FRANCISCO, EUVALDO E VANILDO: HISTÓRIAS DO VÁRIOS CICLOS ELEITORAIS DA VOTAÇÃO NO PAPEL AO DIGITAL

“Eu voto desde o tempo da votação no papel e vou continuar votando até quando eu estiver vivo”. 

Eles já viveram os ciclos democráticos e governos autoritários, políticas econômicas bem e malsucedidas, e, por isso, possuem impressões e expectativa muito diferentes dos mais jovens quanto ao futuro do país. Eles possuem a maior riqueza humana: a sabedoria adquirida pelo tempo e espaço.

O professor Vanildo Aquino Freitas, 79 anos. Mora em Petrolina. Conta que nasceu em Parnamirim, Pernambuco. Teve uma infância muito difícil. Para alcançar o diploma venceu "a fome e o preconceito". Adolescente estudou no antigo Colégio Dom Bosco. No Recife, estudante universitário acompanhou os anos 60 lutando contra o regime ditadorial e foi um dos que assistiu incorfomado a prisão de Miguel Arraes, então um dos líderes da luta das esquerdas da época.

Vanildo é formado pela Faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco. "Domingo vou até a urna. Mesmo sem ter a obrigação voto consciente. Farei mais uma homenagem a justiça", revela.

Aos 84 anos anos. Francisco Manuel de Oliveira nasceu em Casa Nova. Faz questão de dizer precisamente, no Distrito de Luiz Viana. Trabalha há 61 anos em Juazeiro. Consta no relatória da vida  1 ano de trabalho em São Paulo e 5 anos em Santos. 

Na memória não esquece a enchente do rio São Francisco que literalmente "levou" a casa que havia comprado. Inconformado comprou uma casa em Petrolina.  "Votei pela primeira vez em São Paulo". Este ano seu Francisco não irá votar. Justificou que não fez a biometria. Mas não se arrepende. Diz que a situação do Brasil mudou muito nestes anos todos vividos.

Euvaldo José tem 64 anos. Não perde o otimismo. Revela que no próximo mês de dezembro fará 65 anos. Fez a biometria e garantiu que na primeira hora de domingo 7, vai exercer mais uma direito a cidadania. "Vou votar mais uma vez com a consciência limpa e desejo sempre de um futuro melhor", ressalta.

Os técnicos do TRE elogiaram sobre a importância de continuar participando do processo eleitoral, mesmo sendo facultativo para pessoas acima de 70 anos. 

“Nós conversamos com muitos idosos que deixaram de votar pela não obrigatoriedade. Mas ficamos surpresos no interesse que eles demostraram em voltar às urnas para escolher os seus candidatos. E isso nos deixa felizes, pois é resultado do nosso esforço dentro do que preconiza o programa da Escola Judiciária Eleitoral”, destacou Ribamar França, coordenador do projeto do TRE.
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