Especialistas alertam que o próximo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) vai prever grande dificuldade para o planeta cumprir a meta de manter o aquecimento global abaixo de 1,5 graus centígrados (°C) até o fim deste século, como estabelece o Acordo de Paris, assinado por quase 200 países, durante a Conferência das Partes para o Clima, em 2015. Brasileiros que tiveram acesso a versões prévias do relatório estão preocupados.
Em nível global, o próximo IPCC, previsto para ser divulgado na próxima segunda-feira (08), mostra que há uma tendência de aumento das temperaturas e as consequências serão extremas se os países não acelerarem as medidas para cumprir os acordos internacionais de redução das emissões de carbono e de adaptação aos efeitos das mudanças climáticas.
“Uma das coisas que é colocada [no relatório] é que, para se chegar a 1,5°C, o nível de emissões negativas é extremamente elevado, como reflorestar uma extensão territorial do tamanho dos Estados Unidos. Evidentemente, o desafio de não ultrapassar 1,5°C é muito difícil de ser alcançado no estágio atual da tecnologia e da forma como está o desenvolvimento econômico no âmbito internacional. Mas, é um horizonte que tem que ser levado em conta”, comenta Alfredo Sirkis, coordenador executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas.
Os efeitos do aquecimento global já podem ser vistos e sentidos em diferentes aspectos em todas as regiões do país. Um dos aspectos mais marcantes é o aumento do calor em períodos do ano que costumavam ter temperaturas mais amenas, como foi percebido na chegada da primavera em setembro.
Os efeitos do aquecimento global já podem ser vistos e sentidos em diferentes aspectos em todas as regiões do país. Um dos aspectos mais marcantes é o aumento do calor em períodos do ano que costumavam ter temperaturas mais amenas, como foi percebido na chegada da primavera em setembro.
Na capital do país, por exemplo, os diagnósticos e projeções de meteorologistas sobre a variabilidade climática na região Centro-Oeste apontam que a temperatura segue em uma tendência crescente desde a década de 60.
Estudo do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) sobre os índices de monitoramento e detecção da mudança climática para o Distrito Federal e entorno, mostra que a temperatura mínima média entre os anos de 1961 e 2012 apresentou aumentou de 1,85ºC ao longo da série histórica. Já a variação da temperatura máxima registrada foi 0,85% no período estudado até 2012.
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