Graciliano Ramos: "A realidade profunda, a verdade única está no fundo da alma"

O escritor alagoano Graciliano Ramos tinha amava a verdade nua e crua, sem nenhum enfeite ou remendo. José Lins do Rego comentou em artigo que alguns dos personagens de Graciliano falam sozinhos — falam para dentro, mantêm diálogos com sombras. “A realidade profunda, a verdade única está no fundo da alma.”

O escritor Graciliano Ramos em menos de duas décadas, o autor deixou uma obra que divide a literatura nacional entre antes e depois de sua produção. Apenas 22 anos separam seu primeiro romance, Caetés de 1933 da sua morte em 20 de março de 1953. Seu romance de estreia veio, aos 41 anos de idade, mas, prolífero como poucos, deixou um dos maiores legados literários naquilo que se convencionou chamar  romances sociais.

Considerado o maior romancista moderno, “o velho Graça” era reconhecido como grande escritor já pelos seus contemporâneos. Não apenas sua escrita, mas seu pensamento crítico, sua filosofia e postura política o fizeram crescer em popularidade entre os intelectuais e artistas de seu tempo. Ramos assistiu em vida sua consagração.

Estilista do regionalismo, o escritor alagoano misturava simbolismo a um realismo pungente e construía com verdade cortante personagens que em suas trajetórias espelhavam os dramas da vida brasileira. Era mestre em tornar palpável a tristeza do mundo. Suas obras foram traduzidas para mais de 28 idiomas, transportadas para o cinema e para o teatro, analisadas por críticos e literatos. E mesmo, após 63 anos de sua morte, seus escritos ainda carregam inúmeras dimensões da realidade nacional.

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