta por meio de manifestações como baião, xaxado e xote. "O forró pode ser muita coisa hoje em dia: dança, festa, paquera. Algo que é muito discutido é esse desentendimento entre o pessoal do chamado forró pé-de-serra e o dito estilizado. Mas não é esse o recorte que será feito. Levamos em conta os setores que estão mais sintonizados com a ideia de identidade cultural", ressalta.

O trabalho da Respeita Januário vai dar origem a uma dossiê sobre as matrizes do forró, que passará por uma série de etapas dentro do Iphan. Primeiro, ele será analisado pelo Departamento de Patrimônio Imaterial, que fará um parecer técnico. Em seguida, o material segue para a apreciação do Conselho Consultivo, que dará a palavra final sobre a aceitação do registro. A expectativa é que o processo seja concluído até 2021. 

Tereza Accioly acredita que a concretização do reconhecimento é só uma questão de tempo.

 "O movimento é muito forte em todo o Brasil. Estamos todos na torcida, porque o forró precisa desse novo oxigênio", defende. Para o cantor e compositor Maciel Melo, o registro vai oficializar aquilo que o ritmo já é na prática. "O forró já é um patrimônio cultural do nosso povo há muito tempo. Mas acho válido esse título, para que venha uma maior valorização por parte do poder público. O que não pode é deixar que essa tradição vire folclore, restrito a apenas um mês do ano", aponta.

Pernambuco é um dos estados com mais bens registrados pelo Iphan. Já receberam essa nomeação a Feira de Caruaru, frevo, roda de capoeira, os mestres de capoeira, maracatu nação, maracatu de baque solto, cavalo-marinho, teatro de bonecos popular do nordeste, caboclinho e literatura de cordel. 

O diretor do Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan, Hermano Queiroz, ressalta que o reconhecimento não deve ser entendido apenas como um ato declaratório. "É um compromisso que o poder público firma com a comunidade, através de vários órgãos, de atuar na salvaguarda daquele patrimônio. A partir de um plano de salvaguarda, com ações de curto, médio e longo prazo, vamos atuar conjuntamente para o fortalecimento desse bem cultural", detalha. 

Gratuito e aberto ao público, o Seminário Forró e Patrimônio Cultural vai reunir forrozeiros, artistas, músicos, artesãos, e dançarinos, além de gestores públicos e culturais, produtores e pesquisadores. 

As atividades vão ocupar o Cais do Sertão, Paço do Frevo, Praça do Arsenal e Teatro Mamulengo, todos no Bairro do Recife. A programação reúne mesas com diferentes temáticas, aulas de mestres forrozeiros e apresentações artísticas. As inscrições estão disponíveis através da plataforma Sympla. 

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Bloqueio do Ministério da Educação atinge cursos de mestrado e doutorado

Os reflexos do contingenciamento de R$ 7,4 bilhões do Ministério da Educação já começam a ser sentidos nos cursos de mestrado e doutorado. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) vai congelar, neste semestre, bolsas que estão ociosas e reduzir aquelas que são concedidas em instituições mal avaliadas. Associações das áreas de ciência e educação devem começar hoje a se mobilizar para reverter bloqueios no Congresso.

Além do aperto na oferta de bolsas, a Capes vai encerrar o programa Idiomas Sem Fronteiras, que havia sido criado na esteira do Ciência sem Fronteiras. A coordenação não informou quantas bolsas serão atingidas com as medidas, mas a conta é reduzir inicialmente R$ 150 milhões dos R$ 3,4 bi destinados para a atividade.

Será preservado neste primeiro momento o pagamento de bolsas para formação de professores de educação básica. Atualmente, são 107.260 bolsistas. Nos registros da Capes, havia em fevereiro deste ano 92.253 bolsistas na pós-graduação. Os auxílios repassados estão há anos sem reajuste. Para mestrado, o valor mensal é de R$ 1,5 mil; para doutorado, é de R$ 2,2 mil.

Diante dos cortes, pesquisadores vão iniciar uma movimentação no Congresso, com o objetivo de tentar blindar a área e obter, por meio de emendas parlamentares, recursos para o setor. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, Academia Brasileira de Ciência e Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) pretendem a partir de hoje fazer um trabalho de convencimento entre parlamentares, para mostrar o risco que envolve a redução de investimentos em pesquisas no País.

 "A ciência está com a corda no pescoço", resumiu o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Castro Moreira.

Os cortes na Capes eram esperados com apreensão por pesquisadores. Helena Nader, do Conselho da Capes, afirmou que, na última reunião do grupo, em abril, integrantes já haviam sido informados de que era certa a redução de investimentos. 

"Os prejuízos a médio e longo prazo são incalculáveis. Mais do que isso, vêm na contramão do que ocorre em outros países", completou a pesquisadora. Ela citou como exemplo a África do Sul. "Um país que há pouco tempo lutava contra o apartheid investe de forma expressiva na educação e na ciência". "Estamos diante não da estagnação, mas do retrocesso."

A pesquisadora diz haver um consenso de que investimentos em bolsas pós-doutorado são indispensáveis para impulsionar a economia do País e melhorar a balança comercial. "Escolas de agricultura, como Embrapa, são essenciais para o agronegócio." Outro exemplo citado por ela foi a Embraer. "Ela nasceu do Instituto Tecnológico da Aeronáutica. Outra mostra de que a pesquisa não é um custo, mas um investimento."

Castro Moreira observa que os cortes ocorrem em um momento em que a produção científica vivia uma boa fase. "Todas as instituições publicando, com bons trabalhos, com referência", completou. "Os cortes não se resumem à Capes. Também foram registrados em agências como CNPq e Finep. No CNPq, os recursos para pagamento de bolsas são suficientes somente até setembro."

"Nessa situação, começa a haver canibalismo nas pesquisas", explica Moreira. Diante de recursos minguados, pesquisadores começam a pagar do próprio bolso alguns insumos. "E recursos que eram de uma pesquisa eventualmente são deslocados para outra, já em andamento. Tudo para não parar as atividades." A interrupção de uma pesquisa pode representar perda de parte dos recursos até então investidos. "Em muitas análises, o tempo é essencial."

Em nota, o MEC informou que todos os órgãos e instituições da pasta serão atingidos pelo contingenciamento do governo. 

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AUDIÊNCIA PÚBLICA DISCUTE SITUAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO PÓS-BRUMADINHO

A Assembleia Legislativa de Pernambuco promove amanhã, dia 07 de maio, uma audiência pública para debater os riscos que o rio mais importante do Nordeste corre após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). 

A iniciativa é da Frente Parlamentar em Defesa do Rio São Francisco, coordenada pelo deputado estadual Lucas Ramos (PSB). O evento será realizado às 9h no auditório Sérgio Guerra, na Alepe.

O objetivo é avaliar a situação do rio com a possível chegada dos rejeitos minerais que contaminaram o Rio Paraopeba. Também serão ouvidos especialistas em recursos hídricos e meio ambiente, além de representantes de órgãos públicos com atuação ligada aos usos múltiplos das águas do Rio São Francisco. "É nossa obrigação defender o Velho Chico e estamos atentos ao perigo que ele corre desde o momento em que a barragem da Vale rompeu em Minas Gerais, o que representa uma grande ameaça e pode trazer prejuízos para o Nordeste", afirma Lucas Ramos. 

"A audiência pública será um momento importante para a elaboração do relatório final do nosso colegiado, quando apresentaremos um diagnóstico dos impactos causados pela tragédia em Brumadinho e propostas para que a saúde do São Francisco seja preservada", comenta o parlamentar.

Confirmaram presença representantes da Fundação Joaquim Nabuco, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, CHESF e Codevasf, além das secretarias estaduais de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Saúde, Meio Ambiente e Sustentabilidade, Desenvolvimento Agrário, Compesa, CPRH e Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).

Fonte: Ascom Alepe PE
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